Príncipe Herdeiro Damon Salvatore

- Vossa Majestade está na hora de começar o jornal – Me virei e vi uma criada sorridente

- Já vou, obrigada – Ela deu um discreto sorriso e saiu.

Suspirei olhando a imensidão daquele jardim, me sentia preso como um pássaro em uma gaiola, sou o príncipe de Mistic Falls, o grande futuro rei de um país de uma nação, aquilo pesava nas minhas costas mais que eu gostaria de admitir.

Pesava ter um título assim de tanta importância antes mesmo do seu próprio nome de batizo, um país e sua população espera tudo de mim, mais do que eu acho que um dia poderia dar.

Agora para acabar de vez com o meu sofrimento – Sinta a ironia – Irei me casar com uma completa desconhecida, irei me casar com uma plebeia. Nada contra as plebeias mais isso é errado eu não a amo. 15 garotas irão “invadir” o palácio para roubar meu coração – até parece aqueles roteiros de filmes clichês – Não tinha volta era o que o meu povo esperava e eu não os podia decepcionar.

Andei até onde era gravado o jornal oficial, na pequena saleta que havia antes do estúdio estava meus pais e a minha irmã mais nova Tina, Na verdade a princesa Vallentina Salvatore, mais para mim só Tina, a minha pequena Tina.

- Damon – Minha irmã correu até mim para me abraçar.

A levantei do chão e a rodei. Já tinha 13 anos mais ainda era a minha bonequinha, tem os cabelos longos e loiros herdados da minha avó, olhos verdes e um rosto delicado e a pele muito branca. Todos dizem que ela puxou a beleza da minha falecida avó a Rainha Mary.

Na frente de todos parecia uma garota comportada e muito sofisticada mais quando estava fora das câmeras  era só mais uma menina pré adolescente normal importando ou não o seu título.

- Valentina Salvatore tenha modos – Repreendeu minha mãe, minha irmã só revirou os olhos.

- Mamãe ela só está feliz em ver o irmão bonitão dela – Sorri marotamente e levei um tapa da minha irmã.

- Vá terminar de se maquiar Valentina – Mandou mamãe e minha irmã foi sem pestanejar

- Damon querido está pronto para conhecer as garotas? – Perguntou minha mãe. Suspirei

Como explicar que eu não queria me casar com uma completa estranha? Como explicar que estava com medo de não achar a esposa certa? Como explicar que já amava outra? Como explicar que essa outra me traiu com o meu melhor amigo? Minha vida não tinha explicação nada nela tinha.

- Não mãe! – A olhei em seus profundos olhos castanhos – Mas de tudo se dá um jeito – Sorri de lado

- Tenho certeza que as garotas serão ótimas querido – Sorriu minha mãe.

Minha mãe foi uma das selecionadas do meu pai. Eles sempre me contaram que souberam que eram um do outro pela a simples troca de olhares no primeiro jantar, depois de 14 dias meu pai anunciou o fim da seleção e a sua noiva. Então hoje são o casal mais lindo que já vi, meu pai poderia ser frio e calculista mais perto de minha mãe ele era outro homem, ela o amolecia, ela mostrava o verdadeiro Joseph Salvatore, não o grande Rei, mais somente Joseph. Minha irmã tem o mesmo poder com o meu pai.

Eu queria que fosse assim que eu encontrasse a esposa certa só pelo o olhar, por um simples olhar.

- Vamos Damon – A voz imponente do meu pai soou atrás de mim me virei e assenti – Sua coroa – Revirei os olhos e fui colocar a coroa que eu tanto odiava e fui para o palco.

Meus pais se sentaram nos seus respectivos tronos assim como eu e minha irmã. Então anunciaram que começaria o jornal, eu estava com o coração praticamente pulando do peito e minha mão soava frio, era agora ou nunca.

– Boa Noite Mistic falls – A voz animada de Gavril Fadaye ecoou – Majestades – Ele fez uma reverência para nós que somente sorrimos

– Gavril sempre é bom revê-lo – Comentou meu pai que estava com uma voz animada

– Digo o mesmo meu rei – Sorriu – Agora vamos apresentar o homem mais amado do país, lhe apresento o Príncipe Damon Salvatore meus senhores – Me levantei do trono e andei rezando para não tropeçar e cair duro ali mesmo. Me sentei frente á frente com Gavril.

– Como vai Gavril? – Perguntei educadamente.

- Muito bem Majestade – Sorriu – E vossa alteza como está? - Perguntou

– Não posso dizer que completamente bem, já que dentro de poucos instantes conhecerei 15 possíveis esposas – Respondi tentando ser bem humorado e dando o meu melhor sorriso.

– Isso é de se compreender majestade – Deu um sorriso logo após uma risada rouca– Vossa Alteza já conhece as selecionadas?

– Irei conhecer agora com todos vocês – Repondi com sinceridade, não tive interesse nem a vontade de olhar a ficha delas – Mais pelo o que eu soube são moças adoráveis – Sorri

– Então agora o nosso príncipe e todo o país conhecerá 15 belas jovens filhas de Mistic Falls e nossa futura rainha – Um grande telão que havia no palco se acendeu mostrando o brasão do país e o hino logo começou a tocar, senti minha mão suar e um tremor nas pernas, eu realmente não estava nada bem.

– Sophie Genoon, três, Florencia – Uma loira de olhos verdes e um belo sorriso apareceu na tela, dei um tímido sorriso, não senti nada com a foto de Sophie.

– Sage Vicenzza, quatro, América – Uma ruiva de olhos verdes encheu a tela dei outro tímido sorriso, a garota também tinha um sorriso tímido nos lábios.

– Hayley Shane, dois, Sophia – A foto da morena de olhos verdes e um sorriso sexy de canto de boca entrou na tela.

– Elena Gilbert, cinco, Carolina – A foto de uma morena e olhos castanhos encheu e tela, me arrumei melhor para ver as feições das garotas, ela era realmente linda e estava com um sorriso que me parecia apaixonado. Agora restava saber para quem era aquele sorriso.

- Katherine Pierce, dois, Clermont – A loira de olhos azuis e um sorriso provocante entrou na tela, ela me parecia determinada e ousada.

- Caroline Forbes, dois, Columbia -  A loira de olhos azuis entrou na tela ela tinha um sorriso brincalhão no rosto, aquele sorriso me levou diretamente a uma pessoa, me amaldiçoei por pensar na maldita loira.

Depois disso não prestei atenção em mais nada entrei em um estado automática só sorria timidamente com o pensamento longe, com o pensamento em Ash.

{…}

- Gostei da Bonnie – A Voz da minha irmã me acordou dos meus pensamentos. O Jantar já estava servido e o jornal havia acabado há uns 30 minutos atrás.

- Qual você mais gostou querido? – perguntou mamãe apenas a olhei.

- Não sei mãe – Suspirei – Acho que só quando ás conhecer melhor – Ela sorriu entendendo e todos voltamos á comer silenciosamente

Assim que acabou o jantar fui chamado até o gabinete do meu pai.

- Queria falar comigo pai? – Perguntei entrando no local

- Sim filho, se sente – Me indicou a cadeira a sua frente e eu me sentei – Damon você sabe agora o tamanho de sua responsabilidade não é mesmo? – Me perguntou e eu assenti

- Sim pai.

- Damon eu percebi como você andou distante hoje – Comentou e eu apenas revirei os olhos – Meu filho 15 belas jovens irão vir para o palácio unicamente para tentarem te conquistar, você tem que se esquecer dela – O olhei sem emoção nos olhos – Você tem que esquecer ela, ela o traiu com o seu melhor amigo, Ashley te traiu com o Matt.

- Você acha que não sei? – Perguntei entrando em desespero, aquilo ainda doía. Faltava 2 dias para o anuncio do nosso noivado e o cancelamento da seleção e ela me traiu, me traiu como o meu melhor amigo.

- Está na hora de esquecer.

- é tudo que eu mais tento papai – O olhei – É difícil

- Eu sei que é – Me olhou com pena – Mais agora é passado e quero você focado cento e um por cento nessa seleção.

- E se eu não encontrar o amor? – Perguntei baixo

- Amor? – Meu pai solto uma risada sínica – Isso não existe na seleção

- Mais você encontrou minha mãe – O olhei desconfiado

- Sua mãe foi um exceção – Sorriu apaixonadamente – Ela foi minha exceção.

- Mais pode acontecer.

- Claro que pode – Me olhou dando de ombros – Mais não se iluda pensando nisso – Avisou – Agora vá se deitar teremos uma grande reunião logo pela a manhã.

Revirei os olhos e assenti. Fui até meu quarto que era denominado o quarto do príncipe que ficava ao lado o da princesa que seria da minha futura noiva enquanto não casássemos.

Dispensei minhas criadas e me joguei na cama, estava um trapo, precisava pensar, precisava dormir.

Esse Damon de hoje não é nem a sombra daquele Damon todo alegre que eu já fui um dia, ela tinha acabado com isso Ashley Bouvié havia me feito assim um poço de ódio e rancor e remorso, a grande Princesa Ashley Lorena Bouvié havia me feito isso.

Peguei sua foto que foi tirada comigo alguns dias antes de tudo acontecer, ela estava linda com seus cabelos loiros esvoaçantes e seus olhos azuis tão vivos que pareciam uma obra de arte em seu rosto perfeitamente esculpido. Eu estava do seu lado sorrindo igual um bobo apaixonado, sempre que estava com ela eu era um bobo apaixonado e louco pela a minha Ash.

Respirei fundo e guardei novamente a foto, depois de tudo que aconteceu com Ash prometi a mim mesmo nunca mais amar, mesmo com todo esse negócio de seleção para achar a minha futura esposa eu não iria me apaixonar.

{...}

Hoje havia chegado todas ás quinze meninas, eu decidi ficar o dia inteiro no 3° andar, não desci nem para jantar, estava com medo de tudo isso.

Depois da cansativa reunião de negócios com o meu pai e os conselheiros voltei para o meu quarto, mais ainda não tinha sono algum.

Afrouxei o nó da gravata e abri alguns botões da camisa e tirei o terno. Eu sempre usava terno aquilo cansava.

Fui mexer em algumas caixas que ficavam no canto do quarto, quando abri uma caixa azul vi o grande brilhante ali, o anel e noivado que dei a Ash. Arfei.

O peguei com as mãos e o fiquei analisando me lembrava com a havia pedido ela em noivado. Eu a amava e estava decidido a me casar com ela, renunciaria o trono se possível mais me casaria com ela.

Guardei o anel de volta e senti uma falta de ar. Decidi descer do jeito que estava mesmo de camisa branca toda bagunçada assim como a minha gravata e os meus cabelos.

Os guardas me cumprimentavam e faziam reverências apenas agradecia. Precisava do ar do jardim.

- Abram as portas irei sair – Ordenei ao guarda

- Mais majestade os rebeldes – tentou me alertar

- Só mandei abrir as portas soldado – Ele apenas assentiu e assim eu saí após abrirem as portas.

Comecei a caminhar pelos os jardins, aquilo me fazia bem.

Olhei para o alto e vi uma cena no mínimo cômica, uma garota de uma camisola longa branca que esvoaçava por causa do vento forte estava pendurada no parapeito.

Ela tentava fugir ou algo assim, até que a vejo virar o pé e se desequilibrar sem pensar duas vezes corri para tentar a pegar já que a mesma entrou em queda livre.

Por sorte cheguei no momento que aconteceria o impacto com o chão e a peguei nos braços. Seus olhos se mantinham fechados e a cara era de pavor. Então ela relaxou e abriu seus olhos profundamente castanhos, que se encontrão com os meus.