When I Look In Your Eyes escrita por Pétala


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Perdoêm o atraso não estava conseguindo postar. Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/404529/chapter/14

Acordei cedo tomei um banho, me arrumei e desci pra tomar meu café.

Depois fui ao banco e deu tudo certo, apesar da burocracia ao meu modo de ver desnecessária. Saí de lá com uma dor de cabeça, fui ao supermercado comprar o que eu levaria pra casa de Sam e abastecer minha despensa que estava vazia. Quando saí de lá ainda era 12:30 fui pra casa tomei um banho e escolhi uma roupa simples, camisa preta, calça jeans escura e um tênis. Olhei no relógio e ainda tinha 20 minutos, desci e separei as coisas que havia comprado, guardei no armário as coisas de casa e em uma mochila o que eu levaria. Peguei minha mochila, a carteira o celular e as chaves e saí, entrei no carro e dei a partida, em 10 minutos eu estava lá. Falei com o porteiro que interfonou pro apartamento dela e autorizou minha entrada. Toquei a campainha e rapidamente ela abriu a porta sorrindo e abriu caminho para que eu entrasse. A olhei aturdido me perguntando se sempre ficaria assim ao lhe ver, será que nunca me acostumaria com a beleza dessa garota? Ficaria sempre com cara de retardado que inclusive deveria estar agora. Ao passar por ela, depositei um beijo em sua bochecha e a vi corar de repente algo veio a minha mente, mas... não, não podia ser. Entrei no apartamento de Sam e ousaria dizer que ela é mais organizada que eu.

– Gostei do seu apartamento, faz tempo que mora aqui? - Perguntei sentando-me no banco próximo ao balcão que separava a sala da cozinha. Ela organizava as coisas que eu já havia lhe entregue.

– Já fazem três anos que moro aqui. Aluguei quando começei a trabalhar no Quimera.

– Sempre muito independente.

Conversamos um pouco mais, ela me entregou os currículos dos amigos dela e eu tive certeza que queria eles trabalhando comigo.

– Então que filme vamos ver?

– Orgulho e Preconceito, já viu?

– Não, é baseado no livro da Jane Austen? - Ela fez que sim com a cabeça - Já li o livro e é muito bom, um dos meus favoritos.

– Então eu acertei, também sou fascinada por esse livro.

– Sam Puckett fã de Austen? Não pode ser - Ela me olhou fingindo irritação mas com um ar brincalhão.

– Você quer ver a antiga Sam? eu não tenho mais a meia de manteiga mas providencio algo tão fatal quanto ela, continua implicando pra ver.

Ergui as mão rendido o que a fez rir.

– Não está mais aqui quem falou.

– Acho bom. - Ela disse e nos dirigimos a sala trazendo nossso lanche.

Ela colocou o filme e tomou um lugar ao meu lado, antes nos servindo coca. Assistimos quietos até eu quebrar o silêncio.

– Eu gosto dessa cena do livro apesar de detestar as palavras que ele usa pra contar que a ama. Mas ele merece um desconto já que nessa época dava-se muito valos á Status, poucas pessoas tinham a sorte de se casar por amor, esses costumes deles eram muito fortes então foi realmente um ato de coragem da parte do Darcy admitir que a amava já que ela era de uma classe social inferior.

– Verdade ele foi bem arrogante na escolha das palavras, mas tanto isso que você falou como tudo o que ele faz pra ajudar a família dela o redimem.

– É a Sam Psicóloga que está falando agora? - Perguntei rerimindo o riso.

– Só você pode dar opinião? Se eu falo algo você fica rindo da minha cara. Sei que é difícil de acreditar mas eu amadureci tá. - Ela falou fazendo bico, cruzando os braços e encarando a TV.

– Pois é eu percebi. - Falei sem conseguir tirar o tom de malícia da voz. Ela me olhou por uma fração de segundos, baixou os olhos e voltou a encarar a TV. - Ei, me desculpa pelo meu comentário é que esse nosso relacionamento sem implicância é novo pra mim. Fica difícil de resistir a vontade de te irritar. - Ela me olhou de canto de olho e sorriu.

– Tá ok, já passou mas não repita.

– Sim senhora, agora vamos nos concentrar no filme e deixar de briga.

– Você que começou. - Ela falou me mostrando a língua, o que me fez dar uma gargalhada.

– Tão madura você - Ela me lançou um olhar fulminante. - Tá parei.

Voltamos a ver o filme, até que ambos tivemos a idéia de beber coca. o que resultou em um emaranhado de mãos que se encontraram ao se dirigirem ao mesmo copo. Eu não sei em que momento eu virei uma menininha apaixonada mas eu posso jurar que senti uma corrente elétrica que começou onde nossas mãos se encontravam, indo até o meu peito fazendo meu coração pular enlouquecidamente. Ela meio sem Jeito retirou sua mão rapidamente, mas continuou a me encarar. Ou eu estava ficando louco, ou ela ficou tão afetada com esse contato inesperado quanto eu. Me perdi no azul dos seus olhos e percebi que não haveria volta, não haveriam outras garotas, outros lugares onde eu gostaria de estar, esse era o lugar certo pra mim, aqui, com ela. Eu estava totalmente apaixonado esta era a verdade. Então ela começou a rir, interrompendo meus pensamentos, foi então que eu percebi que tinhaderramado o copo com a coca no chão. Ela deveria estar querendo me matar e não rindo dessa forma.

– Meu Deus, você é um desastre Benson!

– Eu não tive culpa, aliás a culpa foi sua e dessa sua beleza desconcertante que tirou minha concentração.

– Ah tá. Essa é sua desculpa pra falta de controle do prórpio corpo? Inventa outra Freddie. - Ela falou divertida esquivando-se das minhas palavras, mas eu não a deixaria se safar assim tão fácil.

– Quanto ao controle do meu corpo acho que mereço algum crédito já que estou me segurando a muito tempo pra não te beijar. - E pra deixar bem claro que eu falava sério me aproximei e coloquei atrás da sua orelha uma mecha que havia caído de seu coque e brincava solitária em seu delicado rosto.Ela instantaneamente baixou os olhos pra minha boca e enrubesceu. Sim, com toda certeza ela sentia algo por mim, só que levaria algum tempo pra fazê-la admitir.

– Acho que a coca tava estragada viu. A moda agora é rato na coca neh, devia ter algo nessa aqui também. - Ela falou pegando a garrafa e fingindo examiná-la o que me fez rir. ok, a Sam brincalhona estava de volta, 'é, dessa vez você escapa' pensei.

– Vou pegar um pano pra limpar essa sujeira. - E saiu, depois de limpar voltamos a assistir o filme, ninguém se pronunciou até acabar.

– Então, o que achou. - Ela perguntou.

– Excelente, não tem tantos detalhes quanto no livro, mas tá aprovado.

– Que bom, caso contrário teria que ligar agora pro Roteirista pra ele modificar. - Ela falou me zoando.

– Você não deixa passar uma neh sua chata. - Falei e comecei a fazer cócegas nela, ela ria descontroladamente e tentava se desvencilhar. Por fim, ela segurou meus pulsos, mas não foi isso que me fez parar, e sim seus olhos fixos nos meus, será que isso nunca passaria? Ela me desarmava com um simples olhar. Fomos parando de rir aos poucos. Cedo demais ela se afastou e começou a recolher as coisas que estavam na mesinha de centro, levantei e a ajudei a organizar a bagunça que fizemos. Olhei no relógio e já eram 16:00.

– Já deu minha hora Sam e você tem que se aprontar pro trabalho neh.

– Pois é, foi ótimo passar essa tarde com você. - Ela falou sincera.

– Pra mim também, bom, eu vou indo. - Falei pegando minha mochila.

– Eu te acompanho até lá embaixo.

Descemos de escada e ela esperou enentra no carro, mas ao invés disso eu virei em sua direção, o que a assustou pois ela recuou um passo.

– Sam, eu sinceramente não te entendo. - Falei sem esconder minha quase irritação por seu comportamento.

Ela me olhou com os olhos semicerrados, tentando entender minhas palavras.

– Do que você tá falando?

– Do seu comportamento, é nítido que você também sente algo por mim, caso contrário já teria deixado bem claro que não. Mas também não deixa eu me aproximar. - Minhas palavras a pegaram desprevinida, cheguei mais perto e coloquei minha mão em sua cintura colando nossos corpos. Fitei seus olhos e baixei a cabeça para alcançar-lhe os lábios, ela também queria, dava pra ver em seus olhos o desejo, mas algo a empedia, ela parecia travar uma luta interna, algo que estava além da minha compreensão. Ela pareceu tomar uma decisão, virou o rosto e murmurou um quase inaudível "Não posso", desvencilhou-se dos meus braços e saiu correndo em direção ao seu prédio. Me deixando em uma confusão de pensamentos.

De volta a estrada eu só conseguia pensar no quanto fui burro por tentar uma aproximção tão direta. Porque tudo tem de ser tão complicado? As pessoas fazem o amor parecer algo tão simples. Mas se tem uma verdade absoluta é que ele não é. Pelo Visto vou ter uma longa batalha pelo coração dessa garota.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me deixem saber o que acharam.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "When I Look In Your Eyes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.