O Outro Lado - A Verdade escrita por Isa


Capítulo 25
A misteriosa história da internet


Notas iniciais do capítulo

Iae pessoas como estão?



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“Vocês dois costumam acessar sites de lendas urbanas?” A pergunta de Nina quebrou vários minutos de silencio.

“O que? Você quer nos mostrar fantasmas Sparks?” W perguntou com um tom de ironia.

“Vou tomar isso como um não. Esses sites não tem unicamente historias de criaturas sobrenaturais, há também boatos sobre coisas ilegais e misteriosas que acontecem. Eu costumo acessar esse tipo de pagina frequentemente, porque acho que em toda historia maluca postada na internet existe um fundo de verdade.”

“Aonde você quer chegar com isso Nina?” Perguntei, já completamente impaciente com aquilo.

“Eu andei lendo uma história particularmente interessante.Ela está em alguns sites e paginas de pessoas que moram ou já moraram na cidade de Karakura ou nos arredores. Tirando algumas mudanças que existem de uma para outra, ela é mais ou menos assim: Dizem que há alguns anos atrás, um laboratório clandestino começou a fazer experiências com seres humanos, na maior parte deles bebês que eram de algum jeito levados de suas famílias e depois devolvidos como se nada tivesse acontecido. Parece que eles faziam alguma alteração genética que eu não entendi ao certo, mas que causava um certo distúrbio na mente das cobaias. Eles passavam a ter um desejo inexplicável por matanças. Eram como sociopatas criados em laboratório, que também ganhavam força e inteligência mais elevada que o resto da população. Depois de devolver as crianças as suas devidas casas, os cientistas davam um jeito de vigiar a maior quantidade de tempo da vida delas ao longo de seu crescimento. Obviamente não poderiam colocar câmeras na casa deles, e mesmo que tivessem posto um rastreador enquanto faziam as alterações, não daria para saber exatamente o que essas pessoas faziam 100% do tempo. Mas, simplesmente hackeando algumas redes, daria para observar boa parte da vida de seus experimentos.” Demorei um pouco para reagir depois que Nina terminou de falar. O que era tudo aquilo? Será que aquela historia completamente maluca da internet podia ser verdadeira? E porque ela estava nos contando aquilo? Será que tinha descoberto a verdade? Eram tantas perguntas que eu com certeza não conseguiria responder nada  sem parecer completamente nervosa.

“E?” Me surpreendi com a resposta debochada de W.

“Como assim, e?”

“Porque está nos contando essa piração?” Ele estava tentando disfarçar ou realmente não estava interessado?

“Porque eu acredito que pode ser verdade. Por mais que pareça só uma daquelas coisas que pessoas sem mais o que fazer postam para fazerem desavisados morrerem de medo, eu andei fazendo minha lição de casa direitinho e realmente acho que possa ser possível.”

“Isso me faz voltar a primeira pergunta, porque está nos contando essa piração?”

“Sei lá. Vocês dois me parecem o tipo de pessoa que gosta desse tipo de coisa.”

“Pensei que suspeitasse de nós.”

“Assim como vocês suspeitam de mim, mas eu sempre deixei claro que apenas acho os dois bastante interessantes. Além do mais, nos três temo uma coisa em comum, ficamos interessados nessa historia. E não adianta negarem, isso está bem claro.”

“É, tenho que admitir que uma boa bizarrice me atrai bastante.”

“Então o que me dizem? Querem dar uma checada nessa historia.”

“Talvez. Ainda preciso fazer minha própria lição de casa sobre isso, e como você mesma disse, eu ainda desconfio bastante dessa sua bipolaridade Sparks. Por hora, já vamos indo. Ei Ori.” Demorou um pouco para eu perceber que W estava falando comigo, ainda estava pensando naquela história.

“Tudo bem.” Respondi apenas, e vi Nina me encarar com um olhar de interesse. Eu sabia que ela estava procurando alguma reação que indicasse que nós estávamos diretamente interessados naquilo, então dei um pequeno sorriso antes de ir embora. “Nina não se anime demais, você sabe como a internet é totalmente insana às vezes.” Falei num tom nem irritado nem exageradamente amigável.

“Eu sei. Mas não teria envolvido vocês nisso se meu instinto não estivesse apitando que há uma coisa que vale a pena ser investigada nessa história.”

“Cuidado, as vezes o nosso instinto pode nos enganar.” E disso eu sabia muito bem, por experiência própria, e apesar de ela provavelmente estar falando de instinto de detetive ou algo assim, e eu do meu “instinto assassino”, acho que a regra ainda se aplicava.

“Vou me lembrar disso. De qualquer maneira, falo com vocês dois amanhã. Até, Ori, W.”

“Até Nina.”

“Vamos parar de coisinhas amistosas que nós ainda não nos decidimos. Vamos ruivinha, sabe que não é bom deixar suas primas muito tempo sozinhas ou a Kei vai acabar queimando a casa tentando cozinhar.” Você quis dizer “A Kei vai acabar queimando a cidade inteira tentando matar todo mundo.” mas eu entendi mesmo assim. Também queria ir para casa pensar um pouco em tudo aquilo. Apesar das possibilidades de ser apenas uma mentira bem elaborada, pela primeira vez havia um vislumbre de que poderia ter uma explicação perfeitamente lógica para o nosso problema. Bem, não custava nada investigar um pouco.


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Notas finais do capítulo

Viajei demais? É talvez, um pouco. Ja ne!



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