Maré De Sentimentos escrita por R_Che
Notas iniciais do capítulo
Olá a tod@s! Decidi voltar. Mas desta vez voltei com a certeza de que, se não morrer entretanto, vou acabar de postar esta história e não vou demorar muito tempo. Posso dizer que esta é a minha favorita, e que não tenho qualquer dúvida que vai continuar a ser, mesmo que não gostem. Tenho-lhe um carinho especial (inicialmente eram outros personagens, tive de adaptá-la), e gostava muito de ter o vosso apoio. Já tenho 10 capitulos escritos, o que me facilita, mas ainda tenho a parte mais importante da trama para escrever, o que me ajudaria muito ler o vosso feedback. Se gostarem e se não gostarem, eu quero saber na mesma. Refiro novamente que sou de Portugal, e portanto todas as minhas histórias são escritas em português daqui. Deixo-vos com o primeiro capitulo. Obrigada a todos.
Hiram e Shelby Berry eram um casal convencional. O mesmo se podia dizer de Russel e Judy Fabray. Desde muito cedo que as suas vidas se tinham cruzado. Viveram na mesma alta sociedade e frequentaram todos o mesmo colégio e a mesma universidade. E por muitas voltas que a vida desse, nunca se separaram. Eram os melhores amigos, e foi graças a essa amizade que construíram um futuro brilhante e promissor juntos. Trabalharam arduamente para fundar uma das melhores e mais elegantes cadeias de hotéis espalhadas pelo mundo. No entanto, tinham recebido uma educação tradicional mas nada conservadora. Eram pessoas portadoras daquilo a que hoje em dia se denomina como “mente aberta”. Prometeram desde sempre que teriam filhos com muito pouca diferença de tempo, e prometeram também que esses filhos um dia se casariam entre si. Assim, o património criado, passaria entre gerações e sempre no seio familiar. Mas essa promessa viu-se abalada com o nascimento de duas meninas. Russel e Hiram ficaram devastados com a ideia de que as suas filhas poderiam não querer levar avante a empresa, e então decidiram que ambas seriam educadas nesse sentido.
Os anos passaram e Rachel Berry e Quinn Fabray, foram educadas em dois colégios internos diferentes, frequentaram universidades diferentes, e licenciaram-se em cursos diferentes. Desde pequena que Rachel tinha uma enorme aptidão para desenhar, e nunca o escondeu do seu pai. Russel, com o passar dos tempos, convenceu Hiram de que Rachel seria uma excelente arquitecta. Já a Quinn, foi-lhe destinada à função de gerir a empresa. Embora ambas tivessem 25% (cada) da cadeia de hotéis, assumiram funções diferentes na execução do seu trabalho. Com 22 anos, os pais passaram-lhes a empresa para as mãos, mas nunca deixaram de acompanhar o percurso. Quinn, desde jovem que assumiu gostar de mulheres, já Rachel nunca se pronunciou sobre o assunto.
Rachel era morena, baixinha, mas com umas pernas que invejavam qualquer mulher. O sorriso de Rachel era brilhante, tal como a sua inteligência. Ela era portadora de uma capacidade nata de lidar com problemas, e tinha sempre solução para tudo. Rachel não era sonhadora, mas era sensível e muito responsável. Já Quinn era mais terra-a-terra, era uma amante da leitura técnica e adorava sentir-se informada. Loira e de olhos verdes, mais alta do que Rachel, não havia qualquer semelhança física entre elas. Eram o oposto. Eram tanto o oposto, que não se suportavam. Raramente Rachel e Quinn desciam dos saltos, mas aquela relação de ódio que se desenvolvia todos os dias, fazia Russel e Hiram sorrir. Quinn, tinha como formação máxima o respeito pelas mulheres, fossem quais fossem as condições, e com Rachel a sua postura era diferente. Ambas trocavam palavras que se fossem granadas rebentavam com a cidade onde viviam, mas segundo os seus pais, por muita troca de galhardetes que existisse, elas sentiam-se confortáveis perto uma da outra.
Não era verdade! Mas ninguém retirou da ideia dos dois homens que aquela podia ser a união matrimonial perfeita. Não tendo nenhum rapaz saído na rifa, então a lei do casamento homossexual estava do lado deles. Escusado será referir que nenhuma gostou da decisão dos dois, mas a lei máxima da obediência que lhes foi incutida desde cedo, não permitiu que lhes levassem a contrária. Mas Russel e Hiram apimentaram a questão quando lhes ofereceram os outros 50% da empresa como presente de casamento. A luta pelo poder agravou-se, e agora ambas eram portadoras de 50% cada uma.
Casaram.
Vivem agora numa casa grande, onde nada têm de fazer, porque os empregados tratam de tudo. Maria, a governanta, já conhecida por ambas desde pequeninas, foi outra maneira de Russel e Hiram apaziguarem a situação. A senhora trabalhava em casa dos Berry-Fabray há muitos anos, e com o casamento de Rachel e Quinn, passou a viver com elas. Nem o pai de Rachel, nem o pai de Quinn permitiram que as duas vivessem em sua casa. A ideia deles era que ambas se empenhassem em construir um lar.
Na empresa a situação era diferente. Quinn e Rachel partilhavam a mesma secretária, Carla, e posicionavam-se em gabinetes diferentes mas um ao lado do outro.
Rachel entrou disparada pela porta de entrada de casa.
R: Maria! – chamou.
M: Minha senhora?
R: Maria preciso do meu vestido preto da faixa prateada. Sabes dele? Tenho pressa.
M: Creio que está guardado no seu quarto de vestir. Eu vou já ver.
R: Eu vou tomar um duche rápido entretanto. Obrigada.
Rachel subiu as escadas, mas quando ia a meio a porta de entrada voltou a abrir-se, mas desta vez numa velocidade normal. A morena olhou para trás mas voltou ao seu caminho. Quinn pousou a mala e a pasta no cabide da entrada e tirou o blazer. Dirigiu-se à sala e serviu um copo de whisky. Passados 10 minutos Maria apareceu, vindo do piso de cima.
M: Boa tarde minha senhora.
Q: Maria, não me habituo a ouvir-te chamar-me senhora. Era sempre “menina Quinn para aqui, menina Quinn para ali”, tenho saudades. – sorriu a loira.
M: Mas agora a menina Quinn é uma senhora casada, e eu vou trata-la como tal. Fim de discussão. – disse a governanta divertida.
Q: Pronto, pronto. Mas diz-me lá, o que é o jantar?
M: Fiz uma coisa levezinha, como me tinha pedido.
Q: E a Rachel já reclamou?
M: Como assim?
Q: Disseste-lhe que fizeste o jantar que eu pedi?
M: A dra. Rachel não janta minha senhora.
Q: Ah não? Então podes servir que eu estou com muita vontade de comer.
M: Com certeza. Em 10 minutos está servido.
Q: Obrigada Maria. Se calhar ainda dá tempo de eu ir trocar de roupa.
Quinn assim o fez. Quando chegou ao quarto a morena estava à luta por fechar o fecho do vestido que se situava nas costas. A loira nada disse e passou por trás dela e fechou-lhe o vestido.
R: Obrigada. – mas não recebeu nenhuma resposta pela parte de Quinn que se dirigiu à casa de banho e fechou a porta.
O telefone da morena tocou e ela atendeu apressada.
R: Eu sei, eu sei, eu sei. Estou atrasada! Mas prometo que não é muito, estou quase despachada e ligo-te quando estiver a chegar…- Quinn saiu entretanto da casa de banho.- Ah então vamos chegar ao mesmo tempo. Estava preocupada. Sim… está bem… não deve ir…quem?... mas porquê?... ah pronto. Até já então.- e desligou.
Q: Onde é que vais?- o tom de voz não demonstrava grande interesse.
R: Não tens nada a ver com isso.- respondeu a morena antipática.
Q: Se calhar até tenho, só não estou é muito interessada em saber. –e levantou-se e desceu para jantar.
Uns minutos mais tarde Rachel desceu também.
R: Maria, não precisas de esperar por mim acordada. – o tom de voz era simpático e preocupado.
M: Está certo minha senhora. – Rachel saiu de casa em direcção ao carro.
Q: Maria eu venho já. – Quinn levantou-se da mesa da sala de jantar e saiu atrás de Rachel. Quando a morena já estava sentada no banco do condutor, Quinn bateu no vidro e Rachel abriu-o enquanto revirava os olhos.
R: Despacha-te que estou atrasada. O que é que queres?
Q: Quero saber onde vais. – disse a loira com alguma autoridade.
R: Eu também quero muita coisa. – respondeu Rachel enquanto procurava o telemóvel dentro da mala. Achou-o e meteu-o no bolso do casado preto que tinha vestido.
Q: Vais a algum funeral?
R: Desculpa, não percebi?!
Q: Vais toda de preto.
R: Era o que me faltava. Quinn porque que é que não voltas para a mesa e fazes um favor a ti própria e acabas o teu jantar?
Q: Onde vais?
R: Já te disse que não tens nada a ver com isso. – e fechou o vidro enquanto ligava o carro e arrancava. A loira ficou parada a vê-la ir embora, e depois voltou a jantar.
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Sejam felizes, e façam-me feliz ao comentar!Beijinho*