Moonlight escrita por Pamisa Chan


Capítulo 5
O mar e o céu me deram abrigo


Notas iniciais do capítulo

"Sea and sky, they gave me shelter!
Now we only meet in dreams..."



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Aquela noite fora a mais perfeita de toda minha vida. Quando a lua apareceu exibindo todo seu esplendor, eu estava ali... Sentado ao lado da garota dos olhos de lua, a menina que coloriu minha vida. Agora ela era meu céu e meu mar, era meu anjo. Minha vida. Ela deu abrigo à minha pobre alma que um dia clamava por ajuda, chorava por um mundo melhor. Ela agora era o que me fazia realmente viver.

Sabe... Se tem uma coisa que aprendi com todos esses anos é que estar vivo é muito diferente de viver. Eu sempre estive vivo. Mas nunca me sentia vivo. Eu estava lá o tempo todo, respirando, vivo. Mas não, eu não estava realmente vivo, eu não vivia. Eu apenas estava lá, sendo infeliz, lamentando a vida, vivendo mágoas, minha mente era um pedaço do inferno. Não. Acho que nem o inferno (se é que ele realmente existe, já que a meu ver, o inferno é na terra. Não só o inferno, mas o paraíso também. Cada um leva a vida do jeito que conseguir, como as ondas do mar que são tão diferentes, mas no fim, todas acabam no mesmo lugar: Na margem do mar) seja pior que o que acontecia lá dentro de minha cabeça. O pior de tudo era guardar tudo pra mim, sem ninguém pra me ouvir, era como estar em um planeta que não é seu, um lugar onde ninguém fala sua língua. Alguém talvez pudesse ouvir, mas ninguém entendia, ninguém sequer tentava entender. Você é só mais um estranho qualquer no mundo, insignificante, só alguém fazendo peso na terra, nada além disso. Quem se importaria? E por quê? O mundo é cruel. Não. O mundo não é cruel. O mundo é belo, o mundo é perfeito. Cruéis são os seres que nele vivem. Sim, nós mesmos, os humanos.

Mas agora, nada mais disso importava. Eram só pensamentos que me perturbavam. A realidade estava distante. A realidade agora era a luz em meio a escuridão. Tudo estava tão perfeito que era difícil crer que era real. E será que era mesmo? Eu nem parei pra pensar em o quanto é estranho algo assim acontecer da noite pro dia. Ou melhor, no meu caso, do dia pra noite! Fiquei tão empolgado com tudo isso que mal tentei raciocinar sobre tudo que estava havendo. E agora eu via que isso não é nada normal. Isso veio tão de repente pra mim que eu nem quis saber se era bom ou não. Era como um faminto que come pela primeira vez em semanas. Ao ver o alimento ele não quer saber se está bom para consumo, não quer pensar se está envenenado, nem se importa de onde veio. Só depois que ele se alimenta que para pra pensar se aquilo realmente era bom. Mas... Tudo está tão perfeito em minha vida que nem quero saber se é real ou não. Se for um sonho, prefiro morrer dormindo a acordar e encarar a dura verdade!

Lunae Lumen... Ela era tão doce, tão perfeita, tão encantadora. Mas ao mesmo tempo, tão misteriosa. Será que havia uma verdade oculta por ela? Se houvesse, eu não queria enxergar. Quando algo de bom acontece em meio a tanta coisa ruim, a última coisa que você quer é saber se isso é de fato bom. E esse nome tão misterioso? Nunca vi um nome assim... "Lunae... Lunae Lumen..." Depois de algumas pesquisas, descobri que seu nome era em Latim. Signficava "Luar" ou "Brilho da lua". Esse significado... Não podia ser mera coincidência. Tinha de haver algo por trás disso tudo... Mas o que? O que será que ela escondia de mim? O que ela tinha que me fazia ser tão feliz? Tão alegre? Que fez minha vida virar uma explosão de alegria, um sentimento jamais experimentado por mim antes, de um dia pro outro? Um dia eu descobriria isso. E aposto que nesse dia, tudo ficaria bem melhor. Ou será que não?

–----

Havia se passado uma semana desde que a conheci, nos víamos todos os dias. Sempre ficávamos lá, na pracinha onde a conheci, apreciando o céu noturno, a lua e as estrelas. Mas no sexto dia, ela não apareceu. E naquela noite eu tive um sonho com ela. Foi um sonho até que comum no começo. Eu sempre tinha aquele sonho. Eu via a lua gigante no céu, se afastando cada vez mais. Mas toda vez eu voava até ela, a abraçava e a trazia de volta para onde ela sempre ficava. Mas esse sonho foi diferente. Eu vi o rosto de Luna marcado na lua. E assim como nos outros sonhos, a grande esfera se afastava cada vez mais. Só que dessa vez, eu não pude ir até lá e a trazer de volta. Algo me impedia, era uma força igual a que senti me puxando da primeira vez que vi a garota dos olhos de lua. Foi tão real que cheguei a duvidar se aquilo era realmente um sonho. De longe eu podia a ouvir sussurrando "Fugit te lunae lumen... Fugit te lunae lumen..." E fiquei tentando entender o que aquilo queria dizer


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Notas finais do capítulo

É gente, mais um capítulo!
Ainda não alcançou as 1.000 palavras, eu sei que isso desagrada os leitores, mas gente... Não consigo fazer muito! Eu preciso criar um capítulo inteiro por trás de dois versos da música, não é muito fácil, não! Me desculpem...
Ah, as crenças do personagem, os pensamentos dele e etc, não tem nada a ver comigo, nem com minha mente. É tudo fictício mesmo, antes que se perguntem...
Enfim, obrigada pela leitura, pessoal! Até o próximo capítulo!