Fairies Never Die. escrita por KoushiiHime


Capítulo 5
Trem: Parte 1!




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Vagão 89, Próximo á cidade de Magnolia, às 09:45. 


Nashi realmente não estava gostando daquilo. O quão longe iria apenas para ganhar aquele desafio estúpido? Nashi estava completamente verde no momento. Não que ela ligasse, na verdade, estava com raiva de sua estupidez. E também da companhia daquele momento. Soltando mais um gemido enquanto se virava para o lado direito, ela pôde perceber que não era a única ali sofrendo com o desafio torturante. 


— Idiota... — Um garoto loiro aproximadamente da sua idade começou a falar — Quando sairmos daqui, eu vou te arrebentar!


— Duvido muito! — Nashi disse, ainda tentando não vomitar em cima do carpete vermelho do trem — Ainda estou melhor do que você! 


— Você é estúpida, só aceitei esse desafio para não parecer fraco na sua frenta!


 Agora ela estava surpresa. Deixando um vermelho tomar conta da sua face, Nashi tentou não olhar para  o garoto á sua frente. Por dois minutos, houve um silêncio mortal no vagão do trem. só ouvia-se as rodas passando por cima dos trilhos e gemidos aqui e ali. Procurando palavras para quebrar o gelo que se formara no lugar, resolveu acabar com a sua dúvida.


— Mas... Por quê aceitou o desafio mesmo? Só por isso?


Com um gemido em resposta, Nashi estava se perguntando agora se ele iria mesmo responder. Até outro gemido sair novamente. Dessa vez ele não veio sozinho.


— Porque... O qu~e meu pai iria dizer se descobrisse que eu perdi para você? Acha que eu sou assim tão fraco? 


— Você aceitou por um motivo tão fútil desses? — Todo aquele breve pensamento romântico que Nashi havia ganhado estava fugindo de sua mente agora. 


— Queria que eu aceitasse por qual razão? Porque eu estaria gostando de você sem ao menos te conhecer/ Por quê iria gostar de uma fada como você?


— Você é o idiota em pensar assim. Eu não tenho nada contra vocês! — Nashi realmente estava irritada. —  Tigres não pensam? Ou só você é ignorante desse jeito?


— Ao menos não sou tão burro quanto você e seu pai! 


Se tinha algo que irritava Nashi profundamente, era falar da sua família. Ela não sabia se o sentimento que tinha era raiva ou tristeza. Dean seria morto naquela mesma hora se ela não estivesse tão enjoada. Mas Dean também estava. Outra coisa sobre Nashi Dragneel: ela odeia machucar pessoas. Ainda mais quando estão doentes. Tentando esconder o fato de estar  quase chorando, virou-se para a esquerda, de frente para o encosto do banco do trem. Ainda pensando nas palavras de Dean, deixou uma ou duas lágrimas escaparem. É triste pensar no fato de que seus pais sumiram, ou pior, que eles estejam mortos. Ela não iria se deixar pensar isso. Nunca, Se isso fosse verdade, sua viagem teria sido á toa, esse desafio também, e suas lágrimas mais ainda. Porque, se isso fosse mesmo verdade, ela teria a vida toda para chorar. Um ou dois soluços saíram em seguida.


— Idiota... Agora está chorando. Você fica bem mais bonita quando está só enjoada!


Sim. Ele conseguiu, em trinta minutos, fazer Nashi Dragneel chorar, e agora, sorrir, logo em seguida. Quem conseguiria isso? Ninguém. Porque ninguém nunca ousaria fazer isso. Essa viagem vai mesmo ser estranha...





Vagão 76, fora da cidade de Magnolia, às 10:05. 



Mizore estava admirando a janela. Não é à toa. O trem estava chegando perto de um jardim real de Fiore. Apenas pessoas ligadas á realeza podiam entrar lá. Mas isso não impedia alguém de observá-las, certo? Com um longo suspiro, virou o olhar para o mago de roupas estranhas á sua frente. Estava lendo um livro. O nome da capa dizia "Os três mosqueteiros". Ela cogitou a hipótese de que era o livro favorito dele, já que estava o lendo desde que chegaram. Voltou á olhar para a janela do trem à sua esquerda, como muitas pessoas fazem quando querem pensar. Mas algo interrompeu seus pensamentos. Não, algo interrompeu o trem. Ouviu algo parecido com caixas de som ligadas, e uma voz, obviamente do condutor do trem, saiu delas.


— Senhores passageiros, lamentamos informar que o trem parou devido à problemas mecânicos. Não temos certeza de que o trem vá voltar a funcionar em breve, portanto, damos o limite de tempo de meia hora. 


Ótimo, Nashi e aqueles outros Dragons Slayers devem estar saltitando á essa hora. Mizore estava caindo no sono, uma vez que o cheiro das flores chegaram até ela. Andorinhas estavam nos galhos, saltando de um em um, deixando um ar de primavera. Em pleno outono. Teria adormecido lá mesmo, se algo, ou alguém, não tivesse a interrompido. 


— Gostando da paisagem? — O mago que estava à sua frente havia deixado, pela primeira vez, seu precioso livro de lado. 


— É... Bem bonito. Eu gosto daqui. 



— Gosta das flores? Rosas são as mais bonitas. 



— Gosto mais de margaridas, mas rosas também são bonitas. Por quê a pergunta?


D'Artagan estendeu o braço pela janela do trem, até pegar uma das flores que estavam mais próximo. Por ironia, era uma rosa.  Ele deixou a flor vermelha nas mãos de Mizore, que, aos poucos, começou à ficar mais vermelha que o cabelo de Reed! 



— P-Porque está me dando isso? Não sabe que é proibido encostar nas flores reais? Se descobrirem, estaremos ferrados!



— Tudo bem, não iriam descobri nem em um milhão de anos, e mesmo que descobrissem, não iriam arrumar confusão com a Fairy Tail e a Sabertooth. 


Ele tinha razão. Mesmo que fosse perigoso, tinha que admitir, os guardas não teriam a menos chance contra as guildas juntas. De qualquer jeito, as guildas tinham uma amizade com a Rainha de Fiore. Hisui E. Fiore. Depois do tal projeto Eclipse e tudo que aconteceu depois...  Seria impossível não sentir gratidão. 


— Sendo assim... Eu aceito. Mmm... Posso te chamar de Dart-kun? 


— Claro, por quê não?



Depois de dito isso, o silêncio retornou. Sem palavras, nem nada que pudesse fazer enquanto o tempo passa, dormir era a única opção. Mizore se virou para a janela do trem, esperando ver mais e mais flores. Mas algo chegou de repente. Uma andorinha. Ela pousou na janela e ficou lá, fitando a rosa que estava nas mãos de Mizore. Ela parecia alegre. Uma andorinha de penas azuis escuras, com o bico amarelo claro entreaberto e os olhos escuros piscando inocente. Ela começou a cantar ali mesmo, sem se importar em estar sendo observada por humanos. Com uma melodia tão suave e graciosa que até mesmo a mais famosa cantora sentiria inveja. Mizore ficou lá, apenas a observando. 

A cantoria continuou, tão bela, até um movimento brusco do trem. O barulho do apito fez a andorinha parar de cantar e se assustar. Ela voou para a árvore mais próxima e ali ficou. Observando o trem de longe. É triste o fato dos  pássaros pararem sua melodia por barulhos estridentes de máquinas humanas.  


— Você se parece com ela. 


— Eu... me pareço com quem?


— Com a andorinha, Mizore.


— E por quê eu me pareço com ela? As penas são da cor do meu cabelo?


— Não, é porque você deve ser tão amigável quanto ela por vir até aqui. 


É assim, o jeito de deixar Mizore tão envergonhada a ponto de querer esconder sua cara em um buraco fundo. Ser uma andorinha não é tão ruim assim. 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo o/



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