Crônicas Do Olimpo - A Maldição Do Titã escrita por Laís Bohrer


Capítulo 6
Sonhos e Perigos... Jackson! É isso o que somos!


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Devo lembrar, NEVE NO ACAMPAMENTO! então se vocês são do tipo que lêm se imaginando na história, imaginem neve ok? Fica mais bonito rs. Adorei escrever esse cap, se bem que tive que escrever duas vezes pois uma vez eu cheguei as 2657 palavras e tive que escrever TUDO de novo , então comentem por favor.



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- Onde esta você!?

Estava frio e escuro, o local me lembrava muito minha estada no Mundo Inferior. A Neblina me impedia de ver. Eu deveria estar em algum tipo de caverna escura pois eu não conseguia ver o céu. As vezes eu ouvia alguns estalos. Passos.

- Espinheiro! - ouvi a voz de Jake. - Por que me trouxe aqui?! Onde esta você?!

Ele parecia enfurecido, como se tivesse vontade de arrancar a cabeça de qualquer um que lhe aparecesse. Ele se esforçava para subir a colina. Velhas colunas gregas de mármore preto estavam quebradas e espalhadas ao redor, como se alguma coisa tivesse explodido uma grande construção em ruínas.

Então sua voz sumiu ali. Ele estava parado e aflito de repente. Segui seus passos até alcança-lo finalmente.

- Jake... - murmurei, mas se ele me ouvia, não demonstrou.

Ouvi uma risada terrivelmente familiar por trás da cortina de névoa. Uma sombra ajoelhada. Jake estava paralisado, havia um corte no seu rosto, ele estava sujo de poeira e suor. Sua camisa estava manchada de sangue de modo que eu quase desmaiei com a visão daquilo. 

A Risada se repetiu.

- Luke... - murmurou Jake.

Então eu reconheci os cabelos cor de areia, a cicatriz perturbadora. Um sorriso maligno, mesmo com aparência cansada, ele sorria. Luke...

- Luke! - repetiu Jake.

Luke sorriu mais abertamente.

- Estou aqui Jake. - disse ele. - Venha me matar... Se for capaz.

A escuridão parecia ser mais espessa em volta dele, névoa rodopiando avidamente. Suas roupas estavam esfarrapadas e seu rosto estava arranhado e úmido de suor.

Jake não precisava de um convite para isso.

Luke sorriu, Jake iria...

- Espera! Jake! - gritei por ele, mas já era tarde demais.

Ele já se fora na direção do traidor, e quando Jake se aproximou de Luke, este o puxou para seu lugar. Luke rolou para trás quando Jake já estava aonde anteriormente Luke estava ajoelhado. Luke respirava pesadamente, ele recuperou o folego e riu.

- Maldito... - disse Jake.

Ele ia arrebentar Luke, desarmado. 

Então a escuridão em cima de Jake começou a ruir. A Caverna estremeceu. Grandes blocos de pedra negra começaram a cair e todo o telhado desabou. Gritei o nome de Jake, tentei pelo menos. Mas minha voz não funcionava mais. Então eu vi ele. Ele impediu que desabasse em cima dele apenas com sua própria força. Isso era... 

- Obrigado. - disse Luke.

- Cretino... - disse Jake tremendo pelo peso das pedras.

– Eu sabia que podia contar com você. Velho amigo. - disse ele.

- Por que? - perguntou Jake.

Luke sorriu.

- Relaxe Jake. - disse ele. - Apenas tente não morrer. Sua ajuda logo virá. Aliás esse é o plano e... Megan não suportaria se você morresse... Ela não suportou na verdade.

- Você... - disse Jake, mas seu esforço podia o deter, mas ele disse: - Você não tem... Dignidade suficiente para falar... dela.

Luke riu.

Ah, não se preocupe. - disse ele. - Sua heroína vai salvar o dia, como sempre.

Então ele pareceu olhar para mim.

- Não é, Megan?

Sua voz ecoou meu nome. Então eu acordei, minha testa foi ao encontro do beliche de cima que por acaso era onde Percy dormia. O Relógio na minha parede apontava duas e pouca... da madrugada. Percebi que eu suava frio e tremia. 

O Mais estranho era que Percy também. Ele respirava pesadamente como se tivesse segurado aquelas pedras.

- O que... foi aquilo? - perguntou ele.

- Você também viu? - encontrei minha voz!

Ele parecia atordoado demais para responder, parecia que ia vomitar.

- Aquele... - disse ele. - Aquele era Luke, não era?

- Ah... Lembro de Jake ter gritado "Luke!" então, sim, acho que era o Luke. - falei, mal acreditando na minha capacidade de ser irônica em horas de preocupação como essa.

Mas eu tinha certeza de duas coisas naquele momento: Jake estava em perigo, e Luke era culpado.

Na outra manhã depois do café, eu e Hansel nos sentamos ao longo da campina vendo os sátiros caçarem as ninfas da floresta pelo meio da neve. As ninfas tinham prometido beijar os sátiros se fossem pegas, mas eles raramente conseguiam.

Geralmente a ninfa deixaria o sátiro ficar com a cabeça cheia de vapor, então ela se transformaria em uma árvore coberta de neve e o pobre sátiro bateria com a cabeça nela e uma pilha de neve seria despejada nele.

Bem mais longe, os filhos de Ares brincavam de guerra de neve. Eu ainda me perguntara sobre Clarisse, não a vi importunando ninguém, estava tudo tão em paz... E isso era estranho.

- Megan... - disse Hansel.

 - Sim? 

- Você já... Gostou de alguém?

Parei para pensar naquela pergunta.

- Sim. - falei. - Você por exemplo, é um grande amigo...

- Não foi isso que eu quis dizer! - exclamou o menino-jegue. - Eu quero dizer... Amar alguém... Ficar junto, e essas coisas.

- Ah... Se eu gosto de alguém desse jeito... - hesitei. - Sabe que eu nunca pensei nisso?

Ele suspirou sonhador.

- Um dia você vai entender. - disse ele.

- É... Tá. - falei.

Resolvi contar sobre meu sonho com Jake. Quando acabei de falar, ele começou a enrolar seu dedo no pelo desgrenhado de sua perna.

– Um teto de caverna desabou sobre ele? - perguntou.

- Sim. - falei. - O que acha que isso quer dizer?

- Não sei. - disse ele. - Mas é estranho Percy ter o mesmo sonho na mesma hora que você.

- Eu sei... - admiti. 

- E também teve o sonho de Zoë...

- Espera! - interrompi. - Zoë também teve um sonho?

- Bem, sim. - disse ele. - Por volta das três da manhã ela veio à Casa Grande e exigiu falar com Quíron. Ela parecia realmente em pânico.

- Só um momento! - interrompi... de novo. - Como é que você sabe disso?

O menino-jegue virou um tomate.

– Eu estava meio que acampado do lado de fora do chalé de Ártemis.

– Para quê?

– Apenas para estar, você sabe, perto delas.

– Você é um perseguidor encalhado com cascos. - falei. - Elas não vão dar bola para você, Hansel!

- VOCÊ NÃO ENTENDE A MAGIA DO AMOR! - gritou ele. - Desculpe, posso continuar? 

- Pode.

- Eu a segui até a Casa Grande e me escondi num arbusto e observei a coisa toda. Ela ficou realmente perturbada quando Argos não a deixou entrar. Foi uma cena meio estranha.

Eu tentei imaginar aquilo. Argos era o chefe da segurança do acampamento – um grande cara loiro com olhos por todo o seu corpo. Ele raramente aparecia a menos que alguma coisa séria estivesse acontecendo. O que não deveria ser boa coisa.

– O que ela falou? – eu perguntei.

Hansel fez uma careta. Um vento frio de inverno soprou.

– Ela começa a falar à moda antiga quando fica contrariada, então estava um pouco difícil de entender o que ela dizia. Mas alguma coisa sobre Ártemis estar com problemas e precisando das Caçadoras. Aí ela chamou Argos de palhaço de cérebro fervido... Eu acho que isso é uma coisa ruim. Então ele a chamou de...

- Wow! - falei. - Como pode Ártemis estar com problemas?

– Eu... bem, finalmente Quíron veio com seus pijamas e sua cauda de cavalo com bobes e...

- Ele... Ele usa bobes na cauda? - repeti tentando imaginar a cena.

- Nunca mais eu faço uma fofoca para você! - disse ele. - Posso continuar?

– Desculpe – falei. – Continue.

– Bem, Zöe disse que precisava de permissão para abandonar o acampamento imediatamente. Quíron recusou. Ele lembrou Zöe que as Caçadoras deviam ficar até receberem ordens de Ártemis. E ela falou... - ele engoliu seco. - Ela falou ‘Como nós vamos receber ordens de Ártemis se Ártemis está perdida?

- Como assim perdida!? - exclamei.

- FALA BAIXO, VAI CHAMAR ATENÇÃO ASSIM! - disse ele impaciente.

Fiquei um tempo olhando surpresa para ele.

- Quer um megafone? - perguntei.

- Foi mal. - disse ele. - Mas acho que ela quis dizer desaparecida. Capturada. Sequestrada.

- Sequestrada? - repeti. - Como se sequestra uma deusa?! Quem poderia sequestrá-la? E por quê?

Hansel sacudiu a cabeça, ele olhou para a neve como se a resposta estivesse enterrada naquele canteiro.

- Acha que Cronos...? - ele hesitou, não precisava continuar.

O Ar pareceu ficar mais gelado na atmosfera com a pronuncia do nome do titã.

- Não cogite a ideia. - falei. - Ele não pode já estar tão poderoso. Pode?

A última vez que nós vimos Cronos, ele estava em pedacinhos. Bem... nós na verdade não o vimos. E eu nem queria...

Dois verões atrás, Cronos nos iludiu até a beira do precipício e quase nos empurrou dentro. Aí no último verão, a bordo do navio de cruzeiro demoníaco de Luke, nós vimos um caixão dourado, onde Luke afirmou que estava convocando o Lorde Titã para fora do abismo, pedacinho por pedacinho, toda vez que alguém novo unia-se à sua causa.

Cronos podia influenciar pessoas com sonhos e enganá-las, mas eu não conseguia ver como ele poderia sobrepor Ártemis fisicamente se ele ainda estava como uma pilha maligna de restos de casca de árvore.

– Eu acho que alguém saberia se Cronos tivesse se reconstruído. Os deuses estariam mais nervosos, sabe? Mesmo assim, é estranho, você tendo um pesadelo na mesma noite que Zöe. É quase como... - ele hesitou.

– Se eles estivessem conectados – eu disse.

Por cima do gramado congelado, um sátiro derrapou nos cascos enquanto perseguia uma ruiva ninfa das árvores. Ela sorriu e cruzou os braços enquanto ele corria em sua direção. Pop! Ela se transformou num pinheiro escocês e ele beijou o tronco a toda velocidade.

- Como se sente em relação a volta de Percy? - perguntou ele como quem queria mudar de assunto. - E suas memórias?

- Bem... - comecei. - Não sei, eu queria dizer feliz... Mas, Percy nada me conta. Ele age como se... Se a unica preocupação fosse Jake. Como se ele não tivesse passado para se preocupar.

- Hum... - disse ele. - Dureza.

- É...

O resto do dia eu tentei manter a mente ocupada, mas estava doente de preocupação com Jake. Fui à aula de arremesso de dardo, mas o campista de Ares encarregado me botou para fora depois que eu me distraí e arremessei o dardo no alvo antes que ele saísse do caminho. Pedi desculpas pelo buraco em suas calças, mas assim mesmo ele me mandou arrumar minhas coisas.

Depois disse fui até a aula de equitação encontrar com Beatrice, mas ela estava em uma séria discussão com as caçadoras, preferi não me envolver e me dirigi aos estábulos. E lá estava meu irmão, Percy conversando com os cavalos.

- BlackJack você sabe o que torrões de açúcar fazem com você, não é? - disse ele para o pégaso preto.

O Pégaso relinchou em resposta:

Prefiro não saber, torrões de açúcar são uma delicia... 

- Ah... Percy? - chamei e ele se virou para mim e sorriu.

- Ah, Olá Meg. 

Uma coisa que eu acho esquisito é que Percy nunca deu deslize em relação do meu nome. Ele me apelidou de "Meg". Legal, sem problema eu até gosto! Ma, quando eu perguntava a Percy algo em relação ao meu passado, ele apenas franzia a testa e estreitava os olhos, e então seguia mudando de assunto como se eu nunca tivesse tocado em um dialogo que falava sobre meu passado.

- Queria te perguntar uma coisa. - falei me sentando no chão do estábulo.

- Já sei! - exclamou ele. - Quer dicas para a esgrima? Minha praia na verdade é lanças, mas eu acho que posso te ajudar mesmo achando que você já tem pegada para espadas.

- Pegada? - repeti.

Ele apontou para Corta-Ondas, a lança encostada na parede do lugar.

- Na verdade eu queria perguntar outra coisa. - falei. - Quero saber mais... Quero saber mais do meu passado.

Ele estreitou os olhos confuso, mas não mudou de assunto dessa vez.

- Desculpe. - lamentou. - Não posso te ajudar com isso.

- Pensei isso... - falei desapontada. - Os deuses não o permitem?

Ele olhou para o vazio por um instante, depois se voltou para mim.

- Eu queria te ajudar Meg, mesmo. - disse ele. - Mas não posso.

- Por que? - perguntei.

- Não sei. - disse ele. - Eu... Não lembro. Tudo o que me lembro é que me chamo Perseu Joshua Jackson, daquela noite... Lembro de Annabeth, de Grover, de Jake... De você, lembro que você é minha irmãzinha, não apenas por Poseidon, mas por mãe também. E... Das chamas.

Das Chamas. Um chalé do outro lado em uma praia bem em Long Island. Chamas. Um Land Rover, eu acho... Nós.

Segundo Jake, Grover, Annabeth e Percy estavam em uma missão de resgate. Eu havia sido capturada por Hades, e este estava a minha perseguição. Annabeth ficou para trás, Percy lutava com um Minotauro, Grover buscava ajuda. Jake era um garotinho na época, observando tudo. Percy foi levado por anos no meu lugar direto para Hades.

- Entendo... - falei.

- Sinto muito. - disse ele.

Tentei sorrir.

- Jackson. - repeti. - É isso o que sou?

Ele fez esforço para dar um meio sorriso.

- É isso o que somos. - disse. - Considere-se Megan Jackson, tá?

Olhei para minhas próprias mãos.

- Eu tenho medo, Percy. - falei. - Medo de que Jake morra antes de resgatarmos ele.

Percy suspirou.

- Eu sei Meg. - disse ele. - Eu também, mas você mais do que ninguém.

- O que quer dizer?

- Até eu entendo isso. - ele apontou para si mesmo. - Meg, você realmente gosta do...

Então passos o interromperam no meio da fala. Não sabia o que Percy iria falar, mas a presença de Thalia o interrompeu.

- Então estão aqui. - disse ela. - Estive procurando vocês por toda a parte! 

- O que foi Thalia? - perguntei.

- Captura a Bandeira, Dãh! Vamos cabeças de alga.

Naquela noite após o jantar, eu estava seriamente disposto a ganhar das Caçadoras na captura da bandeira. Seria um jogo pequeno: somente treze Caçadoras, incluindo Bianca di Angelo, e quase o mesmo número de campistas.

Zöe Doce-Amarga aparentava estar bem chateada. Ela ficava olhando com ressentimento para Quíron, como se não acreditasse que ele a estava obrigando a fazer isso. As outras Caçadoras não pareciam muito felizes, também. Ao contrário da última noite, elas não estavam rindo e brincando. Elas apenas se juntaram no refeitório, sussurrando nervosamente umas com as outras enquanto botavam suas armaduras. Algumas delas até pareciam ter chorado. Imagino que Zöe contou a elas sobre seu pesadelo.

Do nosso lado, tínhamos Beckendorf e outros dois caras de Hefesto, alguns do chalé de Ares (ainda que parecesse estranho Clarisse não estar ali), Percy, os irmãos Stoll e Nico do chalé de Hermes e algumas crianças de Afrodite.

Era estranho que o chalé de Afrodite quisesse jogar. Geralmente elas sentavam pelos cantos, conversavam, e checavam seus reflexos no rio e coisas assim, mas quando ouviram que estávamos lutando contra as Caçadoras, ficaram ansiosas por participar.

Eu também forcei Haley a jogar...

Vou mostrar a elas o quanto o ‘amor é inútil’ - Beatrice Rossetti resmungou enquanto afivelava sua armadura. - Vou aniquila-las! 

- É... Esse é o espirito, garota. - falei

Sobramos Thalia e eu.

– Vou ficar com o ataque – Thalia se voluntariou. – Você fica na defesa.

– Ah. – Eu hesitei, porque estava para dizer a mesma coisa, só que invertida. – Você não acha que com seu escudo e tudo mais, você ficaria melhor na defesa?

Thalia já estava com Aegis em seu braço, e até nossos companheiros de equipe estavam dando um amplo espaço para ela, tentando não se acovardar diante da cabeça de bronze da Medusa.

– Bem, estava pensando que isso ficaria melhor no ataque – Thalia disse. – Além disso, você treinou mais na defesa.

Me perguntei se ela estava fazendo algum tipo de brincadeira. Mas Thalia não era de brincar, especialmente em um jogo como aquele. Mas no meu primeiro ano eu tive maus momentos com um cão infernal. Então...

– É, sem problemas – eu menti.

– Legal. – Thalia se virou para ajudar algumas crianças de Afrodite, que estavam tendo problemas em vestir suas armaduras sem quebrar as unhas.

Fui até Haley que tinha problemas com sua armadura, o ajudei a colocar o capacete.

- E ai? Tem certeza que quer fazer isso? - perguntei.

- Você não me deu escolha! - exclamou ele.

- Esta com medo? - perguntei.

- Eu nem queria estar aqui! - disse o loiro. - Você me obrigou!

- É esse o espirito... - falei e o deixei ir. - Vai, herói!

Nico di Angelo correu até mim com um grande sorriso em seu rosto.

- Megan! Isso é demais! - exclamou ele. – Seu elmo de bronze com penacho azul estava caindo em seus olhos, e sua placa peitoral era quase seis vezes maior.

Imaginei se havia alguma maneira de eu ter aparentado ser ridícula daquele jeito da primeira vez que eu cheguei.

Infelizmente, provavelmente havia.

Nico levantou sua espada com esforço.

– Nós temos que matar o outro time?

- É... Não. - falei e foi nesse momento em que Percy se juntou a nos.

– Mas as Caçadoras são imortais, certo?

- Exceto se caírem em batalha. - falei.

– Seria incrível se nós apenas, tipo, ressuscitássemos assim que fôssemos mortos, então poderíamos continuar lutando, e...

– Nico, isto é sério. Espadas de verdade. Estas podem machucar. - disse Percy. - Tomem cuidado.

- Sim, mãe. - falei por instinto.

Nico riu. Não aguentei também. Percy tentou se segurar, mas por fim acabou rindo também.

Bati de leve no ombro de Nico.

– Ei, está tudo bem. Apenas siga o time. Fique fora do caminho de Zöe. Nós vamos nos divertir muito

O casco de Quíron retumbou no chão do pavilhão.

– Heróis! – ele chamou. – Vocês sabem as regras! O riacho é o limite. Time azul. Acampamento Meio-sangue deve pegar a floresta oeste. Caçadoras de Ártemis, time vermelho. devem pegar a floresta leste. Eu serei o árbitro e médico do campo de batalha. Nada de mutilações intencionais, por favor! Todos os itens mágicos estão permitidos. Heróis! Para suas posições!

– Bacana – Nico sussurrou ao meu lado. – Ei! Tem alguns itens mágicos para me emprestar?

Estava prestes a dizer que não, quando Thalia falou:

– Time azul! Siga-me!

Eles se animaram e seguiram. Tive que correr para alcançá-los, e tropecei no escudo de alguém, assim eu não parecia muito como uma co-capitã. Mais como uma idiota, como sempre... 

Nós posicionamos nossa bandeira no topo do Punho de Zeus. É o aglomerado de pedras no meio da floresta oeste que, se você olhar do ângulo certo, parece um grande punho saindo do chão. Se você olhar de qualquer outro lado, parece uma pilha de excrementos de veado, mas Quíron não nos deixaria chamar o lugar de Pilha de Cocô, especialmente depois de ter sido nomeado para Zeus, que não tem muito senso de humor. (Acreditem, sei do que falo).

De qualquer maneira, era um bom lugar para colocar a bandeira. A rocha do topo tinha seis metros de altura e era realmente difícil de escalar, então a bandeira estava claramente visível, como as regras falavam que tinha de estar, e não importava que os guardas não estivessem permitidos a permanecer a pelo menos nove metros de distância dela.

Coloquei Nico encarregado por Percy e Benjamin Chase, calculando que ele estaria seguramente fora do caminho.

– Nós vamos mandar uma isca pela esquerda – Thalia falou ao time. – Beatrice, você lidera isso.

– Entendido!

- Leve Lauren e Jason, eles são bons em corrida. Faça um amplo arco em volta das Caçadoras, atraia o máximo que conseguir. Levarei o grupo de assalto principal pela direita e as pegaremos de surpresa.

Todos confirmaram com a cabeça. Soava bom, e Thalia falou com tanta confiança que você não podia fazer nada a não ser acreditar que iria funcionar.

Thalia olhou para mim.

- Algo a mais, Megan?

Fiquem espertos na defesa. Nós temos quatro guardas, dois batedores. Isso não é muito para uma floresta como aquela. Estarei andando por aí. Gritem se precisarem de ajuda.

– E não saiam de suas posições! – Thalia disse.

- A não ser que vejam uma oportunidade de ouro pela frente. – acrescentei.

Thalia fez careta.

- Não saiam de suas posições, de jeito nenhum. - enfatizou.

- Exato. - falei.

- Obrigada. - disse Thalia.

A não ser que vejam uma... 

- Megan! - exclamou ela, Ela tocou meu braço e me eletrocutou. Quero dizer, todo mundo dá choques estáticos no inverno, mas quando Thalia o faz, dói. Acho que é porque seu pai é o deus do trovão. Ela é conhecida por fritar as sobrancelhas das pessoas.

- Ai! Isso é mesmo necessário?! - exclamei.

- Foi mal. - ela não parecia muito sentida. -  Agora, está claro para todos?

Todos fizeram que sim. 

Nós nos dividimos em nossos grupos menores. A corneta soou, e o jogo começou.


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Notas finais do capítulo

Até o Percy sabe que a Meg gosta do Jake ¬¬ isso nem se torna spoiler pois é Obvious.... Mas digam-me, o que acham que esperaram no final desta temporada? Eu posso tê-los surpreendido na primeira temporada e talvez... na segunda.

Luke * - Comentem se não o Jake morre mais cedo...u.u
Jake* - Ah... Nos não usamos a vida dos personagens como reféns para chatagem ok cretino?
Megan* - Não usamos? Achei que...
Luke* - Não interessa, pretendo matar ele de qualquer jeito.
Lay* - Luke, querido... Sabe o que acontece com você no "último olimpiano" não sabe querido? Quer que isso se repita aqui?
Luke* - O.O



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