Rose Weasley e Scorpius Malfoy - O Amor Proibido escrita por Péricles


Capítulo 5
Rose Weasley - A Declaração


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estava querendo fazer um suspense para vocês. Desnecessário, porém divertido (pelo menos pra mim) me cobraram pelo Twitter então aí está o 5º Capítulo da história de amor entre Rose e Scorpius.



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— Rose tem certeza?

— Certeza absoluta Hugo, quero ver Scorpius.

— Mas ver ele antes de ver mamãe e papai? Isso não vai prestar.

— Só traga Scorpius aqui Hugo, obrigada.

Hugo saiu da ala hospitalar deixando Rose sozinha. A ala hospitalar de Hogwarts é uma sala grande, com paredes cinza desbotadas e piso desgastado. Havia várias camas de lençóis brancos impecáveis, postas um do lado da outra, e á um canto a esquerda, se encontrava uma prateleira enorme, de madeira envelhecida pelo tempo repleta de remédios. Ao lado da prateleira, havia uma porta de mármore, que levava direto á sala da Madame Pomfrey. A porta estava fechada.

Após a saída de Hugo, Rose se sentiu muito solitária e dolorida. Todo o seu corpo doía, o que não aumentava sua autoestima. Aquela lula gigante estava realmente irritada, Rose percebeu isso pela força com a qual ela a agarrou. Quando ela o fez, a garota queria gritar, mas os tentáculos da lula eram tão enormes e grossos que cobriram seu rosto, e abafou seus gritos. Se não fosse por Scorpius, Rose provavelmente estaria morta. Scorpius.

Rose ainda estava perplexa após o ver lutando contra uma lula gigante e dois sereianos. Quando o monstro arrastou Rose para o fundo, ela viu ao longe, um pontinho loiro, nadando em sua direção. O pontinho estava se aproximando, cada vez mais perto, chegando bem próximo dela, e então Rose o reconheceu. Scorpius. Ele nadou tão rápido para alcançar a Lula que Rose achava que se os dois fossem apostar uma corrida, a Lula não teria chance. Quando ele se aproximou deles, agitou a varinha e saíram faíscas verdes que caíram em um dos tentáculos do bicho, deixando graves queimaduras. Se era chamar a atenção da Lula o plano de Scorpius, deu certo, porque ela se voltou contra o garoto no mesmo instante em que dois sereianos apareceram do nada atrás de dele. Pareciam os únicos da cidade que Rose passou que notaram o que estava acontecendo.

Eles deram uma cacetada na cabeça de Scorpius com um objeto que Rose achou que fosse um tridente, pois tinha a forma de um garfo gigante. Scorpius se virou e meteu um soco em cheio no nariz de um sereiano, que sangrou na mesma hora, se isso era possível, e meteu a varinha no olho do outro, o cegando. Quando Scorpius se virou para encarar a Lula, um dos tentáculos acertou em cheio seu estômago, o fazendo ficar parado, encolhido, com as duas mãos sobre o estômago. Então, ainda encolhido, ele apontou a varinha para a Lula e "BAM" um raio dourado saiu da varinha e atingiu a Lula em cheio no rosto. Ela cambaleou e nadou para longe na mesma hora, soltando Rose. Foi nesse momento que ela percebeu que ainda estava debaixo da água. A Batalha de Scorpius tirou a atenção de Rose nesse detalhe.

Estava sufocando. Sua visão ficou turva, não enxergava nada a não ser vultos confusos. Só viu o pontinho loiro, que era Scorpius se aproximar dela e enroscar seu braço pela cintura de Rose. Graças a Merlin Rose desmaiou por falta de ar, pois se não, desmaiaria com esse movimento dele. Quando ela acordou, já estava na ala hospitalar recebendo tratamento de Madame Pomfrey.

Rose queria falar com Scorpius depois disso, após quase ser morta e ser salva por ele, ela queria ser sincera com ele, abrir o seu coração e dizer tudo que sentia desde quando o viu pela primeira vez. Estava murmurando o que iria dizer, quando a porta de mármore da sala da Madame se abriu e ela saiu, as pressas, com um frasco em uma mão e uma colher na boca.

— Tome isso querida - disse ela, despejando o líquido na colher. Ele era verde e gosmento e tinha algumas coisas flutuando dentro dele.

— O que? Não - ela se recusava. Não tomaria aquela coisa nem que a obrigassem. Então Madame tirou a varinha do bolso, murmurou alguma coisa e Rose, mesmo não querendo, abriu a boca e engoliu aquela gosma verde. Ela quis botar pra fora antes mesmo da gosma chegar a sua garganta, mas foi impedida pela varinha de Madame Pomfrey. A gosma tinha cheiro de Bosta de Dragão e o gosto de Xixi de Duende, embora Rose nunca tenha tido o prazer de experimentar nenhuma dessas coisas.

A porta da enfermaria se abriu e Hugo entrou na ala hospitalar, acompanhado de Scorpius com as vestes encharcadas e o cabelo molhado e arrepiado que o deixava com um ar rebelde. O gosto da gosma saiu de sua boca no mesmo instante.

— Ora, mas o que é isso? - perguntou Madama Pomfrey, zangada. - Lamento garotos, mas nada de visitas que não sejam os pais dela, por isso, deem meia volta e boa noite.

— Fui eu que os chamei aqui Madame Pomfrey - interveio Rose.

— Mesmo assim, nada de visitas, você precisa descansar garota.

— Madame Pomfrey. - disse Scorpius, dando um passo pra frente e falando com uma voz fina que não pertencia a ele. - Deixa a gente ficar, será rapidinho.

— Não! - ponderou Madame severamente.

— Por favor. - pediu Scorpius fazendo carinha de cachorro pidão. Rose sentiu vontade de agarra-lo e fazer cafuné, mas se conteve.

— Não! - tornou a dizer Madame Pomfrey com a voz não tão firme.

— Por Favooooor! - falou Hugo, fazendo a mesma carinha de cachorro sem dono. Isso bastava para amolecer o coração de qualquer um. Dois garotos bonitos, com as mãos entrelaçadas na altura do peito, olhando para você com carinha de "Me leve para casa e me ame eternamente".

E não deu outra. Madame Pomfrey olhou para aqueles dois rostos de cachorros sem dono, deu um suspiro, murmurou "Está bem, mas andem logo." e entrou de volta a sua sala, fechando a porta.

— Eu vou esperar lá fora. - disse Hugo, saindo da ala hospitalar e fechando a porta.

— Então, como você está? - perguntou Scorpius se sentando no pé da cama

— Estou bem, só estou sentindo umas poucas dores, mas é coisa normal. - respondeu Rose.

— Ah. Logo passa, meu pai me disse que Madama Pomfrey é incrível para curar ferimentos.

— Você foi incrível lá embaixo. Eu não estaria aqui se não fosse você, Obrigada.

Scorpius corou tanto que, mesmo sob a luz do luar, pareceu que sua cabeça fosse explodir a qualquer momento.

— Ah, bem... Não foi nada, nenhuma Lula idiota irá levar a minha Rose para o fundo de um lago antes de eu a beij... - ele parou, tampando a boca e olhando para Rose como se falasse "Desculpa, saiu sem querer".

Rose teve vontade de chorar. "Minha Rose". Ele a chamou de sua. Ela estava nas nuvens. O garoto pela qual ela se apaixonou perdidamente há uma semana, a chamou de sua. Rose teve vontade de pegá-lo pelo pescoço, abraça-lo bem forte e dizer "você é meu também", mas antes que fizesse isso Scorpius disse:

— Ah, digo, Bem... - corou a cada palavra e encarou os próprios pés. - Enfim, não foi nada, qualquer um teria pulado naquele lago para lhe salvar.

— É, mas quem fez foi você.

— Bem, eu agi por instinto. Falando nisso, assim que fui atingido na cabeça não me lembro de mais nada que aconteceu em seguida, o que houve?

Rose narrou para ele, o que ele próprio havia feito para salvá-la. Não pôde tirar o tom de orgulho, admiração e amor de sua voz enquanto falava. Scorpius deve ter percebido, pois corava mais e mais. "Ele só sabe Corar?" disse uma voz na mente de Rose "Meta-lhe um soco no nariz e um beijo na boca que ele explode feito bomba".

Ao fim da narração, Scorpius fitou o nada, provavelmente se perguntando como fez tudo aquilo.

Silêncio.

— Rose - disse ele de repente a assustando. - Eu, bem, queria dizer uma coisa que... estou segurando desde o dia em que a gente se viu pela primeira vez... V-v-você é... Linda, tá bom, eu falo... você é Linda e assim que eu te vi me apaixonei imediatamente.

"Finalmente ele disse alguma coisa sem corar" disse a voz na mente de Rose e foi a última coisa que ela ouviu, porque de repente sentiu um comichão na barriga e tudo ficou escuro.

Ela abriu os olhos. Sua visão estava turva, mas reconheceu a ala hospitalar. Ainda estava na ala hospitalar, Ufa! Ela viu um borrão de cabelos castanhos de aproximar e perguntar "Filha, você está bem?". Rose não respondeu de imediato, estava olhando ao redor. Havia vários borrões em volta dela, o que a deixou nervosa. Significava que havia várias pessoas olhando para ela. Não achou um borrão loiro, o que significava que Scorpius não estava lá. Sua visão voltou ao normal e ela viu Hermione sentada do lado esquerdo da cama, segurando um lenço branco úmido, chorando. Do lado direito estava Alvo, Hugo, Teddy, Lilian e Tiago. Aos pés da cama estavam Harry e Gina. Rose se perguntou o que estava acontecendo. Onde estava seu pai e Scorpius?

— Rose, você está bem? - perguntou Alvo

— Sim. - respondeu ela, alisando a cabeça, que doía. - O que aconteceu?

— Bem - começou Hugo. - Eu sai da ala hospitalar quando trouxe Scorpius pra falar com você, e no meio do caminho encontrei papai, que me arrastou para cá de novo e me fez ficar escutando sua conversa com Scorpius do outro lado da porta com ele. - Hugo corou. - após ele, bem, se declarar pra você... hã... papai ficou uma fera. Então ouvimos o barulho de alguma coisa caindo e batendo no criado mudo e quando abrimos a porta, você estava desmaiada com Scorpius á seu lado olhando assustado para você. Papai ficou uma fera. Ele pensou que Scorpius que a atacou. Arrastou ele de longe de você pela orelha e se não fosse pela McGonagall, Scorpius já estaria morto agora.

Uma onda de desespero e vergonha percorreu o corpo de Rose. Desespero porque seu pai queria matar o menino que ela gostava por uma coisa que não aconteceu, e vergonha porque Rose desmaiou após Scorpius se declarar para ela. "Burra, imbecil" dizia a voz na sua mente. Mas ela não precisava de nenhuma voz para dizer isso á ela. Rose já sabia que era uma burra e imbecil. Devia ter sido forte, resistente, ter olhado nos olhos de Scorpius e dito "Eu te amo" e depois teriam que dar um longo e demorado beijo. Porém, o cérebro de Rose, achou que desmaiar era mais fácil.

— Bem, já que você acordou - falou Harry. - vou ir atrás do Rony. McGonagall precisou conjurar cordas para prendê-lo, senão ele iria matar o filho de Draco.

Harry saiu da sala, e assim que ele saiu, Gina bufou.

— Ron não mudou nada. Não se preocupe Rose, querida, seu pai não irá matar seu namorado - A garota quis cavar um buraco e enfiar a cara dentro quando sua tia disse as palavras "seu namorado". - Ele tentou fazer a mesma coisa com os meus antigos namorados. O único que se salvou foi seu tio Harry, que era muito amigo de Ron.

— Ron me contou que só não matou Harry, porque não teria ninguém para conversar a noite. - confessou Hermione.

Todos riram, exceto Rose, que estava com o rosto quente de tanta vergonha; Fez-se silêncio por um tempo, que foi quebrado pela entrada de Harry e Ron. O pai de Rose estava espumando de raiva e Harry tentava acalma-lo em vão. Assim que entrou, Ron correu para a cama que Rose estava deitada, abraçou a filha e perguntou:

— Qual azaração ele usou em você Rosinha?

— Azaração... O que? Do que você está falando pai? - perguntou Rose, confusa.

— Ora, eu entrei aqui e vi você desmaiada, o que significa que após ele se declarar para você, ele a atacou.

Gina e Hermione reviraram os olhos e Harry, Alvo, Tiago e Teddy abafaram risinhos.

— Não pai, ele não me atacou, eu só desmaiei porque... bem... hã....

Nem Rose conseguiu explicar o que sentiu, mas não foi preciso, porque Hugo completou:

— Porque ela está caidinha de amor pelo filho dos Malfoy.


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Notas finais do capítulo

TCHARAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAM, Finalmente Scorpius se declarou para Rose. E aí, gostaram do capítulo? Não sei se puderam perceber, mas eu fiz com que Teddy, o afilhado de Harry, estivesse no último ano, o que na verdade não é verdade pois segundo a J.K e os meus cálculos, ele terminou a escola dois anos antes do epílogo de Relíquias da Morte.
Mas enfim, espero que tenham gostado, deixem reviews.