Indevorável escrita por Katheriiine


Capítulo 8
Capítulo 8




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– Tiffany! Vamos acorde! - disse Jack, me sacudindo gentilmente.

Quando eu abri meus olhos e vi a expressão de preocupação em seu rosto eu tive a impressão de que ele já estava fazendo isso por um bom tempo. Eu me sentei e meu corpo todo protestou. Cada ponto dele estava dolorido. Eu esfreguei meus olhos e voltei a olhar para Jack.

– Que horas são? - eu perguntei com uma voz preguiçosa.

– Um pouco depois das 5 da manhã. O sol já nasceu, precisamos sair agora.

– Hmmm.. Eu suponho que demônios não pode andar por aí na luz do dia, certo?

– Não, pelo menos não todos. Nós precisamos aproveitar cada segundo da luz do sol.

Eu me levantei e ele me passou uma xícara de café e algumas torradas. Depois, ele foi assaltar o armário e a geladeira dos Oswalds.

– E então, qual é o plano? - eu perguntei enquanto o observava.

– Precisamos sair daqui. Dessa cidade. Enquanto estamos aqui nós somos alvos.

– Eu já sei a resposta, mas vou perguntar mesmo assim. Eu posso ver minha família? Papai, mamãe e ET, eu quero dizer. Eu preciso saber se eles estão bem.

Ele nem olhou para mim, continuou reunindo comida e algumas roupas que ele achou em uma bolsa. Ele havia trocado de roupa, estava usando uma blusa azul escura e calças jeans que ficaram um pouco folgadas nele. Ele pegou a bolsa e foi em direção a porta.

– Sinto muito, temos que ir.

Ele não precisou dizer mais nada, eu entendi até mesmo as palavras que ele não disse. Eu nunca mais verei meus pais. Eu teria que deixar essa vida que eu construí aqui para trás. Deixar o carinho de minha mãe, a risada do meu pai e o olhar pidão de ET para trás. Com um suspiro longo, eu dei uma ultima mordida em minha torrada e segui Jack porta a fora. Nós andamos a pé por algum tempo, tentando ficar fora da vista das pessoas, até que Jack acho um carro parado a meio-fio, quebrou o seu vidro e fez uma ligação direta. No momento em que eu entrei no carro, ele arrancou. Nós passamos um logo tempo em silêncio até que eu não consegui mais reprimir minha curiosidade.

– Para onde estamos indo?

– Para Meryton. Fica a uns 800 quilômetros daqui.

– Isso tudo?! - eu disse surpresa. - E por que estamos indo para lá?

– Por que tem uma aldeia protegida por magia lá. Um grupo de resistência, por assim dizer, onde Seu genitor e os seus capangas não podem entrar.

– Então, já que lá é seguro, por que vocês não me colocaram nessa aldeia em primeiro lugar?

Ele me olhou de lado.

– Por vários motivos. O principal era que seria mais seguro se ninguém soubesse quem você era. Assim que você nasceu, você foi confiada a meus pais. A maioria das pessoas da vila achavam que eles estavam mortos, então isso e o fato deles também terem um bebê recém-nascido faziam deles a escolha perfeita. O nosso líder os mandou para o mundo humano, para que você se misturasse com os outros e tivesse uma vida normal. Sempre conosco vigiando na casa ao lado, claro. Somente meus pais e sua mãe sabiam que você era uma menina, o que tornou tudo ainda mais difícil para eles. Você podia ser qualquer um, inclusive eu.

Quando ele falou sobre minha mãe algo se acendeu dentro mim.

– O que aconteceu com ela? Com a minha mãe?

– Ninguém sabe. A única vez que ela apareceu foi para lhe entregar, ninguém nunca mais a viu.

– Você acha que ela virá nos procurar na vila quando souber que estamos lá?

– Eu não sei. Em todo caso, não ficaremos lá por muito tempo. Podem haver traidores entre eles e não irá demorar muito até que seu genitor nos encontre lá.

– Então nós iremos nos mudar de novo?

– Sim.

A ideia de viver fugindo com Jack Hoswood não era tão ruim, então meu humor melhorou um pouco. Eu peguei a bolsa de Jack e no momento que eu vi um pacote de salgadinhos, meu estômago roncou alto. Eu sorri para aquilo e comecei a comer os salgadinhos.

– E então, quais os seus super-poderes? Você é como o Superman? Ou mais Batman?

Ele sorriu.

– Mais como o Batman, eu acho. Eu não sei voar nem nada, se é isso que você está imaginando. Cada um de nós híbridos desenvolvemos algo em especial. Todo nós somos mais forte, rápidos e resistentes que os humanos, mas todos somos mortais, assim como eles. Quanto ao meu algo especial, eu posso controlar o fogo. - ele disse e uma chama apareceu na ponta de seu dedo. Eu arfei. - Não é muito útil, já que você não pode ferir as criaturas da noite com fogo, somente os anjos. Além do que, chama muita atenção. Mas os outros de nós podem praticar magia, fazer objetos voarem e por aí vai.

Eu nem estava dando muito atenção ao que ele falava, pois estava brincando como uma criança de dois anos que vê fogo pela primeira vez com a pequena chama em se dedos. Eu passava meus dedos ao redor, sentindo o calor que saia dela.

– Você está brincado? É claro que é muito útil. É bom saber que se ficamos presos em uma floresta pelo menos não iremos morrer de frio. Nem vamos comer carne crua.

Ele riu e apagou a pequena chama.

– Vamos, nós temos que mudar de carro.


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Notas finais do capítulo

Heeeey gente! Esse capítulo foi um pouco chatinho, mas ainda tem muuuuuita emoção pela frente, tipo muuuuuuuuuuuuuuuuita! Eu mal posso esperar para postar o capítulo 12, modéstia a parte, ele ta muuuuuuuito legaaaal! Enfim, deixem suas críticas e sugestões nos comentários ;*