I Love You? escrita por More Dreams


Capítulo 15
Now, she knows who I am...


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo (:

Obs.: Bem, acabei não fazendo o que eu ia fazer hoje (já que acabei ficando doente -.- parece que elas me perseguem sempre que vou fazer algo de importante) e por fim consegui ter meu tempo livre... Tempo livre forçado, mas tudo bem kjghfjdkjhgfjkdjfkd

Obs².: Hoje eu estou um tanto emotiva... E FIQUEI AINDA MAIS QUANDO LI A SUPER RECOMENDAÇÃO DA GIRL FREND! MENINA, VOCÊ QUASE ME MATOU DO CORAÇÃO E FEZ EU DERRAMAR MUITAS LÁGRIMAS SABIA? UM SUPER OBRIGADA, DE CORAÇÃO VIU? ESPERO QUE GOSTE DO CAPÍTULO, POIS ELE É DEDICADO A VOCÊ (:

Obs³.: Comentários perfeitos vindo de pessoas perfeitas! Um super obrigada pessoal, vocês não sabem o quanto me deixaram feliz! Vocês são super incríveis! ♥

Espero que curtam (:



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POV Austin

Quando renunciei minha vaga no time, não foi por mal e sim por que eu queria o Dallas como capitão e não eu. Eu fiquei decidido e falei para todos pelo microfone que estava fora. Sai do campo e olhei para a Ally de propósito, esperando que ela viesse atrás de mim, e ela veio.

Esperei que ela contasse que tinha vindo a favores de alguém, mas no final a garota apenas disse que tinha vindo por si mesma. Tentei não sorrir, mas meus olhos acabaram me traindo e em seguida ela disse que teve uma ideia. A louca correu para enfermaria e pegou um remédio para passar em cima de alguns machucados meus. Aquilo ardia demais por que, mesmo estando ali já fazia algum tempo, estavam um pouco abertos os ferimentos. Eu ia dizer para ela que eu ainda tinha alguns por de baixo da camisa, mas foi ai que ela começou a me contar uma história.

No começo achei meio estranho e ainda não tinha tomado a consciência de quem era a menina em sua história, mas quando suas lágrimas começaram a aparecer por debaixo dos seus óculos e sua voz começou a ficar embargada, percebi que a garotinha no qual ela estava falando, era ela. Fiquei tomado por um sentimento de compreensão e até mesmo angústia de ver a morena daquele jeito, mas ao mesmo tempo me senti feliz por ela confiar em mim a tal ponto de contar sua própria história. No final, limpei algumas de suas lágrimas passando a mão o mais delicadamente possível em seu rosto e fiz uma pergunta meio óbvia, a questionando, se a Ally estava se narrando na terceira pessoa. Quando o "sim" foi respondido, eu a abracei.

A senti escorar a cabeça em meu peito e fungar várias vezes enquanto me abraçava fortemente como se quisesse buscar apoio em mim. Tentei relaxá-la passando a mão em suas costas várias vezes e depois fazendo carinho em seu cabelo, sendo invadido com aquele cheiro de baunilha e morango que me deixou um tanto extasiado. Ela parou um pouco de fungar e depois se separou um instante de mim, sentando-se ao meu lado e me deixando um pouco ressentido de não poder mais sentir aquela sensação de seu corpo perfeitamente encaixado ao meu, e depois falou com a voz um pouco mais tranquila.

- Bem, agora você sabe quem eu sou e se quiser me chamar de idiota, pode chamar.

- Não posso falar isso, por que eu também sou meio idiota.

- Meio?

- Boba! - Mostrei a língua para ela, a fazendo rir verdadeiramente e me senti mais feliz. Respirei fundo saindo mais como um suspiro e continuei. - Acho que agora é a minha vez.

- Você não precisa me dizer nada. Eu só quis dizer minha história para você não pensar mais nos ferimentos ou no que tenham os causado e viu, você já os esqueceu.

- Mas eu quero contar e acho que preciso. Além de que, prometemos que a partir do momento que eu soubesse quem é você, você descobria quem sou eu.

- Tudo bem então. - Ela entrelaçou sua mão na minha a dando um aperto no final e falou. - Lembre-se, qualquer coisa eu estou aqui. - Assenti e prossegui.

- Quando eu era pequeno, meus pais se separaram por que meu pai era totalmente sério e gostava das coisas do jeito dele e minha mãe era mais liberal e não gostava de ser controlada. Em uma noite eles brigaram muito e minha mãe disse que o amava e ele apenas saiu. Passou pela porta e nem ao menos olhou para trás. - Lágrimas ameaçavam escorrer pelos meus olhos e quanto mais eu lutava para guardá-las, mais elas pareciam querer sair... - Meu pai, a partir dai, apareceu mais novo e vivo do que nunca. Casou-se novamente e virou um famoso diplomata. Minha mãe, por outro lado, afundou. A loja de colchões que os dois tinham, ela vendeu e consegue o sustento até os dias de hoje com o dinheiro que ganhou da venda já que ela não trabalha mais e só bebe o dia inteiro... - Uma lágrima finalmente escorreu pela minha bochecha e eu a limpei rapidamente me levantando em seguida e indo em direção a janela.

- Ei, por que se afastou?

- Não gosto que as pessoas me vejam chorando. - Limpei mais uma lágrima e depois senti a morena me abraçando por trás.

- Isso só prova o quanto você é forte.

- Você também é.

- Eu sou fraca por que não consigo perdoar, e minhas lágrimas são uma lembrança disso, mas você não. Você conseguiu perdoar seu pai.

- E como sabe disso? - Ela me soltou e eu virei, encontrando seu olhar.

- Por que seus olhos não mentem. - Eu me senti tão transparente... E ao mesmo tempo que isto era fascinante, era um tanto assustador...

- Eu me tornei frio a partir dai.

- Pessoas frias já foram muito doces um dia. Você era apenas uma criança, óbvio que ia se tornar um tanto inflexível. - Soltei um longo suspiro e ela me examinou. - Mas creio que a história não para por ai, certo?

- Não, não para por ai. - Ela sentou-se no chão novamente, desta vez de frente para janela e me pediu para prosseguir. Sentei ao seu lado e continuei. - Enfim, cresci com minha mãe chorando por amor e prometi nunca amar ninguém. Mas sabe qual o pior em fazer uma promessa? Você não sabe o peso delas ou até mesmo se você será capaz ou forte o suficiente para cumpri-las. Em meio a uma aposta, um colega meu da antiga escola, me desafiou a pegar uma garota e eu aceitei. Ela me deixou hipnotizado por um tempo e eu acabei gostando de verdade dela e me apaixonei. Eu até disse que a amava e não me arrependi, mas quando descobri o seu planinho... - Não me senti mais incomodando em chorar e agora, as lágrimas saiam livremente...

- Qual plano?

- Ela prometeu a uma amiga sua de que faria a mesma coisa que eu fiz com ela: faria eu me apaixonar e depois pisar em mim. Ela tinha até um namorado e eu não sabia. - Comecei a rir secamente. - No dia em que ela ia acabar comigo publicamente, eu descobri antecipadamente e quase matei o namoradinho dela, por isso fui expulso. Agora estou aqui, contando minha história para uma nerd que me mostrou que sou mais forte do que pareço.

- Ei! - A morena me mostrou a língua mostrando o quanto estava zangada por eu tê-la chamado de "nerd", mas sua frustração logo foi embora por que ela começou a rir. - Agora estamos os dois aqui, com rostos molhados de lágrimas e mais leves, eu pelo menos estou.

- Por ter desabafado?

- Totalmente. Você não está?

- Estou, até por que é a primeira vez que conto minha história para alguém.

- Me senti especial agora loiro oxigenado.

- Eu ainda não gosto deste apelido. - Estávamos os dois encarando a praça, mas eu ainda a olhava de soslaio.

- Eu sei, por isso te chamo assim. Ah, e mais uma coisa, você não me explicou o por que destes machucados em seu rosto.

- Bem, minha mãe bebeu demais, acabou ficando com uma garrafa de vidro em mãos e "bum!", fui acertado.

- Uma só garrafa? - Ela levantou uma sobrancelha em confusão.

- Tudo bem, não foi só uma, foram algumas.

- Nossa. Ainda não creio que tem alguém com a vida tão machucada quanto a minha. - Ela botou a mão em cima de sua boca. - Sem ofensas. - A garota arregalou os olhos como se estivesse arrependida de ter dito aquilo. Sorri em ver sua expressão.

- Não se preocupe, eu sei que minha vida é um pouco complicada mesmo.

- Não mais que de algumas pessoas que eu conheço.

- Como assim? - Agora eu estava confuso sobre o que ela disse.

- Eu tive uma ideia. Esse final de semana vou fazer uma visita para algumas mini pessoas que conheço, e se você não estiver ocupado, pode vir comigo.

- Não, não vou estar ocupado.

- Ótimo, você vai ficar muito feliz. - Ela abriu um sorriso tão grande que nem parecia que a mesma pessoa estava chorando a momentos atrás. - Vai ser mega divertido e você vai ficar muito empolgado.

- Para onde vamos? Ao menos eu posso saber?

- Claro, se Sábado de manhã, as dez horas, você estiver ali naquele banco da praça me esperando.

- Você não vai me sequestrar ou algo do tipo, certo?

- Claro, até por que eu sou uma pessoa muito forte que vai conseguir te carregar. - Ela revirou os olhos. - É só me esperar lá que você vai saber.

- Tudo bem. - Escutamos o sinal tocar e ela pegou sua mochila.

- Vamos Aus, você ainda tem algumas coisas para explicar a certas pessoas.

- Aus?

- É um tipo de apelido novo.

- Prefiro este do que o outro. - Levantei-me e arrumei minha calça, pegando minha mochila e a colocando em minhas costas.

- Sério? Pois eu não. Mas, como sou uma pessoa totalmente querida, vou intercalar entre os dois ok?

- Pode ser. - Sorri para ela e parei em sua frente. Ficamos os dois nos encarando um instante e depois a vi mordendo o lábio, como se estivesse pensando.

- Eu vou levar o remédio para enfermeira e você fala com seus amigos tudo bem? E depois nos encontramos na sala de aula. - Concordei e ela sorriu.

Fiquei um instante a observando sair da sala à minha frente e foi um tanto estranho, pois vi todos os meus desejos numa pessoa só.


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Notas finais do capítulo

Tediante? Legal? Chato? Engraçado? Sem graça? Divertido? Fofo? Mandem reviews do que acharam (:

*Vida do Austin: Em parte, revelada :3

XOXO