Free Fallin' escrita por Anne


Capítulo 11
Marie: You do not care.


Notas iniciais do capítulo

GENTE, desculpa, desculpa MESMO todos esses dias sem postar. Eu ando muito sem tempo, final de semana foi corrido, cheio de lugares pra ir, e essa semana tava tendo aula de manhã e ensaio todo dia a tarde, porque eu canto, e ia cantar num clube, aí isso foi ontem. E hj eu tinha trabalho a tarde tbm, só que dai foi cancelado e consegui um tempinho pra postar! Queria agradecer a todos pelos comentários a agradecer muuuito a Amanda Olimpius Chase e dedicar esse post pra ela! ♥



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Peço meu lanche, e sento numa mesa com João. A partir de agora decidi não ter tão mais chata com John, talvez assim ele pare de correr tanto atrás. Talvez ele pense que, sendo chata, só estou me fazendo de difícil. Mas a verdade é que eu não quero mesmo ele, não estou me fazendo de nada. Bom, ele é um pouco difícil de resistir com tanta lábia e beleza, admito. Mas eu não quero alguém como ele na minha vida. Não mesmo. Porque com ele nunca é só ficar uma vez e pronto. Ele faz questão de conquistar, ganhar a pessoa. E depois não ligar mais pra ela. Foi isso que ele fez com Anne. E me sinto tão culpada por estar escondendo tanta coisa dela, não sei por quanto tempo vou aguentar. Mas ao mesmo tempo tenho tanto medo de contar a magoá-la, perder a amizade sua amizade. Portanto, deixo tudo assim, desse jeito meio complicado, louco e difícil de aguentar.

– Marie, João? Oi! - Cumprimenta a mãe de Caio, srta. Michele, me distraindo de meus pensamentos.

– Oi tia Michele! - Diz João, com um sorriso no rosto.

– Oi sra. Michele.

– Podemos sentar aqui?

– Claro, à vontade. - Respondo, e ela e o Caio sentam ali. Noto que John está na mesa bem de frente com a minha.

– Eu estou indo levar Caio ao cinema, gostaria de levar o João junto, e depois eu o deixo em sua casa. Se quiser, pode vir junto também. - Propõe ela com um sorriso no rosto. 

- Posso, Ma? - Pergunta meu irmão com os olhinhos brilhando.

- Mas João, você não para em casa!

- Por favor, Ma... Eu juro que eu paro! 

- Tudo bem, vai... Dessa vez. Mas não vai se acostumando. - Permito, e então ele dá um sorriso enorme, o que imediatamente enche meu coração de alegria. Minha mãe gostaria de ver esse sorriso... Eu sei que ela deve estar vendo. 

Nós quatro comemos os lanches em silêncio, depois Michele leva os meninos ao cinema, me oferece carona mas prefiro ir embora a pé, caminhar um pouco, pensar. Decido sentar um pouco em um banco na praça que fica perto de casa. O banco que eu costumava passar algumas tardes de Domingo com a minha mãe, observando as pessoas passarem, escrevendo e jogando conversa fora. Ao recordar essas coisas meus olhos se enchem com algumas lágrimas.

- Ma... - Ouço uma voz suave dizer. Por um momento, meu coração para. Por um momento mesmo, muito pequeno. Por um momento mínimo. Limpo minhas lágrimas e me viro. 

- Oi de novo, John. - Cumprimento ele outra vez. - Você veio atrás de mim?

- Não, tava passando aqui de bobeira só. Espera, você tá chorando?

- Não. - Engulo em seco. Eu não gosto muito de mentir, pra quem quer que seja. Mas também não gosto de falar como me sinto com qualquer um. A única pessoa que me conhece de corpo e alma é meu psicólogo, e bom, a Anne. E antigamente, minha mãe...

- Me fala, o que aconteceu? Eu tento te ajudar.

- Me ajudar? Qual é! Você nem se importa. - Reviro os olhos e sinto meu sangue ferver. - Olha, eu tô tentando mesmo ser legal com você. Não tinha pra que ter te tratado tão mal, mas eu só quero que você entenda que não tem absolutamente nada a ver com a minha vida. E que eu sei que você é um canalha, egoísta que só liga pra si mesmo e pra mais ninguém, e que eu nunca vou ficar com alguém como você outra vez. Sabe, John, é errado o que você faz com as pessoas. Elas tem sentimentos, sabia? Por mais ridículo que isso possa parecer pra você. Tenta se importar, pelo menos um pouco. Você não precisa mentir pra todas elas. Você pode ficar com várias, contanto que não diga pra cada uma o quanto elas são especiais e diferentes de todas. Porque, as vezes, elas acreditam. - Me levanto do banco e começo a andar, já arrependida por ter falado tanta coisa. O que ele vai pensar? Ah, que menina idiota. Mal me conhece e acha que pode falar como devo ser. Me importar? Que babaca. Eu sei que não devia ter falado nada... Mas ele me irrita tanto, com tudo o que faz, que eu não aguentei. E eu ando tão emocional esses tempos. Mas não posso mais deixar que ninguém note isso.

- Marie. - Ouço ele gritar, e me viro. Ele se aproxima, e pega nas minhas mãos.

- Me desculpa. - Ele parecia estar sendo sincero.

- Pelo que? 

- Por magoar sua amiga... E por me meter na sua vida.

- Você não magoou minha amiga, ela não liga pra você.

- Marie, não precisa mentir por ela. Eu já entendi.. Eu vou ser sincero com ela, vou falar tudo.

- Tudo o que? - Sinto meu coração gelar. Ele vai falar o que? De mim? Meu Deus, não. Ele não tem esse direito

.- Tudo, que é pra ela seguir em frente e tal... Eu faço muito as coisas sem pensar, é verdade. Eu sou um canalha e egoísta, e eu não pretendo mudar, gosto de ser assim. Pode me odiar e me desprezar pra valer. E eu geralmente não me importo com ninguém mesmo. Mas ver você chorar, me deu mesmo vontade de te ajudar pra não te ver assim. Juro. Afinal não é como no baile, que você estava bêbada... Mas eu entendo que você não queira contar nada pra mim, e nem deve. Eu só queria que você soubesse disso, tchau. - Então ele solta minhas mãos e se vai.


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