Esses Seus Olhos De Tempestade escrita por jessyweasley


Capítulo 28
Capítulo 27




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__ Então me conte como foi que você entrou para o projeto de Charles? – Annabeth perguntou, enquanto saíamos do estacionamento da rodoviária.
__ Foi uma surpresa até pra mim, Leo não contou nada, apenas chamou eu e Silena para irmos ao escritório da empresa e puf, lá estava a grande surpresa – disse, maravilhado
__ Que legal do Leo fazer isso – ela sorriu para mim – E Silena, como está? Liguei para ela poucos dias depois de voltar, ela parecia melhor...
__ Ela ficou bastante emocionada com o que Leo fez, mas desde a reunião eu não a vejo, mas creio que ela esteja melhor...

O hospital não ficava muito longe dali, então logo estávamos entrando em seu estacionamento. Annabeth parou o carro e descemos.

Estava bastante movimentado para aquela hora, fomos a recepção e a médica que me atendeu em Long Island estava de plantão em Manhattan. Ela nos recebeu com um sorriso no rosto e pediu que eu a acompanhasse até a sala para tirarmos o gesso.

Não demorou muito para que eu ganhasse minha liberdade. Sentir o chão gelado depois de um tempo era a melhor coisa do mundo.

__ Muito obrigado doutora – apertamos as mãos – Estava com saudades de andar normalmente
__ Qualquer coisa me procure, você tem meu telefone pessoal, caso eu esteja em Long Island podemos marcar uma consulta, está bem?
__ Sim senhora.

Ela sorriu e saiu do consultório, terminei de calçar meus sapatos e fui encontrar Annabeth na recepção. Nos demos as mãos e voltamos para o carro dessa vez rumo ao seu apartamento.

***

O apartamento de Annabeth tinha mais coisas do que eu me lembrava, estava mais organizado e com menos papéis jogados em cima da mesa.

__ Separei uma parte do guarda-roupa pra você – ela disse – Pode colocar suas coisas lá
__ Já estou com lugar no armário? – perguntei, rindo
__ Claro, se quiser pode até deixar essas roupas aqui de uma vez
__ Isso é bastante tentador
__ Então atingi meu objetivo – ela fez uma cara sedutora que me pega de jeito

Balancei a cabeça rindo e entrei em seu quarto. Havia uma maquete de um dos escritórios da empresa montado em cima da mesa do computador, coloquei minha mala em cima da cama, retirei uma toalha e entrei para o banho.

Depois de uns 15 minutos debaixo do chuveiro, saí deixando o banheiro parecendo uma sauna. A campainha tocava insistentemente.

__ Annabeth? – chamei

Sai na sala com a toalha enrolada na cintura e secando meus cabelos e não havia ninguém, espiei na cozinha e nada. Peguei a chave em cima da bancada e abri a porta.

Nesse momento, se eu pudesse teria dado um soco na cara dele. Mas apenas fiz uma cara de surpreso. Luke estava parado do outro lado da porta, vestindo um terno de marca e com os cabelos penteados para trás.

__ Luke... – sorri com sarcasmo
__ Óh – ele olhou rapidamente para como eu estava vestido – Jackson, não sabia que estava aqui
__ Está surpreso?
__ Um pouco – ele olhou para mim com desdém – Onde está Annabeth?

Ele olhou por cima do meu ombro para dentro do apartamento.

__ Ela não está, deu uma saída. O que quer com ela?

Vi um sorrisinho de triunfo sendo formado discretamente no canto de seus lábios. Ele passou a mão pelo cabelo, evitando retirá-lo do lugar.

__ Bem... – ele remexeu na pasta que carregava e me entregou um envelope – Só vim trazer os gráficos e desenhos que ela encomendou na empresa de meu pai, mais tarde eu ligo para ela. Até mais Jackson.

Me deus as costas e desceu as escadas do prédio. O ciúme estava tomando conta do meu peito, analisei o envelope e só não o rasguei por que se tratava do trabalho de Annabeth. Quando eu acho que esse cara saiu da vida dela, ele apenas surge novamente. Voltei para o quarto e vesti um pijama leve, sentei-me na sala e liguei a TV.

Annabeth chegou pouco tempo depois trazendo duas sacolas. Levantei para ajudá-la. Ela agradeceu e me acompanhou até a cozinha, notando o envelope em cima da mesa. Analisou-o por alguns instantes e virou-se para mim.

__ Luke esteve aqui?
__ Sim – respondi, colocando as coisas dentro da geladeira – Bom saber que vocês estão trabalhando juntos de novo

Ela se escorou na mesa e aparentemente notou o tom de ironia na minha voz.

__ Percy... A empresa dele é a melhor com esse tipo de coisas e...
__ Annabeth – virei-me para ela e a encarei – Eu sei que esse é o seu trabalho, não estou pedindo para larga-lo ou coisa do tipo, eu só não vou parar de sentir ciúmes dele, ele marcou bastante a sua vida, vocês tiveram algo bem antes de mim, então... Não me peça para não sentir ciúmes, tudo bem?

Ela olhou para baixo, talvez pensando e depois tornou a encontrar seu olhar no meu, dando um sorriso acanhado.

__ Tudo bem – ela relaxou os ombros – Mas você sabe que eu só quero você, não é?

Annabeth fez uma cara meiga e me fez dar uma risada, me rendendo. Andei até ela e a levantei, sentando-a na mesa e ficando entre suas pernas. Aproximei nosso rosto um do outro até nossos narizes ficarem roçando um no outro.

__ Eu sei disso – sussurrei, levei minha boca ao pé de seu ouvido – Até porque ninguém te tem como eu.

Vi seus pelos se eriçarem e abri um sorriso de satisfação. Ela colocou as duas mãos em meus ombros me afastando.

__ Chato! – ela saltou da mesa e começou a retirar as panelas do armário – Vou cozinhar para nós dois.

***

Depois do jantar nos encolhemos juntos no sofá e vimos um filme de comédia romântica. Na verdade, ela viu porque eu dormi no meio do filme. Fui acordado pelos beijos de Annabeth no rosto.

Puxei seu rosto delicadamente para próximo do meu pelo queixo. Dei-lhe um selinho demorado e ambos abrimos um sorriso.

__ Senti sua falta – falei

Annabeth se aninhou em meu peito e eu comecei a fazer carinho em seus cabelos. Ela se distraía mexendo nos pelos do meu braço que a abraçava.

__ Eu também senti muito a sua falta – ela escorou o queixo em meu peito e me olhou – Se eu pudesse eu pediria transferência para Long Island.
__ Sua vida é aqui Annie – passei a mão em seu rosto – Daqui alguns meses verei com meu pai se não posso ser transferido para cá, depois que o projeto Charles estiver terminado e tudo mais, poderemos comprar uma casa juntos, depois nos casarmos, viajarmos juntos pelo mundo, conhecer todos aqueles lugares da Europa e da Ásia que você tanto que conhecer...
__ Adoro quando você faz planos para nosso futuro juntos – ela levantou do sofá – Sei que filhos não são nossos planos agora, mas... Que tal brincarmos de fazer alguns?

Naquela noite eu e Annabeth matamos toda a saudade que estávamos um do outro.

Acordei com o sol fraco invadindo a fresta da janela. O quarto estava com um ar frio, virei-me para o lado e Annabeth estava apenas com o pijama, levantei-me e a cobri até os ombros. Fiquei parado ao seu lado contemplando seu rosto tranquilo por uns instantes, como eu era sortudo por tê-la. Abri um sorriso de triunfo ao pensar que eu acordava ao lado dela e não Luke. Idiota, pensei.

Higienizei-me e fui a cozinha preparar um café da manhã para nós dois. Meu telefone começou a tocar em cima do balcão.

__ Alô
__ Perrrrcy – reconheci a voz como a de Grover – Tudo bem cara?
__ Grover, eu to bem cara e você?
__ To ótimo – ouvi uma voz feminina falando alguma coisa com ele – Juníper e eu vamos para o Brasil
__ Para o Brasil? Como assim?
__ Vamos participar de uma atividade ecológica na Floresta Amazônica, sabe o que é isso? Meu Deus – ele soltou um gritinho de animação
__ Parabéns cara, vai quando?
__ Semana que vem, daí queria saber quando você vai vir pra Manhattan, para nos despedirmos, acho que só volto depois do ano novo
__ Eu estou em Manhattan esse fim de semana, podemos nos encontrar
__ Ótimo cara, te ligo e marcamos.

Desliguei o telefone e fui colocar o café na cafeteira.

__ Marcando com que? – Annabeth estava encostada na porta do quarto – Rachel?

Tomei um susto e deixei a colher cheia de pó cair no chão.

__ Nossa Annie, que susto – fui na área de limpeza e peguei uma vassoura e uma pá – Não... Eu estava marcando com Grover, ele viaja para o Brasil semana que vem e queria se despedir
__ Ah sim, achei que iria rever sua amiga – ela caminhou e sentou-se na cadeira da cozinha – Pode limpar essa bagunça mesmo, arrumei o apto todo antes de você chegar
__ Meu Deus garota, você já acorda mandona – andei até ela e lhe dei um selinho – Bom dia
__ Bom dia meu amor – ela disse rindo – O que teremos hoje de café?
__ O básico, pão, leite, ovos, bacon e café, talvez de quebra um suco ainda hein
__ Ótimo, vou tomar meu banho e já volto
__ Banho é? – olhei com ousadia – Interessante...
__ Nem venha Jackson, ainda estou quebrada da noite de ontem – ela jogou o pano de prato em mim – Vai cozinhar!

***

O restaurante em que Grover havia marcado comigo era no Brooklyn. Annabeth se mostrou um pouco relutante de ir, mas logo a convenci. Estacionamos o carro no prédio dele e seguimos caminhando até onde havíamos combinado.

O cheiro de cigarro era sentido até do lado de fora, olhei para Annabeth que entrou de mal humor. Grover veio nos receber, tinha mais dreads do que da última vez que nos vimos e sua barba estava mais cheia também. Juníper nos recebeu com abraços demorados e vários beijos no rosto.

__ Que bom que vocês vieram, vocês são um casal muito iluminado – Juníper acendeu um incenso.

Annabeth olhou para mim pelo canto do olho em sinal de estranhamento. Por mais que Grover seja meu amigo de infância... Ele estava mais ligado “as coisas da natureza” do que eu imaginava.

__ Então, conte-me como vocês conseguiram a viagem? - perguntei

Sentamos numa mesa de madeira e nas paredes haviam desenhos “da folha”, Bob Marley, Bob Dylan entre outro ícones.

Grover e Juníper sentaram-se de frente para mim e Annabeth, que encarava ao redor com curiosidade. Um garçom hippie veio nos atender e deixou o cardápio.

__ O suco de ervas é uma delicia – disse Juníper – Acho que você irá adorar, Annie
__ Óh sim – Annabeth sorriu com urgência – Irei dar uma olhada aqui

Ela pegou o cardápio e se escondeu atrás dele.

__ Cara... Meu pai entrou em contato com umas ONG’s do Brasil e descolou essa viagem pra mim, dai arrumei mais uma passagem pra Ju
__ Que ótimo, vai acrescentar bastante no seu curriculum.

Grover abriu um sorriso. Olhei para Annie, ela ainda estava escondida até do cardápio, ela notou que eu a observava e olhou para o relógio indicando que já era hora de irmos.

__ Grover... Annabeth e eu temos outros... Planos agora, só passei para te dar um oi e uma boa viagem mesmo – comecei a me levantar
__ Mas vocês nem comeram nada – disse ele
__ Fica para próxima – Annabeth falou – Foi um prazer vir nesse local hiper agradável.

Grover pareceu chateado, mas levantou e abraçou tanto a mim quanto Annabeth e Juníper o imitou.

__ Quando chegar me manda um salve – bati a mão no ombro dele – Até mais amigo, se cuide hein? Olha lá você e essa brisa toda.

Annabeth saiu na frente e eu tive que apressar o passo para alcança-la. A peguei pelo braço e a fiz parar.

__ O que foi Annabeth? Aconteceu alguma coisa? – perguntei

Ela virou-se para mim e estava pálida.

__ Acho que foi o cheiro dali, sei lá, to com dor de cabeça só isso, vamos pra casa...

A analisei e confirmei com a cabeça. Peguei a chave do carro e dirigi até seu apartamento.

Ela entrou direto no quarto e foi para o banho, eu desci até a esquina e comprei para ela um analgésico. Voltei vagarosamente, o vento frio batia nos meus cabelos bagunçando-os. Me encolhi dentro da blusa de frio.

Entrei rapidamente no prédio e subi as escadas correndo. Quando cheguei no andar de Annabeth já estava com calor, abri a porta e pude ver que ela estava deitada na cama. Passei na cozinha para pegar um copo de água e fui até o quarto.

__ Annie – falei baixo sentando-me ao lado da cama – Annie...

Annabeth se remexeu e virou para mim com a cara meio fechada, levantei o copo e o remédio e ela sentou-se na cama.

__ Obrigada – pegou o copo e o remédio e tomou num único gole – Odeio ficar assim...

Ela se afastou até o outro lado da cama e bateu no lado em que ela estava deitada. Peguei o copo de sua mão e coloquei na bancada, perto do relógio de mesa e deitei-me junto a ela.

__ Amanhã você já vai embora...
__ Sim – concordei
__ Passou muito rápido, não acha? – ela aproximou a cabeça da minha e ambos olhávamos para o teto
__ Até demais
__ Eu estava pensando...

Virei-me de lado e a olhei, com a sobrancelhas levantadas.

__ Pensando...? – completei
__ Meu pai me chamou para ir a San Francisco semana que vem, mas eu disse que iria ver com você, porque no caso seria a minha vez de ir vê-lo, então eu queria saber se você não quer ir para lá comigo?
__ Eu não sei... Por causa do trabalho...
__ Não! – ela disse me interrompendo – Tudo bem, eu entendo, eu desmarco com ele
__ Annabeth, ele é seu pai, está passando por um processo de recuperação, eu entendo caso você queria ir e deixar para me ver na semana seguinte
__ Vamos ver o que vai dar...

Na manhã seguinte minhas malas já estavam prontas e postas sobre a beirada da cama, Annabeth passava por mim toda hora colocando mais e mais coisa dentro da minha mochila.

__ Annabeth, desse jeito vai ficar difícil de voltar com todo esse peso – falei
__ Caso estiver pesada demais eu levo você até lá.

Revirei os olhos e a segurei pelo ombro no momento que ela passava atrás de mim. Ela me olhou sem entender.

__ Annabeth! Relaxa, você tem sua apresentação daqui a pouco, vou pegar meu táxi aqui na porta, ele me deixa na rodoviária enquanto você vai para a empresa apresentar, tudo bem?

Ela ficou em silêncio e eu a abracei apertado.

__ Vai ficar tudo bem – me afastei e lhe dei um beijo na testa – Daqui duas semanas nos vemos
__ Duas? – ela fechou a cara – Irei vê-lo semana que vem
__ Não, você irá ver seu pai – passei a mão em seu rosto – Acho que já está na sua hora
__ Mas... Mas... – ela fez uma cara de choro
__ Mas nada.

A puxei novamente para um abraço e demos um beijo demorado. Nos afastamos e eu lhe dei seu blazer estendido sobre a cama.

__ Agora vai e mostra pra tudo mundo lá que você é a sabidinha que eu tanto amo.

Ela deu um sorriso sem graça, pegou o blazer, deu-me um selinho, terminou de pegar suas coisas e saiu batendo a porta.

Dei um suspiro longo, a saudade apertaria nessas duas semanas.

***

Voltei para Long Island e retornei a minha típica solidão. Do trabalho para casa, da casa para o trabalho, vez ou outra ia a praia correr um pouco e sentir o mar batendo em meus pés apenas, o frio estava chegando e eu não queria pegar um resfriado ou coisa do tipo.

Annabeth enfim decidira visitar o pai, o que me deixou alegre por ele e um pouco infeliz por mim, mas era apenas mais uma semana sem vê-la. Sempre que eu a ligava ela estava se queixando de dores de cabeça ou dores de barriga, isso me deixava preocupado, mas ela tratava sempre de diminuí-las para que eu não me preocupasse tanto.

Leo estava frenético no trabalho, diversas vezes que eu chegava no escritório ele estava deitado sobre projetos, telefones e comida mexicana. Eu era quase uma babá para ele, mandava-o para casa para tomar um banho e dormir um pouco e assim que descansasse, voltasse então para a empresa. A semana passou mais rápido do que eu pensei, parei pouco em casa, muitas vezes saí para navegar de manhã cedo com Quíron e pescar um pouco para aliviar o estresse causado durante a tarde na empresa.

__ Alô – atendi o telefone, voltando para casa depois de uma corrida na praia.
__ Oi amor – Annabeth disse do outro lado da linha – Já cheguei em San Francisco, ok?
__ Ah que ótimo que você ligou – conferi as horas no visor do telefone – Quantas horas são ai?
__ São 23h
__ Bom saber o fuso – eu ri – Não te ligar de madrugada
__ Acho bom mesmo, não quero ser acordada por você... To brincando amor, acabei de avistar minha madrasta, amanhã nos falamos ok? Te amo
__ Se cuide, amo você.

Tornei a colocar o telefone no bolso e cheguei em casa andando.

****

O celular vibrava compulsoriamente sobre a mesinha ao lado de minha cama, abri o olho relutante e era meia noite, rolei na cama até o telefone e o atendi.

__ Alô? – falei com a voz mais morgada do mundo
__ Percy... – reconheci a voz de Annabeth aparentemente chorosa do outro lado da linha.

Levantei num pulo e me sentei na cama, droga, o pai dela.

__ Annabeth, o que houve? – perguntei com urgência na voz
__ É que... – ela deu um soluço
__ Seu pai...
__ Não tem nada a ver com ele....

Alguém tomou o celular da mão dela e me atendeu.

__ Percy, sou eu, Sr. Chase, como vai? – ele disse numa voz de poucos amigos
__ Senhor Chase... Annabeth, o que aconteceu? – a preocupação já não cabia mais dentro de mim
__ Tem como você pegar um voo pra São Francisco agora?
__ Aconteceu alguma coisa com ela? – estourei no telefone
__ Quando você chegar nós conversamos...


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