Família Em Las Noches escrita por Bruxa da Luz
Notas iniciais do capítulo
Aqui está o próximo capítulo! Desculpe a demora! É que eu fiquei com febre e estou voltando agora! Mas eu fiquei pensando nessa continuação a semana toda e espero que gostem!
Hikaru estava tremendo por dentro. Conseguia se imaginar reclamando dos tapas que ia levar por ter fugido. E não teria nem sua mãe e nem a Ken para impedir.
– Antes de você dizer ou fazer alguma coisa, eu quero falar. – O ruivo tentava não demonstrar medo na voz. Ulquiorra apenas o encarava. – Eu juro que eu não queria que você ficasse magoado...
– Hikaru, olha para mim. Parece que eu estou só magoado? – O coração de Hikaru quase saiu pelo peito ao escutar a voz quase irritada do pai. Ulquiorra olhou para as outras crianças. – A conversa é somente nossa. Acho que seus pais os esperam lá embaixo.
Eles, com medo, começaram a descer a montanha com cuidado.
– Vão me deixar aqui?!– Perguntou Hikaru para os trigêmeos.
– Desculpe, amigo! Mas conversas tensas entre pai emo e filho emo não é com a gente! – Respondeu Yoshinobu.
– É isso aí, ruivinho! E se você apanhar, só não grita muito alto! Eu durmo cedo! – Disse Yoshikazu em tom de diversão, como sempre. E isso deixou Hikaru vermelho de raiva.
– Não ligue pra ele, Hikaru! Afinal, semana passada você mesmo disse que o Ulquiorra não te bate pois você bateria nele primeiro! – Disse Yoshihiko. Ulquiorra arregalou os olhos e Hikaru quase teve um treco. No momento ele não sabia se batia no loiro ou se falava um monte de coisas. ‘’Como esses três adoram ver o circo pegar fogo’’, pensava Hikaru.
– N-não ligue para o que eles dizem... V-você sabe que eles falam coisa com coisa...
– Me bater, Hikaru? Isso é verdade? Você realmente bateria em mim? – Perguntava Ulquiorra em tom desafiador e triste ao mesmo tempo, mas sério.
– Claro que não! S-sabe que eu nunca faria algo contra você! – Disse o ruivo, nervoso.
– Então?
– Você os conhece! Só gostam de dizer coisas para as pessoas brigarem!
– Eles gostam de falar a verdade para ver as pessoas brigarem. Não é isso que você quer dizer? – Perguntou Ulquiorra sem piedade nas palavras. Ele suspirou. – Por que insiste em brigar comigo?
– Por que você não me entende! Eu quero fazer algo e sempre tenho que ter a sua permissão! É claro que as respostas é sempre a mesma coisa: ‘’Não’’! Então eu prefiro eu mesmo saber o que é e o que não é perigoso!
– Não. – Murmurou o quarto Espada. – Não é isso que o deixa irritado comigo. Eu quero saber o que realmente o incomoda.
Enquanto isso, Ken estava reclamando enquanto sentava-se em uma pedra da montanha. Orihime, Hiroaki e Tesla a encontraram.
– Nossa, Ken! Dá para ouvir sua voz do outro lado do Mundo Hueco! – Disse Tesla enquanto ajudava Orihime e Hiroaki a subir as rochas.
– Até você está aqui, Tesla?! – Perguntou a dona dos olhos amarelos.
– O que aconteceu para você ficar resmungando? – Perguntou Orihime.
– O lindo do teu marido, Orihime... – Disse Ken com tom de deboche, Tesla não gostou. – ... Usou o sonido e apareceu para a sua criança lá encima e me deixou sozinha aqui! Depois de eu protegê-lo da escuridão lá embaixo, o tonto me agradece assim!
– Pode pelo menos respeitar o seu marido, Ken?! – Perguntou Tesla, irritado e enciumado.
– E você merece algum respeito, Tesla?! – Brincou Ken, mas Tesla, que não percebeu e virou o rosto. – Eu estou brincando, seu fracción idiota! – Disse ela, indo até o loiro e o beijando. – Agora vamos! Meus filhos e a Hanako estão chegando e o Ulquiorra deve estar em uma conversa tranquila com o filho! – Concluiu com ironia.
Mas infelizmente, Ken estava errada. A conversa não estava tão agradável.
– Por que você ficou irritado? Não vai me responder? – Perguntou Ulquiorra. Hikaru olhava para o lado, completamente confuso. A raiva do menino ruivo estava ameaçando a fazê-lo chorar e isso não passou despercebido por Ulquiorra. – Sabe muito bem que suas lágrimas não é a resposta que procuro.
– Você quer tanto saber o porquê que eu não gosto você?! – Gritou Hikaru. Até Orihime, Tesla e Ken escutaram.
– Ulquiorra?! Hikaru?! O que está havendo?! – Gritou Orihime.
– Eu não gosto de você porque você é um arrankar! – Respondeu o menino. Ulquiorra se sentiu como se tivesse acertado uma espada em seu peito. Orihime ficou preocupada com a reação de Ulquiorra e tentou subir mais rápido para alcançá-los.
– Isso é ridículo. – Comentou o quarto Espada.
– Ridículo? Ridículo é me sentir como se eu não estivesse vivo e não poder conhecer o mundo da minha mãe! Acha que eu não sei que você não a deixa voltar para o mundo dela?! Um mundo que é bem melhor do que esse deserto?! – As palavras de Hikaru doíam tanto em Orihime quanto em Ulquiorra. – A Ken me disse que algumas coisas que ela descobriu sobre o passado da mamãe e ela disse que havia um shinigami chamado Ichigo Kurosaki. – Ao ouvir o nome do shinigami, Ulquiorra se sentiu desconfortável. – E disse que ele vive em um lugar chamado Soul Society. Lá deve ser bem melhor para qualquer um viver. Mas você prefere que a gente fique nesse fim de mundo!
– Hikaru! Já chega! – Era Orihime, que acabava de escalar a última rocha da montanha. – Realmente aqui não é verde ou colorido como o Mundo Real ou tem um céu azul como a Soul Society! Mas eu nunca precisei disso porque pra mim, enquanto estivesse com seu pai, a minha vida era cheia de cores. – Ela dizia, irritada e triste. – Eu não me importei em ficar no Mundo Hueco. Desde que vocês estejam comigo, eu não preciso de mais nada. Não é, Ulqui... – Antes de concluir, Orihime percebeu que Ulquiorra não estava mais lá. Ela olhou pra baixo e o avistou indo embora. – ULQUIORRA!
– Não adianta, humana! Quando o Quarto Espada fica de cabeça quente, ninguém segura! – Era Ken com voz tranquila. – Acho que ele irá precisar de palavras da querida esposa! Pode ir lá! Eu me entendo com o Hikaru!
Tesla usou o sonido para levá-la pra baixo e o usou novamente para voltar para a família. Orihime confiava muito em Ken, por isso deixou seus filhos nas mãos dela. A ruiva correu pelo deserto, procurando pelo marido. O encontrou sozinho e de costas. Ela correu o abraçou por trás. Ulquiorra não saiu de sua posição e nem falou nada. Ele adorava quando ela o abraçava. Era como seus problemas sumissem.
– Por favor, Ulquiorra! Sabe que ele é só um menino! Não fique bravo com ele! Não foi nada sério! Ele só estava chateado e... – Foi interrompida ao sentir-se ser puxada para ficar de cara a cara a ele e ser beijada. Após um longo beijo apaixonado, ela o abraçou e ele retribuiu.
– Mulher. – Ulquiorra a chamou.
– O que, Ulqui-kun?
– Acha que se nós nunca estivéssemos nos conhecido, seria melhor? – O sorriso de Orihime sumiu e ela ficou confusa.
– C-como assim? – Foi a única coisa que ela conseguiu deixar escapar.
– A sua vida no Mundo Real ou na Soul Society ficaria melhor do que aqui?
– Você acha que minha vida seria melhor se nós nunca estivéssemos nos encontrado e nos apaixonado?! Acha que minha vida seria melhor se eu estivesse vendo o Ichigo e a Rukia juntos e você morto?! – Perguntava Orihime, deixando lágrimas escaparem.
Ficaram calados por alguns segundos. Orihime percebeu que Ulquiorra a encarava. É claro que ele procurava algo para dizer, mas não encontrava. Sem pensar em mais nada, a ruiva o abraçou o mais forte como se não quisesse que ele saísse de lá. Até que avistaram Hiroaki correndo assustado na direção deles.
– O que aconteceu, Hiroaki? – Perguntava Ulquiorra enquanto ajoelhava-se para ficar de cara a cara com o filho. Acariciou os cabelos do menino e avistou um machucado em sua testa. – O que foi isso?
O menino, recuperando o fôlego, suspirou e falou quase chorando:
– Papai! A montanha caiu! Eu não acho os meus amigos e o Hikaru!
De repente, uma onda de desespero invadiu em Ulquiorra e Orihime.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É um pouco tenso, mas é a continuação que pensei! Prometo que farei algo melhor!
Beijos!
Até o próximo capítulo!