When I Look In Your Eyes escrita por Pétala


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Perdoem-me, não me matem por demorar please. É que o tempo está bem escasso. Boa Leitura!



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-Saudades é um motivo bom o bastante pra você?

- Spencer! Tô morrendo de saudades. Quando você volta? Como ta por ai em Paris?

-Uma pergunta de cada vez. Tá parecendo até a Carly – Ambos rimos – Certo, vamos lá. Eu volto daqui a um mês e Paris é incrível, então eu estou muito bem. E você mocinha, como ta se comportando?

-Você fala como seu eu fosse de aprontar.

-Ah, não? Você é muito comportada, não é Sam?

-Você não pode me julgar a vida toda por algumas coisinhas que eu aprontei.

-Coisinhas? – Ele falou rindo – Você é modesta não é maninha?

-Tá certo – Falei vencida – Eu tenho me comportado muito bem viu. Mas não falemos de mim, me conta como ta sendo sua exposição? Espero que esteja tudo bem, já que você sempre amou a França, tanto que fez eu e a Carly aprendermos francês.

-Que puis-je dire? Les François savent apprécier l’art (O que posso dizer? Os franceses sabem apreciar arte).

- Je suis heureux (fico contente).

-Me conta você foi com a Carly no casamento da Bárbara?

-Pois é eu não queria ir, mas você conhece a Carly. Até foi bom, eu reencontrei um velho amigo. Que inclusive é seu primo. Freddie Benson.

-O Freddie é o mesmo garoto por quem você era apaixonada?

-Poxa, você também Spencer? Agora todo mundo resolveu implicar comigo. Eu nunca fui apaixonada por ele.

-Mas era isso que parecia; você não falava em outra coisa, era Freddie pra cá Freddie pra lá – Ele fez uma tentativa de imitar minha voz que não deu muito certo, mas que me fez rir.

- É claro que eu falava dele sempre, ele era meu melhor amigo.

-Sei... - Ele falou ironicamente – Sam o assunto ta ótimo, mas eu tenho que desligar, ligação internacional é muito cara. Cuida-se ta e diz a Carly que eu to morrendo de saudades dela já que ela não atende o celular. Tchau.

-Tchau Spencer, se cuida.

-Pode deixar – Ele me disse, e desligou.

Spencer já estava a duas semanas em Paris, era tempo demais para ficar longe, ele ligava para dar notícias, mas não era o mesmo que estar presente.

Levantei da cama, tomei um banho para despertar e dei uma arrumada na casa. Conferi o relógio, já eram quatro horas, eu saía as cinco, então tomei outro banho e fui me arrumar. Peguei minha mochila e coloquei o uniforme dentro; chegaria bem adiantada, mas precisava mesmo conversar com o Antony. Tranquei a casa e me dirigi ao Quimera, que há essa hora estava calmo, apenas os funcionários haviam chegado e arrumavam o local.

-Oi Liz, o Tony já chegou?

- Já sim, ele está no escritório – Liz era garçonete e trabalhava na Quimera há pouco tempo, nos dávamos muito bem.

Fui até o escritório, encontrei a porta fechada então dei duas batidas e ouvi um “pode entrar”

-Oi chefinho, cheguei – Falei brincando. Tony estava sentado analisando alguns papéis seu cabelo caía sobre os olhos e lhe dava uma feição mais madura e a barba por fazer ajudava nisso. Eu e Tony nos conhecíamos desde os meus dezesseis anos, éramos bem próximos. Quando ele fez dezenove anos o pai dele disse que abriria um negócio para ele e como ele sempre gostou de agitação resolveu abrir um bar e eu trabalho aqui desde então; o ajudo na administração e chefio as garçonetes.

-Chegou cedo, gostei da eficiência – ele falou dando um sorriso. Entrei em sua sala e me sentei na cadeira a sua frente – E aí, como foi o fim de semana?

-Foi ótimo, você bem que podia me dar outra folga dessas qualquer dia desses.

-A gente dá a mão aí a pessoas quer o corpo todo. Ta vendo como você é? Se eu fico mais um fim de semana sem você aqui eu piro. Foi muito corrido. Mas você tava merecendo, deu pra descansar?

-Que nada, a Carly me arrastou para um casamento com ela e você sabe como aquela é - Ele deu uma risada

-Essa sua amiga é uma comédia. Eu ainda acho estranho vocês serem amigas sendo que são completos opostos.

-Aí é que entra a questão de que nós procuramos ou deixamos ser achados – dou um sorriso porque essa última frase saiu estranha, mas continuo – por pessoas que tem alguma coisa a oferecer, que nos é de proveito, no caso as qualidades que gostaríamos de ter, ou que nos beneficia que a outra pessoa tenha, por exemplo: pessoas que são confiáveis.

-Tá bom senhora “eu sou uma psicóloga e entendo as questões do mundo” – Ele fala tentando me imitar.

-Eu não falo desse jeito!

-Não, mas é legal imaginar você falando assim – Toni diz entre risadas me levando junto, porque realmente não tem nada a ver comigo.

 – Deixa de gracinhas! Vamos ao que interessa, nós estamos precisando contratar mais pessoas, o movimento aumentou muito.

Ao me ouvir ele prontamente mudou de expressão, pelo visto ele já havia solucionado o problema

-Eu tenho uma pessoa perfeita para o cargo.

-Quem é? Eu conheço? – Realmente estou curiosa

-Amanhã você saberá, até lá se contente apenas com a dúvida.

-Ô meu Deus pra quê esse mistério todo? – Falo fechando a cara, esperando que ele acredite que estou chateada por ele manter segredo.

-Sam, eu te conheço, sei que isso é só birra – Sua expressão muda e por um instante apenas me observa – Tem alguma coisa diferente em você. Parece feliz.

-E estou – Falei abrindo um sorriso. Eu não escondia nada de Tony, nem se quisesse.

-E essa felicidade tem nome?

-Nome, sobrenome e endereço. Eu estou contente por ter reencontrado um amigo de infância. Freddie Benson, que coincidentemente é primo da Carly e Spencer.

-Esse Freddie é... – Não o deixei terminar já prevendo o que iria falar.

-Não, eu não era apaixonada por ele. Ele é só meu amigo.

-Calma sua louca, eu ia perguntar se não é ele o dono dessa empresa de informática que vai abrir aqui nessa tua, mas pela rapidez com a qual você se defendeu eu acho que você era apaixonada por ele sim viu.

-Tão engraçado vo... – De repente a ficha caiu. O Freddie  estaria mais perto do que eu poderia imaginar e desejar. Argh, o que há comigo? Devo estar ficando louca. Como assim desejar? – Você. É melhor eu ir trabalhar pra não cair na tentação e acabar te dando uns tapas.

-Melhor mesmo viu, isso caracterizaria uma justa causa.

O fulminei com os olhos, mas não disse nada, apenas me retirei. Precisava agora ocupar a cabeça pra evitar pensar besteira e pro meu contentamento, o que não faltava era trabalho a ser feito. Fui até o banheiro, pus meu uniforme e fui ajudar as meninas a organizar o bar. Alguns minutos depois já estava tudo em ordem, então abrimos as portas e daí em diante aquilo lá estaria lotado mesmo sendo uma segunda-feira. Por isso eu ajudava as garçonetes a atender as clientes mesmo não sendo minha função. O que fez com que o Quimera em pouco tempo se tornasse tão freqüentado foi o excelente atendimento e isso era fruto de um perfeito trabalho em equipe. Bryana Mônica e Liz eram responsáveis pelo atendimento todas exerciam bem suas funções. James e Vicent eram os bartenders, também excelentes profissionais. Dyana e Otho faziam os melhores petiscos imagináveis e o mais importante era que todos sabíamos admitir a importância do outro na equipe e isso contribuía e muito para o sucesso do Quimera. Sem contar com a excelente liderança que tínhamos.

Tudo corria agitadamente como era rotina, meu relógio já marcava 22h00min.

-Hora de ir Liz – O bar fechava as bem mais tarde mas meu acordo com Tony era de ficar até as 22:00 por causa da faculdade.

-Tá ok Sam. Descansa, até amanhã.

Retirei-me de lá e fui ao banheiro dos funcionários para tirar o uniforme. Depois passei na sala de Tony para me despedir. Bati na porta e a abri. Ele estava concentradíssimo em uma papelada.

-Tony eu já to indo, você vai precisar de alguma ajuda?

-Eu só tenho que terminar com essa papelada, mas eu dou conta. Pode ir.

Entrei na sala, fui até ele e depositei um beijo no alto de sua cabeça e esses simples gesto rotineiro pareceu pega-lo de surpresa. Ele se virou na minha direção e pude notar algo novo em seu olhar que não conseguia identificar.

-Aconteceu alguma coisa?


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Notas finais do capítulo

Vou tentar postar o próximo logo. Espero que tenham gostado.



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