The Atf Games escrita por Douglisha


Capítulo 2
A traição.




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Meus olhos se abrem tranquilamente para o segundo dia na Arena. Sento-me e percebo que estão todos dormindo. Isis está na janela, sentada dormindo. Provavelmente deve ter sido a ultima a fazer a ronda. Sinto uma leve dor nas costas por ter dormido tão mal. Levanto-me e caminho em direção a Theo, que está sentado na escrivaninha dormindo.

— Ei Theo, acorde. — Ele precisa comer. Todos nós precisamos, e não há comida em minha mochila, nem na de ninguém.

— Hm? O que foi? —

— Quer vir comigo caçar? Precisamos comer. —

— Ah, claro. —

Pego as facas de Isis e minha kunai que eu tinha deixado com Martinho no outro dia. Theo pega seu arco e suas flechas e caminho até Martinho, cutucando-o.

— Ei, acorde. Estou saindo para caçar com Theo. —

Martinho não responde, apenas balança a cabeça e volta a dormir. Bom, se ele morrer, a culpa não é minha. Caminho com Theo em direção à porta e saio da torre com ele, indo em direção ao grande arco e tomando MUITO cuidado para não cair na armadilha. Theo faz o mesmo. Caminho junto com ele em direção ao bosque, observando a vasta vegetação. É impossível que não tenha um animal se quer por aqui.

— Tantas plantas... Deve ter algum rio ou lago aqui perto, e também estamos perto do Reino d’água. Que tal você procurar animais comuns e eu ir atrás do rio? — Me viro para Theo, que concorda e logo me separo dele.

Caminho por um tempo mata adentro. Não posso me esquecer de onde eu estou e como voltar para o reino, muito menos perder Theo de vista. Quando me canso de procurar, me encosto junto a uma árvore, parando um pouco para respirar.

É aí que algo acontece

Meus olhos se fixam no galho grande e grosso da árvore bem na hora que Francy Ane pula dele, sobre mim. Solto um grito e rolo para o lado, desviando de última hora de um bastão que, pelo que vi, ia acertar bem meu rosto.

— Que bagunça é ess... — Fernanda fala da outra árvore, percebendo minha presença ali e pulando logo ao lado de Francy, com um conjunto de machadinhas na mão.

Sinto então algo me agarrar por trás e em seguida um braço em torno de meu pescoço. Kamylla me prendeu em uma chave de braço.

— É o fim para você, seis. — Diz Kamylla, passando uma faca em minha bochecha de leve, mas que é o suficiente para causar um corte.

Ouço um canhão.

Theo está logo atrás de Fernanda, que está morta no chão com uma flecha enterrada em sua nuca.

— Solte-o, agora. — A voz de Theo é mais séria que nunca.

Francy avança sobre ele com seu bastão, e é tempo o suficiente para que eu arranque uma das facas de meu cinto e enfie no braço de Kamylla, que grita e acaba me soltando. Saio correndo de perto dela, o que não adianta muito, pois logo ela joga a faca em minha perna. Caio deitado no chão e ouço um canhão.

Kamylla me pega novamente numa chave de braço, com a faca em meu pescoço. Percebo então que ela está me usando de escudo, pois Theo está com a flecha em direção a ela.

— Não se mova, ou eu corto a garganta dele. — Posso ouvir que a voz de Kamylla é carregada de lágrimas. Ela provavelmente tinha uma relação de amizade, no mínimo, com Francy e Fernanda. E agora as duas estão mortas.

— Largue ele e vá embora, antes que eu mude de ideia. — Diz Theo.

Kamylla não perde tempo em sair correndo, me soltando e não olhando para trás. Ela ainda está com uma faca, então ela ainda pode vencer. Mesmo estando sozinha.

Caio no chão, com lágrimas molhando meu rosto. Theo corre em minha direção, se ajoelhando ao meu lado e vendo o ferimento em minha perna.

— Droga... É fundo... Não dá pra cuidar disso aqui. Temos que voltar. —

Theo me pega no colo. Não acredito no tanto de armas que estamos deixando para trás, as machadinhas de Fernanda, o bastão de Francy, a minha faca, mas eu preciso ir rápido cuidar do ferimento, antes que dê alguma doença. Theo passa com agilidade pela armadilha, correndo em direção ao castelo. Quando já estamos na torre novamente, Martinho está com uma maçã na mão, Mariana também e Isis também. Onde eles acharam as maçãs? Eu não vi frutas na floresta. Há duas maçãs sobre a escrivaninha, provavelmente para mim e Theo.

— O que houve? — Pergunta Mariana, vendo o sangue escorrer por minha perna e vindo até mim.

— Francy, Fernanda e Kamylla o atacaram no bosque. Consegui matar Fernanda e Francy, Kamylla fugiu. — Theo se apressa em dizer, me apoiando na cama da princesa.

— Exploramos um pouco mais o castelo e descobrimos que tem algumas salas escondidas. Achei um tipo de cozinha, há muitas maçãs lá, e uma saída traseira. — Diz Martinho.

Theo parece não ouvir, está mais preocupado em fazer os curativos em minha perna. Quando ele finalmente termina, caminha em direção à escrivaninha, agarrando as maçãs ali e trazendo uma para mim. Comemos a maçã comigo ainda deitado na cama e ele logo ao meu lado. Está tudo indo até bem.

Até que ouço um canhão.

Gritos da parte de fora da torre me acordam da realidade. Agarro meu chicote e minha kunai e vou com todos em direção à janela.

Lara Silva caiu na armadilha, e agora está morta no chão, com várias kunais presas a seu corpo. Quem são aqueles com ela?

Os carreiristas.

Mylena, Dandara, Cloud, Lipi, André e Leandro estão com eles. Meus olhos se arregalam.

-no arco-

— MERDA! COM CERTEZA FOI AQUELE VIADINHO DO SEIS. — Grita Mylena. — EU FALEI PRA AQUELA INÚTIL DA LARA MATÁ-LO QUANDO TINHA CHANCE. —

— Calma gostosa. — Dandara solta uma risada, em seguida dando um tapa na bunda de Mylena.

— Eles estão por aqui. Aquele rastro de sangue nos trouxe até aqui. Só pode ser do seis. — Diz Lipi, vasculhando o local.

Cloud vai em direção ao castelo, mas André o impede de prosseguir.

— Espere. Se ele fez isso, com certeza eles colocaram mais. Lembra-se do bilhete? 48 horas. Eles têm mais 24 horas pra sair. Uma hora eles têm que sair, e quando sair, nós matamos o seis. — Diz André.

— Então sua ideia é esperar que eles saiam? — Diz Leandro.

— Sim, essa é minha ideia. —

— Bom plano. — Diz Cloud.

Por fim todos decidem acampar em frente ao castelo. Mylena, Dandara e Lipi se posicionam logo abaixo da torre, Cloud, André e Leandro logo a frente da porta do castelo.

-na torre-

— Eles estão querendo o Douglas. — Diz Isis, que está com uma cara de terror.

— Então eles vão ter o Douglas. — Diz Mariana, me agarrando pela gola da camisa e caminhando em direção à janela. Theo segura o braço dela, a puxando.

— Não! Vamos pensar em outro jeito! — Diz Theo.

— Eu não vou morrer para proteger esse menininho! Antes ele do que eu. —

— ME LARGA! — Grito, já me debatendo.

Tiro minha kunai do cinto e vou com ela em direção ao abdômen de Mariana, que solta um grito e acaba me soltando.

— ORA SEU VIADO! — Ela empunha o machado e me da uma machadada no peito, que faz um corte fundo ali.

Dou uma chicotada na perna de Mariana, que desvia facilmente. Ela levanta o machado para me matar de uma vez, quando de repente uma flecha gruda na cabeça dela. Um canhão preenche meus ouvidos e Mariana cai morta no chão. Olho para Theo, que está com o arco e flecha empunhado na mão. Mas não continua assim por muito tempo, pois Isis enfia a faca na cabeça de Theo nesse momento, e ele cai morto no chão com um canhão.

— THEO! — Solto um grito.

Tento correr até ele, mas não consigo, pois as mãos de Martinho me impedem, e ao mesmo tempo me empurram, me fazendo cair da janela da torre.


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