My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 41
Aviso


Notas iniciais do capítulo

OIE! O capítulo anterior ainda não foi revisado, entretanto esse "tentou" ser revisado. Falta de tempo mesclada com lerdeza. Acho que na última nota eu parei quando comentava sobre o Just Dance. Aaah, é! Eu dancei no Just Dance aquela música... Eu esqueci o nome da música. Aquela que fala que dança igual o vocalista de The Rolling Stones. Que raiva! Isso que dá, não gostar de pop - perda memória a tudo relacionado à pop. Bem, vamos deixar isso. Depois teve o show da banda Comitiva do Rock e depois teve Detonator! DE-TO-NA-TOR!!! Tive uma aula de folclore brasileiro, porque o novo disco dele fala bastante sobre personagens folclóricos. Uma amiga minha ganhou o concurso cosplay, ela fez o cosplay da Asuna de SOA. Vocês devem estar imaginando que sou uma otaku, certo? Errado, não me considero otaku, até porque não tenho mais tempo de ver anime, maaaas gosto bastante de cultura japonesa e curto MUITOOO HEAVY METAL! Acho que desde de pequena escutando Scorpion (que nem é muito metal) e Guns, me deixou assim... Fascinada por heavy metal. Bom, foi isso que fiz no evento. Esse capítulo tem o nome Aviso, porque é um aviso de que não vai ter mais My Tiger!.....MENTIRAAAA! Não acredito que você acreditou. Chama aviso porque....Precisa ler para saber o motivo desse nome, não?Então, vou largar de falar.BOA LEITURA.



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―Por que você sumiu? – ela sussurrou enquanto passava a mão na orelha dele.

O barulho do vento aumentara e Ren ronronou em resposta à pergunta de Kells. Tudo ali parecia mágico, entretanto o mesmo queria poder estar ao lado dela e abraçá-la, mas não conseguia. O seu corpo, como todas as noites, não interagia com sua mente. O tigre estava dominando e Dhiren sabia que o motivo disso acontecer era o simples fato de: não querer relembrar o passado e senti-lo, pois trazia tristeza.

―Você está triste? – Kells perguntou com a voz doce, tentando entender o que o animal queria dizer – Estou aqui... Se isso ajuda, também estou triste.

Dhiren não queria lembrar-se do jeito que o Sr. Kadam o pressionou. Era certo, que não conseguia recordar quem era o pai de Yesubai, mas isso, talvez, não fosse algo serio para se preocupar. Pensar o que estava passando na cabeça de seu tutor estava o atingindo mais do que imaginara.

Ela suspirou, fechou os olhos e abaixou se para dar lhe um beijo na cabeça e sentir, ainda mais, o cheiro de sândalo que vinha dele. Pouco perceberam, mas naquele momento, uma luz começara a surgir do amuleto que Kelsey levava no pescoço. Era de um tom vermelho e se transformava em azul à medida que o coração Kells se acelerava – por causa da aproximidade de Ren. O som do vento cessara, tudo ficou silencioso e calmo.

Dhiren não entendia o que estava acontecendo. Será que Kelsey sentia o mesmo? Pensou. Era uma sensação quente que dominava seu corpo. Ele via os feixes rubros e azuis reluzindo do objeto. O tigre parecera soltar de si por um momento e a essência humana consumia por completo a sua alma.

Os batimentos cardíacos acelerados se transformavam em uma única canção. Um único ritmo que se mesclava ao som do coração de Kells. Os dois estavam em uma mesma sintonia. Crescia a mesma sensação que abrangia os sentimentos mais puros que existia no coração deles.

―Ren – Kells falou quando percebera a luz e analisara que ela aumentava.

Kelsey afastou do tigre e se levantou. Tirou o amuleto do pescoço, a luminosidade que vinha daquele pedaço de pedra começou a se expandir por toda a estufa. Dhiren, por instinto, em um pulo, já estava em pé olhando fixamente para garota. Ela fechou os olhos, pois o reflexo começara a formar uma nébula em sua visão.

Um choque passou por todo o corpo de Ren e de forma célebre voltava a sua forma humana. Mas, porque não conseguira fazer o mesmo antes de Kelsey aparecer? Seus olhos mudaram de azul cobalto para negro e em segundos retornaram a cor de origem. Seus braços pareciam estar cansados, como se tivesse feito uma série de exercícios por horas. A cabeça doía e aos poucos pedia para que ele se entregasse à escuridão o consumia aos poucos.

―Ren – Kells exclamou quando conseguiu abrir os olhos e ver o rapaz caído no chão – O que aconteceu? Será que...

O que viera em sua mente fizera que pensamentos tristes e felizes se misturassem e que todas as suas emoções se chocassem. O que sentiu fora tão mágico que somente inferir que, talvez, a maldição tenha se esvaecido fez com que lágrimas começassem a escorrer de seus olhos.

―Kells – Ren disse em um murmúrio – O que aconteceu?

―E-eu – gaguejou quando ele a encarou - não sei.

Ren se levantou com dificuldade, sentia todo o corpo doendo e pela primeira vez quis descanso. Kelsey o ajudou, apoiando o braço dele em seu ombro. Tudo estava muito estranho: ao mesmo tempo em que o ambiente parecia estar calmo, uma onda de sensações ruins pairava sobre eles.

―Que luz foi aquela? – Kells perguntou, tentando entender.

―Não sei nunca vira algo assim – ele disse ainda sonolento -, será que você fez algo?

―Eu não fiz nada – respondeu achando que sua presença ali fora inútil.

―Kelsey alguma coisa você fez – Ren falou abraço-a e agradecendo silenciosamente. – Eu não estava conseguindo me tornar humano, mas depois que você chegou próximo a mim surgiu àquela luz e eu me transformei.

Kelsey o levou até uma cadeira, a que tropeçara antes, e o colocou sentado nela. Ren soava e pequenas gotículas desciam por sua testa. Suas mãos estavam frias e a boca ficara sem cor. Pegou a mão de Kelsey e brincou com os dedos dela, sorrindo. Por mais que seu físico estivesse debilitado sentia como se tivesse tirado um peso dos ombros.

―Ren – Kelsey começou a falar, mas hesitara.

―O que? – beijou a ponta dos dedos dela.

―E o tigre? – disse em um tom baixo quase imperceptível.

Dhiren negou com a cabeça, uma vez que não queria escutar essa palavra. Pelo que acabara de passar, de ter vontade de ser humano e não poder, somente desejava não pensar no animal que existia dentro de si.

―Vou buscar água, parece que você está um pouco mal – Kelsey falou percebendo que ele não estava bem.

―Espere – Ren puxou sua mão quando ela se afastou -, não me deixe aqui. Eu estou bem só...

―Ren! – Kelsey gritou quando o rapaz apagara e caíra para frente.

Por sorte, fora capaz de ela segurá-lo antes que chocasse contra o chão. Kells queria gritar para pedir ajuda, mas o corpo de Ren no mesmo instante começara a reluzir a mesma luz de antes. Ela pedia a Durga que aquilo fosse algo passageiro e que a maldição acabasse para que Dhiren pudesse viver normalmente, sem sofrimentos. Kelsey apoiou o corpo dele, novamente, na cadeira e o segurou. A mesma teve que fechar os olhos, pois a luz se tornava azul... Azul cobalto como os olhos de Ren.

―Ren, o que está acontecendo? – sussurrou com medo de ser Lokesh ou algo ruim estivesse influenciando na transformação do jovem.

Após alguns minutos de luz constante, tudo ficara em silêncio. Entretanto, quando imaginou que ficaria bem, uma explosão de energia fizera com que ela se afastasse de Ren e caísse a vários passos de distância. Tudo escureceu, Kells tentou abrir os olhos, mas não via nada além de um feixe azul com dourado transpassando em sua frente.

―Kelsey – a garota escutou uma voz feminina em seu subconsciente a chamando -, o Príncipe Dhiren necessita de você. Seja forte e ajude-o a quebrar o feitiço que bloqueia sua memória. Se isso acontecer, tudo será esclarecido e a maldição poderá ser cessada.

―Ma-mas, o que está acontecendo? – a garota disse em meio a soluços.

― O corpo e mente de Dhiren estão em conflito. O tigre branco não quer deixá-lo se lembrar de uma fase importante de seu passado, mas Ren, determinado, insistiu para que sua memória alcançasse os fatos. Quebre o amuleto, assim o tigre não terá poderes contra o príncipe. O felino está usando a minha essência, que está guardada no artefato, para apossar da consciência de Dhiren.

Uma brisa fria tocou no rosto de Kelsey, e ela sentiu um leve calafrio. Se for isso que estava acontecendo teria que quebrar esse amuleto, mas como se nem ao menos sabia se estava acordada ou inconsciente.

―Felicidade – a palavra chegara até seus sentidos como um sussurro.

Por reflexo, tentou se lembrar da estufa e de como era o local. Logo, imaginou uma caminhada por entre as flores e alguém a puxando pelo braço. Os olhos azuis encarando sua boca. Um beijo suave e ao mesmo tempo com fervor. O som agradável da voz de Dhiren e do sorriso que ele mostrava quando estava feliz ou, simplesmente, com vergonha. O cheiro de sândalo...

―Ren! – gritou se levantando e correndo até o rapaz, que continuava inconsciente.

O amuleto estava caído ao lado dele e brilhava de forma menos intensa. Agora esbanjava uma cor dourada e, às vezes, reclinava para um roxo escuro. Kelsey pegou o amuleto com as mãos trêmulas e o jogou no chão. Nada. A luz do objeto ficara mais forte. Pegou novamente e por impulso o apertou contra os dedos. Como algo insignificante, o pedaço de pedra se desfez entre seus dedos.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam? Brincadeira lá em cima foi sem graça, não? O próximo capítulo sairá sábado (05/10) Nossa esse é o primeiro capítulo do mês de outubro *-*, que legal!