É hoje. Fadas e Tigres vão se encontrar novamente. O quê pode acontecer? 

Acordo quando os primeiros raios de sol passam pela janela. Fico com os olhos abertos encarando o teto do meu quarto. Talvez tudo que eu vivi ontem tenha sido um pesadelo e eu acordei. Mas não. Isso é tão real quanto eu mesma. Parece que fazem apenas dois minutos que ouvi mencionarem a Sabertooth. Por quê a cena fica repetindo na minha mente? Toda aquela agitação, a conversa das pessoas, Darin perguntando quem eram eles... Darin, deveria ter nascido antes. Ele saberia ao menos do que estávamos falando. É cruel deixar um gatinho em dúvida, mesmo sendo Darin, aquele que por mim é responsável, depois de Reed. 

Olho para o relógio. São cinco e cinquenta e cinco, isso me má cinco minutos para me trocar e tomar o café da manhã antes de Darin e chegar mais cedo. Deixo sair um pequeno sorriso de canto ao imaginar a cara das pessoas da guilda por ver que eu cheguei cedo pela primeira vez na vida

Saio do quarto depois de uns quatro minutos. É difícil achar roupas ainda limpas no meio de outra milhares de roupas sujas, objetos jogados, panelas e sujeira. Isso pelo menos no meu canto da casa, Darin mantém metade da velha casa de madeira arrumada e a minha metade tão bagunçada que é como se um dinossauro tivesse feito uma festa em cima da mesa de jantar com os amigos dinossauros dele. E eles ficaram bêbados.  Minha imaginação é fértil, eu sei, não tem limites para o amontoado de idiotices que eu penso. Escuto um ronronar manhoso vindo de dentro de uma caixa de pizzas. Me pergunto o por quê de Darin dormir ali. 

— Darin, o quê está fazendo dentro dessa caixa? E está atrasado! Não durma aí dentro, daqui à uma hora temos que estar na estação de trem com a Sabertooth, e eu não vou esperar você tirar esse molho de pizza! — Ele apenas começou a rolar e murmurar uma coisas que eu não entendi.

— Temos mais uma hora, e com a sua velocidade monstro nós não vamos demorar muito. eu tenho que dormir, eu fiquei a noite toda arrumando sua bagunça de ontem à noite.

— Tudo bem, mas não respondeu a minha pergunta, por que está dormindo aí dentro?

— Culpa sua, pediu dez pizzas ontem de ansiedade por hoje e deixou tudo jogado aqui.

É verdade, eu pedi pizza demais e comi rápido demais também. Pelo menos não preciso comer café da manhã agora, o que me dá tempo para fazer alguma coisa útil. Decidi deixar aquele gato preguiçoso dormir um pouco mais. Tadinho, ainda vai arrumar minha bagunça. Eu deveria ser mais organizada, eu sei, mas fazer bagunça é mais divertido. 

Depois de aproximadamente uns quatro minutos, Darin e eu já estávamos chagando na estação de trem. Até que não demorou muito, não cheguei nem cedo nem tarde. Aposto que vão todos ficar surpresos quando me virem.  Olho um pouco mais pra frente e vejo que Reed, Mizore, Charllote e para minha surpresa até Gale estava lá. Gale Redfox. Aposto que veio só para tentar competir comigo, como sempre faz. Aperto o passo para chega até lá mais rápido. 

— Reed, o quê essa criatura com cabelo de gambá morto faz aqui? Achei que fosse apenas nós! 

— Não me diga que meu cabelo parece um gambá morto! O seu é um ouriço rosa!

— Calem a boca. É cedo demais para ficar discutindo. E as pessoas estão olhando. 

    

Reed têm razão, melhor ficarmos quietos. Nossa maior preocupação é passar boa impressão da Fairy Tail, e não acabar com ela. A Sabertooth pode chegar a qualquer minuto, e não quero que pensem que eu, a magnífica Nashi Dragneel, seja o tipo de pessoa que faz alarde por qualquer coisa. Porque eu sou exatamente isso...  

— Alice não vai? — Tento começar uma conversa enquanto isso. — ela não disse que queria ser útil no trabalho? 

— Alice é muito nova, Nashi, ela não pode enfrentar seja lá o que for que fomos encontrar no caminho. — Mizore disse com aquele ar de superioridade dela. Parece que quer ser melhor do que eu, humf. 

— Então o quê ela vai fazer?

— Vai nos ajudar procurando registros sobre algum tipo de magia da época em que nossos pais saíram. Vai fazer isso com a ajuda do resto do pessoal da guilda que chega hoje.

— Obrigada, Charlote! — tentei falar com o mesmo tom docinho que ela usou — Quem vai chegar hoje?

— Alex Dreyar! 

Oh, finalmente o "gênio" vai chegar. Não suporto ele. Se acha melhor que todo mundo, só porque seu pai era o mestre da guilda e a mãe uma maga classe S apelidada carinhosamente de demônio, não quer dizer que seja melhor do que ninguém! Se não fosse melhor do que eu, ele não venceria todas as vezes em que lutamos... 

Ficamos conversando por um bom tempo. Acho que essa tal Sabertooth não vai aparecer e vamos acabar ficando aqui a vida toda esperando. Pelo menos era o que eu achava.  

De repente senti um coisa estranha. Como se os dedos de uma pessoa morta estivessem passeado nas minhas costas. Cada cheiro parecia estranhamente alterado, como uma mistura de rosas e chocolate. O quê diabos chocolate faz no meio dessa história? Me pergunto se isso é normal. 

— Sabertooth. — A única palavra que consigo pronunciar nesse momento. Droga, eu vou morrer.

Eles são como imaginei. E como papai descreve também. Não achei que seus filhos fossem tão parecidos assim. Analisei com cuidado cada um. 

D'Artagan, filho que Rufus Lohr. Loiro, alto, olhos verdes, roupa estranha. Sem a tal máscara ridícula e o chapéu. Nome poético. 

Miniel, filho da tal Minerva. cabelo preto, alto,, aparentemente mais forte que os outros, olhos castanhos, jaqueta azul marinho. Nome estranho, porém, criativo.

Raven, filha de Rogue Cheney. Cabelo preto até a cintura, baixinha, olhos vermelhos, vestido preto curto, botas da mesma cor. Fofa, estava até sorrindo para mim.  tinha um gatinho branco em cima dela, usando uma roupa de... Panda? Ele estava dormindo.

Mas alguém me chamou mais a atenção. Só podia ser. Dean. Loiro, olhos verdes. Cabelo bagunçado. E com um exceed preto jogado em cima de uma mochila azul. E... Vindo na minha direção... Eu... Estou mesmo ficando vermelha? Alguém diz que eu não estou, por favor. Mas é verdade, eu estou. Esse trabalho vai ser torturante. 

Por azar, Reed disse que deveríamos nos separar em duplas no trem. Acabei ficando com ele. Charllote e Reed foram juntos e com aquele tal Miniel, da qual Charllote insistiu em chamá-lo de El-kun. Raven foi com Gale. Acho que iria ser interessante pôr uma câmera na cabine deles. Talvez aconteça alguma coisa interessante. Se é que me entende...  E por ironia do destino, estou com aquele Dean. Reed fez isso de propósito, eu sei! Embarcamos no trem e pegamos a última cabine do trem. Todas as outras estavam lotadas.

— Maldito trem... — Droga, ele começou a falar, como faz para desligar ele? — Você também passa mal nos transportes?

— C- Claro, por que não? —  Por quê estou gaguejando? — E se você vomitar aqui, você vai limpar! Aposto que aguento melhor do que você nesse trem!

— Até parece! Vamos ver então! Desafio aceito!

— Ótimo! 

    Já vi que essa viagem vai ser longa...