Bella

Durante todo o resto da noite senti os olhos de Edward em mim, atentos a qualquer estranheza. Não tive mais dores de cabeça nem lampejos indesejáveis. Dormimos juntinhos como sempre entre carinhos doces. No dia seguinte ele foi trabalhar, deixando-me em casa e prometeu que antes do almoço voltaria para ficarmos juntos. Almoçamos no Mocha. Jéssica não foi odiável e eu fui simpática com ela.

À noite fomos ao boliche e lá nos encontramos com Rosie e os gêmeos. Mesmo depois de muitos dias passados, Rosie ainda gargalhava ao me ver e lembrar da surra que dei na Tânia. Jogamos um pouco e descobri que não sou nada mal no jogo. Na saída encontramos com James e eles se estranharam, mas com um cutucão em Edward fiz com que ele voltasse a se comportar.

Pela manhã bem cedo Edward me acordou e disse que teríamos um ótimo dia e que eu precisava me arrumar, foi o que eu fiz. Mas quando eu saí achando-me linda com o vestido florido ele me abraçou e me beijou e disse:

- Você está linda, mas hoje preciso que vista uma calça. - Estranhei e observei as roupas dele antes de trocar as minhas. Ele estava diferente, com uma calça jeans surrada e uma blusa de flanela quadriculada, botas pretas e é claro o seu chapéu. Parecia saído de um filme, estava magnifico. Vesti o jeans, uma camiseta regata branca e meu tênis. - Tenho algo para você. - Ele se aproximou de mim com as mãos para trás. Fiquei curiosa.

- O que é? - Ele revelou as suas mãos que seguravam um chapéu imitando o dele, mas este era branco e feminino.

- Para a cowgirl mais linda que existe. - E colocou o chapéu em minha cabeça. Minha boca abriu de surpresa e alegria. Adorei o meu presente, senti-me ainda mais próxima a ele.

- Obrigada, ele é lindo. - Corri para a frente do espelho para admirá-lo. Edward me abraçou por trás e me derreti.

- Ficou perfeito em você. - Beijamo-nos e depois saímos de casa.

Reconheci o caminho que seguíamos, estive ali com Rosie e os gêmeos quando eles tiveram aula de equitação. Entramos na fazenda e Edward cumprimentou a todos alegremente, pareciam todos felizes em vê-lo ali.

Caminhamos até o estábulo, ele pediu que esperasse do lado de fora, minutos depois ele saia puxando um lindo cavalo pelas rédeas. Fiquei encantada com a cena. Entendi quando todos diziam o quanto ele era assediado quando montava. Enquanto ele guiava o cavalo de pelos negros lustrosos, Edward mexia em seu chapéu. Parou a alguns centímetros de mim e assobiou.

- Este é Banquo, é um bom Mangalarga Marchador. – Disse sorrindo enquanto alisava o pelo do animal que parecia muito a vontade com ele.

- Ele é muito bonito.

- Fortaleza, está é Isabella Swan, Bella, a garota especial. – Ele falou com o cavalo e senti meu rosto queimar. O cavalo relinchou como se entendesse o que ele dizia. – Também acho, cara.

- Acha o que? – Falei pensando na sanidade mental do lindo xerife.

- Que você é linda. – Ele sorriu torto e quem estava parecendo a beira da loucura era eu. - Ele é um ótimo cavalo, obediente, resistente, e veloz. Sempre venho montar nele, damo-nos muito bem.

- Percebi.

- Quero que monte nele comigo. - Fiquei paralisada nesse momento. Edward queria que eu montasse nesse cavalo? E se eu caísse?

- Como?

- Tem medo? - Ele perguntou zombeteiro.

- É claro que não. - Reagi prontamente, ele sorriu.

- Nem deve, estarei com você. Como eu já te disse, tudo depende de quem guia. - Imediatamente me senti mais confiante e ansiosa.

Edward subiu no cavalo e tinha certeza que nunca tinha o visto tão lindo, era como se ele tivesse sido feito para montar em alazões. Ele parecia tão dono de si, tão imperioso, um príncipe em sua majestade. Seu olhar era intenso e brilhante quando ofereceu-me a mão para me ajudar a subir no animal.

Quando sentei no cavalo, meu coração disparou, sabia que estava prestes a viver uma das experiências mais maravilhosas que já vivi.

- Segure-se em mim. - Edward levou as minhas mãos até o peito dele e eu o segurei com força. - Preparada?

- Sim. - Afirmei e ele incitou o cavalo a trotar. Era como um sonho, estar ali com Edward em um momento tão peculiar...bonito. Era como dividir uma intimidade com o animal, era algo surpreendente, não saberia explicar o que estava sentindo.

Seguimos por uma estradinha de terra que tinha no meio da fazenda, feita talvez especialmente para esses passeios. De vez enquando passávamos por alguém e ele sempre os cumprimentava.

- Está gostando?

- Muito. - Ouvi a sua risada e seu peito movimentar.

- Quero tentar algo com você. - Ele falou.

- E o que seria?

- Quero correr com você. - Edward falou ansioso. - Quero sentir a melhor sensação do mundo tendo você comigo.

- O que estamos esperando? - Perguntei completamente sem ar pela intensidade das emoções. Edward preparou-se e depois de um “Yeah!” ele fez o cavalo correr.

Eu cerrei meus olhos para depois abri-los, era a melhor sensação da minha vida com certeza. Meu coração disparava, mas não era medo, era adrenalina. Estava completamente consciente do meu corpo, cada pulsação era evidente até nas pontas dos dedos. Era como fazer parte do próprio animal, nós três éramos um só. Meu sorriso era largo e eu não conseguia retirá-lo do rosto. Agarrei-me ainda mais em Edward, esperando que ele sentisse o mesmo que eu. Em seu peito eu podia sentir o seu coração batendo rapidamente, ele sentia sim o mesmo.

Ficamos assim por muitos minutos até que Edward foi diminuindo a velocidade da corrida até que voltasse ao trote, estávamos muitos longe do estábulo a essa altura. Edward saiu um pouco da estradinha parou o cavalo embaixo de uma árvore. Desceu e me ajudou a descer. Quando toquei o chão, senti minhas pernas bambas.

- Gostou?

- Quero fazer isso sempre agora. - Afirmei e ele riu.

- Eu sabia que ia gostar. Posso te ensinar se quiser. - Edward amarrou o cavalo na árvore e eu assenti, queria muito que ele me ensinasse. Ele me pegou pela mão, encostando-me em um tronco de árvore ao lado. Vi em seus olhos que ele me queria.

Nossos chapéus caíram quando nos beijamos. Edward me segurava com posse e eu me permitia sentir todas as sensações que suas mãos enormes provocavam em meu corpo. Ele ergueu meu corpo e com as pernas o enlacei percebendo que nos guiava para mais distante da estrada.

A semana que passou eu mal o agarrei assim. Isso por conta do meu mal-estar, das lembranças, confusões e dores de cabeça e também por estar “naqueles dias terríveis”, mas agora sem pensar nos problemas eu o queria com todas as forças.

Deitamos sobre a folhagem e fiquei por cima dele. Nossos chapéus já haviam caído cada um para o seu lado. Eu beijei o seu pescoço e o chupei, ele gemeu em meu ouvido. Ele me girou e ficou por cima de mim. Suas mãos foram para baixo da minha blusa, ele tocou o meu piercing e subiu até os meus seios, essa carícia ele nunca mais tinha feito, senti-me imediatamente pronta pra ele.

Edward

Eu a queria tanto que não conseguia mais me controlar, juro que só iria beijá-la, mas ela estava tão disposta que eu me entreguei a tudo aquilo e faria qualquer coisa para tê-la ali mesmo. Tê-la comigo, correndo em um lombo de animal, sentindo todas aquelas emoções e seu perfume tão perto de mim me deixou ansioso por prová-la. A sua pele se revelou macia e fresca em minhas mãos, seu piercing me alucinou e deixei que as minhas mãos fossem até seus seios. Eu queria mais e mais e não conseguia refrear os meus desejos.

Seu gemidos misturados com os meus pareciam melodiosos aos meus ouvidos eu arranquei a sua blusa de uma só vez. Seu sutiã branco revelador deixou-me mais rígido do que uma rocha. Pressionei ainda mais meu sexo contra o dela e fiz com que suas pernas me envolvem-se prendendo-as atrás dos meus joelhos.

Mordi seu queixo, seu pescoço e seus ombros. Beijei-lhe os seios sobre a peça íntima, já podia sentir seus mamilos intumescidos. Bella gemeu meu nome outra vez.

- Linda...

- Oh Ed... - Estávamos loucos um pelo outro, mas eu ainda tentava me agarrar a um fio de sanidade.

E o imprevisível aconteceu. Sempre esquecia o meu celular em casa, mas dessa vez eu o trouxe comigo e ele tocava. Tentei ignorá-lo, mas era muito irritante. Afastei-me um pouco de Bella e o atendi.

- Alô. - Estava ofegante.

- Edward, desculpe ligar para você, sei que está com a Bella. - A irmã empata falou.

- É estou e você me interrompeu aqui. - Falei irritado sem ligar para a revelação que acabava de fazer.

Bella continuava deitada seminua a minha frente, seu rosto estava totalmente corado e seus seios levantavam e desciam freneticamente. Ela estava ansiosa para continuar assim como eu.

- Ed, é que a Srª Grandy está aflita, passei por sua casa agora e tem uns garotos incomodando em frente a sua casa. - Suspirei fundo.

- Ok, vou dar uma olhada nisso. - Desliguei o celular. Vi o cenho de Bella franzir, ela ficaria chateada, mas tinha que prestar meus serviços a comunidade, mesmo em um domingo.

- O que aconteceu?

- Arruaceiros, tenho que verificar isso. - Falei frustrado e ela pareceu decepcionada. Vi um biquinho se formar em seus lábios. - Desculpe, querida. - Lamentei por aquilo.

- Tudo bem. - Bella levantou-se e vestiu a blusa. Levantei-me também tentando me recompor, mas fiquei preocupado por ela estar zangada comigo. Segurei-a pelo braço para me olhar.

- Está zangada?

- Não, Ed. - Ela sorriu triste. - Fiquei um pouco decepcionada, mas isso passa. - Suspirou. - E eu ainda conto com uma coisa.

- Com o quê? - Perguntei interessado.

- O dia ainda não acabou. - Se eu pudesse, se eu fosse completamente irresponsável, a tomaria agora nos braços e fazia-a a minha mulher. Bella pronunciou aquelas palavras de um jeito totalmente sexy, que me fez querer deixar tudo para o lado. - Vamos. - Ela me despertou.

Seguimos de volta para o estábulo e eu devolvi Banquo. Entramos no carro e a deixei na casa de Rosie, pois era caminho da casa da Srª Grandy. E segui o resto do caminho completamente frustrado.

Bella

Argh! Sempre tinha que acontecer alguma coisa para atrapalhar quando tudo ia bem. Estava frustrada, mas me sentia feliz por pelo menos vê-lo assim também. Edward estava sem aquele autocontrole que me deixava tão insegura às vezes. Ele tinha avançado para cima de mim com uma fome que nunca o vi. Eu falei a verdade para ele, o dia ainda não tinha acabado e poderíamos continuar de onde fomos interrompidos.

Fiquei na casa de Rosie, esperando-o. Ele chegou algum tempo depois. Almoçamos com Rosie, os gêmeos e Elizabeth e passamos o resto da tarde com eles. E eu me sentia totalmente exausta. Tínhamos brincado com os gêmeos até a exaustão. Eles tinham alguns jogos bastante interessantes e ríamos muito enquanto isso.

Como se não bastasse ao anoitecer os meninos insistiram em ir ao boliche novamente, até Elizabeth foi conosco. Ficamos até tarde, os meninos cada vez mais agitados por conta do refrigerante que tomaram, até que os meus olhos começaram a ficar pesados. Não, eu não poderia ficar com sono. Ah, mas o meu dia foi tão agitado e me sentia cansada. Mas eu faria o máximo de esforço possível para continuar desperta e quando Edward e eu voltarmos para casa, ah...ele não me escaparia.

Despedimo-nos de todos quando os deixamos em sua casa, mas meus olhos teimavam em fechar. Meu corpo estava pesado e eu relaxei no banco. Sentia as mãos dele em meus cabelos, ombros e pernas de vez enquanto, e aquele carinho estava me deixando ainda mais sonolenta. Eu não poderia perder essa oportunidade. Edward estava totalmente de guarda baixa hoje, eu tinha que continuar acordada, tinha que...