Assim que dei um passo a frente da plaquinha numerada com o "1", no máximo 6 flechas passaram alguns centímetros diante de mim, vindo de todos os lados, fazendo uma barreira de flechas.

De 3 em 3 segundos uma saraiva de flechas era lançada. O jeito era passar correndo em 3 segundos numa distância de 6 metros ali. Foi o que eu fiz.

Quando estava a um metro de sair, as flechas dispararam novamente e eu saltei para fora da 1ª etapa, caindo de lado com força no chão, quando uma das flechas passou zunindo bem perto de minha cabeça.

Segundos depois recupero os sentidos da queda e sigo em frente.

Na 2ª etapa havia um pedaço de ferro do tamanho de uma mesa de ping pong pendida no alto, com 4 barras de ferro no alto, segurando-a.

Ao pisar naquela parte, 4 machados de 1,5m cada , desceram deslizando da tabua de ferro e balançavam de um lado para o outro.

Quando o da frente ia para a direita, o segundo ia para a esquerda, o terceiro ia para a direita e o quarto para a esquerda. Como uma onda. Um zigue-zague.

Passei pelo primeiro enquanto ele estava no alto e me posicionei petrificada num espaço entre ele e o segundo, que dava para, no máximo, duas pessoas bem magras.

Assim que tive a oportunidade, passei por outro.

Continuando nesse ritmo,consegui por pouco chegar à 3ª, onde haviam 6 Empousai de cada lado, cada uma segurando um chicote.

"chicotes. deve ser algum ritual delas." pensei. já que elas já usaram o chicote comigo 2 vezes, contando com essa. Estremeci só de lembrar como era o processo.

Não pensei duas vezes e segui correndo entre elas.

Chicoteadas dolorosas tentavam arrastar meu corpo ao chão. Mas eu me mantinha em pé. Na última chicoteada até achei que iria cair, só que não foi o que aconteceu, graças aos deuses.

4ª etapa.

A pista estava coberta de cacos de vidro.Tentei tomar cuidado, mas não deu muito certo. Aos berros de dor e sentindo o vidro penetrar na minha pele, corri e passei para a 5ª etapa. Eu já tinha lágrimas discretas escorrendo pelo meu rosto.

Me sentei no chão e retirei os cacos dos pés, o máximo que consegui, deixando minhas mãos empapadas de sangue.

5ª etapa.

Pássaros de Estinfália.

Para os que não lembram, o acampamento foi atacado por eles quando a árvore de Thalia foi envenenada por Luke Castellan, deixando as barreiras de proteção do acampamento fracas. E numa corrida de bigas, esses pássaros passaram pelas barreiras e começaram a bicar a todos, machucando e ferindo quem estava na frente.

Passei por dentro da estufa aonde estavam todos eles. E naquele momento eu achei que eles iriam me descarnar ali mesmo. Os bicos afiados deles rasgavam ainda minha a minha roupa e perfuravam a minha pele.

Gemendo de dor, sai da estufa.

6ª etapa.

Luta com uma Empousa.

A esse ponto eu já estava coberta de sangue, com quase metade da roupa rasgada , machucada e ferida gravemente em alguns pontos. Mas aguentei firme. Queria ter minha Montante ( Atr.: Espada de Emma ) aqui. Mas me deram uma espada comum de bronze celestial, 1 metro.

Ela atacou e eu recuei.

Uma das vantagens de ser semideusa é que por causa da nossa dislexia, eramos bons em batalhas e temos reflexo nelas. Ataquei e, por centímetros, a espada não pega e seu ombro.Ela levantou a espada no alto, como se fosse enterrá-la bem fundo em algo. E eu tinha certeza que o 'algo' era eu.

Usei a espada de escudo e ela forçou a sua para baixo, com mais força, mas eu continuei firme, usando, por enquanto, a minha como proteção. Até que a espada dela vacilou e eu, com a ponta de minha espada, puxei a dela por um pequeno feixe no punhal e a joguei longe.

Aproveitei que ela estava em choque e desarmada e finquei a espada em seu peito, a fazendo se desfazer em pó.

Isso puxou aplausos e gritos da platéia, o que não me deixei ficar não feliz com o momento.

Afinal, estava no fim e eu ainda não havia morrido.

7ª etapa.

Facas.

Como na primeira, uma saraiva de facas passava a cada 3 segundos. E percebi que não eram facas comuns, deveria ser de alum metal melhor, mais cortante, não consegui reconhecer, parecia bronze celestial, mas tinham uma ponta verde que brilhava á luz do sol.

E elas eram arremessados no alto. Tinha uma parte em baixo de onde elas passavam, um espaço bem grande. Então bolei um plano rápido. Arrisquei ir me arrastando por ali.

Fui bem devagar... mas assim que estava no final e eu me levantei, uma faca passou raspando no eu ombro, criando um corte grande. Uma onde quente de dor intensa passou pelo meu corpo.

Tinha chegado na 8ª etapa, não podia parar agora.

Me ajeitei e então, pisei na última etapa.

Foi ai que eu vi. Gelei, arregalei meus olhos e respirei rápido de mais, de nervosismo. Vi o que eu temi durante esse mês inteiro. Era a outra parte daquele meu sonho doido.

Ao repararem, aquilo puxou arquejos de uma maioria na arquibancada.

Eu era uma garota morta a partir dali. Johanna havia guardado o pior para o final. Sabiam que ninguém seria capaz de passar por essa etapa.

A pista estava coberta dele. Que saiam de canos aos lados da pista, sem parar, fazendo uma barreira.

Era uma muralha de fogo.