Ficamos um bom tempo com as nossas mãos juntas, nos olhando fixamente e fomos nos aproximando aos poucos, quando eu disse.

Maria Cecília: -Tenho que ir.- Disse soltando minha mão da dele e saindo dali com muita pressa.

Fui para a minha sala e fiquei pensando no que acabou de acontecer. Refletindo sobre meus pensamentos e se seria realmente isso, que eu estava  gostando dele. Mas vou deixar isso para lá, tenho muito serviço hoje.

Estava concentrada analisando alguns papeis quando alguém entra em minha sala.

Eduarda: -Oi filha.

Maria Cecília: -Oi mãe.

Eduarda: -E ai, falou com o Junior hoje?

Maria Cecília: -Não o vi hoje.

Eduarda: -E por que não vai falar com ele agora Ceci? Ele deve estar na sala dele, se você quiser a mamãe vai com você.

Maria Cecília: -Não posso agora mãe, tenho muito trabalho para fazer e creio eu, ele também tem.

Eduarda: -Se você continuar lerda assim Ceci, vai perder o partidão.

Maria Cecília: -Se você soubesse que já perdi..- Foi um impulso involuntário, acabei pensando alto.

Eduarda: -O que foi que você disse filha?

Maria Cecília: -Nada não mãe.

Eduarda: -Vem, vamos lá agora.- Ela disse me puxando pelo braço.

Ela foi entrando na sala dele sem ao menos bater na porta.

Eduarda: -Junior. Como você está querido?

Junior: Eduarda, eu estou bem.- Notei que ele disse meio sem jeito.

Eduarda: -Vou dar um jantarzinho lá em casa, queria convidar você e sua família para o jantar. Leva o papai e a Gabriela, faz um tempão que a gente não conversa. Que tal?

Junior: -Ah Eduarda, eu não sei. Meu pai está cheio de trabalho e eu também, a Gabi deve estar cheia de coisas da faculdade para fazer.

Eduarda: -Ai Junior, vai fazer essa desfeita para mim e a Ceci.

Junior: -Eu vou pensar Eduarda, está bom assim para você?

Eduarda: -Claro querido. Tchauzinho.- Ela disse e se retirou da sala me deixando sozinha com ele.

Maria Cecília: -Junior, desculpa o comportamento da minha mãe, eu sei que você está muito ocupado com tudo que aconteceu ai e com o serviço. Se não quiser não precisa ir não, isso é só coisa da minha mãe.

Junior: -Está bem Maria Cecília, eu entendo.

Maria Cecília: -Vou voltar para a minha sala agora, tchau.

Junior: -Tchau.

Sai da sala dele totalmente envergonhada com o que minha mãe fez e já fui direto para a minha.

POV Beto

Estava em casa deitado no sofá assistindo de boa quando escuto a campainha, logo lembrei que a Carol tinha tomado o remédio e estava dormindo, então eu mesmo teria que abrir.

Clarita: -Ah, oi Beto. A Carol está?

Beto: -Entra ai Clarita.- Ele disse com aquele sorriso malandro e lindo no rosto.

Clarita: -Não começa Beto, só vim ver a Carol. Ela está ou não?

Beto: -Ela tá, mas está dormindo.

Clarita: -Ah então deixa. Vou indo nessa, mais tarde eu passo aqui.- Ela já estava saindo quando a segurei pelo braço e virei para mim.

Beto: -Não vai se despedir de mim?- Estávamos muito próximos, que dava para ouvir a respiração um do outro.

Então resolvi a beijar, notei que no começo ela se rendeu ao beijo, mas um tempo depois ela me empurrou e disse:

Clarita: -Que isso Beto, você tá maluco?

Beto: -Eu sei que você gostou, confessa ai. Ninguém resiste a mim.

Clarita: -Convencido!- Ela saiu da casa um pouco nervosa, fechei a porta só rindo da reação dela e fui ver tv.

POV Clarita

Fui para dentro do meu carro e fiquei pensando naquele beijo.

Pensamento Clarita~ "Que beijo foi esse? Será que eu agi certo em me separar dele ou eu deveria ter deixado rolar? Afinal, eu gosto dele. Mas ele continua o mesmo moleque chato de sempre." Então decidi dar uma volta para esquecer o que acabou de acontecer.

POV Junior

O dia passou muito lento. Estava decidido a ir para casa tomar um banho, me trocar e depois iria ver a Carol, estava com muita saudade dela.

Cheguei em casa e fui me lavar. Queria sair dali o mais rápido possível, não queria encontrar o meu pai, para ele começar com aquele questionário dele. Quando estava descendo as escadas me encontrei com a Gabi.

Gabi: -Oi sumido, posso saber onde passou a noite e onde vai com essa beca toda?

Junior: -Oi irmãzinha. Claro, estava com a mulher que amo e estou indo a ver agora.

Gabi: -Ai maninho, que bom que está indo tudo certo com vocês. Qualquer dia desses vamos marcar um almoço aqui em casa né?

Junior: -Talvez, conhece o papai. Terá que ser em um dia que ele estiver viajando. Pois sabe muito bem como ele é né? Vai acabar tratando mal a Carol.

Gabi: -É mesmo. Tento descobrir um dia que ele vá viajar ai nós marcamos, está bem?

Junior: -Claro. Mas agora tenho que ir irmãzinha, mais tarde eu volto.- Disse lhe dando um abraço apertado.

Gabi: -Está bem. Tchau e se cuida viu.

Junior: -Pode deixar.

Então segui para a casa da Carol. Cheguei lá e já apertei a campainha. Quem abriu a porta foi a Letícia.

Junior: -Oi Letícia. A Carol está?

Letícia: -Oi Junior. Está sim, entra. Vou chamar ela.

Junior: -Não precisa, deixa que eu vou a ver, ela tem que descansar bem.

Letícia: -Está bem. Ela está lá no quarto.

Me aproximei da porta do quarto dela, bati e disse.

Junior: -Posso entrar Carol?

Carol: -Claro, entra ai Junior.- Me aproximei dela e lhe dei um beijo. -Como foi lá no Café?

Junior: -Bem cansativo. Estava cheio de coisas para fazer, ai a Eduarda foi me procurar para convidar para jantar na casa dela.

Carol: -Essa perua não desiste né? Sempre querendo empurrar a Maria Cecília para você.

Junior: -É eu sei. Eu já disse para a Maria Cecília que estou namorando, mas acho que ela não comentou nada com a mãe. Mas também acho que se comentar a Eduarda vai ser que nem o meu pai, com um questionário para cima de mim. E também iria correndo contar para o meu pai né?

Carol: -É. E conhecendo o seu pai, sei que ele não gostaria nada de saber que estamos juntos.- Ela baixou a cabeça com um olhar triste.

Junior: -Ei, o que meu pai acha ou deixa de achar sobre minhas escolhas não vai mudar o que eu sinto por você. Jamais vou deixar você, eu te amo.- Peguei nas mãos dela, olhei nos olhos dela, dei um beijo profundo com muito amor.

Carol: -Obrigada Junior, eu também te amo muito.- Ela disse sorrindo.

~Continua..