Um filho de Hefesto, Uma filha de Atena. escrita por GarotaDoValdez


Capítulo 16
Capítulo 13 - Uma mortalha para uma filha de Atena


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar vocês devem estar imaginando "nossa que titulo enorme" pois é, eu sei kkSegundo, mil perdões por não postar esse capítulo na semana passada, como prometido. Estava em época de provas, etc.A fic está chegando ao fim.Esse é mais ou menos o último capitulo. O próximo é o epílogo.Então, tenho que agradecer muitíssimo a todos que leram, acompanharam, favoritaram, recomendaram, mandaram lindos reviews, etc.Porque se não fosse todos esses comentários lindos de amantes da minha fic, eu não teria continuado-a kmil beijos.Boa leitura.Com amor, eu, Ana Luíza, a diwa que escreve, posta e gerencia essa fic.



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Ema se abaixou e se sentou ao lado do corpo de Marie.

– Ela se sacrificou para nos salvar. - ela disse com a voz fraca,.

– Mas... porque? - eu perguntei e me sentei ao lado de Emma..

– Porque as Empousas fizeram com que Marie traísse o acampamento para ajuda-las.

Agora tudo fazia sentido. Como elas podiam entrar no acampamento. Como as informações chegavam até elas. Tudo.

– Mas quando foi anunciado de que a pessoa que iria para o Desafio era eu, ela se sentiu culpada e tentou arrumar as coisas. Mas não podia fazer nada. Se ela fizesse algo, seria morta por Johanna.

– O que no final das contas acabou acontecendo...

Ela apenas assentiu com a cabeça devagar.

– Tem outra coisa que não entendi. Como ela se passou por você? Como ela tinha o seu corpo?

– Atena - ela se virou para mim - deu de presente a todos os seus filhos um frasquinho que continha uma poção dos Deuses. Quem tomasse, faria com que essa pessoa se transformasse em quem quisesse. O efeito dua 30 minutos. Mas quando Marie foi esfaqueada e... morreu - ela deu uma pausa e engoliu em seco - o efeito da poção passou. Porque ela não funciona com mortos. O efeito passou tanto nela, quanto em mim.

– Mas porque em você também?

– Pois é contra a lei da poção você se transformar em alguém morto.

– Isso faz sentido...

Ficamos calados.

– Eu matei Johanna antes da transformação por conta da raiva. Ela tinha matado Marie e meu pai. - Lágrimas se acumularam em seus olhos - ela tinha matado o meu pai para que pudesse se aproveitar de mim e depois me matar também.

As informações estavam sendo concluídas na minha mente lentamente. Eu não disse nada, apenas a abracei em consolo.

– Marie não morreu em vão. Ela nos salvou afinal de contas. Ela... Ela morreu como uma heroína.

– Uma heroína. - repeti para que ela soubesse que entendi.

Emma balançou a cabeça. Ela não tirava as mãos de Marie. Ela chorava. Não cheguei a conhecer Marie direito, mas não pude deixar de sentir pena de Emma. Coloquei meus braços em volta de seus ombros e ficamos em silencio por um longo tempo. Eu só conseguia ouvir o som abafado do choro de Emma.

Me liguei que precisávamos sair dali, não sabíamos que hora era, e os campistas já devem ter se dado conta de que sumimos.

– Sabe aonde estamos? - perguntei a ela. A pergunta saiu como um sussurro, mas alto o suficiente para que ela possa ouvir. E ela ouviu, pois sua cabeça estava encostada em meu ombro.

– Sim. - ela disse. Sua voz estava fraca, como a minha, e ela fungava. - Sim, eu sei aonde estamos. Estamos no esconderijo das Empousas. Elas se mantinham atentas a tudo sobre nós por causa desse lugar. Não é exatamente um esconderijo, mas as pessoas que passam em frente aqui nunca imaginariam que isso é um esconderijo. Como nós nunca imaginamos. Já passamos várias vezes por aqui. Marie me falou sobre esse lugar antes de vir para cá na minha forma. Não fica longe do acampamento. Podemos voltar a pé.

– Se você diz. - me levantei e deixei que ela se apoiasse e im para se levantar. Ela tinha leves cortes e alguns arranhões, mas parecia fraca. - O que fazemos com Marie?

– Levamos para Quíron. Devemos queimar uma mortalha em homenagem a ela. Não se esqueça de lembrar isso quando chegarmos.

– Não esquecerei.

Levantamos o corpo pesado e gelado em nossos braços e saímos do cômodo. Passamos por um largo corredor e subimos uma pequena escada de madeira. Ao subirmos, fiquei impressionado.

Parecia o interior de uma casa de boneca. Literalmente. Era tanto rosa que cheguei a ficar enjoado. Ninguém mesmo imaginaria que aquilo era um esconderijo.Saímos da casa, colocamos Marie no chão com cuidado, fechamos a porta e eu me virei para a casa.

– Sabe, em algumas situações eu adoro ter o poder de fazer fogo. Situações como essa. - esbocei um sorriso travesso e me virei para Emma. Acho que ela entendeu o recado, pois também esboçou um sorriso.

Chamas saíram da minha mão. Fiz sinal para que Emma se afastasse. Ela se afastou carregando Marie. E depois ela voltou e ficou do meu lado. Dai eu lembrei que ela também era imune ao fogo.

E eu taquei fogo na casa. Duas bolas de fogo pegaram no telhado, as outras, no resto da casa, dentro da casa, nas janelas, nas paredes... Em minutos estávamos observando uma casa completamente em chamas. Labaredas estavam por toda parte.

– Acho que essa é a primeira e última vez que eu fico feliz em poder incendiar uma casa.

Nós rimos.

– Até que foi legal. - Emma sorriu de lado, com os olhos ainda inchados - Mas precisamos ir. Se a polícia mortal nos ver aqui, incendiando uma casa e com um corpo, vão querer prestar queixas. Não queremos isso.

Concordei com a cabeça e no canto dos meus lábios se formou uma careto.

– Certamente não.

Levamos Marie novamente aos braços e caminhamos até encontrar o acampamento.

*POV EMMA*

Quíron nos aguardava. Gelei inteira com sua expressão irritada.

– São exatamente 22:00h da noite! Aonde vocês dois... - ele se calou quando seu olhar parou em Marie e a sua expressão passou de raiva , para espanto. - Acho que vocês passaram por bastante coisas hoje. Melhor chamarmos os campistas para uma reunião.

*************

Na fogueira, o silêncio era cortante e triste.

Tinham levado o corpo de Marie para algum outro lugar, mas eu não gostaria de saber qual, não gostaria de saber o que fizeram com seu corpo.

Todos estavam de cabeças baixas. E quando contamos sobre toda a história, Quíron foi o primeiro a falar. Ele, com os olhos vermelhos de choro ( sim, centauros também tem sentimentos) e a voz embargada, levantou um copo com néctar no alto.

– A Marie!

Todos fizeram o mesmo.

– A Marie! - um coro de semideuses, centauros, ninfas, sátiros e outras criaturas quebrou o silêncio.

Um banquete foi feito para homenagear Marie. Naquela noite ninguém mais falou nada a respeito do acontecido.

A cantoria se silenciou.

Minha garganta estava apertada. Meu peito estava doendo. ALgo havia sido tirado de mim. E esse "algo" era Marie.

*FLASHBACK ON*

Estava atordoada e confusa de mais para pensar. Peter, na verdade era um sátiro. O meu sátiro. Os deuses eram reais. E eu sou filha de um.

Subo lentamente e ferida me apoiada em Peter, numa colina enorme com um pinheiro no topo. Havia lidado com muitos monstros no caminho. Eu estava assustada.

Após a subida, duas garotas loiras e com armaduras estavam paradas ao lado do pinheiro a minha espera.

– Deixe ela com a gente, Peter. Cuidaremos dela. - A garota maior falou - Me chamo Marie. Essa é Annabeth - Marie me cumprimentou e depois indicou a garota ao lado, Annabeth.

– Eu... - consegui falar - Me chamo Emma. Emma Collins.

Ela sorriu.

– Nome bonito. Venha, vamos leva-la para a enfermaria.

Elas ficaram uma de cada lado de mim e seguraram meus braços carinhosamente.

*

No dia seguinte, Annabeth e Marie me disseram sobre tudo que estava acontecendo e eu entendi tudo completamente. Marie me levou para um tipo de "excursão" para conhecer o acampamento.

Conversamos e rimos bastante e eu fiquei fascinada com o lugar.

– Essa será sua nova casa agora, Emma. - ela disse sorrindo.

– Nada mais de orfanatos?

Ela riu.

– Nada mais de orfanatos.

E eu sorri.

*

Na hora do almoço, nos reunimos ao ar livre ao lado de uma fogueira. Me sentei com o chalé de Hermes, que é para aonde os semideuses que os pais ainda não o reclamaram iam, pois minha mãe olimpiana não havia me reclamado ainda. Mas eu acho que sabia quem era.

Devíamos jogar parte de nossas comidas na fogueira, em oferenda. Quando me levantei para ir a fogueira, os olhares de todos pararam em mim e ficaram em silêncio. Murmúrios dos campistas começaram logo após, ainda com os olhos virados para mim.

Quíron viu que eu não estava entendendo nada e apontou para cima de mim. Ao olhar para cima, uma simulação de uma coruja vermelha pairava em minha cabeça.

O simbolo de Atena.

Todos se levantaram e me aplaudiram. As pessoas gritavam e assobiavam. Imaginei que essa festa acontecia todos os dias que algum novo campista era reclamado.

Olhei de relance para a mesa do chalé 6. Eles davam soquinhos no ar e batiam palmas. Annabeth e Marie se levantaram, dera tapinhas nas minhas costas e sorriram.

Meu rosto queimava. A festa se silenciou um pouco depois de me sentar na mesa do chalé de Atena.

*

Estávamos indo para o meu novo chalé. Peguei minhas coisas que sobraram no chalé de Hermes, alguns livros, meu pente azul e minha mais nova arma, uma Montante, e sai. Marie me acompanhou.

Chegando perto do grupo dos filhos de Atena que nos aguardava, Marie chegou perto de mim e disse:

– Seja bem-vinda irmã.

Nós duas sorrimos e nos abraçamos.

– Obrigada - eu disse - irmã.

*FLASHBACK OFF*

Leo viu o quanto eu estava para baixo, colocou o braço em volta da minha cintura, me puxou para perto dele e ele beijou minha bochecha.

– Ei, tudo vai ficar bem corujinha. - ele sussurrou ao meu ouvido, o que me fez arrepiar. "Corujinha" era o apelido fofo que ele havia colocado em mim há um tempo. - Eu prometo.

*************

Passei a noite no Bunker com Leo.

Nossas pernas estavam entrelaçadas e seus dedos acariciavam meus cabelos. Minha cabeça estava encostada em seu peito e eu podia sentir seu peito subindo e descendo com sua respiração e seu coração batendo.

Eu já havia chorado bastante aquela noite. Mas naquela hora, eu não conseguia pensar em mais nada. Naquele momento, era apenas eu e ele.

– Emma? - Leo me chamou.

Levantei a cabeça e nossos olhos se encontraram.

– Sim?

Ele levantou meu queixo e me beijou carinhosamente. Seu dedão passeava e massageava minhas bochechas.

– Fica comigo?

–Fico.

Sorrimos.

– Para sempre? - ele perguntou.

– Para sempre.


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Notas finais do capítulo

O epílogo postarei na madrugada de domingo (29/09) , ou seja, daqui a algumas horas.obrigada todos que leram. Vocês são de mais.Prometo escrever mais.Bjos no coração de vcs.