Antes

“Olhei para baixo e era uma bela altura, mais quem havia escalado árvores de 10 metros aquilo não era nada, me virei para descer e então virei o pé me desequilibrei. Pronto aquele era o meu final iria morrer no castelo. Senti o vento enquanto caía.

Quando eu pensei que meu corpo iria sentir o chão na verdade senti dois braços fortes me pegando, estava de olhos fechados por causa do medo, os abri e me deparei com dois e grandes olhos azuis me olhando.”

Agora

Aqueles dois grandes olhos azuis me encaravam de um jeito diferente, de um jeito misterioso. Estava com as pernas trêmulas por causa do susto se duvidasse nem em pé me aguentaria caso me soltasse daquele homem.

Não sei de onde eu arrumei forças mais consegui me soltar dos braços dele que me segurava com uma certa força, corri para dentro do jardim, estava com os olhos molhados prestes a chorar.

A minha camisola esvoaçava junto com o meu roupão que estava caído nos meus ombros, estava descalça e toda descabelada e com o rosto manchado em lágrimas.

Enquanto corria tropecei em alguma coisa no chão e caí e tive a leve sensação de ter torcido o meu tornozelo, mesmo sentindo dor continuei a correr, só precisava sair daquele lugar, só precisava de alguma coisa que não tenha a ver com a família real.

Quando não aguentei mais a correr por causa da dor do meu tornozelo caí de novo perto de um canteiro de rosas vermelhas e brancas e um banco me apoiei no banco chorando muito e baixinho, na verdade eu soluçava tanto que era o único som daquele jardim além de alguns passos distantes que chegavam cada vez mais perto.

Ainda chorava mais percebi que tinha alguém em pé atrás de mim, me virei com os olhos inchados do choro, só consegui ver um vulto vestido de preto atrás de mim.

– Está tudo bem querida? – Me perguntou o ser que estava atrás de mim com a voz calma e contida

– Não sou sua querida! – respondi com a voz embargada do choro e muito mal criada

Então eu percebi com quem eu falava, era o príncipe. Droga.

Então ele se sentou do meu lado e encarei seus olhos incrivelmente azuis que poderiam ser confundidos com a Lua que era cheia essa noite.

– M-me desculpe senhorita – Ele tentou se desculpar com a voz calma – Senhorita?...

– Senhorita...?

– Me desculpe mais eu não consigo ver a placa do seu nome Senhorita – Olhou para o chão com o olhar baixo

– Elena Gilbert – O respondi com desdém

– Minha querida...

– Não sou sua querida já disse – Respondi ainda mais mal criada, pouco me importava se ela era o príncipe.

– Me desculpe... – Ele deu uma breve pausa – A senhorita sabe quem eu sou? - Me perguntou pausadamente

– Claro que sei – Dei se ombros

– Então...?

– Então que não me importo quem a Vossa majestade seja, se quiser me mandar embora agora pode me mandar – O olhei bem no fundo dos olhos e lágrimas ainda desciam dos meus – Não me importo com nada, está doendo, quero ficar sozinha – E fiquei sentada em uma posição fetal.

– Ei calma que... – Então ele parou no meio da frase depois de um olhar nada legal meu – Senhorita...

– Calma? O senhor quer que eu tenha calma? EU estou presa com mais quatorze fúteis garotas que querem matar umas as outras, você acha que eu tenho que ter calma? Estou em uma jaula em um arem do grande príncipe. A mercê do príncipe e de suas vontades reais. Isso é a coisa mais fútil de todas.

– É tão ruim assim? – Perguntou, o olhei sem entender – Quer dizer, ter quatorze garotas juntas á você?

– Vossa alteza não imagina quanto – Revirei os olhos

– Mais em compensação é uma bela jaula – Sorriu tentando ser engraçado e eu o olhei com o olhar entediado – Mais então a senhorita que ir embora? – Me perguntou

– Eu não posso – Me endireitei limpando as lágrimas – Não posso voltar, não agora.

– Não entendo – Me olhou curioso – Quer dizer, a senhorita pulou de uma janela para fugir.

– Mais eu não posso voltar – O olhei e ele me olhava do mesmo jeito.

– É por causa de alguém? – Me perguntou, eu apenas assenti – A senhorita irá querer ficar sozinha?

– Sim Ma...Majestade – Ele sorriu e se levantou.

– Se a senhorita quiser eu posso pedir para os guardas a deixarem sair toda noite – Eu sorri pela a primeira vez aquela noite e ele sorriu de volta – Para que a senhorita não tenha que pular de janelas, talvez eu não esteja lá toda a noite para pegá-la – Ele sorriu e não tinha como sorrir de volta, então eu percebi que ainda não o tinha agradecido de ter me salvado da morte.

– Obrigada – Olhei para baixo corada – Por me salvar da morte eminente.

– Estarei ás ordens – Então se levantou – Te deixarei sozinha agora senhorita – Sorriu abertamente, ele sorria muito – É só queria pedir uma coisa Senhorita Gilbert – Eu o olhei.

– Pode pedir alteza.

– Por favor não fale para as outras garotas que desse nosso encontro inesperado, segundo ás leis só as posso ver amanhã todas vocês.

– Pode deixar majestade.

– Agora a deixarei e só não demore para entrar – Então ele somente voltou para o castelo me deixou.

Demorei somente mais uns 15 minutos para voltar para o palácio, assim que passei pelas as portas os guardas me olharam com o olhar interrogativo de como eu havia saído, olhei para eles com uma cara do tipo “- Seus babacas eu sou ninja RIARIARIA”.

Subi para o meu quarto nas pontas dos pés para não ser pega, me senti uma criminosa e eu adorei aquilo de verdade.

Assim que entrei no quarto me joguei na cama e me cobrindo com aquele cobertor que me parecia que estava me cobrindo com nuvens.

Mesmo assim não consegui dormir ainda, e pensei até que o príncipe seria legal, mesmo assim eu tinha um pé atrás com ele. Com esse pensamento caí no sono.