Caçadores de Deuses escrita por PedroColanni


Capítulo 2
Chapter Two: Abrimos o livro com o símbolo Ank


Notas iniciais do capítulo

E a historia toma novos caminhos...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/396600/chapter/2

Harper

_Crianças? - Disse vovó, da porta da frente.

Ainda estava caída no chão, por causa da lareira/túnel do terror.  Oque diria vovó se visse aquilo? Ou melhor, será que vovó sabia daquilo? De qualquer maneira, devíamos fechar, antes que os velhos vissem, ou estaríamos perdidos.

_Harper? Harper! – falou Hunter que estava em pé ao meu lado – esta bem? Levante.

Levantei cambaleando ainda meio atordoada. Meu coração apertou novamente quando voltei meu olhar aos degraus escuros á  minha frente.

_Hunter! Porque fez isso? Olha, você acabou com a lareira, direi tudo à velha que esta vindo ai! – eu disse num tom bravo, tentando esconder o medo em minha voz.

_”A velha que está vindo ai”  - Repetiu Hunter ofegante – temos que fechar isso agora! 

Ele se moveu rapidamente até a “porta” da lareira, tentando fecha-la, Hunter começou a implorar por ajuda, mas não conseguia ouvi-lo. Mas percebi que eu também tinha 2% de culpa, e estaria encrencada se meus avós vissem isso. Dei dois passos à porta da lareira e com toda a minha força, comecei a empurrar a coisa de tijolos. Nada. Não se movia. Nós tínhamos conseguido abrir, então por toda a lógica deveríamos conseguir fechar, mas a logica não estava a nosso favor. O desespero começou a subir em minhas pernas, e provavelmente nas de Hunter também, pois era o maior “bebezão”, então inexplicavelmente comecei a gritar:

_Feche porta idiota! Feche, AGORA! – A parede de tijolos tornou-se leve, perdeu completamente seu peso, que antes parecia ter toneladas, ela se moveu rapidamente, e caímos sentados, lado a lado. E no exato momento eles entraram na sala, vovó parecia preocupada:

_Que barulheira foi essa? – falou vovó preocupada, ela parecia não ver nada de errado, e torcia para que continuasse assim, - ouvimos  eu estouro, e viemos correndo.

_Não foi nada vovó, foi só o cachorro, isso! Cachorro – respondi rapidamente. Espera, não tínhamos cachorro, ai fala sério, isso foi o melhor que eu pude fazer? Cachorro?

_Mas meu anjo, não temos cachorro – respondeu vovó me caçoando. Agora sei como Hunter se sente quando faço isso com ele, mas isso não significa que eu iria parar. – Que cachorro?

_Cachorro? Que cachorro Hunter? – disse tentando passar a vez para Hunter

_O da vizinha, mas já se foi pela porta dos fundos. 

Ótimo, Hunter tinha acabado de salvar nossa pele, mas mesmo com aquelas “ótimas” respostas, meus avós deixaram aquilo passar, mas sabia que desconfiavam de alguma coisa, oque me fazia questionar mais e mais oque havia atrás da lareira. O mais estranho: Nenhum dos tijolos que aviamos quebrado estava danificado. Hunter e eu fomos jantar, mas nenhum de nós tocou no assunto, fora as conversar mentais que tínhamos através de olhares. Após a jantar, Fomos para nossos quartos, Hunter e eu subimos as escadas em silencio, o chegar lá em cima, Hunter me deu um abraço, oque me deixou constrangida, por que estes fenômenos só aconteciam uma vez por ano no meu aniversario, isso quando não estávamos brigados por minha causa, isso me fez pensar se eu era muito má com ele. Acho que não. Disse a mim mesma.

_Boa noite Harper – disse Hunter em seu pijama de linho, oque fazia-o parecer um velho.

_Boa noite – Respondi seca, me virei e fui ao sentido á meu quarto.

Joguei-me na cama, na tentativa de dormir tranquilamente, pois algo me induzia a descer, e vasculhar aquele lugar, mas não conseguiria abrir aquilo sozinha, pensei em Hunter. Não, medroso de mais. Então esperei a casa dar uma acalmada, e assim que todos provavelmente já dormiam há tempos, desci. Comecei a descer as escadas para a sala. Eu parecia àquelas mulheres idiotas de filmes de terror que fazem exatamente oque não devem e acabam morrendo do modo mais banal possível. Cheguei à sala, quanto voltei meu olhar a lareira, ela estava aberta, um arrepio percorreu minha espinha, tive vontade de voltar, mas a curiosidade era bem maior que o medo. Desci os degraus escuros, as paredes do lugar eram de pedras. Ao chegar lá em baixo, ainda estava tudo escuro, e algo me dizia que não encontraria um interruptor. Fui tateando o caminho, esperando que aquele buraco me levasse a algum lugar, mas nada. Dei meia volta para pegar umas velas na cozinha, mas dei de cara com alguém. 

_Ahhh- gritei caindo no chão, prestei mais atenção naquela forma, era Hunter com uma lanterna, idiota me assustando desta maneira? Quem ele pensa que é? – Idiota! Gritei dando lhe tapas, oque está fazendo aqui?

_Não estava conseguindo dormir, e vi que você também não. Desci aqui em baixo, e abri à lareira. – Hunter disse aquilo como se visse o medo dentro e mim.

_Ótimo! – respondi meio irritada – agora me ajude a levantar.

Vasculhamos o lugar sem saber oque estamos procurando, até que um livro nos chamou a atenção, tinha uma capa de couro marrom, amarrado numa uma fita se seda vermelha, estava coberto de poeira, por isso não conseguia ler oque estava escrito, via apenas um símbolo que não era desconhecido, mas não sabia dizer ao certo oque era.

_O Ankh – disse Hunter pegando o livro nas mãos  e apontando ao símbolo

_Oque? – respondi – Ankh ?

_Isso, os antigos egípcios diziam ser o símbolo da vida – Hunter falou se sentindo o sabe tudo, quando eu só via um nerd em um pijama de velho.

Hunter rasgou a fita quem envolvia o livro, que ao tocar no chão se desfez em pó.

Abrimos o livro da cruzinha esquisita, algumas das paginas estavam coladas. Tinha desenhos que não conseguíamos entender, alguns símbolos, tudo completamente inelegível. Foleamos o livro como sempre, sem saber oque encontrar, talvez receitas da vovó super secretas , acho que não.

_Não entendo nada – resmunguei – devia estar na minha cama

_Você não vai a escola não? – perguntou Hunter caçoando-me, o feitiço virou contra o feiticeiro pensei.  – são hieróglifos!

Procurei em minha mente, pois aquela palavra não me era desconhecida, hieróglifos, sim, me lembrava daquele tipo de escrita antiga. egípcia eu acho. 

_Sim, hieróglifos, e o desenho na capa é o Ankh, então esse seria o livro da vida? – perguntou Hunter, e como sempre eu não fazia mínima ideia. 

_E você pergunta pra mim? O estudioso aqui é você!

_Sim, este é o Ankh. Este, o livro da vida.

O livro se fechou bruscamente, e foi arrastado na mesa, assim derrubando alguns frascos, ele flutuou rapidamente as mãos de duas sombras, que me fez recuar até a lareira, mas Hunter ainda estava lá parado, voltei para busca-lo, mas quando toquei sei braço, percebi que o livro continuava flutuando, e subia cada fez mais nas mãos das sombras, que estavam nos encarando. E gritei:

_Hunter, vamos – ele parecia estar hipnotizado, quando meus avos gritaram atrás de nos:

_Crianças, vamos! Não podemos mais ficar aqui.

O livro caiu no chão, provocando um estrondo anormal. Hunter o apanhou. E meu avós nos tiraram daquele lugar, em completo desespero.

\"\"


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Este chapter ficou bem maior, mas acho que isso não vai atrapalhar o leitor já que a historia está ficando boa. dai para a frente, tudo terá mais ação. Espero que tenham gostado.