Indevorável escrita por Katheriiine


Capítulo 5
Capítulo 5




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Eu? Mas o que esses homens iriam querer comigo? Eu não nunca fiz nenhum... Meus pensamentos foram interrompidos quando a imagem de ET machucado e depois curado apareceu em minha mente. Pela primeira vez em toda a minha vida eu me senti extremamente grata por ninguém saber quem eu era. Então vocês podem imaginar o tamanho da minha surpresa quando todos os olhos do ginásio se voltaram para mim. DROGA.

Olhar do homem ao microfone seguiu o da multidão e logo seus olhos encontraram com os meus e um sorriso maléfico começou a brincar em seus lábios. Um arrepio passou pelo meu corpo. Seus olhos, diferente do meu, eram todo branco, não havia pupila, nada. Apenas o branco, vazio. Ele fez um sinal e os outros homens de preto começaram a se mover no meio da multidão.

Jack começou a me puxar com mais força agora, empurrando as pessoas que estavam em nosso caminho. Eu finalmente pude achar minha pernas, controlando elas de novo, e comecei a me mover mais rápido que pude pela multidão. Eu não olhei para trás, tinha medo do que poderia ver. Jack encontrou uma porta e logo que nós passamos por ela, ele a fechou. Ele encontrou uma cadeira e rapidamente a quebrou e colocou um pedaço grande dela na fechadura. Eu aproveitei essa pausa para recuperar o meu ar. Mas essa pausa não durou muito, pois logo nós estávamos correndo de novo.

Nós passamos por mais algumas portas e Jack fez o mesmo, trancando todas. Isso definitivamente iria os atrasar. Enquanto corríamos ele puxou o celular no bolso e ligou para alguém. A pessoa deve ter atendido no primeiro toque, pois pouco tempo depois ele estava falando.

– Você estava certo, eles estão aqui. Eles sabem quem ela é. Preciso da ajuda de vocês. Vou tentar tirá-la pelo fundos do colégio. Eles provavelmente cercaram a escola, então venham o mais rápido que puderem.

Eu lancei um olhar de puro terror para Jack. Suas palavras começaram a ecoar em minha mente. "Eles sabem que ela é". "Eles sabem quem ela é"...

– O que... O que está... acontecendo... aqui? - eu mal conseguia falar, eu estava sem fôlego devido a corrida, mas também devido a virada dos acontecimentos. Eu não tinha ideia de nada. Nem do que eu faria, nem do por que de Jack estar me ajudando, nem de para quem ele ligou, nem nada. Nada. Mas eu tinha uma sensação de que Jack tinha todas as respostas de que eu precisava.

– Eu não posso te explicar agora. Nós não temos tempo. Você precisa sair daqui o mais rápido possível. Então, por favor, faça o que eu mandar. Não importa o que aconteça, não pare. Se for preciso você me deixar para traz, faça isso. Mas não pare de correr. E o mais importante: não volte para casa.

Meus olhos se arregalaram. Ok, eu estava assustada antes, agora? Apavorada era pouco. Uma imagem de meus pais e de ET mortos piscou na minha mente e só em imaginar isso lágrimas surgiram em meus olhos. Eu estavam tão perdida em meus pessamentos que eu mal senti quando Jack puxou meu braço.

– Tif, eu não posso imaginar o quão confuso e assustador isso possa estar sendo para você, mas nós temos que continuar. Não se preocupe, nós vamos conseguir tirá-la daqui, mas nós temos que continuar.

Eu pisquei as lágrimas em meus e acenei para Jack. Eu precisava sair dali, precisava encontrar a minha família, então recomecei a correr. Nós corremos através dos corredores vazios até encontrar o laboratório de Biologia. Lá havia uma grande janela que dava para o lado de fora da escola. Nós nos abaixamos assim que entramos no laboratório e nos aproximamos da janela, por onde Jack começou a espiar, provavelmente tentado ver se poderíamos escapar por ali. Vendo Jack espiar pela janela me faz pensar em como o mundo tem o senso de humor estranho, pois algumas horas atrás era eu quem estava espiando pela janela tentando ver o quarto de Jack. Isso me fez soltar sem querer uma risada histérica apavorada, ou seja, uma risada de abestada.

Eu quase não consegui acompanhar o que aconteceu depois, pois tudo aconteceu muito rápido. Jack colocou a mão sobre a minha boca e, depois de lançar um rápido olhar pela janela, ele cobriu meu corpo com o seu. Um segundo depois os vidros da janela quebraram e eu senti uma mão em pulso, me puxando para fora.


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Notas finais do capítulo

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