Volte Para Mim Irmão escrita por AngelSPN


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá Hunters! Tenham uma boa semana e espero que curtem mais um capítulo. Beijos.



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O Winchester mais novo voltou a olhar o celular, já se passaram meia hora desde a última ligação que fizera ao irmão, ele lhe havia dito que estava perto. Porque a demora? Resolveu ligar.

“ Você ligou para Dean Winchester...”

Sam sentiu um arrepio passar pelo seu corpo, alguma coisa estava errada. Algo havia acontecido com o irmão e determinado seguiu em direção a saída do cemitério.

O moreno correu até a única estrada que dava de encontro ao cemitério, na esperança de ver ao longe o impala se aproximando. Seus olhos arregalaram-se ao vislumbrar o carro, estava a uns bons metros de distância. Entretanto, era inconfundível.

Sem perder tempo pensando no que poderia ter acontecido, correu até o veículo. A cada metro que ganhava, a visão era bem mais clara. E podia-se ver claramente a pequena fumaça que saia do motor do impala, batido contra uma árvore.

— DEAN!!!

O moreno sentiu o coração palpitar descompassadamente, suas pernas ganharam mais velocidade e tremor. Ao chegar, gritou o nome do irmão mais uma vez. Não havia resposta e percebeu que seu irmão também não estava no veículo. Sam vasculhou ao redor, não havia vestígios de Dean. No interior do impala havia sangue, não muito. Deduzia-se que Dean estava ferido.

“Droga Dean, onde que você está?”

O moreno não hesitou, precisava de ajuda.

— Oi, Bobby. É o Sam — momentos de silencio, seguido de um suspiro cansado — É o Dean, ele desapareceu... sim, sim...terminamos o trabalho, só que o impala foi de encontro a uma árvore e meu irmão não está nele — Sam processava os questionamentos do velho caçador  do outro lado da linha, antes de responder — Não há pegadas, rastros ou o que for dele. Simplesmente evaporou, e sinto uma sensação ruim Bobby. Algo está muito errado aqui.

Sam desligou o telefone. Bobby estava a caminho. No máximo uma meia hora e estaria ali. O jovem caçador tentou mais uma vez o celular. Tentativa inútil, continuava caindo na caixa de mensagem, esperou o sinal e deixou o recado.

“Dean, onde você está? Me liga se ouvir essa mensagem”

— Seu irmão não vai responder.

Sam virou-se rapidamente com a arma na mão. Franziu o cenho ao relembrar de quem estava a sua frente.

— Você? Como sabe sobre o Dean? Onde ele está? Fale! — Sam gritou indignado com a afirmação do homem a sua frente de, sobretudo.

—A raiva não vai lhe ajudar Sam. Controle-se. Estou trabalhando para ajudá-lo. Como da última vez, lembra?

Sam baixou a arma. Lembrava muito bem daquele homem de voz calma e olhos azuis. Castiel era seu nome. Quando John colocara a vida de Dean em perigo e o loiro acabou sendo levado para o inferno*, o anjo foi a salvação e resgatou Dean das garras dos seres demoníacos. Sam jamais esquecera das provações. Jamais esquecera o egoísmo de seu pai.

—Desculpe. O que está acontecendo Castiel? — Sam deixou os ombros caírem. Sabia muito bem que quando os anjos estavam por perto, os problemas eram muito maiores que os habituais.

— Não sei ao certo — dizia o anjo olhando o horizonte.

— Como assim “não sabe ao certo”? — Sam passou a mão pelo queixo, tentando compreender o que estava ocorrendo. Seus instintos o alertavam para algo, além de sua compreensão.

—Dean foi levado, está em um lugar repleto de fluídos malignos e... — Sam chegou bem perto do anjo, olhando profundamente em seus olhos.

— Me leve até lá. Você nos levou até o inferno para resgatar meu irmão. Agora me leve até esse lugar — a voz de Sam alterava, tentou se conter, entretanto, não conseguia esconder aquela angústia em seu peito.

—Não é tão simples assim, Sam. Há uma barreira, algo neutralizando meus poderes. E é exatamente isso, que está me deixando preocupado.

— Demônios? — Sam comprimiu os lábios.

—Em parte sim. Mas a força maior não é deles — o anjo parecia concentrar-se.

— É de quem então? — o moreno estava ficando impaciente.

— Como lhe disse anteriormente, não sei ao certo — Castiel começou a andar ao redor do carro, como se pudesse ver algo que os humanos não podiam.

Sam observou aquele homem, ainda lhe era estranho imaginar que anjos estavam olhando por eles. Lembrava muito bem que Castiel apareceu naquela noite*, através da extrema fé que Bobby teve naquela noite ao implorar aos céus o resgate daquele que ele considerava como filho.

Agora ele se perguntava, o porquê de Castiel estar ali entre eles. Algo realmente preocupava o moreno. Não se deu conta de que o tempo já havia passado e que avistou a caminhonete se aproximando.

— Bobby! — Sam sentiu-se aliviado ao perceber a presença do amigo.

Castiel observou a fisionomia do moreno. Aquele caçador que estava chegando, tinha um grande poder sobre os garotos. O anjo viu o brilho no olhar de Sam e a esperança renascer com a chegada daquele homem de boné surrado.

Bobby saiu do veículo apressadamente. Seus olhos encontraram os de Castiel.

—Mas que droga! Você por aqui, não vai me dizer que Dean... foi para o inferno? O pacto dele**... Sam? — Bobby aguardava uma resposta.

Sam não havia pensado em algo assim. Será que realmente seu irmão havia voltado para aquele lugar horrível? 

—Dean não está no inferno. Não literalmente, acredito que ele fora levado para uma cidade, que chega muito próximo ao inferno — Castiel falava pausadamente, colocando a mão no volante do impala.

— Levado? Como assim? E por quem? — Bobby esperava respostas e como não as obteve de imediato do anjo, voltou seu olhar para Sam.

— Também não sei, Bobby. Castiel, que cidade é essa? Vamos até lá e encontrar meu irmão — Sam insistia e desta vez tivera uma resposta menos evasiva.

— Já ouviram falar em Silent Hill? — Castiel ergueu-se encarando os dois caçadores.

—Não, nunca ouvi falar e... — Sam foi interrompido pela voz de Bobby.

— Só pode ser brincadeira! — Bobby resmungou tirando o boné, e batendo-o sobre a perna, aborrecido pela revelação.

— Você conhece Bobby? — Sam voltou sua atenção ao velho caçador.

Um vento gelado e sombrio fez os caçadores sentirem arrepios pelo corpo. Castiel virou de costas enquanto falava:

— É uma cidade que separa os mortos dos vivos. Um lugar repleto de monstruosidades, nela descobrimos verdades e mentiras. Realidade e ilusão. Vida e morte. Silent Hill ou Colina Silenciosa fica ainda mais viva, quando temos medo, quando os humanos se acham culpados por algo. Onde desvendamos segredos sombrios e guardados tão profundamente em nosso subconsciente. Seu irmão carrega muito delas.

Sam recuou horrorizado, sabia perfeitamente que seu irmão carregava culpa por tantas coisas aos quais ele mesmo se condenava. Dean sentia-se sempre o culpado por algo ou alguém. E se esse lugar alimentava ainda mais esses sentimentos, o loiro estava em grave perigo.


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Notas finais do capítulo

* Fiz referência a uma de minhas fics O erro de John Winchester, para quem não leu, dêem uma olhadinha, nela Dean tem seu primeiro contato com o inferno e suas torturas.

** Referente ao pacto do loiro, ele o fez em Soneto da Morte, quando um Slenderman ceifou a vida de Sam.

Minhas histórias para quem me conhece sabe, que seguem caminhos totalmente diferentes do seriado, porém a a essência e o caminho sempre chegam ao mesmo ponto, com isso os leitores não ficam tão perdidos caso não lerem as fics anteriores.

Um mega abraço e espero os maravilhosos reviews!