CARTA DE PAULINA

"Carlos Daniel amor, se estiver lendo essa carta é porque já não estarei na mansão. Eu não tive escolha, Paola está de volta, ela me ligou há 3 dias atrás, disse que havia sofrido um acidente e ficou em coma, por isso não ligou no dia combinado. Mas agora ela voltou, e eu já não tenho mais nada que fazer aí.

Perdão, mas esse lugar em sua vida não me pertence, Paola é sua esposa, e eu sabia que um dia isso teria que acabar... Por isso não queria me entregar a você, mas agora já é tarde, e não me arrependo do que fiz...

Te Amo Tanto, e é porque te amo que estou saindo de sua vida, para sempre. Sempre lembrarei de você e sua família com muito amor e carinho.

Creio que Paola chegará aí em três horas... Não sei exatamente, o único que sei é que, será ela e não eu quem entrará aí.

Te Amo, e jamais me esquecerei dos momentos lindos que vivemos.

Paulina Martins"

CD – NÃO, NÃO, NÃO!! – Carlos Daniel pegou o primeiro jarro de flores que viu e jogou contra à parede – PAULINAAA!!

3 horas depois...

Paulina havia comprado outra passagem, diretamente para Miami. Ela não queria estar no lugar que trazia boas e más recordações. Queria poder esquecer Carlos Daniel e começar a vida em outro país. Ela tinha seu inglês fluente que, com muito sacrifício havia conseguido pagar.

Em toda a viagem ela pensou em devolver o dinheiro de Paola, mas mesmo que não quisesse pensar nele, pensava. Pois com aquele dinheiro poderia recomeçar. Pensava em comprar um pequeno apartamento, que não fora muito caro, e buscar um emprego digno.

MANSÃO BRACHO 9:00 AM

– Bom Dia! – aquela voz, sensual, provocativa que atraía qualquer um.

CD – Paola! – disse em um tom ronco.

– Bom dia – respondem alguns.

PB – Querido – ela se aproximou e beijou rapidamente seu lábio.

CD – Chegou cedo do shopping – comentou com certo sarcasmo

PB - Sim querido, estava entediada já. Lizete e Carlinhos?

VP – Paola querida, esqueceu-se que hoje eles ficariam com Patrícia e Rodrigo?

PB – Oh!! – Paola se tenso. “Maldita usurpadora, como pôde esquecer de me avisar dos detalhes?” – Sim Piedade, já me havia esquecido.

CD – Eu já estou indo, vou ao meu quarto e em seguida pra fábrica. Com licença.

PB – Te acompanho querido – ela fez movimento para se levantar mais Carlos Daniel à parou com a mão.

CD – Não precisa, Paola. – Carlos Daniel olhou para sua avó em seguida.

VP – Sim Paola, não precisa. Eu tenho que resolver alguns assuntos com Carlos Daniel a respeito da fábrica. Eu o acompanho.

PB– Ok! – disse sem muito interesse e voltou a comer. Os dois se retiraram ficando só Stephanie e Paola na mesa, a mesma olhou para sua cunhada e reparou em seu “Look” novo, riu para si, e olhou para os lados, como se estivesse procurando algo... ou alguém – E Willy, Stephanie? Não descerá?

Stephanie a olhou com cinismo e sorriu.

St – O que aconteceu com você hoje Paola? Está como, que com amnesia. Esqueceu-se que Willy e eu já não estamos juntos. Estamos nos divorciando?!!

PB – Oh sim, sim me esqueci completamente. É que estou com uma dor de cabeça terrível e não me lembrava – “Droga!!! Ah se um dia em voltar a cruzar com aquela usurpadora maldita, eu a mato, a mato. Qual será a próxima surpresa? Droga!!”.

QUARTO – CARLOS DANIEL

CD – Vovó não me peça para ter calma, quando eu não tenho. Viu a cínica que foi? Chegou como se nada houvesse acontecido. Como a odeio. Paola é um monstro.

VP – Carlos Daniel, meu neto, acalme-se, fale baixo ou se não ela poderá ouvir. Você deve manter a calma.

CD – Eu não sei se aguentarei muito tempo... Tenho que encontrar Paulina, vovó. – disse cabisbaixo

VP – À ama muito, não?

CD – Com Paulina descobri o que é ter um amor puro e desinteressado. Ela não se importou em nenhum momento em cuidar de meus filhos com Elizabeth.

VP – Sim, Paulina é uma excelente mulher, e não só mulher, mãe, empresária. Pois ela salvou à fábrica.

CD – Tenho que encontrá-la. Porém, não sei por onde começar, não sei onde ela pode ter ido.

VP – E um detetive...?

CD – Já pensei nisso, e o mesmo que buscava a Paola, entrará em contato comigo essa tarde para buscar Paulina.

MIAMI – 08:00 AM

Paulina havia ido direto ao um restaurante, não muito luxuoso. Sua bagagem era pouca, e leve, então poderia andar sem se cansar muito. Após o almoço seu dia seria cheio, havia ido a Miami totalmente despreparada, sem nenhum planejamento. Teria que encontrar um apartamento, rápido, ou talvez, nem encontrasse.

Enquanto ela almoçava lia alguns jornais, por se acaso houvesse algo para ela, simples. Terminou sua refeição e logo após pagar sua conta, quando ia saindo sentiu-se tonta e esbarrou em alguém.

PM – Me desculpe! – disse com a mão sobre a testa sem olhá-lo

– Se sente bem, senhora? – perguntou o homem se acercando a ela, recostando sua mão na costa dela.

PM – Sim, obrigada! – Ela virou-se já recomposta – Me des...culpe..?

– Eu... – a pessoa que estava em sua frente a encarou – Eu te conheço...

Os dois ficaram um tempo se olhando, como se quisessem descobrir da onde se conheciam.

– Claro!!! – exclamou o homem com um jeito estranho, Paulina o olhou seriamente – Não me reconhece? – Ela novamente o encarou, e em seguida esboçou um sorriso tímido.

PM – Ra... Rafael? – O rapaz a abraçou em seguida.

R – Ai amiga, quanto tempo não nos vemos, eu estou morrendo de saudades.

PM – Rafael... Rafael é você mesmo?

R – Claro que sim, Mona. – Disse olhando em seus olhos - Irá dizer que não se lembra de mim?

PM – Para falar a verdade, de momento não. Você está tão... diferente!

R – Mas o que está fazendo por aqui, em Miami? Há quanto tempo está aqui?

PM – Eu não acho um bom momento para falar disso.

R – E por que? Está com pressa?

PM – Não é que...

M – Então vem!! – disse pegando em sua mão e saindo para fora “COFFE”

MANSÃO BRACHO – Noite 20:45 PM

Todos já haviam jantando, Carlinhos e Lizete estavam na casa de Rodrigo. O jantar foi tranquilo fora o fato de Paola tentar, de todas as formas impressionar Carlos Daniel.

QUARTO CARLOS DANIEL

VP – Então meu neto, como foi a reunião o detetive?

CD – Vovó irei falar a verdade para Paola.

VP – Mas por que meu neto?

CD – Porque o detetive, juntamente com o advogado que contratei me entregaram isso!! – disse lhe entregando um envelope.

VP – O que é isso, meu neto?

CD – Leia vovó. - Dona Piedade abriu o envelope, e em seguida estava lendo-o e não pudera crer no que lia.

VP – Co... como assim? Por que Paola nos mentiu, te mentiu?

CD – Não sei vovó, mas o dinheiro, a ganancia viram a cabeça de uma pessoa. Eu quero esclarecer tudo de uma vez só com ela.

VP – Meu filho, espere. Dê a ela uma chance de dizer toda à verdade, se ela não falar nada, aí sim você toma alguma providência. Espere um mês pelo menos.

CD – Um mês? Não... não, eu não posso ficar tanto tempo assim longe de Paulina.

VP – Ela entrará em contato, tenho certeza disso. Você terá que aguentar!!

MIAMI 21:00 PM

R – Ai amiga nem acredito que viveste tudo isso!!! E você se apaixonou muito por ele, não é verdade?

P – Sim, me apaixonei. Apaixonada, perdidamente apaixonada – disse deixando algumas lágrimas cair. - Eu era uma Usurpadora, e a paixão falou mais, "a a paixão tomou conta de mim."