Inalcanzable escrita por Duda


Capítulo 30
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Geeeente, vocês viram o episódio de hoje? CA-RA-LHO! Não consigo parar de ver o Avance de amanhã, a cena em que a Anshie descobre que o Jeremy é o German. Sério, acho que vou pirar até amanhã!

Enfim, o capítulo tá aí!

E ah, vocês que comentam, são umas lindas ♥



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02 de Fevereiro – Sábado

POV. German

– Papai, está tudo bem? – Violetta perguntou batendo na porta do meu quarto. Eu não respondi e ela entrou. Eu estava deitado na cama com um travesseiro em cima da minha cabeça. Ela sentou-se na cama e retirou o travesseiro, eu resmunguei e coloquei o braço sobre meus olhos. – O que aconteceu, papai? São 14h e você não saiu dessa cama, a Jade já ligou mil vezes perguntando de você, o Ramalho, a Olga e o Pablo ligaram preocupados. – Sentei-me na cama e a olhei.

– A Angie voltou. – Violetta esboçou um fraco sorriso.

– Eu já sabia.

– E por que não me disse?

– Porque Angie pediu. – Eu abaixei a cabeça. – Você a viu? – Eu assenti. – E como ela está? – Eu a olhei e dei um sorriso triste.

– Mais linda do que antes. – Deixei um lágrima cair. – E... – suspirei – eu não sei se é apenas comigo mas... ela tornou-se uma pessoa fria. – Abaixei a cabeça. – Olha o que eu fiz com ela, Vilu.

– Papai, eu vou ajudá-lo a reconquistá-la. – Eu a olhei.

– Não adianta. – Fiz uma pausa – Nós conversamos ontem e sabe o que ela disse? – Vilu negou. – Disse que me odeia e que eu mereço tudo o que eu estou passando. – Violetta arregalou os olhos e eu abaixei a cabeça. – Ela não só me esqueceu como passou a me odiar.

– Ela diz isso na tentativa de enganar a si própria. Eu não acredito que ela o odeia, é só que... o orgulho dela ainda está ferido, ela não quer admitir que depois do que aconteceu continua amando-o. – Eu a olhei. – Sério, mulher com o orgulho ferido é capaz de virar um monstro. – Nós dois sorrimos. – Mas agora vocês vão passar mais tempo juntos e aí ela vai ver que você a ama... É claro que seria muito mais fácil se não houvesse esse noivado com a Jade mas... – Com tudo isso, eu esqueci que estou noivo.

– Vamos esquecer essa história, Vilu, eu não quero que ela volte a sofrer.

– E você vai continuar sofrendo?

– Eu procurei isso, agora tenho que arcar com as consequências.

– Papai, não...

– Deixa quieto, Violetta, por favor... Talvez a ferida dela tenha fechado mas a minha nunca fechou e eu não quero cutucá-la mais, não quero sentir mais dor por causa disso. – Violetta suspirou e abaixou a cabeça.

– Eu não gosto de vê-lo assim.

– Eu sei, meu anjo, mas não se preocupa comigo, eu já estou acostumado com a dor. – Violetta olhou-me. – Ela tornou-se uma ótima companheira. – Ela suspirou de novo e levantou-se.

– Você não vai almoçar? – Eu neguei. – Qualquer coisa me chama. – Ela deu-me um beijo na bochecha e retirou-se do quarto.

Ontem vim direto para a casa, Jade pegou carona com o Ramalho, eu não estava em condições de começar qualquer diálogo com qualquer pessoa que fosse, ainda mais se essa pessoa fosse a Jade. Eu entrei no quarto e permiti-me pensar em toda a conversa com Angie e, principalmente, no beijo que demos. Como eu estava com saudade daquele beijo, daquela pele macia e de encarar aqueles olhos verdes. Foi um momento que eu não esquecerei jamais, assim como não esqueci os momentos mais magníficos da minha vida que passamos juntos há cinco anos. Não esqueço porque, ontem mesmo, tive a certeza de que não os terei novamente e, por isso, devo prender-me a eles. Se eu não posso ser feliz com ela, ao menos terei breves momentos de alegria apenas lembrando-me do que passei com ela. Mas a quem eu quero enganar? Jamais serei feliz se não a tiver em meus braços com a certeza de que ela acredita que eu a amo e de que foi capaz de perdoar-me.

xxx

20h

POV. Angie

– Ei, como você está? – Fran perguntou-me e abraçou-me ao abrir a porta. – Entrem. – Depois abraçou o Pablo e a Jackie.

– Trouxe vinho. – Pablo disse sorrindo enquanto entrávamos no apartamento da Fran. O pessoal estava todo lá e todos levantaram-se para vir abraçar-me.

– My darling, – Diego foi o primeiro, nos abraçamos – você está tão linda. – Ele sorriu ao afastar-se um pouco.

– Você que está maravilhoso, darling. – Eu falei sorrindo e então Marco veio abraçar-me.

– E aí bobona, como você está? – Ele disse sorrindo ao afastar-se de mim.

– Eu estou bem – sorri e dei um soquinho fraco no ombro dele – e você? Cadê a namorada? – Ele olhou para a Fran e voltou a olhar para mim, eu os olhei desconfiada.

– É uma longa história. – Ele falou sorrindo.

– Ei ei, eu também quero um abraço, poxa. – Cami disse aproximando-se e abraçando-me.

– Que saudade de você, amiga! – Eu disse abraçando-a.

– Eu também, Angie. – Ela disse e depois afastou-se. Depois o Dan veio abraçar-me.

– E aí, novata? – Na época da escola ele pegou a mania de chamar-me de novata, eu o abracei e sorri.

– Eu não sou mais novata, hein? – Ele afastou-se e sorriu. – Cadê o Maxi?

– Ele está namorando com a Naty agora e ela não se junta com a galera por causa da Ludmila, você sabe como é. – Cami disse e eu revirei os olhos.

– É, aí hoje ele não apareceu porque eles saíram juntos, mas ele sempre aparece. – Dan disse.

Nos sentamos na sala, a Fran trouxe as taças com a ajuda da Jackie, trouxe o vinho e uns queijos para comermos enquanto conversamos. Depois elas sentaram-se, Jackie ao lado do Pablo e Fran ao lado de Marco, eu sorri por isso.

– E então, Marco e Fran, que história é essa de vocês dois juntos? – Eu indaguei e eles sorriram.

– Bom, um pouco depois de você ir embora, eu terminei com minha ex, eu te contei isso, não contei? – Eu assenti – Então, como nós começamos a nos aproximar mais e mais, eu acabei ficando afim da Fran e ela de mim, e foi isso.

– É e agora estamos namorando. – Fran disse sorrindo e dando um selinho em Marco.

– Ok ok, chega de melação os dois. – Eu falei sorrindo e joguei uma almofada nos dois, eles riram.

– Mas e você? – Fran perguntou. Juro que pensei que ela fosse falar algo sobre o German, Pablo também pensou isso porque no momento em que ela perguntou ele olhou-me sério. – Vai encarar mesmo os monstrinhos da St. George? – Fiquei aliviada.

– Ah Fran, não fala assim dos meus aluninhos, não são tão ruins. – Jackie falou irônica e nós rimos. 

– É, mesmo porque o monstro dela não serão os alunos. – Pablo falou e eu o repreendi com o olhar.

– Ah, sei lá, eu acho que ele está tão acabado que não chegará a ser um monstro para ela. – Fran disse e eu suspirei.

– A não ser que ela ainda o ame. – Diego continuou e eu o olhei. – E pelo visto...

– Dá para vocês pararem de dar palpites sobre a minha vida.

– Então nos conte o que aconteceu ontem. – Cami disse.

– Mas como você sabe que aconteceu algo? – Eu olhei para o Pablo e ele fez um gesto com as mãos como se quisesse dizer que ele não tinha nada a ver com aquilo.

– Violetta me ligou hoje – Fran interveio – e contou que o Castillo encontra-se em um estado deplorável e completamente sem vontade de sair da cama. – Eu abaixei a cabeça. – Usei as palavras da Vilu e creio que ela não exagerou quando disse isso, porque eu já te contei sobre a vez em que eu o encontrei.

– Tudo bem, eu conto. – Levantei a cabeça e todos olharam-me curiosos. Eu comecei a contar e quando terminei, deixei algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto. Não só eu, Fran, Cami e Jackie também o fizeram. O Diego abraçou-me.

– Você teve mesmo coragem de dizer que o odeia, Angie? – Pablo perguntou incrédulo, eu assenti. – E você realmente o odeia? – Eu suspirei e abaixei a cabeça. É óbvio que eu não o odeio, eu não consigo, mas também não consigo perdoá-lo. – Eu sabia. – Eu o olhei.

– Eu nunca vou perdoá-lo e não interessa se vocês dizem que ele não teve a intenção de me fazer sofrer. Se ele não quisesse me fazer sofrer, ele não o teria feito. Nós teríamos lutado por esse amor juntos, ele não se arriscou porque não quis. – Fiz uma pausa. – A verdade é que ele nunca teria se arriscado por mim. – Pablo soltou um risinho.

– Como é? – Ele ficou sério. – E quando vocês se encontravam escondidos no terraço? Naquela conversa que o Jorge teve com ele após as férias, Jorge disse para ele afastar-se de você, falou que se soubesse de mais alguma coisa entre vocês dois, o German estaria fora da St. George. – Eu entreabri os lábios e arqueei as sobrancelhas. Não, eu não sabia disso, o German havia dito que Jorge não era contra o nosso relacionamento. Meu coração acelerou apenas por pensar que ele foi, sim, capaz de arriscar-se, ao menos uma vez, por mim.

– Espera, ele disse para Angie que o Jorge não era contra eles dois. – Cami falou.

– Ele não disse a verdade porque não queria preocupá-la, ele só queria passar o tempo com ela, livre de chateações e preocupações. – Pablo falou.

– Então por que depois ele não fez o mesmo? Por que ele não arriscou-se depois? – Eu o olhei.

– Sua tia, Angie...

– Eu já sei dessa história, Pablo, só que você não estava naquela sala de reunião.

– Mas eu estava, Angie. – Jackie interveio. – Eu vi como o German ficou arrasado quando sua tia o obrigou a fazer algo que a magoasse muito de forma que você quisesse esquecê-lo por completo. Eu escutei quando ele disse que não a faria sofrer e sua tia o ameaçou dizendo que era aquilo ou um processo nas costas dele. E não apenas o processo, o emprego dele na St. George também estava em jogo e se ele fosse mandado embora, qual outro lugar empregaria um homem acusado de ter um relacionamento com uma menor? – Eu abaixei a cabeça e deixei algumas lágrimas caírem – E a pior parte, a mais triste, foi quando sua tia estava saindo da sala e ele a chamou. Ele pediu que ela cuidasse de você, a protegesse, porque você não merecia sofrer mais. – Eu comecei a chorar. Será mesmo que eu fui injusta com ele durante todos estes anos? Será mesmo que eu não o deixei de amar e que ainda preciso dele?

– Eu não consigo perdoá-lo. – Falei com a voz entrecortada.

– Mas não tem o que ser perdoado, Angie. – Pablo alterou-se um pouco e eu o olhei.

– Não tem porque não foi você que recebeu uma carta dizendo que não o ama e nunca o amou, dizendo que conheceu outra pessoa e que apaixonou-se por essa pessoa, acabando com qualquer crença no amor que você pudesse ter. – Alterei-me. – E é claro, não foi você que quando perguntou insistentemente sobre a carta, foi ignorado até cansar de tentar saber o porquê daquilo. – Pablo suspirou.

– Tudo bem, desculpa. – Ele pausou. – Mas tente, uma única vez, colocar-se no lugar dele.

– Ele poderia ter escrito uma carta mais sensível e depois poderia ter me procurado quando eu completei a maioridade. Por que ele não o fez? Por que ele esperou três anos para me escrever novamente?

– Sua tia mandou ele escrever a carta daquela forma e o porquê dele não tê-la procurado antes eu não sei mas deve ter uma razão para isso.

– Mesmo que tenha, eu não quero saber. – Pablo suspirou. – Eu não quero mais falar sobre ele. – Ao dizer isso eu tomei todo o vinho restante na taça.

Depois dessa tensa conversa e de mais algumas taças de vinho, as coisas descontraíram-se mais. Nós conversamos e rimos durante a noite inteira, voltamos para casa já eram 3h. Quando cheguei em casa, peguei a caixa que continha a carta que ele escreveu há cinco anos e depois peguei a outra que ele escreveu há dois anos. Nesta ele explicou toda a história, tudo batia com que Pablo e Jackie sempre falaram, mas mesmo que fosse verdade, eu não consigo perdoá-lo, eu tenho um medo enorme de voltar a sofrer por causa dele e isso tem uma chance enorme de acontecer. Eu cheguei a pensar que o amor que eu sentia por ele há cinco anos estava morto mas eu percebi que a simples menção do nome dele ainda é capaz de fazer eu estremecer. E de uma coisa eu tive certeza, o amor que eu sentia... estava apenas adormecido. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido!



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