Draco sabia muito bem que seria chamado pelo diretor, isso o deixado em pânico porque nem mesmo ele sabia o porquê de ter agido agressivamente daquela maneira. Gina o deduraria, disso ele tinha certeza, a única chance de defesa dele é Hermione. O loiro apressou-se para chegar a enfermaria e certificou-se de que Gina não estava ali.

-O que você tá fazendo aqui? –Hermione encolheu-se na cama.

-Hermione deixe eu me explicar, eu jamais machucaria você. –Assegurou e a angústia transparecia em seu olhar.

-Mas você machucou, olha pra mim Draco. –Hermione exaustou-se um pouco.

-Eu não sabia o que eu estava fazendo Hermione era como se eu estivesse preso dentro de mim mesmo, era como se eu fosse um robô sendo controlado. –A respiração acelerada interrompia os finais das palavras.

-Descontrolado você quis dizer. –Corrigiu-o friamente.

-Você precisa acreditar em mim Hermione. –Disse quase implorando.

-Você me machucou Draco, até agora você foi o único que se manteve sempre ao meu lado e então você bate. –A decepção foi demonstrada pela lágrima que escorreu. –Sabe o que é pior de tudo isso? –Perguntou e Draco negou com a cabeça. –Que eu fiz o que todos e principalmente Gina me pediram. –Suspirou e calou-se.

-O que? –Draco abaixou a cabeça.

-Me apaixonei por você. –Confessou envergonhada.

 -Você... Você o que? –Um sorriso quis surgir nos lábios do rapaz.

-Você ouviu bem e me arrependo por ter dito e me odeio por sentir. –Cruzou os braços.

-Sabe Hermione eu também estou apaixonado por você. –Sorriu para a menina que se controlou. –Desde a primeira vez que te vi e a cada dia mais. –Confessou e aproximou-se.

-O que você está falando Draco Malfoy? –A respiração de Hermione ficou descompensada juntamente com o seu coração.

-Que eu gosto demais de você, muito mesmo Hermione. –Aproximou-se o suficiente para sua respiração bater calmamente no rosto de Hermione. –Eu quero beijar você. –Encarou-a.

-Se você encostar um pouco mais perto eu vou bater você, nem se atreva. –Disse devagar e a língua passou instintivamente nos lábios deixando-os mais convidativos ainda.

-Vou pagar o preço. –Draco tirou alguns fios do cabelo da menina de seu rosto alvo e então colou seus lábios nos dela num beijo que no começo estava sendo calmo, mas no momento em que Hermione correu os dedos finos nos cabelos loiros e sedosos de Draco o trazendo ainda mais para si tornou-se mais urgente. 

-Hermione. –A voz masculina interrompeu o beijo. –Você tá maluca? Perdeu a cabeça de vez? –O rapaz ajeitou o óculos e encarou a amiga.

-Quer me matar do coração Harry? –Hermione disse ainda tremendo.

-Sempre atrapalhando não é Potter? –Draco alfinetou tendo um breve dejavú.

-Não sei do que você está falando Malfoy. –Harry afirmou e caminhou até Hermione.

-Você está fazendo a mesma coisa, protegendo a pobre menina. –Draco continuou. –Você não se lembra do quão furioso ficou quando me viu com Gina? –Arqueou a sobrancelha.

-Não faz isso com ele Draco. –Hermione saiu em defesa de Harry.

-Desculpe Hermione, eu não queria fazer algo que lhe desagradasse. –Draco sorriu para menina. –Foi mal Potter. –Não o encarou. –Potter pode sair um pouco pra eu me despedir da Hermione? –Dessa vez encarou o rapaz que saiu.

-Você tinha que falar da Gina? –Hermione disse enciumada.

-Desculpa. –Draco desculpou-se. –Deixa eu ir embora antes que sua amiguinha chegue e faça um escândalo.  –Revirou os olhos e selou a menina.

Draco passou por Harry na porta da enfermaria e apressou-se para sair do campo de visão de qualquer um que pudesse ter o visto ali.

Mais tarde Draco, Gina e Hermione foram chamados na diretoria. Todos se encontraram na porta da mesma e Draco lançou um olhar para Hermione que desviou.

-Senhorita Weasley o diretor pediu que a senhorita entrasse. –Minerva abriu a porta e a ruiva entrou.

-Senhorita Weasley soube que esteve metida em uma confusão. –O homem foi direto e isso assustou a ruivinha.

-Não foi uma confusão senhor, as pessoas estão exaltadas. –Garantiu cabisbaixa.

-Senhorita Weasley olhe nos olhos das pessoas enquanto fala. –A menina olhou timidamente. –O que o Senhor Malfoy tem a haver com essa história. –Gina temeu entrega-lo.

-Eu não sei senhor. –O coração quase estourando para fora do peito. –Eu fui procurar Hermione e a encontrei desmaiada e quando gritei levei uma pancada e desmaiei também e quando acordei me disseram que Malfoy estava conosco. –Mentiu.

-Vou pedir que saia e chame a Senhorita Granger, qualquer diferença por menor que seja a senhorita vai para a detenção por mentir perante o diretor. –O homem estava mais severo do que nunca naquele dia.

Gina saiu da sala tremendo e Hermione entrou.

-Senhorita Granger vamos logo a parte que quero saber. Como desmaiou? Ginevra Weasley estava com você? E quanto a Draco Malfoy? –Encheu-lhe de perguntas.

-Estava sozinha quando me empurram e eu desmaiei, é só isso que sei. –Garantiu. –O que Gina disse? –Perguntou aflita.

-Saia, por favor, chame o menino Malfoy. –Disse apenas isso.

Hermione saiu da sala com os olhos arregalados e foi a vez do loiro entrar, estava tão nervoso quanto as meninas.

-Senhor. –Cumprimentou.

-Como achou as senhoritas? –Foi direto mais uma vez.

-Ouvi a Weasley gritar e quando cheguei lá as duas estavam caídas, talvez um assalto. –A respiração quase já não existia no loiro.

-As histórias bateram. –O diretor disse. –Pode sair e avisar para as meninas que logo irei chama-las novamente, mas você está de herói na história. Estão dispensados. –O velho girou a cadeira ficando de costas para Draco que saiu apressadamente.

-As histórias bateram. –Draco suspirou aliviado olhando para Hermione, Gina saiu dali com passos longos.  –Obrigado por salvar. –Agradeceu e segurou a mão da menina.

-Draco é melhor não fazer isso, se nos pegam nos expulsam. –Hermione puxou a mão. –Vai você primeiro. –Ele foi e logo depois ela.

Tudo estava melhor, as pessoas já não estavam mais comentando tanto sobre o assunto, logo todos foram dormir.

No outro dia todos os alunos estavam no salão principal e muitos com um papel na mão. –GG atacara novamente naquela madrugada.

Pansy subiu em cima da mesa e começou a leitura em voz alta.

“Olá queridos colegas, sentiram muito a minha falta? Acho que Luna não, coitadinha da pobre loirinha injustiçada.

Mas não é exatamente esse assunto que venho tratar com vocês neste tão lindo e tempestuosos dia.

Ontem aconteceu um certo incidente com duas certas meninas e um certo belo loiro de olhos azuis, sabem de quem estou falando.

O que muitos não sabem é que naquele mesmo dia este certo loiro foi visitar uma certa novatinha na enfermaria, trocaram juras de amor e beijos não permitidos nesse instituição. Sabem o que ele ganhou com todo esse teatro? A isenção da culpa.

Todos foram chamados á diretoria e advinha quem saiu de herói? Sim, o loiro destacado nessa tão indignada carta. A ruiva apaixonada e a novata fura olho o defenderam com unhas e dentes. E agora? Está ai fingindo que nada aconteceu. Mas todos agora sabemos que aconteceu.

Que feio Mafoy enganando uma Wealey e uma Granger? Tsc, tsc, tsc isso não se faz. Menino mau. Magoando o coração de duas garotinhas inocentes. Será que Granger sabe até onde você foi com a nossa adorável e santinha Ginevra Weasley?

Ah Draco... Você é malvado.

Um último recado que vai para Harry Potter: Escolha melhor as garotas pelas quais se apaixonada, você só escolhe as vadias fingidas. Pobre Harry, tão meigo e tão desprezado.

Hogwarts cuidem-se. A próxima vítima pode ser você.

Com muita sinceridade e com muito veneno...

–GG

Hermione encarava Draco com a raiva estampada nos olhos e Gina segurou a mão da amiga e encarou.

-Eu avisei a você que ele não presta. –Gina a abraçou numa forma de conforto. –Tudo vai ficar bem, você só precisa supera-lo. –Deu um beijo na bochecha da amiga.

-Foi você não é santo Potter. –Draco avançou na gola da blusa do menino o levantando. –Você é um idiota. –Socou-o. –Só você me viu na enfermaria, então não negue. –Empurrou-o e Gina pôs-se a frente do garoto de óculos.

-Não encoste um dedo nele Malfoy. –A ruiva gritou em defesa do amigo. –Quem nos garante que não foi você? –Acusou-o.

-Eu iria escrever uma carta falando de mim mesmo? Me poupe da sua ingenuidade Ginevra. –Draco olhou Harry. –Te cuida porque eu não me vinguei. –Ameaçou e saiu furioso.

-Gina não fui eu. –Harry encarou-a.

-Você me decepcionou muito Harry eu quero muito acreditar que você não é esse monstro que deixou Luna ser expulsa injustamente. –Fechou os olhos. –Já não sei mais no que acreditar. –Saiu andando.

-Hermione... –Tentou falar.

-Você me deixou acusar Luna e deixou a pobre menina ser expulsa. Você é um covarde  Harry. –Hermione acertou um tapa no rosto do amigo e saiu andando e chorando pelos corredores.

-Duas garotas seduzidas por um certo loiro de olhos azuis. –Rony disse encostando no amigo. –Eu acredito em você. –Afirmou. –Vamos sair daqui. –Saiu andando e Harry o seguiu.