Quando ele olhou para trás me assustei, sua boca e suas mãos estavam cobertas de sangue. E seus olhos, tinham alguma coisa diferente... Estavam mais assustadores!

Saí correndo desesperada com a cena que acabei de ver.

- De onde você surgiu?! – Quase gritei.

Stefan apareceu na minha frente muito rapidamente. O que diabos está acontecendo?

Pov. Stefan

O que eu faço agora? Ninguém pode saber o que eu sou! Tenho que pensar em um plano rápido. Eu posso compeli-la para esquecer... Ou talvez não precise.

Limpei minha boca com a manga da camisa.

- Isabela, relaxa, eu não vou te machucar!

Ela estava horrorizada.

- Mas... Stefan! Ai meu Deus, o que você é?!

- Isabela, vamos conversar... – eu ia colocar minha mão em seu braço, mas ela recuou.

- Fala... AGORA! – ela começou a gritar. Vou ter que contar.

- Eu... É... Sou um vampiro.

Ela parecia mais assustada agora do que antes.

- Um... vam-vampiro? – ela gaguejou.

- Mas eu não tomo sangue humano, por favor, se acalme...

- ME ACALMAR?! COMO EU VOU ME ACALMAR? – agora ela parou de gritar – Você é louco, vampiros não existem... – e saiu em disparada para fora da floresta, para bem longe de mim.

Pov. Isabela

Eu tinha que sair dali o mais rápido o possível. Então deixei Stefan para trás e fui correndo para a rua próxima à floresta. Tropecei algumas vezes no meio do caminho, não parava de pensar em como todo aquele teatro de que Stefan é um vampiro parecia tão real.

Finalmente cheguei à rua, estava pouco movimentada, mas me senti muito mais segura que na floresta.

Ai meu Deus! É sábado, a Elena vai sair com o Stefan hoje, eu não posso a deixar fazer isso. Tenho que ir a casa dela urgente.

Continuei correndo até chegar à rua das nossas casas, em vez de ir pra minha casa, fui pra da Elena. Toquei a campainha, sua mãe que atendeu.

- Oi Isabela, tudo bem?

- Oi Dona Marcie, tudo bem. A Elena está aí?

- Está lá no quarto, fique à vontade.

Entrei.

- Obrigada.

Fui para o quarto de Elena, a cama dela estava cheia de roupas, pelo visto o encontro ia mesmo acontecer. Mas só se eu deixar...

- Oi

- Oi Isa! – ela veio me dar um abraço, retribuí – o que houve noite passada?

- Eu dormi na casa do Matt.

Elena ficou boquiaberta.

- OMG! SÉRIO?! – ela quase gritou, depois abaixou o tom – Vocês...

- Sim... – sussurrei e depois ela começou a gritar.

- Me conta TODOS os detalhes! – sentamos na cama dela, de frente uma para a outra. Contei tudo o que aconteceu. E pedi que ela confirmasse minha história para minha mãe.         – C-A-R-A-C-A! Pelo visto sua noite foi muito boa hein?

- Foi tão perfeito, amiga... – disse me deitando e lembrando-me de cada detalhe.

Elena levantou-se e continuou a olhar suas roupas.

- Ah hoje é o meu encontro com o Stefan, não sei o que vestir... Vestido? Short? Saia? Ah eu estou sem nada para vestir...

- É, Elena... Eu preciso conversar com você sobre isso. – sentei-me de novo.

- Isso o que?

- Seu encontro com o Stefan.

- O que tem?

- Não é uma boa ideia...

Elena começou a ficar nervosa.

- Por quê?

- É... Porque... Bom... Acho que você merece alguém melhor... – eu não podia contar a ela o que vi na floresta, ela ia achar que eu estava doida. Como vou fazê-la desistir desse encontro?

- Ah é mesmo? Qual é, você já tem o Matt agora quer o Stefan também? Por isso você não quer que eu saia com ele? Você gosta dele? – o nervosismo dela só aumentava.

- Eu não gosto do Stefan. Eu amo o Matt! – acabei ficando nervosa também.

- Se você não gosta dele, por que eu não posso sair com ele?

- Ah amiga, desculpa, é que eu estou muito ansiosa. – ri, tentando quebrar o gelo – Vou te ajudar com a roupa.

- Tudo bem então.

Peguei um vestido verde claro e branco rodado com um cinto preto.

- Que tal esse? É lindo.

Elena analisou o vestido.

- Vou experimentar. – ela pegou o vestido da minha mão e foi ao closet.

Elena deixou o celular em cima da cama. Peguei o mesmo e procurei o número do Stefan. Nós temos que ter uma conversa bastante séria. Assim que achei o número, salvei em meu celular. No mesmo instante, Elena saiu do closet. Por pouco ela não me pega no flagra.

- E aí, o que achou? – ela disse, virando para eu ver em todos os ângulos.

- Você está perfeita! O Stefan vai ficar babando. – ri.

- Espero que sim! – ela ficou se olhando durante um tempo em frente ao espelho – Acho que vou com esse mesmo. E agora... O sapato!

Peguei um sapato preto que estava ao lado dos meus pés.

- Esse!

Elena calçou os sapatos e voltou para frente do espelho.

- Gostou?

- Amei! – levantei e fui para o seu lado – Está gatona hein? – rimos.

- Obrigada Isa! – ela me abraçou – Se não fosse por você ia ficar a noite toda escolhendo a roupa adequada.

- É eu sei disso. – sorri – ah Elena, tenho que voltar para casa. Você já sabe, se perguntarem alguma coisa para você...

- Já sei... Você dormiu aqui em casa.

- Ótimo! Tchau amiga, depois quero saber todos os detalhes!

Elena riu.

- Ok, tchau!

Saí da casa da Elena e fui em direção à minha. No caminho liguei para Stefan.

- Alô? – ele disse.

- Oi Stefan...

- Isabela? !– ele parecia surpreso – como conseguiu meu número?

- Não interessa! Nós temos que conversar... E agora.

- Aonde?

- Na sua casa. A Elena nem o Matt podem ficar sabendo.

- Tudo bem. Estou te esperando.

Desliguei o telefone.

Vou passar em casa só para trocar de roupa e depois vou direto para a casa do Stefan.

Cheguei e meus pais estavam na cozinha.

- Oi família! – dei um beijo em cada um deles.

- Oi querida. Como foi lá na casa da Elena?

- Ah foi muito divertido. Ela me chamou para dormir lá mais vezes... Se vocês deixarem é claro.

- Sem problemas, não é meu amor? – minha mãe disse para o meu pai.

- Claro.

- Ah então tá bom, vou subir e trocar de roupa.

Fui para o meu quarto, mudei a roupa e desci de novo.

- Tchau mãe, tchau pai.

- Já vai? – meu pai disse.

- Já, vou encontrar uns amigos.

- Ok, tchau.

Saí, agora só tenho que lembrar-me de onde é a casa do Stefan, eu tenho certeza que a Elena me mostrou no meu primeiro dia aqui.

Fui andando pelas ruas, e aos poucos comecei a me lembrar, até que cheguei na casa dele. Antes de eu tocar a campainha, ele veio me atender.

- Oi. Entra. – ele abriu espaço para eu passar.

- Obrigada.

Stefan me acompanhou até a sala de visitas.

- Quer beber alguma coisa? – ele estava servindo um copo de whisky.

- Pode me servir um whisky... – disse me sentando no sofá.

Ele trouxe para mim e se sentou também. Começamos a beber.

- Então Stefan, vamos direto ao assunto: quero que você me explique direito essa historia e não me venha com essa historia bizarra de vampiros!

- Você se lembra da primeira vez que nós conversamos?

- Sim.

- Lembra também que você disse que não acreditava nas lendas sobre vampiros, lobisomens e bruxas? Pois então, não são apenas lendas. É verdade.

- Então prova! – o encarei.

No mesmo instante, Stefan veio até mim e mordeu meu pescoço. Nem deu tempo de eu gritar. Ele mordeu o próprio pulso e o colocou em minha boca.

- Beba! – ele me ordenou.

No começo relutei, mas depois fiz o que ele mandou.  Aos poucos a mordida foi desaparecendo, como se ela nunca tivesse estado ali.

Levantei-me assustada.

- Por que fez isso? Ai meu Deus... Você é um vampiro! Mas como?!

- Porque você pediu.

- Não podia ter feito outra coisa ao invés de me morder?

- Desculpa, foi só para você acreditar em mim.

- Então tá... Mas se você é um vampiro, o Damon também é?

- É.

- Nossa que cidade louca. – me sentei de novo, e continuei bebendo.

- Pois é.

- Stefan, você não pode ir nesse encontro...

- Por quê?

- Porque você é um vampiro, a Elena é humana, e se você se descontrolar, sei lá, e fizer alguma coisa com ela?

- Eu não vou fazer nada com ela.

- Como você tem certeza disso?

- Por que você acha que eu estava me alimentando?

- Ah entendi, então cuidado com ela, por favor.

- Fica tranquila. Você não pode contar para ninguém o que sabe sobre nós, eu poderia compeli-la para esquecer, mas confio em você.

- Ok, obrigada. Bom, tenho que ir, tchau.

Ele me acompanhou até a porta.

- Tchau.

Assim que ele abriu a porta, dei de cara com Damon, o que me fez dar um passo para trás.

- Olha quem está aqui...

- Eu já estava de saída. – passei o mais longe possível dele.

Mas ele segurou meu braço.

- Qual é gatinha, você acabou de chegar.

Ignorei o “gatinha”.

- É e já estou indo embora. Tchau.

Soltei-me e fui embora.

Enquanto estava a caminho para casa, Matt me ligou.

- Oi linda.

- Oi meu amor.

- Tudo bem?

- Sim e com você?

- Tudo bem. Eu me esqueci de te perguntar que horas você quer que eu te pegue aí na sua casa.

- Ah pode ser umas 8h...

- Ok, então até mais tarde.

- Tchau lindo.

Desligamos o telefone.

Cheguei em casa e fui direto para o banheiro do meu quarto tomar um longo banho. Depois do banho eu liguei para Juliet.

- ISA! Finalmente você me ligou! Já estava com saudades. Como você está?

- Com saudade. – ri.

- O que anda fazendo? Quero saber tudo!

- Você se lembra do Matt? O cara que eu saí outro dia?

- Lembro sim, o que tem ele?

- Estamos namorando.

- SÉRIO?! Ai meu Deus, que maravilha! Mas como isso aconteceu?

Contei para ela cada detalhe. Desde a peça de Romeu e Julieta, até a noite passada.

- ISABELA! NÃO ESTOU ACREDITANDO!

- Acredite.

- SÉRIO MESMO? Você já...

- Sim. Mas foi meio que de surpresa, porque no dia que o Matt veio conhecer meus pais, ele queria, mas eu não. Aí ele disse que ia esperar o tempo que fosse necessário. Aí quando eu fui a casa dele, eu não sei o que aconteceu comigo, eu simplesmente quis... E foi a noite mais perfeita da minha vida!

- Awwn que lindo! Que bom então.

- E agora chega de falar de mim. O que anda acontecendo aí de interessante?

- Sabe a Ashley?

- Sei.

- Ela e o Peter terminaram.

- Nossa! Nunca pensei que eles iam separar. O que aconteceu?

- A o Peter pegou ela beijando outro cara. Aí eles terminaram na hora. Ela vive falando que armaram para ela, mas ela só tá gastando saliva, ele não tá nem mais aí para ela.

-Bem feito! – ri.

- Ah e eu tenho uma surpresa para você!

- Qual?

- O que você acha de eu ir morar em Mystic Falls?

- Maravilhoso!! Mas por quê?

- Ah é que eu tive um probleminha no trabalho e me despediram. E você é a única amiga que eu tenho, eu estou me sentindo sozinha...

- Awn então vem para cá. Eu estou com tanta saudade de você!

- Eu só vou preparar a mudança então, aí daí a uns dias eu estou chegando.

- Não demora então! Estou louca para você chegar aqui.

- Eu também não vejo a hora.

- Ju, vou contar para os meus pais que você vai vim morar aqui, e vou começar a me arrumar para encontrar com o Matt. Depois a gente se fala.

- Ok, vai lá. Te amo.

- Também te amo.

Desliguei o telefone e desci as escadas correndo para contar a novidade para os meus pais.

- MÃE, PAI!

- O que foi menina? – meu pai disse.

- Adivinhem quem vai vim morar em Mystic Falls!

- Quem? – foi a vez de minha mãe falar.

- A Juliet!

- Que ótimo minha filha.

- Ela tem lugar para morar? – disse meu pai.

- Acho que não.

- Então manda ela vim para cá. Ela é da família.

- Ah obrigada pai. Depois eu ligo para ela, vou me arrumar para encontrar o Matt.

Subi para meu quarto e comecei a me arrumar.

Pov. Stefan

Espero que a Isabela cumpra sua promessa, se ela expuser nosso segredo para alguém, nem sei o que pode acontecer.

Assim que abri a porta para ela, Damon apareceu. Ótimo!

- Olha quem está aqui... – Damon disse para ela.

- Eu já estava de saída.

Ele segurou o braço da Isabela.

- Qual é gatinha, você acabou de chegar.

- É e já estou indo embora. Tchau.

Ela se soltou e foi embora.

- Hello, brother.

Damon e eu entramos e nos sentamos.

- Por que você sempre a irrita?

- Por que é divertido, e além do mais, ela é linda!

- É uma linda que tem namorado.

- Quem? Aquele “mala” do Matt? Ah Stefan, fala sério, daqui a pouco eles terminam...

- Mas e se ela gostar mesmo dele?

- Isso passa.

- Damon, por favor, os deixa em paz...

- Oh, não estou fazendo nada... – ele disse baixo – por enquanto.

- Damon...

- Tudo bem Stefan, tudo bem... Mas só por curiosidade: o que ela veio fazer aqui?

- Ela me viu me alimentando na floresta hoje.

- Como você deixou isso acontecer? Vamos ter que matar a gostosona.

- Não será necessário, ela prometeu que não vai contar que somos vampiros.

- E você acreditou nela?

- Acreditei.

- Ok, mas se qualquer coisa acontecer, a culpa é sua.

- Tá bom. – já está anoitecendo, está quase na hora do meu encontro com a Elena. Levantei-me. – Bom, então vou me arrumar.

- Vai sair e deixar seu irmão sozinho?

- Acho que você já está velho o bastante para ficar sozinho em casa.

- Ah é assim então? Beleza! – ele levantou, pegou um whisky e voltou a se sentar. – Vai sair com quem?

- Elena.

Damon arregalou os olhos.

- Uau, tá bem hein Stef?

Ri e subi para o meu quarto.

Pov. Isabela

Assim que fiquei pronta para sair, desci e vi Matt conversando com meus pais.

- Oi Matt.

- Ah, oi linda. Como vai? – disse Matt se levantando e depois me deu um beijo.

- Bem e você?

- Melhor agora.

- Vamos?

- Vamos. Tchau Raquel, tchau Augusto.

- Tchau mãe, tchau pai.

- Tchau gente, divirtam-se.

Saímos, fomos para o carro dele e ele me levou para conhecer Mystic Falls. Conheci vários lugares lindos, que não tinha visto quando Elena me mostrou a cidade. Depois paramos em uma pracinha e Matt foi comprar sorvete.

Meu celular começou a tocar: número desconhecido. Atendi.

- Alô.

- Hey gata.

- Quem está falando?

- Ah sério que você não sabe?

- Damon! O que você quer? Não poso falar agora.

- Temos que conversar sobre uma história que o meu irmãozinho me contou.

- Isso já está resolvido Damon.

Matt estava voltando.

- Vou desligar, tchau.

Desliguei o celular assim que Matt se sentou ao meu lado. Ele me entregou o sorvete.

- Quem era?

- Minha mãe. – tive que mentir, como eu ia dizer que Damon Salvatore estava me ligando?

- Ata. – Matt passou seu braço em volta de mim e me puxando para ficar mais perto dele.

- Ah eu não queria que esse dia acabasse. Está tão bom. E recebi uma notícia fantástica.

- Qual?

- Sabe a Juliet?

- Não. – rimos.

- Ela é minha amiga desde quando éramos crianças.

- Ah sim, o que tem ela?

- Ela vai vir morar aqui. E meus pais pediram, não, exigiram para ela morar lá em casa. Eu estou tão feliz com isso.

- Que bom, Isa. Quero conhecer ela hein?

- Ela também quer te conhecer. É só vocês não ficar muito amiguinhos, aí não tem problema.

- Por acaso isso é ciúmes? – ele disse num tom brincalhão.

- É... Talvez... Mas eu confio em vocês. – ri.

- Que bom, porque eu nunca faria nada para magoar você.

Dei um beijão nele.

- Hm... Se for assim que você vai ficar, vou começar a fazer ciúmes em você mais vezes. – ele riu.

- Engraçado. – ri também.

Acabamos nosso sorvete e nós continuamos ali em silêncio, eu observando a lua, Até que o meu celular tocou. Era a Juliet.

- Oi Ju.

- Oi Isa.

- Tá tudo bem?

- Tá sim, eu só liguei para avisar que amanhã cedo eu chego aí, aí eu passo o resto do dia procurando um lugar para ficar.

- Ah temos que conversar sobre isso. Meus pais disseram que você pode vir morar com a gente, você já é da família.

- Ah sério? Que bom, agradece eles para mim.

- Pode deixar.

- Então até amanhã, amiga.

- Até. Beijo.

Desliguei o celular e pedi para o Matt me levar para casa.

- Mas já?

- É que a Ju vai chegar amanhã cedo, e eu vou buscar ela no aeroporto.

- Então eu vou com você.

- Obrigada amor. Então vamos? – disse levantando.

- Vamos.

Fomos para o carro, Matt ligou o som e começou a tocar Fell so close.

- Cara, eu amo essa música! – comecei a cantar, um pouco desafinada, mas não faz mal.

- Deu para perceber. – nós rimos.

Chegamos a minha casa e me despedi de Matt.

- Tchau amor.

- Tchau linda.

Nos beijamos e eu fui para dentro de casa.

- Boa noite! – cumprimentei meus pais que estavam vendo TV

- Voltou cedo, filha. – minha mãe disse.

- É porque a Ju vai chegar amanhã de manhã, aí eu e o Matt vamos buscar ela no aeroporto.

- Então tá.

Fui até eles, dei um beijo em cada um e subi para o meu quarto. Enquanto me preparava para dormir, fiquei falando comigo mesma.

- O que será que o Damon queria? Não acredito que ele me ligou só para falar que precisamos conversar sobre eu saber o que eles são. Como ele conseguiu meu número?

Assim que me deitei, ouvi um barulho dentro do meu quarto.

- O que foi isso?! – levantei assustada.

- Olá Isabela.

- Damon?!