Rose Weasley e Scorpius Malfoy - O Amor Proibido escrita por Péricles


Capítulo 6
Scorpius Malfoy - O beijo


Notas iniciais do capítulo

E aí, estão ansiosos para saber o que irá acontecer agora que Scorpius se declarou para Rose? Eu também, rsrsrs.



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Scorpius foi mandado para o Salão Principal.

Após finalmente tomar coragem e dizer tudo que sentia por Rose, ela desmaiar, e o pai dela estar tentar mata-lo, McGonagall decidiu que era melhor ele ir para o Salão Principal, pois se o pai de Rose, Rony, o visse lá, ele não se arriscaria puxar a varinha para ele diante de tantas testemunhas. "Pelo menos, assim espero" murmurou McGonagall deixando ele na porta do Salão Principal.

O salão principal era enorme. O teto era encantado para mostrar o céu lá fora e Scorpius admirou a beleza da lua. Havia cinco mesas no salão, quatro postas verticalmente e uma posta no fundo do salão em cima de alguns degraus, horizontalmente, com longos bancos de madeira para os professores. Á frente dessa mesa, havia um banquinho de madeira com um chapéu esfarrapado e sujo em cima dele e o salão estaria completamente vazio não fosse alguns professores ao redor desse banquinho.

O Profº Neville notou quando Scorpius entrou no salão e o chamou para junto deles. Ao chegar lá, ele pediu para ele sentar no banquinho. Ao sentar, eles coloraram o chapéu em sua cabeça, que escorregou pelos olhos tampando sua visão.

"Hmm, sangue-puro." Disse o chapéu seletor na cabeça de Scorpius. "Filho dos Malfoy não é? Esquisito, eu não senti em você o que eu senti quando coloquei seu pai, seu avô e os demais Malfoys na Sonserina. Você tem alguma coisa diferente dos demais Malfoy's, se tem. Tem coragem, o que é uma coisa rara em um Sonserino. Por isso, irei coloca-lo na..."

— GRIFINÓRIA - gritou o chapéu.

— Ah, que pena - falou um homem velho, barrigudo e careca ao lado de Scorpius. - Você teria sido bem vindo à Sonserina meu caro rapaz.

— Ou até mesmo na Corvinal. - disse um professor anão, menor do que Scorpius.

— Ou Lufa Lufa. - completou Neville, retirando o chapéu da cabeça do garoto. - Venha comigo Scorpius, vou leva-lo ao seu dormitório.

E saíram do Salão Principal. O Profº Neville na frente e Scorpius em seu encalço. Já haviam subido dois lances de escadas e virado para tantos lados, que o garoto estava tonto. Ao fazerem um desvio do poltergeist Pirraça, que tentou derrubar um latão de tinta em Scorpius, deram de cara com Rony, que estava acompanhado por Harry.

Se Harry não tivesse segurado o amigo, Scorpius teria morrido pela segunda vez naquela noite. Ele segurou Rony com uma incrível força quando este bateu os olhos em Scorpius e avançou contra ele dizendo coisas do tipo "Minha Filha, desmaiou por você". Umas cordas surgiram atrás de Harry, se prendendo em Rony. Hermione, Gina, McGonagall, Alvo, Tiago, Teddy, Hugo e... Rose vinham em direção a eles. McGonagall com a varinha apontada para Rony.

— Sr. Weasley - bradou ela severamente. - Sei que não é muito amigo do Sr. Malfoy, mas por favor, pare de querer ataca-lo toda vez que o vê. Ele salvou sua filha.

Rony Bufou.

— A Propósito Sr. Malfoy, - continuou McGonagall se virando para encarar o garoto - a sala comunal da Sonserina é nas masmorras.

— Ele não foi para a Sonserina, Minerva. - falou Neville

Todos olharam assustados para Scorpius e ele não os culpava. Durante séculos, todos os Malfoy's tinham sido classificados para a casa da Sonserina. Scorpius era o primeiro Malfoy, em séculos, a ir para outra casa.

— Ah... Pois bem - falou Minerva, não conseguindo disfarçar a surpresa em seu tom de voz. - Eu esperava que como os demais Malfoy's você fosse para a Sonserina, Scorpius. Pois bem, que surpresa. Para qual casa você foi mandado então?

— Grifinória.

Harry arregalou os olhos para ele.

— Um Malfoy na Grifinória? Isso é histórico.

— Sim, sim. - disse Minerva, tão espantada quanto ele. - Pois é, muito histórico Sr.Potter, porém, Scorpius está cansado, já tentaram matar ele muitas vezes essa noite. - e lançando um olhar de esguelha para Rony, que ainda estava bem amarrado, sentado no chão, se voltou para Neville e disse. - Neville, leve ele para a sala comunal da Sonser... Digo, da Grifinória, por favor.

— Sim senhora. - respondeu Neville, agarrando Scorpius pelo braço e o arrastando para longe dos demais.

Eles subiram mais algumas escadas e pararam em frente á um retrato a óleo de uma mulher gorda. Ela vestia vestes Azul Claro, e tinha uma maquiagem um tanto exagerada. Ao ver que Neville e Scorpius se aproximavam, ela murmurou "Senha?" e Neville disse

— Rabo de Porco.

E então o retrato girou para o lado, revelando uma passagem pequena, que levava á uma sala aconchegante, com várias mesas e cadeiras. Espalhados pela sala havia várias poltronas confortáveis. Algumas perto das janelas, outras de frente para a lareira.

— Bem vindo a Sala Comunal - disse Neville, orgulhoso.

A Sala Comunal estava vazia. O professor levou Scorpius para uma escada em caracol, que levava a uma porta. Na porta, estava pendurada uma placa amarela com os nomes de mais quatro garotos. (Alberto Tivit, Michael Hime, Brian Bogard e Frank Candura) Enquanto Scorpius observava a placa, ela tremulou e mais um nome apareceu nela. O Nome de Scorpius.

— Bem, seja bem vindo ao seu quarto! - disse Neville, abrindo a porta.

O quarto estava silencioso, todos estavam dormindo. Só havia uma cama vazia, ao lado de uma janela, á direita. Encostado na janela havia um garoto moreno, com cabelos crespos e lábios grossos. Ele se assustou quando Scorpius entrou. Neville desejou boa noite a Scorpius e fechou a porta. As coisas dele já estavam agrupadas aos pés da cama. Abriu seu malão, procurou seu pijama e foi para o banheiro se trocar. Ao voltar, o garoto moreno já estava em sua cama.

Scorpius deitou de barriga para cima, encarando o teto. Ele estava realmente cansado. Mergulhar em um lago repleto de sereianos, perseguir uma Lula gigante, lutar contra dois sereianos, derrubar a Lula com um só movimento de varinha, se declarar para Rose, quase ser morto duas vezes pelo pai dela e trair o próprio sangue em uma noite, de fato, deixaria qualquer um cansado. Não demorou muito para Scorpius adormecer. Teve longos e belos sonhos com Rose. Sonhou que a beijava, enquanto ela murmurava em seu ouvido "Eu te amo" e então, o pai de Rose aparecia com uma faca na mão, gritando "Ela é minha única filha, seu tarado" e começava a persegui-lo.

Scorpius acordou no dia seguinte com uma forte dor de cabeça. O local onde o sereiano o acertou com o tridente estava latejando de dor. Ele se sentou na cama, alisando a cabeça e olhou ao redor. Um garoto asiático estava na cama ao lado, com um exemplar de "Livro Padrão de Feitiços" e ao lado dele, o garoto moreno que Scorpius viu sentado olhando pela janela na noite passada, tentava arrumar sua cama com a varinha. As outras camas estavam vazias e arrumadas. Scorpius se levantou e se espreguiçou. O garoto asiático levantou os olhos do seu "Livro Padrão de Feitiços" e olhou para Scorpius.

— Você é Scorpius? - perguntou ele

— Sim. - respondeu Scorpius coçando a cabeça.

— Uau. - falou o garoto moreno, deixando de lado as tentativas de arrumar a cama. - Eu estou reconhecendo você. Foi o que pulou no lago e lutou contra a Lula Gigante para salvar aquela garota. Prazer, sou Frank Candura, e esse é Michael Hime. - disse ele apontando para o garoto asiático

— Ãh, bem, é... prazer. - falou Scorpius encabulado.

— Você é louco de pular naquele lago. - disse Michael, voltando sua atenção ao livro.

No mesmo momento, a porta do banheiro se abriu e saiu um garoto loiro, de olhos verdes, alguns músculos que não deviam ser dele por conta da idade, uma cicatriz na sobrancelha e já com as vestes de Hogwarts. Um típico surfista mirim. Ele disse bom dia, e então a porta do dormitório se abriu e entrou um garoto pequeno, com dentes grandes, olhos castanhos e nariz pequeno e sujo. Ao ver Scorpius ele se adiantou em apertar sua mão e dizer "Olá Scorpius, é um prazer te conhecer, sou Alberto Tivit". Scorpius não entendia o motivo da calorosa recepção. O garoto loiro que saiu do banheiro olhou para Scorpius com um sorriso no rosto.

— Então você é o famoso Scorpius.

— Famoso? - perguntou Scorpius. - Do que está falando?

— Ora. A Escola inteira já sabe do que você fez ontem. Não se fala de outra coisa. Foi muita coragem pular naquele lago para salvar a garota, uma digna atitude de um Grifinório. Ela é sua namorada?

Scorpius sentiu o rosto queimar.

— Não. – respondeu ele, sentindo um aperto no peito - Só minha amiga.

O garoto loiro o estudou por um momento, como se tentasse descobrir se ele estava mentindo ou não. Por fim ele disse.

— Ah, tudo bem então. Prazer, sou Brian Bogard. Quer companhia para tomar café da manhã Scorpius?

— Ah, se você esperar eu me trocar, quero sim. - respondeu Scorpius pegando as vestes e indo para o banheiro. Alguma coisa naquele garoto dizia que ele seria um ótimo amigo para o pequeno Malfoy.

Ao terminar de se trocar, ele saiu do dormitório com Brian, passou pela sala comunal, onde os olhares se recaíram sobre os dois. Passaram pelo retrato da Mulher Gorda e o estômago de Scorpius deu um pulo. Rose estava vindo à direção dele, com os braços cheios de livros. Ela o viu e ficou corada. Brian olhou para ela, e depois para Scorpius, que também estava corado, e abriu um sorrisinho malicioso. Rose passou por eles e disse um "Bom dia" para Scorpius, e depois se apressou em passar pelo buraco do retrato.

— Hmmm - falou Brian quando ele e Scorpius estavam indo para o Salão Principal. - Não é por nada não Scorpius, mas não viu que aquela menina está a fim de você?

— Quem, a Rose? - Scorpius fingiu não saber do que Brian estava falando.

— Sim, ela mesma, ela está super a fim de você, dá pra ver nos olhos dela.

Scorpius não sabia disso, pois sempre que estava com Rose olhava para os próprios pés. Eles seguiram para o Salão Principal e tomaram café. Após o café, o Profº Neville passou distribuindo os horários das aulas. A primeira aula do dia de Scorpius era Poções. Ele e Brian foram para o Salão Comunal e pegaram o que precisariam para a aula. Quando estavam se dirigindo ao buraco do retrato, uma voz Feminina as costas de Scorpius o chamou.

— Scorpius!

Scorpius olhou para trás. Uma menina de cabelos castanhos, nariz arrebitado, lábios finos e secos estava vindo em direção a ele.

— Será que pode me deixar falar com o Scorpius á sós? - pediu a menina para Brian.

— A gente se vê cara - disse Brian saindo pelo buraco do Retrato.

— Olá Scorpius, meu nome é Rowena Tivit, sou irmã do Alberto que divide o quarto com você. Pois bem, não sei se você sabe, mas a família Tivit é muito amiga dos Malfoy's. Nossos avós estudaram juntos, sabe. Somos Sangues Puros e sempre nos demos bem. Assim como a sua família sempre foi da Sonserina, a minha sempre foi da Grifinória.

— Puxa - admirou-se Scorpius - Eu não sabia disso.

— É claro que não - falou a garota, cheia de si - Seu avô nunca revelaria que foi amigo de um Grifinório não é?

— Faz sentido - respondeu Scorpius.

— De qualquer maneira, meu avô me pediu para ter uma amizade com você. Ele tentou fazer minha mãe ter uma amizade com o seu pai, porém minha mãe foi transferida para a Beauxbatons por... motivos pessoais.

Scorpius percebeu que a menina corou um pouquinho ao falar sobre o assunto e decidiu não questionar. Sabia muito bem como era horrível corar na frente dos outros.

— De qualquer maneira - continuou ela - Não está cansado de trair o sangue de sua família? Seu pai está furioso com você.

As palavras atingiram Scorpius como um soco. Ele cambaleou um pouquinho para trás e se segurou na parede a fim de evitar cair.

— Como ele...? - perguntou, confuso.

— Eu escrevi para a minha mãe relatando o que aconteceu, e ela contou para o meu avô que escreveu para o seu. Pode esperar uma coruja dele dizendo poucas e boas para você a qualquer momento. A questão é que, não acha que já traiu demais sua família?

Scorpius a encarou. Do que Rowena estava dizendo?

— Eu não entendo aonde quer chegar.

— Olha, toda a escola sabe o que você fez ontem à noite. Sabe, salvou a Weasley. Como você deve saber, os Weasley's são os piores traidores do sangue puro que já existiram. E agora, aquele Rony se casando com aquela sangue ruim da Hermione ficou pior ainda. Você salvou a garota da Lula ontem e eu reparei um certo clima entre você e ela. A questão é que, além de ir para a Grifinória, que é a casa que todos os Malfoy's odeiam, namorar uma mestiça é demais não acha? Seu pai não ficaria nada feliz com isso. Meu conselho é: se afaste de Rose. Ela não presta. Bem, bom dia. - e dizendo isso, Rowena subiu a escada do corredor das meninas e desapareceu.

O garoto ficou desorientado. Será que ela estava certa? Será que Scorpius ficando com Rose deixaria sua família contra ele? Ele, que sempre foi o queridinho de sua avó, o mimo de sua mãe e o maior amigo de seu pai, teria todos eles como inimigos se namorasse Rose? As palavras de Rowena vagaram pela mente de Scorpius. Vários pensamentos e perguntas se formando em sua mente.

Ele se dirigiu a aula de poções pensando no assunto. Não poderia perder o apoio de sua família. Família para ele era tudo. Sua avó, sua mãe, seu pai, e até mesmo seu avô, Scorpius gostava e amava todos. Será que, por um simples gesto de amor por Rose, perderia a amizade deles? Não! Não queria perder a amizade de sua própria família. Scorpius amava Rose, isso ele já deixou bem claro, porém, ele amava sua família em primeiro Lugar. A Família de Rose era inimiga da família de Scorpius havia muito tempo. É uma guerra que começou por parte dos avôs de ambos. Será que ela levava a guerra da família a serio? Ora, nem mesmo o pai de Rose gostou dele, por conta dessa briga. Se namorasse com Rose, ele seria um estranho na família dela, nenhum dos Weasley's gostariam dele, e se fosse possível, até mesmo Rose um dia não gostaria dele.

Não, Scorpius não seria tão humilhado assim pelos Weasley's. Uma coisa ele herdou de seu pai, e isso era o orgulho, e não iria deixar nenhum Weasley acabar com ele. Uma dor em suas entranhas começou a se tornar maior a cada passo que ele dava. Quando chegou à porta da sala de poções e avistou Rose conversando com uma amiga, ele tomou uma decisão: Não iria se deixar levar pelo amor de Rose. Era uma questão de honra para ele e para sua família. Entrou na sala, o único lugar vazio era ao lado dela, o que não ajudava em nada a sua decisão. O Profº Slughord entrou na sala, e a aula começou. Scorpius estava com o pensamento longe. Evitava encarar Rose a fim de tornar sua promessa verdadeira e estava tão empenhado nisso que nem reparou que a aula se passou tão depressa. A sineta tocou, e quando Scorpius estava arrumando suas coisas, sua mão acidentalmente, derrubou o caldeirão de Rose no chão. Os dois se abaixaram para pegá-lo ao mesmo tempo.

— Você está bem? - perguntou Rose encarando-o

— Estou. - mentiu ele.

— Não parece. Parece que está zangado.

— Eu não estou zangado, tá legal? - falou Scorpius mais alto do que pretendia.

Rose se encolheu. Scorpius se sentiu um bobo. Estendeu a mão para pegar o caldeirão na mesma hora em que Rose fazia o mesmo, e as mãos dos dois se tocaram, novamente. Rose ficou vermelha, e toda a raiva que Scorpius sentia dela e sua família voaram de sua mente tão rápido quanto chegaram. Scorpius apoiou um braço no caldeirão. O objeto rolou para o lado, fazendo-o escorregar e dar um selinho em Rose.

Pronto, bastou isso para tudo que ele sentia com as palavras de Rowena, sumirem de sua mente. Seu coração estava acelerado. Ele suava. Então Rose o puxou pelo colarinho, e o beijou.


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Notas finais do capítulo

Finalmente o primeiro Beijo! EEEEEEEEEEEEEEE



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