Crônicas Do Olimpo - A Maldição Do Titã escrita por Laís Bohrer


Capítulo 9
Como cultivar seus próprios zumbis!


Notas iniciais do capítulo

Genteee é AMANHA!! AMANHA! AMANHA! ><' *---*

Obg a Annie Volturi (de novo), a Barbara, JujubasColoridas, a Kristy Di Angelo, (ordem alfabética). e a alguns leitorezinhos fantasmas por lerem ^^ vamos?



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Eu encostava o rosto no vidro da van enlouquecida... Tipo, não era tão enlouquecida quanto o táxi das Irmãs cinzentas, mas era dirigida por Zoë. A van continuou serpenteando pelo caminho em direção ao Túnel Lincoln. Não conversamos durante o percurso inteiro. O Clima lá fora era de gelar o sangue... Imagino. E por um breve momento tive a impressão de ver asas negras no céu... Não deve ser nada demais. Apenas impressão, quem sabe? Voltando, eu nunca pensara que Zoë poderia dirigir. Quero dizer, ela não parecia ter dezesseis anos. E, de novo, ela era imortal. Imaginei se ela tinha uma licença de Nova York, e se tinha, o que dizia na data de nascimento.

- Bom... - Hansel quebrou o silêncio. - Então... É.

Tentativa falha, Thalia olhou para mim irritada, mas eu não retruquei com nenhum comentário e muito menos o mesmo olhar, continuei olhando para o céu.

- Hum... - disse ela meio sem graça. - Aquilo lá...

Virei o rosto para ela.

- Aquilo que aconteceu com você no caça a bandeira. - lembrou. - Não sabia que podia conjurar terremotos.

- Também não. - falei sem emoção. - Não sabia que podia tocar em raios com o dedo sem virar torrão de semideusa.

- É... Também não.

Não conversamos muito, como eu disse. O clima dentro da van estava tão frio quando fora dela. Tenso. 

- Ah, Zoë. - chamei. - Aonde estamos indo... Exatamente?

Ela não respondeu. Bufei. Depois de uns segundos eu acabei adormecendo. E é claro... Tive mais um daqueles sonhos estranhos e perturbadores. Eu estava a bordo do navio de monstros de Luke, naquela sala aonde estava o sarcófago dourado de Cronos. Uma voz ecoara, mas não era a do titã.

Pequena estrela de inverno... Aquela do brilho eterno... Você nunca estará sozinho... Ilumine meu caminho... Pequena estrela, Alhena... Aquela que brilha no céu... Leve-me contigo... E nunca estará...

A Voz angelical de Peter parecia tão medonha em um cenário como aquele. Desse vez ele não terminou a canção. A cena mudou e eu vi Peter na beira daquele abismo escuro e sem fim. A Entrada para o Tártaro. Ele não chegou a terminar a última palavra da canção. Seguiu-se seu grito... E ele caiu.

- Megan! - ele me gritava.

- Megan! - era Thalia na verdade, sacudindo meu ombro. - Achei que não fosse acordar nunca.

Abri os olhos e a vi, dei um pulo no banco e bati com a cabeça no teto da van. 

- Ai! - coloquei a mão na testa. - O que eu perdi?

- Demos uma parada, Hansel diz que tem um método de rastreamento e que precisamos parar aqui. - ela revirou os olhos. Olhei para fora pela janela.

Estávamos estacionados em frente a uma cafeteria. Zoë, Bianca e Hansel estavam fora da van, nos esperando. Saímos da Van e adentramos na cafeteria, eu ainda estava com sono. Talvez por não ter exatamente dormido muito bem na noite anterior. Quando finalmente Hansel terminou seu método de rastreamento saímos da cafeteria decididos a continuar no nosso destino.

No caminho eu parei ao ver um vulto em um beco próximo dali. Algo como... Asas negras. E um gemido. Tipo uma risada... Um relinchar. 

- Você tem certeza mesmo, Hansel? - disse a voz de Thalia.

Comecei a andar na direção do beco.

- Megan? - ouvi Bianca chamar, a atenção se voltou para mim. - O que esta fazendo?

- Ah... Achei que tinha visto. - gaguejei, estreitei os olhos para o beco, recuei. - Deixem para lá.

– E você fez isso com bolotas? - ouvi Zoë dizer. - Nós devíamos ir direto para oeste. A profecia disse oeste.

- É um encanto de rastreamento honrado pelo tempo. Quero dizer. Estou praticamente certo que fiz corretamente. - insistiu Hansel.

– Ah, como se suas habilidades de rastreamento fossem melhores? – rosnou Thalia.

Zoë avançou para ela.

- Contestas minhas habilidades, sua serviçal? Tu não sabes nada sobre ser uma Caçadora.

- Eu sou serviçal?! - exclamou Thalia. - O que raios é uma serviçal?!

– De novo, não! - gemeu Hansel se colocando entre as duas.

– Washington D.C. fica a quase cem quilômetros daqui – Bianca disse. – Nico e eu... – ela franziu a testa. – Nós morávamos lá. Isso... Isso é estranho. Eu tinha esquecido. Mas é nossa melhor aposto.

Zoë me pareceu contrariada, mas concordou com a cabeça, relutante.

– Talvez – Zöe rebateu. – Mas eu dirijo desde que os automóveis foram inventados. Vamos logo.

Imaginei se Zöe estivera brincando. Eu não sabia quando os carros tinham sido inventados, mas percebi que era como tempos pré-históricos – quando as pessoas assistiam TV preto-e-branco e caçavam dinossauros. Mesmo assim continuamos nosso caminho, e eu ainda parecia desconfiada, não sei porque nem de que... Mas estava. 

Depois de algumas horas, a van começou a desacelerar. Cruzou o Rio Potomac para dentro do centro de Washington. Comecei a pensar sobre patrulhas aéreas, mísseis e coisas do gênero. 

Zöe finalmente estacionou a van no meio-fio. 

Todos saímos da van e eu tive a breve impressão mais uma vez. Asas negras no céu. Respirei fundo e minha respiração saíra na forma de neblina. 

- Só pássaros... - sussurrei para mim mesma.

Thalia e Zoë discutiam sobre alguma coisa cujo o qual eu perdi totalmente a atenção. Meus olhos estavam sobre a porta de um sedan preto que se abriu. um homem de cabelo cinza e corte militar. Ele estava usando óculos escuros e um sobretudo preto. 

O sujeito pegou seu telefone celular e falou alguma coisa nele. Então ele olhou em volta, como se estivesse se assegurando de que a orla estava limpa, e começou a andar pelo shopping na nossa direção, esteve nos seguindo? 

O pior disso: quando ele se virou para mim, reconheci seu rosto. Era o Dr. Espinheiro, o manticore do Westover Hall.

Isso era mal.

Pensei em ir até meus amigos e avisar que estava indo dar uma volta, mas eles tentariam me impedir e iriam suspeitar... E também avisar que um porco-espinho mutante estava nos seguindo não era o tipo de plano genial que se tem em momento como este. Simplesmente coloquei o capuz na cabeça e vi meu corpo desaparecer. Comecei a seguir o Dr. Espinheiro e entrei, através de uma enorme câmara cheia de mastodontes e esqueletos de dinossauros. Vozes vinham de uma série de portas fechadas. Dois guardas estavam em pé do lado de fora. Eles abriram a porta para Espinheiro, e tive que correr antes que eles fechassem a porta novamente e me deixassem para fora.

Dentro, o que eu vi era tão terrível que quase quanto os meus pesadelos... Tá, sem exagero... No Maximo, tão terrível que quase gritei alto (LOL, dá para gritar baixo?) Eu estava em uma imensa sala circular com uma varanda rodeando o segundo andar. Pelo menos uma dúzia de guardas mortais estava na sacada, mais dois monstros – mulheres reptilianas com cintura de cobras-duplas em vez de pernas. Eu as tinha visto antes. Jake as chamou de dracaenaes da Cítia.

Mas isso não era o pior. Em pé entre as mulheres serpentes  estava meu antigo inimigo Luke. Ele estava horrível. Sua pele estava pálida e seu cabelo loiro parecia quase cinza, como se tivesse envelhecido dez anos em apenas alguns meses. O brilho de raiva em seus olhos ainda estava lá, e também a cicatriz no lado de seu rosto, onde um dragão uma vez o arranhou. Mas agora a cicatriz estava de um vermelho feio, como se tivesse sido reaberta recentemente.

Silena estava no canto da sala, Seus cabelos vermelhos rosados - tipo Ariana Grande. - estavam mais curtos e mal cortados, mas como uma filha de Afrodite comum, ela continuava bonita. Seus olhos azuis gelo estavam com três emoções que nunca pensaria que ela sentisse... Claro, antes de tentar me matar:

Vingança, ódio e fúria.

Quase acreditei no que Jake tentara me convencer durante os últimos anos... Silena não era a mesma pessoa que eu conhecera no Orfanato Dixon...

Quase.

Secretamente vivia na esperança de que minha amiga ainda pudesse existir, ali, dentro daquele monstro que ela pensa que se tornara. Ela permanecia calada.

Ao lado de Luke, sentado de forma que as sombras o ocultassem, estava outro homem. Tudo que eu conseguia ver eram os nós dos seus dedos nos braços dourados da cadeira, como um trono.

 – Bem? – perguntou o homem na cadeira. Sua voz era como a que eu tinha escutado no meu sonho – não tão arrepiante quanto a de Cronos, porém mais profunda e grave, como se a própria terra estivesse falando. Preenchia toda a sala ainda que ele não estivesse gritando.

Dr. Espinhei retirou os óculos deixando a mostra seus olhos de duas cores, castanho e azul. Estes brilhavam excitação. 

Ele fez uma mesura rígida, então falou no seu estranho sotaque francês:

- Eles chegaram, General.

Então aquele homem nas sombras... Me forcei mais para ver seu rosto, sem sucesso.

- Eu sei disso seu imbecil. - rosnou o General. - Mas onde aqui?

- No museu dos foguetes. 

- O Museu do Ar e Espaço – Luke corrigiu, irritado.

Dr. Espinheiro fulminou Luke com o olhar como quem quisera transforma-lo em pó, ele tá plagiando o Jake é isso?

- Como quiser... Senhor. - Tive a sensação que Espinheiro iria em breve atravessar Luke com um de seus espinhos ao chamá-lo de senhor.

– Quantos? – Luke perguntou.

Espinheiro fingiu não escutar.

- Não ouviu? - disse o General. - O garoto fez uma pergunta. Quantos deles estão aqui?

- Cinco, General. - disse. - Hansel Phelps, o sátiro. A garota com cabelo preto espetado e as... como se diz... roupas punks e horrível escudo.

- Thalia. - recordou Luke.

– E outras duas garotas, Caçadoras. Uma usa uma tiara prateada. Receio que sejam caçadoras, e outra garota. Uma de cabelos pretos, a filha de Poseidon.

- Megan. - a voz de Silena despertou no lugar pela primeira vez, era fria e sem emoção. Diferente de antes. 

- A de tiara eu conheço. - disse o General. - Então temos uma dose dupla...

Todos na sala mudaram de posição, desconfortáveis.

– Deixe-me pegá-los – Luke disse ao General. – Nós temos mais que suficiente...

– Paciência – o General disse. – Eles já vão estar de mãos cheias. Enviei um coleguinha para mantê-los ocupados.

- Coleguinha? - ouvi Silena murmurar.

– Nós não podemos arriscar você, meu garoto. - disse o General ignorando Silena.

– Sim, garoto – Dr. Espinheiro disse com um sorriso cruel. – Você é frágil demais para correr o risco. Permita que eu acabe com eles. 

- Não! - a voz dele ecoou na sala. - Você já falhou comigo Espinheiro. 

O General levantou de sua cadeira, e eu o olhei pela primeira vez. Ele era alto e musculoso, com pele morena clara e cabelo escuro engomado para trás. Vestia um caro terno de seda marrom como os rapazes da Wall Street usam, mas você nunca confundiria esse homem com um corretor. Ele tinha um rosto bruto, ombros largos, e mãos que podiam quebrar um poste ao meio. Seus olhos eram como pedra. Senti como se estivesse olhando para uma estátua viva. Era inacreditável como ele conseguia sequer se mexer.

 – Mas, General...

– Sem desculpas!

Antes eu estava a pensar que Espinheiro era um dos monstros mais duros de matar que eu conhecera. Mas ali, e agora. Diante do general, ele parecia um apalermado soldado aspirante. O General era pra valer. Ele não precisava de uniforme. Nasceu para ser comandante.

– Devia jogar você nas profundezas do Tártaro por sua incompetência – o General disse. – Eu o enviei para capturar uma criança de um dos Três Grandes deuses, e você me traz um inútil filho de Ares!

– Mas você me prometeu vingança... - disse Espinheiro, era impressão minha, ou ele estava mesmo tremendo? – Um comando próprio!

– Eu sou o comandante sênior do Lorde Cronos – o General disse. – E vou escolher os tenentes que me tragam resultados! Foi somente graças a Luke que recuperamos nosso plano afinal. Agora saia da minha frente, até que eu ache outra tarefa inferior para você.

O rosto de Espinheiro ficou roxo de raiva. Pensei que ele ia começar a espumar pela boca ou atirar espinhos, mas ele apenas fez uma reverência desajeitada e deixou a sala.

- Silena! - a voz grossa dele chamou.

- Sim, General? - imaginei que ela gaguejaria diante dele, mas Silena parecia tão... não ela. Ela parecia corajosa, ela sempre fora, eu sei... Mas era uma coragem estranha, acreditei que ela poderia me matar a sangue frio se esquecendo das promessas, e de tudo...

- Chame Nakamura aqui. - disse ele.

- Sim, senhor. - disse ela obediente, ela virou-se e saiu da sala na busca do tal Nakamura.

- Agora, a primeira coisa que devemos fazer é isolar a meio-sangue Thalia. O monstro que procuramos virá então para ela. - disse o General.

– As Caçadoras serão difíceis de enganar – Luke disse. – Zoë Doce-Amarga...

– Não fale o nome dela!

Luke engoliu em seco.

– De-desculpe, General. Eu apenas...

O General o calou com um aceno de sua mão.

– Deixe-me mostrar a você, meu garoto, como nós vamos derrotar as Caçadoras.

As portas reabriram com uma batida, como uma forte tempestade que derrubasse o que vinha pela frente. Silena entrara com um garoto, um pouco mais velho que eu. Ele tinha cabelos negros e ralos, a pele era morena, e o olho era negro... Sim eu disse olho, pelo menos um deles, o outro estava fora de visão, coberto por um tapa olho preto de couro. 

Reconheci ele na mesma hora. Era Ethan Nakamura, um indeterminado do chalé 11.

- Você esta com os dentes?! - exclamou o general.

- S-Sim, senhor. - disse. Ethan cambaleou para frente com um pote de cerâmica. 

– Plante-os – e o general disse.

No centro da sala havia um grande círculo de terra, onde acho que uma exposição de dinossauros devia estar. Olhei nervosamente enquanto mais um de lavagem cerebral tirava dentes brancos afiados de dentro do pote e os enterrava no solo. Ele bateu a terra por cima deles enquanto o General sorria friamente.

O guarda deu um passo para longe da sujeira e limpou as mãos.

– Pronto, General!

– Excelente! Regue-os, e vamos deixar que farejem sua presa.

O guarda pegou um pequeno regador de metal com margaridas pintadas nele, o que era meio bizarro, porque o que ele derramou não era água. Era um líquido vermelho escuro, como... Sangue, mas fosse o que fosse... O solo começou a borbulhar. 

– Em breve – o General disse, – vou mostrar a você, Luke, soldados que vão fazer seu exército daquele barquinho parecer insignificante.

Luke cerrou os punhos meio irritadinho... Maldito, queria rasgar a garganta dele... Tá, me alterei agora.

– Gastei um ano treinando minhas forças! Quando o Princesa Andrômeda chegar na montanha, eles serão os melhores...

– Rá – o General disse. – Não vou negar que suas tropas vão servir como uma boa guarda de honra para Lorde Cronos. E você, com certeza, vai ter um papel a desempenhar...

Achei que Luke ficou mais branco quando o General falou isso.

- ...Mas com minha liderança, as forças de Lorde Cronos vão aumentar cem vezes. Ninguém poderá nos deter. Contemple minhas definitivas maquinas de matar!

O solo entrou em erupção como um vulcão. Dei um passo atrás,  hesitante e nervosa. Ansiosa.

Em cada lugar que um dente havia sido plantado, uma criatura estava se debatendo para fora da lama. Todos os tipos de criaturas horrendas passara pela minha cabeça. 

A primeira maquina de matar disse:

– Miau?

Era um gatinho muito fofo. Um pequeno malhado laranja com listras como um tigre. Então apareceu outro, até que havia uma dúzia, rolando e brincando na lama. Todos os encararam sem acreditar. Inclusive eu.

- Gatinhos... Bonitinhos? - disse o General sem acreditar. - NAKAMURA!

Ethan deu um pulo, poderia dar um salto mortal.

- Onde você encontrou esses dentes?!

Ethan recuou.

- Na exibição, como o senhor mandou... - disse ele. - O tigre dente de sabre...

- TIRANOSSAURO!! EU DISSE TIRANOSSAURO SEU IDIOTA! - rosnou o general. - JUNTE ESSAS PRAGAS DAQUI E NUNCA MAIS ME DEIXE VER SUA CARA ESTÚPIDA DE NOVO!

Ele juntou os gatinhos e desembestou para fora da sala.

- SILENA! - chamou ele, depois de dois segundos gritou: - CADE ESSA GAROTA IMPRESTA...

- Chamou, senhor? - Silena surgiu.

- Pegue os dentes certos para mim. - ordenou ele agora, mais controlado.

- Sim, senhor. - ela parecia um robô.

– Imbecis – murmurou o General.

Luke bufou.

- Muita estupidez...

- E VOCÊ FIQUE QUIETO SEU PUXA-SACO! - rugiu.

Luke suspirou.

- Acalme-se General, sua pressão.

O General respirou fundo.

- Tem razão.

Um minuto depois, Silena adentrou com os dentes certos pontudos e largos.

- Ótimo... - disse o General se erguendo do trono. 

Ele subiu no batente da sacada e pulou, a uma altura de seis metros.

Onde ele aterrissou, o chão de mármore rachou debaixo de seus sapatos de couro. Ele levantou, fazendo uma careta, e esfregou seus ombros como se estivesse com torcicolo. O General alisou seu terno de seda, depois apanhou os dentes.

Ele segurou um dos dentes e sorriu.

- Agora sim, minhas maquinas de matar...  Dentes de dinossauro, esses tolos mortais nem ao menos sabem quando possuem dentes de dragão. E não é qualquer dente de dragão. Estes vêm da própria antiga Síbaris! Devem servir muito bem.

Ele os plantou na terra, doze ao todo. Então ele esvaziou o regador. Regou o solo com um líquido vermelho, jogou o regador fora e abriu bem os braços.

- Despertem! - disse.

 lama tremeu. Uma única, esquelética mão surgiu da terra, agarrando o ar. Aquilo foi algo macabro de se ver, estremeci e recuei. 

O General olhou para a sacada.

– Rápido, você tem o aroma?

– Ssssssim, lorde – uma das mulheres cobra falou. Ela pegou uma faixa de tecido prateado, do tipo que as Caçadoras usavam.

- Perfeito... -  o General disse. – Uma vez que meus guerreiros captem esse aroma, eles vão perseguir seu dono sem descanso. Nada pode pará-los, nenhuma arma conhecida por meio-sangue ou Caçadora. Eles vão dilacerar as Caçadoras e seus aliados em pedaços. Jogue para cá!

Assim que ele falou isso, esqueletos emergiram do solo. Havia doze deles, um para cada dente que o General tinha plantado. Não eram nada parecidos com os esqueletos de Halloween, ou do tipo que se vê em filmes extravagantes. Estes estavam criando carne enquanto eu assistia, tornando-se homens, mas homens com pele cinza desbotada, olhos amarelos e roupas modernas – camisas cinza apertadas, calças de exército e botas de combate. Se você não olhasse bem de perto, quase podia acreditar que eram humanos, mas sua carne era transparente e seus ossos cintilavam por debaixo, como imagens de raio X.

Quase cai enquanto recuava, fazendo uma mesa de cabeceira tremer ao esbarrar nela, Silena foi a única que pareceu notar. Ambos estavam prestando mais atenção nos homens-esqueletos. Um deles olhou diretamente para mim, observando-me friamente, e eu sabia que nenhuma jaqueta da  invisibilidade iria me deixar passar por ele.

- O que é isso? - perguntou o General.

- Intrussssssso! - sibilou uma mulher-cobra.

Tarde demais, corri e pulei com toda a minha vontade, abrindo caminho entre os guerreiros e capturando o lenço no ar. Aterrissei no pé de um guerreiro esqueleto, que sibilou.

- Megan Jackson, só pode. - Luke cuspiu meu nome. - Essa intrometida.

Parei na frente da porta e o capuz caiu da minha cabeça. Surgi na frente de todos.

- Até mais , manés! - acenei para eles chutando a porta e abrindo-a. - Nossa! Eu sempre quis dizer isso!

Corri para a saída, mas ouvi um som de rasgado e percebi que o guerreiro esqueleto havia tirado um pedaço da minha manga. Quando olhei de relance para trás, ele estava segurando o tecido perto do nariz, farejando o aroma, passando em volta para seus amigos. Eu queria gritar, mas não podia. Eu me espremi pela porta justamente quando os guardas a bateram atrás de mim.

Então eu corri, virando pelos corredores até que esbarro em uma figura de cabelos escuros. Não era Thalia. 

Quando reconheci a pessoa, quis soca-la.

- O que você esta fazendo aqui?! - gritei com Percy.

- Eu posso explicar!

- Faça isso depois, Cabeça de alga. Temos que correr agora.

Então peguei ele pela manga e o arrastei. Juntos, corremos com um grupo de homens-macabros-esqueléticos atrás de nos...


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Notas finais do capítulo

Peeeeééééééércy! *balindo tipo Grover*
*-------------------*
Neste capítulo, na parte do General há muitos parágrafos copiados, mas não tinha jeito dessa vez. Eu só adicionei a Silena e o Ethan Nakamura *--*

Aviso do General :

*Atenção crianças de casa, eu sou profissional então não tentem cultivar zumbis em casa.



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