I Love You? escrita por More Dreams


Capítulo 28
Bonfire Heart


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiii meus amores! Demorei um pouquinho, mas é que eu demorei para escrever este capítulo mesmo... Passei a semana inteira meio mal e com algumas coisas que tive que resolver, então... Mas estou aqui U.U

Ps.: Posso surtar um pouco (OU MUITO)? NÃO ACREDITO QUE TIVE DUAS RECOMENDAÇÕES O.O Cynthia e DinaWesGreen VOCÊS NÃO SABEM O QUANTO ME DEIXARAM ALEGRES! FIQUEI EXTREMAMENTE CONTENTE E COM UM ZILHÃO DE LÁGRIMAS NOS OLHOS DE TANTA EMOÇÃO! Um SUPER Obrigadão minhas lindas! Milhões de beijos açucarados e abraços bem apertados para vocês! Dedico este capítulo enorme (o maior até agora) a vocês!

Ps².: Li os comentários de todos e fiquei extremamente feliz com todos, além de que, fiquei mais feliz quando vi que vocês me falaram um pouco sobre vocês! Nas notas finais deixei outra pergunta e quero respostas ok? U.U LKJKLJKJLDFKJLDFKLJKJFDLKJLFDKJ Um Super Obrigadão minhas pessoas lindas :3

Espero que gostem do capítulo (:



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POV Ally

– Você ainda está com o carro do seu pai? – Perguntei ao Austin com o cenho franzido, enquanto colocava o cinto e esperava o mesmo dar a partida.

– Sim. É que ontem eu fui direto para casa já que estava muito cansado e mandei uma mensagem para meu pai dizendo que iria ficar com seu automóvel. Ele deixou e eu o agradeci. – O mesmo encarou-me enquanto parava no sinal vermelho. – E hoje eu queria buscar certa morena em casa. Bati na porta e a esperei, mas a mesma não me atendeu. Achei que ela já estava na escola e fui até lá. Fiquei com um copo de cappuccino em mãos até o sinal tocar e ela não apareceu. Mas sabe qual a pior parte nisso tudo? – Ele levantou uma sobrancelha desafiando-me. – Não foi à parte dela não aparecer. Até por que, fui eu que criei muitas expectativas baseados em acontecimentos do dia anterior. E sim, pelo fato da morena ainda não ter me contado o motivo de ficar tão fraca e de por que seus olhos estarem tão tristes mesmo quando veem esse gostosão aqui. – Ele apontou para si mesmo enquanto sorria, tentando aliviar a tensão. Depois, continuou seguindo pelas ruas enquanto eu ficava olhando para minhas mãos fixamente.

Não disse nada e mantive-me quieta. Ele suspirou sabendo que eu não iria responder no momento, mas não parecia chateado. Eu sabia que ele estava tentando compreender a situação, mas suas mãos mostravam que o mesmo estava um pouco irritado, já que elas estavam apertando com força o volante.

Andamos mais algum tempo pelo centro da cidade, até pararmos em um prédio não muito grande. Franzi o cenho enquanto saía do carro.

– Onde estamos?

– Você vai ver. – Ele entrelaçou sua mão na minha e andou até a portaria, cumprimentando o porteiro que nos olhava maliciosamente... Corei fortemente quando percebi os pensamentos que rondeavam a cabeça do senhor.

Entramos no elevador e o mesmo apertou o botão do sétimo andar. Quando chegamos, saímos do cubículo (que eu odiava adiar, mas me deixava um tanto claustrofóbica) e andamos por um pequeno corredor. Ele parou em frente à porta com o número “35” na frente e pegou um chaveiro em seu bolso da calça. Soltou sua mão da minha um instante enquanto colocava a chave na fechadura e quando a abriu, me deu passagem primeiramente.

Entrei e fiquei surpresa com o ambiente. O local era pintado de branco, e as cortinas tinham um tom cinzento. A sala era pequena, mas aconchegante. Com um sofá bege não muito grande, e em formato “L”, uma televisão de tela plana enorme (enorme era a minha, a dele era quase um telão de cinema) e uma mesinha no centro com alguns livros e um vaso vazio. A cozinha era separada apenas por um balcão e uma cristaleira com várias louças bem detalhadas. Alguns vinhos ficavam em cima junto com um conjunto de espadas artesanais. Pensei em tirar meu tênis por causa do tapete, mas quando vi o loiro entrando normalmente, respirei mais aliviada.

– De quem é este apartamento Aus? – Ele olhou-me como se eu estivesse fazendo a pergunta mais óbvia da face da terra, e pensei que o mesmo iria rir de minha cara, mas deteve-se em apenas sorrir largamente.

– É meu Ally. – Minha boca se abriu instintivamente e meus olhos se arregalaram um pouquinho e eu fiquei com a maior cara de bobalhona na frente do loiro... A partir do momento que ele pegou o bolinho de chaves, eu deveria ter notado que este era seu cantinho...

– Oh. – Apenas exclamei enquanto vasculhava mais com meu olhar.

– Vem cá. – O loiro chamou-me e eu fui atrás. Entramos em seu quarto. A cama de casal estava (por incrível que pareça) arrumada e apenas uma blusa no chão, ao lado do cesto de roupas sujas, destruía a aparência organizada do quarto. E por falar nisso, a camiseta, era justo a que ele estava vestido...

– Austin?

– Oi?

– Por que tirou a sua camisa? – Eu perguntei enquanto encarava seu abdômen definido, ficando com o rosto mais vermelho que tomate e com um possível rastro de baba saindo de minha boca, o deixando com um sorriso presunçoso em lábios.

– Você não vai tirar a sua? – Vi um bico falso formar em seus lábios e depois escutei sua risada. – Estou brincando. É que eu vou trocar e colocar uma camiseta de mangas compridas. Está começando a ficar frio e como uma garota está vestindo uma das minhas jaquetas de couro favoritas, eu vou ter que usar outra, que por acaso é menos quente. – Percebi que a garota de quem ele estava falando era eu e me senti meio envergonhada, abaixando minha cabeça e me preparando para tirar seu casaco de mim. – Não tire. – Ele aproximou-se de mim segurando meus pulsos. – Você vai ficar com frio.

– Mas você não disse que...

– Não se preocupe Ally, apenas estou brincando com você. – Ele passou as mãos de meus braços até meus ombros, os massageando levemente, me deixando calma. – Você está muito tensa. Relaxe. – Acenei para o mesmo e ele voltou sua atenção para seu roupeiro. – Além do mais, o momento clichê em que o garoto tira o casaco e o coloca em sua garota foi feito ontem. Hoje tenho planos novos para nós. – Deixei um sorriso brincar em meus lábios enquanto borboletas se agitavam em meu estômago.

Ficamos um bom tempo em silêncio. Até eu resolver me pronunciar.

– Aonde vamos, afinal?

...oOo...

– Você já me perguntou isso pela centésima vez desde a primeira lá em quarto, e eu repito Ally, não irei lhe dizer. – O Aus estava com o maior sorriso brincalhão no rosto enquanto via-me fazer biquinho.

Estávamos voltando para o carro e eu continuava insistente em querer saber os planos do loiro oxigenado ao meu lado.

Entrei no automóvel enquanto esperava ele guardar seu violão no banco traseiro. Em seguida entrou e o ligou.

– Austin.

– Oi? – Ele virou momentaneamente seu rosto para me olhar.

– Desde quando você mora sozinho? – Ele suspirou e ficou quieto. Achei que a pergunta foi pessoal demais e resolvi mudar de assunto, quando o mesmo se pronunciou:

– Desde que briguei com minha mãe. Acho que foi uma das piores brigas que eu tive com ela e foi justo no dia do meu aniversário. – Ele respirou mais pesadamente. – Foi uma noite horrível. Fiquei a esperando durante horas em nosso sofá. Quando ela chegou, estava bêbada demais. Mesmo zangado por ela ter se esquecido de que seu filho faria dezesseis anos naquele dia, a ajudei. Depois briguei com a mesma por que aquilo que ela fazia, um dia, poderia lhe levar a morte. Ela me falou algumas coisas sobre o meu pai, e eu não aguentei. Mesmo com um muro que eu e ele tínhamos, eu não gostava de ouvir coisas ruins saindo da boca dela. Apanhei, fiquei com umas cicatrizes, mas por fim decidi que não ia sofrer mais os desaforos, até por que não queria ter motivos para odiar minha mãe. Sai pela porta da frente e corri para o senhor Mike, vulgo meu pai. Ele me ajudou, me estendeu a mão e eu lhe pedi um apartamento de aniversário. O mesmo aceitou de bom grado. Mesmo assim, eu ainda sentia um pouco de ressentimento em relação a ele, mas depois daquele tempo eu comecei a entendê-lo melhor, mesmo ainda não querendo ter contato.

O vi sorrir fracamente enquanto subíamos em uma rua enlameada, estreita e emburacada. Segurava-me dos dois lados do banco enquanto tudo chacoalhava.

– Mas você ainda via sua mãe, não via?

– Sim, sempre a visitava e lhe levava comida já que eu sabia que a mesma não tinha o costume de ir no mercado, mas sempre nos momentos em que ela não estava para não brigarmos mais. Lembra-se daquele dia que eu caí em cima de você? – Assenti enquanto o mesmo virava para trocar de marcha e eu me deixava pensando na possibilidade do loiro ao meu lado ser um maníaco, pois estávamos em uma trilha sem luz, apenas cheia de árvores e lama. – Então, naquele dia, eu fui à casa de minha mãe ver se a mesma estava bem, mas fui surpreendido. A minha mãe estava lá. Sentada, bebendo e encarando uma foto nossa. Assustei-me e fui recebido com as seguintes palavras: “Você foi igual a seu pai. Deixou-me no momento que eu mais precisei.”. Aquilo doeu muito. Estressei-me tanto que disse por fim, que papai não teve culpa, e sim ela. Senti-me culpado assim que vi a expressão de dor em seu rosto. Mas foi por poucos minutos já que depois eu só sentia as garrafas em mim. – Notei pelo seu tom de voz que o mesmo estava quebrando por dentro e tentando segurar ao máximo que as lágrimas escapassem de seus olhos, mas ele se controlou.

O Aus parou o carro, suspirou e voltou-se para mim.

– Agora, vamos parar com este momento “depressivo” – ele fez aspas com os dedos e eu percebi que um sorriso fraco havia voltado a sua expressão – por que eu tenho uma coisa para te mostrar.

Assenti enquanto saíamos do carro. Senti o vento gelado brincar com meus cabelos e eu encolhi-me mais dentro da jaqueta do Austin. Porém, qualquer frio que eu estivesse sentido foi momentaneamente esquecido já que fiquei embasbacada com a vista em minha frente.

Miami já era bonita de dia, porém ficava extremamente linda à noite, principalmente do ponto em que eu a via. As luzes da cidade, que mais pareciam pontinhos em uma árvore de natal, eram ofuscadas pelo brilho da lua que estava em todo seu esplendor. O mar ao longe estava negro, pois refletia o céu escuro e suas estrelas, que hoje pareciam mais numerosas, porém distantes. O único som que era escutado era das árvores, que balançavam suas folhas por causa da ventania. A grama verde ao longe estava com pequenas gotículas de água por causa do orvalho. Eu me apoiava em uma barra de ferro que estava com flores enroscadas em sua base.

– Austin... – Não conseguia formar palavras corretamente, pois eu ainda estava muito surpresa com a paisagem.

– Lindo não? – Acenei freneticamente para o loiro que agora sorria. – Este é o meu lugar favorito.

– Sério?

– Completamente. Culpada novamente minha madrasta por me mostrar este local.

– Culpada? – Levantei uma de minhas sobrancelhas desafiadoramente.

– Não totalmente. – Ele sorriu derrotado.

– Ela não é legal?

– Na realidade, a senhorita Hodgson é uma excelente pessoa, tanto com seus filhos, seu marido e até mesmo seu enteado “revoltado”. Eu que não queria admitir isso por ter medo de que eu acabasse gostando demais dela e a deixasse tomar o lugar de minha mãe em meu coração. – Ele coçou a nuca em desconforto.

– Você tem meio irmãos? – Mudei de assunto para o mesmo não ficar com baixo astral.

– Tenho dois meio irmãos, um garoto e uma garota.

– Eles são mais velhos que você?

– São, tanto que os dois já estão na faculdade. Ele tem dezenove e ela dezoito.

– Como ela encontrou este espaço?

– Ela e sua irmã adoravam fazer piquenique aqui em cima já que as duas moravam em umas casinhas que ficam ao encosto da montanha. Quando ela cresceu, vinha aqui com menos frequência, mas assim que teve seus filhos os mostrou este lugar, para os mesmos nunca se esquecerem da beleza de que era o local onde nasceram. E assim que nos juntamos como família, ela trouxe eu e meu pai. A partir dai, sempre que eu podia vinha aqui. – Seus olhos brilhavam quando ele me encarou. - Você é a primeira pessoa que eu trago.

– Obrigada Austin. – Ajeitei meus cabelos e suspirei. – Eu queria tanto poder trazer meu pai e minha mãe aqui...

– Você pode se quiser.

– Não posso... Não posso... – Balancei minha cabeça negativamente várias vezes enquanto tentava resgatar minhas palavras.

– Por que não?

– Por que meu pai... Ele está morrendo. – As malditas lágrimas saíram pelos meus olhos instantaneamente. – Aquela ligação da minha mãe que você atendeu era possivelmente para avisar que as máquinas que o mantinham vivo foram desligadas.

– Ally... – Ele me abraçou fortemente e eu enterrei meu rosto em sua camisa deixando sua colônia invadir meu olfato. – Sinto muito.

– Isso teria que acontecer um dia... Disseram que ele estava muito doente e... E sua doença não tira cura.

Fiquei um bom tempo chorando enquanto era aconchegada em seus braços e eu ia me sentindo melhor a cada minuto que passava. Não sabia se era pelo alívio de saber que alguém mais estava ao meu lado, ou pelo simples fato dele ser o Austin.

– Ally? – Ele distanciou-se um pouco de mim levantando meu queixo com seus dedos para poder encarar-me. - Eu prometi para mim mesmo que iria te proporcionar um pouco de diversão e é isso que eu vou fazer. – O loiro limpou minhas lágrimas e em seguida foi até o banco traseiro, pegar o seu violão. – Nada melhor do que uma boa música para melhorarmos. - Ri de seu comentário enquanto sentava-me no capô do carro para observá-lo melhor.

– Posso escolher a música? – O vi balançar levemente a cabeça para os lados.

– Não, pois esta é especial. – Assenti meio emburrada enquanto o observava dedilhando as primeiras notas.

Your mouth is a revolver (Sua boca é um revólver)

Firing bullets in the sky (Disparando balas no céu)

Your love is like a soldier (Seu amor é como um soldado)

Loyal till you die (Leal até morrer)

And I've been looking at the stars (E eu estive olhando para as estrelas)

For a long, long time (Por muito, muito tempo)

I've been putting out fires (Estive apagando fogos)

All my life (A minha vida inteira)

Everybody wants a flame (Todos querem uma chama)

But they don't want to get burnt (Mas não querem se queimar)

And today is our turn (E hoje é nossa vez)

O Aus piscou para mim enquanto sorria presunçosamente e continuava cantando. Ele era um excelente cantor, e até aquele momento não havia desafinado nenhuma nota.

Days like these, lead to (Dias como estes levam a)

Nights like this, lead to (Noites como esta levam a)

Love like ours (Amor como o nosso)

You light the spark in my bonfire heart (Você acende a centelha em nossos corações de fogueira)

People like us, we don't (Pessoas como nós, não)

Need that much (Precisam de muito)

Just some-one that starts (Apenas alguém que acenda)

Starts the spark in our bonfire hearts (Acenda a centelha em nossos corações de fogueira)

This world is getting colder (Este mundo está ficando mais frio)

Strangers passing by (Estranhos passando)

No one offers you a shoulder (Ninguém te oferece um ombro)

No one looks you in the eye (Ninguém te olha nos olhos)

But I've been looking at you (Mas estive procurando por você)

For a long, long time (Por muito, muito tempo)

Just trying to break through (Apenas tentando compreender)

Trying to make you mine (Tentando te fazer minha)

Everybody wants a flame (Todos querem uma chama)

But they don't want to get burnt (Mas não querem se queimar)

Well today is our turn (Bem, hoje é nossa vez)

Days like these, lead to (Dias como estes levam a)

Nights like this, lead to (Noites como esta levam a)

Love like ours (Amor como o nosso)

You light the spark in my bonfire heart (Você acende a centelha em nossos corações de fogueira)

People like us, we don't (Pessoas como nós, não)

Need that much (Precisam de muito)

Just some-one that starts (Apenas alguém que acenda)

Starts the spark in our bonfire hearts (Acenda a centelha em nossos corações de fogueira)

Ele parou de tocar e parecia exausto já que sua respiração estava um tanto irregular. A minha também estava, mas era devido à intensidade de seu olhar sobre mim. Não conseguia ficar sem o coração martelando em meu peito ou sem a sensação de choque em minha espinha devido ao loiro.

– E ai? Gostou? – Ele perguntou enquanto continuava segurando seu violão.

– Não, não gostei. – Vi seu cenho franzir e eu ri. – Eu amei.

– Sabia! Sou excelente no que faço. – Seu ego parecia maior a cada dia, o que me fez apenas revirar os olhos...

Ele sentou ao meu lado e deixou o violão de lado. Escorou-se no para brisa e fez um sinal para eu escorar-me nele. Tirei meus óculos e fiz o que me foi mandado. Ficamos assim durante um bom tempo: ele me abraçando de leve, fazendo um cafuné delicioso em minha cabeça enquanto eu estava ao seu lado brincando com sua mão livre.

Senti sua mão parar o que estava fazendo e entrelaçar seus dedos nos meus. Virei-me para encarar seus olhos, mas fui interrompida por uma boca quente me bicando no beiço.

Sorri com o seu ato repentino e respondi o beijo, sentindo suas mãos em meu pescoço me puxando ainda mais. Sua língua deslizou por entre meus lábios e começou a brincar com a minha. Ficamos um bom tempo assim, até nos separarmos por falta de ar.

Eu estava vermelha e sabia que meus cabelos estavam desarrumados, mas ele pareceu não se importar, pois passou suas mãos em meu rosto e disse:

– Você é linda. – Sorri como uma boba enquanto abaixava minha cabeça. – Mesmo com estes óculos escondendo seus lindos e brilhantes olhos, – ele botou o objeto que me ajudava a enxergar melhor em meu rosto e percebi que o mesmo também estava um tanto corado. – você continua linda.

– Você também é lindo Austin.

– Eu sei. – Ele sorriu e nosso clima romântico se esvaiu.

– Bobão. – Bati de leve em seu braço e o mesmo riu, abraçando-me de novo.

Ficamos assim por horas até eu cair em um sono leve e deixar que memórias antigas me atingissem...

...oOo...

A garotinha e seus pais estavam sentados no jardim, apenas aproveitando mais um tempo ensolarado que Miami tinha a oferecer. Ela sorria largamente – sem os dois dentinhos da parte superior de sua boca – enquanto seu pai a empurrava no balanço que ficava preso na árvore do quintal. Seu vestidinho rosa balançava assim como seus cabelos castanhos, que na época eram cacheados nas pontas.

A menininha tinha apenas sete anos naquela época e pensava que seus pais eram para sempre e que sua felicidade – que na realidade ela nem sabia o conceito – era eterna.

Quando saiu para tomar uma limonada que sua mãe havia preparado, seu pai, que parecia mais radiante que nunca (um pouco baixo e rechonchudo, mas alegre), a pegou no colo e a levantou, brincando com a mesma de foguete, correndo com a pequena nos braços, fazendo-a soltar altas gargalhadas.

– Papai! – Ela não conseguia gritar direito já que ria sem parar. Ele pôs fim na brincadeira com um sorriso invadindo suas feições, e observou sua filha que agora estava com o rosto todo vermelhinho.

– Te amo querida. – Ela sorriu ouvindo suas palavras.

– Te amo mais papai.

– Te amo mais. Muito mais. – Os dois sorriram com seu código secreto e foram comer o lanche que sua querida Penny havia preparado.

...oOo...

Abri meus olhos lentamente percebendo que o céu ainda estava escuro. Vi o Austin ao meu lado dormindo e não pude deixar de sorrir em meio às tantas lágrimas que saíam de meus olhos.

Sabia que meu pai havia ido, possivelmente para um lugar melhor onde não sentiria dor, mas sabia que não tinha sido para sempre, já que sua imagem sempre estaria presente em meu coração.

Com este último pensamento, fechei meus olhos e consegui deixar tudo dentro de mim mais leve, sabendo que eu e ele ficamos de bem e que nosso amor pai e filha nunca iria se esgotar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Mandem reviews do que acharam ;)

Ps.: O sonho da Ally foi de quando ela era menor e eu o escrevi para explicar melhor aquilo que ela respondeu ao seu pai quando saiu da sala em que ele estava internado no capítulo anterior. E sim, eu tive que botar uma parte um tanto triste por que eu adoro essas partes comoventes LKJFGKLJFGKLFKLJGF

Ps².: A música "Bonfire Heart" do James Blunt não me pertence ;)

Ps³.: A próxima pergunta é: Qual as suas bandas e músicas favoritas? E a sua comida predileta? Se quiserem, respondo as minhas também ok? KLJJKLDKLJFDKLJDKLJDF Se receberem uma lista de comidas favoritas minhas não se assustem, é que sou comilona compulsiva LKJJKLDLJKKLJJKLFKLJKJL

Até a próxima meus amores!

XOXO