My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 45
Passado I


Notas iniciais do capítulo

Eai? Tudo beleza? Bom, eu estou bem. Quebrando a cabeça para entender todas as fases da fotossíntese, mas estou bem. Quem diria que a fotossíntese não é totalmente aquilo que aprendemos na quarta série. Decepcionada.
Fora isso, estou bem, claro. Não sei se a edição desse capítulo ficou boa, estou postando com meu notebook, mas o meu word expirou, daí eu tive que coloca-lo em um documento de texto e foi uma bagunça para organizar. Normalmente eu digito no pc dos meus pais, mas como a internet fez o favor de não conectar tive que passar o capítulo para o meu computador e bem, aconteceu o que eu já falei.
Estou sentindo muita falta dos comentários, o capítulo anterior teve pouquíssimos comentários e olha que eu sei que a maioria está de férias. Eu sou vidente, haha. Bem-vindo novos leitores que estão se manifestando nos capítulos anteriores, fico muitooooooo feliz quando as pessoas comentam em capítulos que já postados.
Bom, é isso, vou largar de "mimimi" e ....
BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397849/chapter/45

―É um nome com certeza. – Nathaniel pausou e inspirou. – Yesubai.
Yesubai. O nome da princesa. A princesa. Ren não esperava por isso, não era essa palavra que ele queria escutar. Um aperto surgiu em seu coração. Sua respiração estava ficando pausada e por um momento esqueceu-se de respirar.

―Ren, tudo bem? – escutou Kelsey o chamar, mas não encontrava a localização de sua voz.

―Eu...

Dhiren não conseguira terminar a frase. Sua visão estava ficando turva e os olhos pesavam, junto suas pernas ficaram trêmulas e o sentimento de irracionalidade desenvolvia. Tentou se agarrar a cama para que não caísse no chão, mas era impossível, pois o seu corpo não respondia aos comandos. Uma sede tomou conta de sua garganta e no mesmo instante vasculhou o quarto em busca de Kelsey.

A garota estava ao seu lado, sentada no piso encarando o azul de seus olhos. O desespero tomou conta de Kells e a mesma gritava para enfermeiras socorrem Dhiren. Ren tentou reagir, queria dizer que estava bem, apesar de não saber o que acontecia com seu corpo. Lembranças de um passado distante tomaram sua mente e o puxaram para revivê-las sem ao menos pedirem permissão.

―Majestade, tudo bem? – a garota perguntou com um sorriso no rosto.

―Claro. Onde estávamos? – voltou a conversar.

―Eu estava dizendo que talvez meu pai fará um acordo com o seu reino, ele tem interesses.

―E qual seria o interesse do seu pai?

―Segredo – Yesubai disse abaixando a cabeça e contento o sorriso inocente que sempre fazia quando Dhiren chegava muito perto.

―Segredo? – ele sorriu e enrolou uma mecha do cabelo dela em seus dedos – Não temos segredos.

Yesubai colocou a mão no rumo do coração. Ouvir aquelas palavras lhe fazia corroer por dentro, era com se Dhiren soubesse quem ela era e a cada momento tentava tirar-lhe a verdade que já estava exposta a todos. Ele sorriu para ela, pois nunca conhecera uma pessoa tão bonita e misteriosa ao mesmo tempo.

―Mas você tem segredos e eu sei disso, por que outro dia eu escutei você e seu irmão conversando sobre mim. – Yesubai disse.

―Você ouviu? O que exatamente?

―Bem, vocês diziam se contariam ou não para mim... Eu somente não sei o que é.

―Querida, você não precisa ficar preocupada não tenho segredos com você.

Era mentira, os dois sabiam disso e os dois temiam o que poderiam fazer um ao outro. Kishan alertara Ren sobre isso, anos antes ele estava em busca de algo que quebrasse a maldição e encontrou o que queria, mas não dividira com mais ninguém. Guardou para si mesmo para que no dia certo pudesse usar isso ao seu favor.

―Quando você perdeu o seu reino, o que aconteceu? – Yesubai sorriu discretamente.

―Bem, eu era criança e todo o castelo entrou em chamas e o Sr. Kadam, meu tutor, socorreu eu e meu irmão. Ele foi generoso, pois por mais que fosse nosso criado não tinha essa obrigação.

―Ele parece ser um homem muito bom. Quando irei conhecê-lo?

― Quando você quiser.

Ren pegou em sua mão e apertou delicadamente, sentindo a maciez de sua pele. Yesubai tinha um anel com um cristal negro, aquela pedra lhe chamara atenção desde quando vira pela primeira vez. Sabia que encontraria Yesubai se achasse aquele anel, um pedaço do amuleto que poderia quebrar a maldição.

―Muito bonita essa pedra – falou beijando as pontas dos dedos da garota.

―Obrigada, ganhei do meu pai.

―O rei é um ótimo pai para lhe dar algo tão valioso.

―Bem – ela ficou sem palavras -, não é tão valioso assim é somente uma lembrança de uma boa amiga. Ele achou necessário passá-la para mim, acredita que irei conquistar o que quero, pois essa pedra atrairá o que desejo.

Dhiren conseguiu entender o que ela estava falando. Yesubai sabia quem era ele e por que estava atrás dela. A moça, no final de tudo, não era tão inocente como pensara. Levantou-se a ajudando a fazer o mesmo. Respirou fundo, estava decido a acabar com toda aquela farsa e trocas de sorrisos. Era impossível ficar ao lado dela sabendo que ela poderia ajudá-lo acabar com a maldição, mas que a mesma estava do lado de Lokesh.

Pensou que deveria ter contado para Kishan e Kadam sobre isso. Sobre ter descoberto que se pegasse todas as partes da pedra de Lakshmi poderia acabar de vez com a maldição. Aquele anel. Aquela pedra. Ele precisava de somente isso para poder acabar de vez com a maldição. Yesubai estava em seu caminho e, agora, pensava na possibilidade de livrá-la de algum julgamento se ela contribuísse.

―Príncipe? – ela sorriu com ironia.

―Sim – Ren cerrou o maxilar – Dê-me essa pedra.

―Como? – tentou fazer a expressão de ingênua.

―Você escutou Yesubai, só quero essa pedra.

―Que feio da sua parte, majestade, tentar roubar uma mulher indefesa. – seu sorriso se desfez e continuou a frase com um tom mais rude. - Mas, não posso. Na verdade, não quero. Meu pai dissera que você buscaria por essa pedra e eu o mataria. Ele lê o futuro e viu isso no meu.

Ela soltou as palavras com naturalidade.

―Acho que ele não vira-me trazendo o fracasso para o seu reino. Lokesh não é um rei. Nunca foi. Você não é princesa e nunca será.

―Ele não está cobiçando reinos ou um bom partido para sua filha. Ele quer poder e você faz parte de seu plano.

―Seu plano? – Dhiren deu uma leve risada, pois achara graça.

―Sim. Durga não lhe deu um dom; você e seu irmão não são privilegiados. Ela só queria proteger a pedra. Nada mais justo do que amaldiçoar os filhos do rei Mujulaain, o local onde a pedra fora parar. Como vocês são ingênuos. Durga não queria proteger o seu reino, como conta nos mitos e escritos antigos. – Yesubai pausou e começou a rir. Logo, assumiu uma expressão ríspida e começou a gritar ironicamente - Alagan Dhiren Rajaram o príncipe mais ingênuo de todos os tempos. O príncipe que junto com o seu irmão e todo o reino acreditaram que o dom que receberam de Durga era uma dádiva. Não adiantou pesquisar sobre o amuleto, não adiantou ler o diário de sua mãe, não adiantou nenhuma pesquisa. Você deveria ter contado para o Sr. Kadam, mas fora tolo e guardou segredo para si mesmo.

Ren respirou fundo, não podia simplesmente atacar Yesubai e tomar de sua mão o anel. Pensou em como faria isso, em como pegaria o anel sem machucar a morena. Yesubai ria de sua expressão, caçoando de todos de seu reino. Se aquilo, que ela disse, era verdade ele não podia deixar ser jogado ao vento como miseras frases. Sua raiva aumentava, não ao ponto de fazer com que o tigre o dominasse, mas ao ponto de torná-lo um ser humano cruel e desalmado. Tentou manter a calma, mas não conseguira, sentia que poderia explodir a qualquer momento. Por fim, como por instinto, puxou o pulso e a aproximou de seu corpo, tentando imobilizá-la.

―Como você é moral Dhiren. Ou melhor, Ren, vossa majestade! – sussurrou próximo ao ouvido dele.

―Dê-me essa pedra agora. – falou no mesmo tom que Yesubai.

―Lokesh precisa de você morto, ele precisa da energia que Durga colocou em você e em seu irmão para poder matá-la. Você sabia que a deusa tem um ponto fraco? O amuleto, sim, aquele amuleto que pediu para Lokesh destruir. Ele atende a desejos. Mas, olha que ironia, Durga projetou o amuleto para realizar somente um desejo. – Ren apertou o braço dela com mais força, não queria ouvir mais aquelas palavras. Ele não queria escutar a voz de Yesubai.

―Cale a boca! – Gritou com ela.

―Agora você vai me escutar – ela continuou sussurrando, sentindo cada vez mais a pressão em seu braço. – O desejo que está projetado no amuleto é o seu e o de seu irmão. Tornar humano por completo. Lokesh precisa de você morto para poder liberar o amuleto de qualquer desejo e poder fazer quantos quiser. Ele te quer morto de qualquer jeito.

Ficaram em silêncio, um olhando para o outro. Yesubai sabia o que faria agora: mataria o homem que estava em sua frente. Mataria com a adaga, um artefato que podia invocar Durga, somente para a deusa vê-lo morrer aos poucos.

―Alagan você experimentará o gosto da morte bem mais cedo do que imagina. – Yesubai falou.

Um segundo parecera uma eternidade. Ela não tinha mais o que pensar. No começo quando concordou com Lokesh a fazer isso, não imaginava que poderia se apaixonar de verdade. Não imaginava que Dhiren fosse tão apaixonante e sedutor ao mesmo tempo. Ela não queria pensar nisso, no passado e na mentira mais real de toda a sua vida. Yesubai em um movimento rápido e direto tirara a adaga que estava presa em seu sari. Estava pronta para encravar Ādhyātmika kaṭāra no coração de Dhiren, sem puder ou piedade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, como eu disse nas notas iniciais estou sentindo falta de vocês.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Tiger" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.