O Cuidador Do Fogo escrita por Larinha


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Lindas... desculpem meu sumiço.
Eu fiquei doente semana passada e realmente estava sem cabeça para escrever.

Juro que irei compensa-las essa semana.
Você podem até escolher... querem o que?
Romitri? Rodrian?

Não me matem nesse capitulo, pois ele tem um hentai Rodrian.
Então as fãs de Romitri com certeza vão querer me atirar pedras, mas não façam isso!

Rose e Dimitri irão ficar juntos!

Boa leitura a todas ;D



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Eu fiquei congelada por um instante, mas depois me rendi a seu abraço. Eu quase havia me esquecido de seu toque suave e de seu cheiro que me entorpecia. Sei que ficamos abraçados por mais tempo que deveríamos, mas para mim aquele tempo pareceu durar apenas alguns segundos e tão logo ele me abraçou eu já o vi me soltando para me encarar. Ele pareceu sem graça por um instante e quase arrependido pelo que fez, mas não pude ter muita certeza disso já que ele foi ágil ao retornar a sua postura de guardião fodão e chato. Ele ainda era velho Dimitri! Eu podia jurar que estava vermelha como um pimentão, já que sentia meu rosto mais quente do que o normal. O silencio entre nós era quase sufocante e ninguém parecia corajoso suficiente para quebrar. Vi por canto de olho Sidney abrir a boca para falar algo, mas outra pessoa falou primeiro.

- Ei Rose – a voz de Eddie soou atrás de mim – Vamos, logo. Mikhail já foi com seu grupo para o auditório e acabaram de chegar mais dois carrinhos. Não podemos nos atrasar. – Virei para Eddie e assenti e quando retornei a olhar para frente vi Dimitri fazer uma expressão de confusão, mas ele não questionou nada.

- Então camarada... Acho que essa é minha deixa. – Falei descontraída, tentando quebrar o clima estranho que pairou sobre nós. – Foi bom te ver.

- Também foi bom te ver Rose. – Ele disse cauteloso – Estava com saudades e fico feliz que você esteja bem.

- Obrigada, fico feliz que também esteja. – Sorri triste, pensando que talvez poderíamos estar bem e juntos nesse momento. Mas logo tratei de afastar esses pensamentos da minha cabeça. – Você se incomodaria de mostrar a Sidney onde fica o dormitório dos visitantes? Sabe como é... Se eu atrasar Alberta me mata.

- Claro, não se preocupe. Sidney chegará a salvo em seus aposentos. – Ele sorriu divertido percebendo a cara de poucos amigos de Sidney. Eu poderia jurar que em sua cabeça ela estava pensando mil coisas ruins e diversos tipos de tortura que algum Moroi poderia fazer com a vida dela.

- Relaxe Sid. Você vai sobreviver, são apenas alguns dias. – Sorri a encorajando enquanto lhe dava um abraço de despedida. – Descanse e nos vemos amanhã no café. Se você precisar de algo ligue no meu quarto, Dimitri sabe o telefone e pode te passar. – Pisquei para ela e com um breve aceno de cabeça me despedi dos dois e virei para ir em direção à porta por onde Eddie havia saído momentos antes.

Eddie já estava com seu grupo no carrinho e acenei para ele enquanto examinava meu pequeno grupo de dez pessoas.

- Boa tarde guardiões e guardiã, – sorri para a única garota que fazia parte do meu grupo – sejam todos bem vindos a Corte. Meu nome é Rose Hathaway e durante o dia de hoje vocês serão guiados e orientados por mim. Mas por favor, não hesitem em me procurar por quaisquer duvidas ou outros motivos que porventura vocês vierem a ter durante a estadia por aqui. – Segui em direção ao carrinho acenando para que eles me acompanhassem. – Primeiramente faremos um pequeno tour pela Corte, pelos pontos turísticos mais importantes, depois seguiremos para um coffe-break e uma palestra onde vocês serão orientados para o treinamento que iniciará amanha. O término de nossas atividades de hoje acontecerá após a referida palestra quando eu terei a oportunidade de apresentar-lhe seus respectivos dormitórios. – Começamos então a dar uma volta pela Corte e eu fui mostrando e dando um breve histórico sobre os pontos mais famosos e sobre aqueles que alguns tinham uma curiosidade particular para conhecer. Paramos algumas vezes para que os guardiões pudessem descer e tirar algumas fotos. O tour foi curto e na verdade não estávamos muito preocupados com isso já que eles teriam o tempo de folga livre para conhecer e fazer o que quiser ali na Corte. Às 04:10h chegamos ao auditório e os outros dois grupos já estavam desfrutando do maravilhoso coffe-break. Liberei a turma para o lanche e notei que todos estavam tão famintos quanto eu. Dirigi-me até a mesa e peguei um pão de queijo enquanto me servia de uma xícara de chocolate quente.

- Vejo que não se atrasou tanto Rose. – Ouvi a voz de Alberta soar atrás de mim. – Fico feliz que tenha dado tudo certo.

- Demoramos mais por conta das fotos. É incrível como os turistas adoram fotografar os lugares... – Sorri para ela que estava com uma postura descontraída.

- Bem, amanhã teremos uma reunião neste mesmo horário apara definir o encerramento do treinamento. – suspirei alto e Alberta não deixou passar – Você sabe que pode desistir a qualquer momento, não é Rose? Não é como se você fosse obrigada a fazer isso.

- Esta tudo ok Alberta... Vai dar tudo certo. – sorri tentando demonstrar confiança, mas pela sua expressão eu não a convenci muito bem. – Relaxa, também não é como se eu fosse morrer por isso.

- Certo. – Alberta disse desconfiada. – Então se comporte mocinha e não se atrase amanhã. Estou gostando de ver sua postura ultimamente, anda se saindo muito bem. – Agradeci o elogio e quando Alberta se afastou para falar com os demais guardiões eu voltei a atacar a mesa. Tinha bolo, pães de todas as formas e cores, salgados de todos os tipos, sanduíches, cachorros-quentes, doces diversos... Era tanta coisa que eu não sabia por onde começar. Empanturrei-me e enquanto eu ouvia o bla bla de Alberta sobre os horários e locais de treinamento eu sentia minha barriga latejando de tanta comida ingerida. Mikhail sorriu pra mim parecendo compreender a situação que eu estava e eu quase admiti que eu tinha exagerado dessa vez. Porém, ignorei seu olhar, apenas dei de ombros e voltei minha atenção para o que Alberta falava.

Quando a tortura terminou, Eddie me passou uns papéis personalizados com o nome de cada guardião do meu grupo, que eu deveria distribuir para que eles pudessem acompanhar seu turno de ronda, o horário de treino, o tempo de folga e onde havia o numero de seus respectivos dormitórios. Não precisei pedir para que eles me seguissem e então em silencio nos dirigimos ao carrinho que já nos aguardava na porta do auditório. Quando chegamos ao prédio dos dormitórios dos guardiões eu apresentei rapidamente a área livre de convivência, mostrei onde ficavam localizados os elevadores e escadas de emergência e expliquei a divisão da ala feminina e masculina. Não precisei levar cada um a seu quarto, então quando me vi completamente livre, me joguei em um dos sofás do hall de entrada, peguei meu celular e digitei uma mensagem para Adrian.

R: “Ei gato... Qual é o agito de hoje?”

A: “Dampirinha! Pensei que não fosse me procurar.”

R: “Sou uma mulher de palavra. ;) Está aonde?”

A: “No meu quarto, sozinho, sem amor... E com umas garrafinhas de ice, pra você é claro.”

R: “Adrian... Sabe que não posso beber!”

A: “São apenas quatro Rose. Não dá nem pra ficar alegre, é só pra dar uma relaxada desse dia estressante. Vem logo., estou com saudades :( “

R: “Chego ai em 20 minutos”

Sorri com o celular na mão e voei para o meu quarto para tomar um bom banho. Lavei e sequei meus cabelos em tempo recorde, coloquei um short jeans e um suéter azul, calcei meu tênis branco e voei para o quarto de Adrian. Queria aproveitar o máximo do tempo que tinha livre com ele. Enquanto estava no elevador aguardando chegar ao andar de Adrian mandei uma mensagem rápida para Lissa combinando de vê-la no café da manhã e avisando que levaria Sid comigo. Ela respondeu no mesmo instante avisando que chamaria Mia para nossa pequena reunião. Quando o elevador parou, segui em direção à porta do quarto e toquei desesperadamente a campainha. Como Adrian estava brigado com seu pai, ele estava morando provisoriamente na ala dos visitantes, então eu sabia que ele estaria sozinho.

- Ei linda, como foi seu dia? – Adrian abriu a porta sorridente e me puxou para um abraço.

- Melhor do que eu esperava, mas não quero falar sobe o assunto. – Apertei-me mais junto ao seu corpo e o empurrei para dentro. Não gostava muito de ficar falando sobre Dimitri com Adrian. Não fazia bem nem a mim nem a ele, então eu tentava evitar.

- Hum... Esta animadinha? – Ele sorriu safado e eu revirei os olhos para sua atitude.

- Estou animadinha pelas minhas ices. – Pisquei para ele que deixou seu sorriso morrer. Vi em cima do frigobar umas pringles e avancei para poder devora-las antes que tivesse que dividir com Adrian.

- Ei ei ei... Vá com calma – Ele riu e tirou o pote das minhas mãos antes que eu pudesse perceber o que ele estava fazendo. – Você quer pringles?

- Passa logo essa batata Adrian, antes que eu tenha que apelar para a força. – Eu tentava sorrir de uma forma ameaçadora, mas ele não pareceu se importar.

- Você quer, não quer? – Ele falou pegando uma de dentro do recipiente que estava em suas mãos. – Então vem pegar. – Ele colocou metade da batata em sua boca, deixando a outra metade para fora em um convite mudo. É... Adrian sabe fazer as coisas direito. Avancei nele com o meu melhor sorriso comedor de homens e fui o encurralando até que ele estivesse próximo à cama. Joguei-me em cima dele, caindo junto sobre o colchão macio e mordi a batata que estava presa em sua boca. Por um momento ele se distraiu e deixou o pacote livre sobre a grande cama em que estávamos jogados. Aproveitei a oportunidade, peguei tudo para mim e sai de cima dele rapidamente que me olhou com um olhar indignado.

- Ei Rose. – Ele fez um bico lindo que dava vontade de morder. – Isso não é justo. Sua mãe não lhe ensinou que é feio iludir pobres rapazes apaixonados só para poder conseguir o que quer?

-Ah... Não. E mesmo que tivesse ensinado eu nunca fui muito obediente. – Pisquei para ele e voltei a deitar ao seu lado. Ele ligou a TV e pegou uma garrafinha de Ice para mim e uma de cerveja para ele. Ficamos comendo e bebendo tranquilo, como um casal deveria fazer. Jogamos conversa fora, vimos alguns programas idiotas e demos alguns beijos. Quando me dei conta, era muito tarde e eu já deveria estar dormindo há pelo menos uma hora, então preguiçosamente me desvencilhei de Adrian e sai da cama.

- Aonde pensa que vai dampirinha?

- Já viu as horas? – Falei apontando para um relógio que tinha em cima de sua cabeceira. – Preciso dormir.

- Durma aqui! – Ele pediu em tom de suplica. – Fica aqui comigo, só hoje.

- Adrian, você sabe que não posso dormir aqui e...

- Rose, não existe poder para você. Você sempre fez o que você quis! Vai, só hoje! – Ele me encarou com aqueles profundos olhos verdes e eu comecei a considerar. Afinal, o que poderia acontecer de mais entre eu e Adrian em uma noite juntos? Nada além do que as pessoas já imaginavam acontecer. Dei de ombros e vencida sorri para ele.

- Ok... Só hoje. Mas vou precisar de uma camiseta sua pra dormir. – Ele sorriu malicioso e analisou minuciosamente meu corpo.

- Não acho que precise de algo para dormir. Esta quente... – Ele deu tapinhas na cama para que eu me juntasse a ele novamente.

-Primeiro a camiseta, depois eu vou. – Ele bufou e levantou em direção ao seu armário. Por incrível que pareça, ele demorou uns cinco minutos para achar algo que ficasse bom em mim. Dirigi-me ao banheiro, tirei minha roupa e quando coloquei a camiseta que Adrian me arrumou eu fiquei furiosa. Agora fazia sentido o motivo de ele ter demorado tanto para arrumar algo que eu pudesse vestir. A blusa era mínima e mal tapava meu bum bum. Era justa e branca, de forma que minhas roupas íntimas aparecessem pela transparência do tecido. Encarei o espelho, furiosa e xinguei todos os palavrões que vieram a minha mente.

- E ai dampirinha, gostou do pijama? – Abri a porta bufando, pronta para partir para cima de Adrian e enfiar uns bons tapas naquela cara linda dele.

- Se eu gostei? Olhe só para isso. – Apontei minhas costas mostrando a falta de tecido para cobrir suficientemente meu corpo. Ele me abraçou por trás e senti seu peito nu roçando em meu cabelo. Adrian vestia apenas uma calça de moletom e estava quente como nunca. Senti a raiva ser substituída por um sentimento que estava morto e esquecido dentro de mim, eu estava excitada. Adrian beijou minha clavícula e senti os pelos do meu corpo eriçarem pelo seu toque. – Adrian... Para com isso. – Minha voz não passou de um sussurro e eu me surpreendi quando me vi com vontade de ter aquele homem.

- Tem certeza que você quer que eu pare? – Ele falou baixo e sexy no pé do meu ouvido e virou-me para que pudesse encarar seus olhos. Prendi a respiração por alguns segundos e então avancei em seus lábios e os beijei profundamente. Sua boca explorava minha, sem cuidado e ávida. Era puro desejo e carinho entre nós. Senti minha mão escorregar por seu abdômen memorizando cada detalhe, cada músculo perfeitamente esculpido naquele belo corpo. Sua mão não demorou muito por explorar a pare interior da minha coxa e em segundos me vi sem a camiseta que antes pouco me protegia dos olhares pervertidos de Adrian. Eu ficaria envergonhada pela profundidade de seu olhar se não estivesse com tanto desejo como ele. Seus olhos verdes estavam escuros e eu me perdia cada vez mais que tentava recuperar minha sanidade e responsabilidade.

- Adrian... Isso não é certo! – Exclamei entre suspiros, e minha voz denunciava que por mais errado que fosse eu ainda o queria como nunca. – Precisamos parar por aqui.

- Às vezes é legal quebrar as regras Rose. – Sua voz era firme, rouca e sensual. Causava-me arrepios e leves espasmos e eu não ousei falar mais nada para não estragar o momento. Apenas sentia nossos corpos se tocarem e nossas mãos explorarem cada pedacinho do outro. Por hora eu emaranhava minhas mãos em seus cabelos e os puxava com força, sem me preocupar se isso lhe causaria dor. Adrian parecia satisfeito consigo mesmo e mordiscava de leve o pé da minha orelha, distribuindo leves chupões pela extensão de meu pescoço. Mas eu queria mais!

Envolvi minhas pernas em sua cintura e pude sentir sua excitação contra minha intimidade. Ouvi um leve gemido sair dos lábios de Adrian e arfei por antecipação. Ele se moveu embaixo de mim e alcançou a cabeceira da cama, procurando por algo que eu não fazia ideia do que era. Ele se afastou gentiamente, retirou sua boxer e colocou a camisinha. Eu não estava habituada a esta rotina, afinal, eu só havia feito sexo com um homem na minha vida, e ele é dampiro, o que significa que somos geneticamente incompatíveis e não precisávamos nos preocupar com a proteção. Eu sabia que independente de ser um método contraceptivo o uso da camisinha evitava doenças e tudo mais, mas eu confiava completa e cegamente em Dimitri e nem cogitei a ideia no momento que estava com ele. Vendo Adrian tomar essa atitude fez com que eu me sentisse imatura e sem experiência. Ele sorriu tímido para mim e começou lentamente a retirar as peças que me restavam. Ele abriu meu sutiã e foi distribuindo mordidas leves em meu mamilo e mordendo toda a extensão. Eu arqueei as costas e prendi a respiração para evitar os gemidos altos que teimavam em escapar dos meus lábios.

Hesitei por um momento, o que me fez lembrar o quanto eu achava aquilo errado. Não por mim... Por Adrian! Adrian iria se envolver mais profundamente, pois ele já gostava de mim. Ele pareceu perceber e sorriu em um gesto de confiança. Relaxei um pouco e senti minha calcinha escorregar pelas pernas. Aos poucos, Adrian foi procurando uma posição que nos encaixasse melhor enquanto distribuía beijos por todo meu colo. Senti uma leve pressão em minha intimidade e antes que eu pudesse respirar me senti preenchida. Confesso que foi de uma forma diferente, já que com Dimitri eu havia ansiado e aguardado muito tempo até que realmente acontecesse. Era bom, realmente bom, sem tensão e sem compromisso. Nossos corpos se movimentavam em uníssono e por um momento eu consegui esquecer-me de tudo, naquele momento só existíamos eu e Adrian.

Senti a velocidade de nossos corpos aumentarem enquanto nossa respiração ficava densa e mais pesada. Quando eu achei que não fosse mais aguentar de tanto êxtase senti Adrian se derramar dentro de mim e não demorou muito para minha liberação. Nosso clímax foi quase no mesmo momento havia sido incrível. Deixei uma risada boba sair de meus lábios enquanto finalmente acreditava que estava livre, seguindo em frente. Em resposta, Adrian beijou minha testa e aconchegou-me mais aos seus braços. Eu estava cansada e suada, mas meu corpo estava relaxado. Lutei contra meus olhos que insistiam em fechar, pois eu não queria que aquele momento mágico acabasse, mas por fim o cansaço me venceu e eu me deixei levar pela inconsciência.

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Acordei assustada com um barulho irritante em meu ouvido, cocei os olhos enquanto levantava e ia meio tonta em direção ao banheiro. Só após alguns passos percebi que não estava em meu quarto e as lembranças do dia anterior me atingiram. Eu estava no quarto de Adrian! Senti-me corar enquanto olhei pela janelinha do boxe do banheiro e percebi que já estava escuro. Merda, eu deveria estar tomando café com Lissa. Entrei embaixo do chuveiro, coloquei no modo frio e esperei a água gélida me despertar. Eu estava tremendo, mas não me importava. Sai correndo o mais rápido que pude, vesti minhas roupas de ontem e dei um leve cutucão em Adrian que ainda dormia profundamente.

- Acorda bela adormecida!!! Já são 19:30h. – Eu pulei de leve ao seu lado enquanto ele fazia uma careta reprovadora.

- E o que te faz pensar que eu acordo às 19:30h dampirinha? – Ele ergueu a sobrancelha frustrado com a minha audácia de acorda-lo antes das 21h.

- Nada me faz pensar isso... Só achei que adoraria tomar café da manhã comigo, Liss, Mia e Sid. Veeeem Adrian, não pode ser tão ruim assim. – Praticamente o guinchei da cama e o joguei embaixo do chuveiro. Enquanto ele terminava de se arrumar fiquei me encarando no espelho, vendo se não havia nenhuma marca em meu corpo que deixasse evidente o que havíamos feito na noite anterior.  Sorri para imagem a minha frente dando-me conta de quão realmente eu estava feliz e satisfeita. Por canto de olho, vi Adrian se aproximar de mim e me abraçar, virei para beija-lo e ele sorriu com o gesto.

-Vamos? – Ele perguntou enquanto segurava e apertava minha mão.

-Vamos!

Saímos em direção aos aposentos reais e percebi uma chuva de olhares em nossa direção. Ignorei grande parte, mas às vezes não conseguia evitar resmungar para algumas velhas escrotas que ousavam falar algo sobre nós. Adrian apenas ria, divertindo-se com a situação. Às 20h, quando finalmente adentramos a sala onde Lissa nos aguardava, fomos encarados por quatro pares de olhos furiosos, obviamente com o meu atraso. Sorri sem graça e quando abri a boca para me desculpar Sidney me cortou.

- Do que adianta ter o telefone do seu quarto se você não vai passar a noite nele? – Ela perguntou irônica, olhando no fundo dos meus olhos.

- Pera ai... Como você sabe que eu não dormi no meu quarto? E como você conseguiu chegar até aqui? Desculpe... Esqueci-me completamente de você Sid! – Me senti corar pela sua afirmação anterior.

- Simples... Eu liguei a noite toda, e ligue hoje de manhã. Eu juro que pensei que você estava desmaiada, até você entrar com esse daí. – Ela franziu o cenho para Adrian que não pareceu gostar nem um pouco disso.

- Ei, eu não sou qualquer um...

- Não vá achando que eu quero saber quem você é, então me poupe de explicações. – Sidney o cortou e Adrian parecia realmente aborrecido. Liss limitou-se a rir e então uma voz completamente irritante resolveu me provocar.

- Quer dizer que dormiram juntinhos, Rose? – Christian me perguntou enquanto eu enrugava a testa em sinal de irritação.

- Esta com ciúmes homem tocha? Afinal... O que faz aqui?

- Não tenho motivos para estar... Tenho uma rainha linda aos meus pés, do que mais eu preciso? – Ele ignorou minha ultima pergunta, mas eu não estava dando a mínima importância. Lissa tossiu e riu alto enquanto Christian fechava a cara para sua reação. Adrian juntou-se a Liss na gargalhada e eu limitei-me a atacar a mesa do café da manhã já que hoje eu não estava boa para provocações. Sentei-me ao lado de Sid que pareceu me ignorar durante o resto da manhã. Ficamos juntos conversando até quase a hora do almoço, até que Lissa teve que relutantemente se despedir já que nós devíamos nos arrumar para um almoço de negócios que eu lhe faria companhia.

Como sempre o almoço foi chato, mais um dos eventos típicos da realeza. Gente esnobe, que se acha melhores que os outros, mesmo que tenha apenas um nome para se gabar. Infelizmente Adrian havia dado a desculpa que iria mostrar a Corte para Sid só para não ter de comparecer e dar de cara com seu pai. Eu fiquei feliz com sua atitude, por mais que Sidney não tenha apreciado muito a ideia de passar à tarde com um vampiro. Então, minha tarde passou como um borrão. Eu acenei, cumprimentei pessoas importantes e fiz o meu papel de sombra da minha melhor amiga e rainha do mundo Moroi em modo automático. Não posso deixar de falar na parte em que a comida foi servida, pois o sabor incomparável daquele banquete real fez toda a chatice valer a pena.

Mal me dei conta quando já estávamos indo em direção ao auditório para ter a bendita reunião com Alberta sobre o encerramento do treinamento. Ela deu a Lissa um feedback sobre o primeiro dia, mas eu sentia Liss tão cansada pelo laço que duvidava que ela estava realmente se importando com o que Alberta lhe falava. Definimos a ordem e o horário das apresentações e acabei descobrindo que Mikhail e Eddie também lutariam. No todo, seria bem legal e até contaríamos com a participação de Christian, Mia e Jill que iriam fazer demonstrações de magia ofensiva. Realmente bem melhor do que eu esperava.

Quando tudo estava decidido, me levantei e dei um abraço forte de despedida em Lissa que logo seguiu em direção a seu quarto, acompanhada por Christian e alguns guardiões. Vi Eddie se afastar com Mikhail e Mia e então fui seguindo em direção ao meu dormitório. Eu ainda usava o vestido preto básico que havia usado para ocasião do almoço e então senti uma leve brisa arrepiar minha pele. Chequei meu celular e havia uma mensagem de Adrian avisando que estava em seu quarto esperando um beijo de boa noite. Sorri com a mensagem e mudei o rumo indo em direção à ala dos visitantes, iria vê-lo logo para depois poder tomar meu banho enfim descansar do dia de hoje. Eu vagava distraída e apreciava o lindo céu estrelado que iluminava a escuridão sobre mim. A lua estava grande, linda para se admirar ao lado de alguém que ama. Parei por um instante e senti o ar quente e noturno invadir meus pulmões e então resolvi tirar meus sapatos. Continuei caminhando descalça pela grama até que ouvi um barulho alto de árvores e galhos se quebrando. Não tive tempo de reagir, pois foi tudo muito rápido. Em um momento estava livre, caminhando sem pressa e no outro já estava completamente alerta, surpresa e presa junto ao chão.

- Você se esqueceu de que jamais deve estar com a guarda baixa, Rosemarie Hathaway? – A voz profunda, rouca e tão conhecida de Dimitri atingiu os meus ouvidos e então eu compreendi o que estava acontecendo. De alguma forma ridícula ele queria me mostrar que eu não deveria jamais ter aceitado lutar com ele no maldito encerramento e bla bla bla. Pelo menos era a única coisa que fazia sentido na minha cabeça, mas eu ia provar que ele estava errado e que eu era sim, capaz de derrota-lo. Então eu sorri ironicamente e parti pra cima dele. 


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Notas finais do capítulo

E ae gatinhas?
Querem me matar?

Amanha tem mais!
Beijos. :*



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