Agora e para sempre

Pov Edward

Ela começava a subir as escadas e Antonny a chamou. Estava longe e com a conversa e música alta não pude ouvir nada do que falavam, apenas que ele perguntou algo e ela sorriu negando.

Tiveram uma conversa rápida, curta enquanto agora eu os analisava silenciosamente. Não pareciam velhos amigos, apenas uma conversa de quem acabava de se conhecer.

Então ela se despediu e voltou a subir a escada.

Deixei o prato de lado e fui ajudar em outro canto. Não queria ficar sob olhos questionadores como da minha mãe e irmã. Assim que o pessoal fosse embora teria muito serviço pra ser feito e logo teria que voltar para o quartel. Por isso não iria ajudar muito. Fui então ocupar minha cabeça com outras coisas. Falar com os funcionários que a essa hora começavam a se despedir para passar a meia noite em suas casas.

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Com o passar das horas, a quantidade de pessoas diminuiu, apenas permaneceram os familiares e poucos amigos. As horas que se seguiram foram as piores possíveis; o número de pessoas havia diminuído consideravelmente.

Como já havia comprovado, os Masens adoraram Isabella, ficaram gravitando ao redor dela e de Nessie. Minha mãe era louca por netos, algo que parecia ser impossível para os filhos dela, até mesmo os casados.

Mantive-me ocupado do lado de fora na fogueira, mas meu pensamento estava no interior da casa. Era tão estranho me sentir desse jeito. Nunca pensei em casar e ter filhos, talvez num futuro distante e então Isabella aparece na minha vida e tudo fica de pernas pro ar.

Um sentimento tão forte que nem mesmo eu imaginava que existia dentro de mim.

Antonny e os outros saíram da casa e vieram ajudar. Meu sangue pulsava nas mãos de vontade de socar a cara dele. Ele tinha noiva e não deveria ficar se insinuando para outras mulheres.

Ao longo de minha vida pude ser chamado de muita coisa, menos de covarde, por isso daria a chance dele me dizer o que de fato queria com Bella.

Jamais permitiria que ele, ou quem quer que fosse a magoasse ou partisse o coração de sua filha. Todos já tinham bebido um pouco além da conta então nem perceberam o esbarrão que dei nele ao passar. Meus irmãos espalhavam mais alguns troncos que serviriam de banco.

–Ei olha por onde anda! -Ele disse com a voz mais arrastada e seus olhos estavam vermelhos e bem pequenos.

–Foi mal. -Minha voz estava mais seca do que imaginei. Arrastei mais um tronco para o lado dele.

–E você e a amiga da Alice,heim? Pensei que amasse a Clhoe.-Ele me olhou como se tentasse lembrar do que eu falava.

–O que você tá pensando? Que eu e a Isabella... não... claro que não. - riu e aquilo me deixou com mais raiva ainda.

–Então fala logo seu babaca! O que você falava com ela?-Segurei o pulso dele e ele me olhou espantado.

–Mas que merda é essa? - falou chamando atenção dos outros. Puxou o braço mas estava bem preso.

– Ei gente, calma aí. - pediu Emmet.

– Ela só me parece ser conhecida. -explicou ainda puxando o braço. Embora fosse mais novo que ele, todos sabiam do meu temperamento. Olhei em seus olhos procurando pela mentira, e quando não vi soltei seu braço.

– É só isso? - Perguntei.

–Sabe que tenho boa memória - tocou a testa com um dedo - e quando vejo um rosto, não esqueço. - Bom, ate ai era verdade.

–De onde a conhece? -Perguntei mais contido, sentando no banco improvisado.

–Na profissão que tenho conheço muitas pessoas, pode ter sido num atendimento ou num dos hospitais. Não sei.

Fiquei imaginando Bella sendo atendida em alguma emergência e meu coração bateu mais forte, acelerado. Ela era tão frágil.

– Tudo bem.

– Sabe que amo minha noiva e jamais agiria como um canalha. Não foi essa a criação que nossa mãe nos deu.

– Tudo bem, já sei, me desculpe. - pedi e ele estendeu a mão e vi que aquela porra estava mamada no vinho. Segurei sua mão e ele me puxou para um abraço muito intimo.

“Com certeza por causa da bebida.”

– Ah... não, as mocinhas estão carentes. – começou Emmet.

– Vai pra porra, Emmet! – falei mas Antonny agora me apertava e não queria me soltar.

– Então vamos nos juntar pra carência diminuir logo. - disse Alec e meus irmãos e mais alguns primos estavam esmagando Antonny e eu que ficamos no meio do gigantesco abraço.

Ouvi a risada das mulheres se aproximando e cliques, flashs disparando.

“Tava foda ser o único sóbrio nessa merda!”

O alarme do meu relógio disparou anunciando ser oito horas. Não havia nenhuma chamada do quartel, poderia finalmente, beber uma bebida de macho.

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1:35 da manhã. As labaredas da fogueira estavam bem altas e todos ainda estavam em torno dela. É claro que o sono da tarde das crianças ajudou a mantê-las bem acordadas ate aquela hora. As poucas que ainda estavam na fazenda, brincavam com os presentes no interior da casa ao redor da árvore.

Alice estava agora nos azucrinando. Toda a festa Alec e Alice arrumavam uma brincadeira tenebrosa, não importa a idade que tinham, e o pior e que no final todos participavam.

–Que tal brincarmos agora de verdade ou desafio? -Começou Alice. Juntei-me ao grupo me sentando na grande roda ficando a frente de Isabella.

Bebi mais uma taça de vinho, já não sei quanto havia ingerido, mas ainda não estava bêbado.

“Eu acho.”

–Shiii... lá vem ela...ic... - Mike murmurou só que tão alto que todos ouviram e deram uma risadinha.

– Que tal começarmos por você? - Alice apontou pra ele.

–Se fudeu. -Emment zoou.

–Hmmmmmmm.... verdade....ic.

–Voce está afim de alguém que está sentado nessa roda? -Os olhos de Mike voaram para Bella e os de minha mãe para mim. Apertei com toda a força a taça na minha mão que por pouco não quebrou.

– Estava.- Disse abaixando os olhos -Mas me enganei... ic... Agora que tal o Em ic. -Disse Mike saindo do foco de atenção.

“Não devia estar tão bêbado assim”.

–Verdade ou desafio? -Emmet se levantou e caminhou até mais próximo da fogueira; esticou as mãos na direção do fogo para aquecê-las. Sabia o que ele escolheria. Alice com certeza, enxerida como era, faria perguntas relacionadas a vida de casal dele. Ele escolheria desafio.

–Já que é você a lavadora de roupa suja hoje, escolherei desafio.

“Sabia.”

–Muito bem... cante uma canção de natal.

–Ah não. Ninguém merece isso. -Meu tio Carlton puxou fones de ouvido do bolso tampando-os.

Em vez de ficar bravo com Alice, pois todos sabiam que ele era o mais desafinado de nós. Emmet se espreguiçou e começou a cantar Noite Feliz.

Sua voz pavorosa fez todos os cachorros e gatos que estavam por perto o acompanharem. Como diz nosso ditado familiar, um Masen por todos e todos Masens por um. Nós olhamos um para o outro e sentimos pena dele. Todos já estivemos nas mãos da baixinha. Quando vi, todos os irmãos e primos estavam numa fileira abraçados a ele acompanhando na ridícula apresentação, num coro pra lá de desafinado.

Alguns rolavam de rir enquanto outros tampavam os ouvidos. Isabella ria muito com Nessie no colo tampando os ouvidos. Esqueci de não ficar olhando para ela por um longo tempo na frente de todos.

Ela era uma mulher linda, muito divertida e impossível não amá-la mais.

“Amá-la.”

Nossos olhares se encontraram e ela parou de rir. Levantou abruptamente deixando Nessie no colo de minha mãe. Se afastou mais um pouco da roda pegando algo do bolso. Era o celular.

A fiquei olhando enquanto atendia a ligação. Já nem cantava mais e quando pararam a cantoria erguemos os copos brindando.

Nessa hora Bella voltou e tinha o cenho franzido, cheguei mais próximo.

–Alice tenho que ir. -Disse Bella pegando Nessie no colo da minha mãe.

–Ah não mãe... não quero ir. -Nessie agarrou o pescoço de minha mãe.

–O que houve? Está tarde Bella, não quer dormir aqui e resolver amanhã?

– Meu chefe precisa que envie um relatório para ele.

–Você pode acessar aqui do escritório. -Ofereceu minha mãe.

– Só que esta empresa não é minha cliente. Por acaso eu cuidei dela no inicio e tenho os dados para finalizar o imposto de renda dela. Mas os dados estão salvos no meu computador.

–Mas no feriado?- Alice não desistia.

–Sim; é uma das maiores empresas que a firma possui e a data prazo para fechar o imposto de renda é justamente o dia 25.

–Por que não deixa eu ficar com essa fofa? -Minha mãe pediu.-Prometo cuidar dela como se fosse minha netinha.

–É Bella, deixa. Eu vou ajudar a cuidar dela também. Além do que irá ficar enfornada na calculadora por um longo tempo. Pelo menos Nessie vai se divertir.

–Por favor mãe....

–Tudo bem, se comporte então. Vou só chamar um táxi....

– Eu levo você de volta para a cidade. - me ofereci. Bella ia negar mas movi os lábios prometendo me comportar.

Ainda bem que não havia bebido muito ou minha mãe não deixaria eu sair dali. Assim que nos despedimos rezava que ninguém dissesse alguma gracinha por termos vindo embora juntos.

Bella estava distante toda a viagem e embora tivesse tentado puxar conversa, ela respondia sempre com respostas curtas.

Estava claro, que ela mexia comigo. Muito. Também estava claro que ela se tornou assim como Nessie, muito importantes para mim e não conseguiria me afastar por muito tempo delas.

Já tínhamos chegado a Seatle e próximo ao bairro meu carro morreu. Tentei duas vezes dar a partida e nada.

–Daqui eu já posso chamar um táxi. - disse Bella.

–Há essa hora? Não. Eu tenho uma moto e posso levá-la. Além do que meu apartamento é mais perto que o seu.

–Edward...

–Por favor, não é nada demais, deixe-me levá-la. Não vou tentar nada. - ela me olhou com um bico torto – Eu juro.- Soltou um suspiro concordando.

Andamos mais uns metros até meu prédio a rua não estava deserta como costumava ficar às 2:45 da madrugada, ao contrário, haviam muitos bares abertos com pessoas comemorando a noite de natal.

–Você aceita um café ou chocolate quente? -Perguntei incerto rezando para que ela aceitasse.

Alice havia lhe emprestando um sobretudo e um par de luvas pretos. Ela estava cobrindo o nariz com as mãos tentando se aquecer.

–Eu aceito. Imaginava que fosse baixar a temperatura, mas 23 graus abaixo de zero? - disse olhando o termômetro em frente ao prédio.

–Geralmente aqui é assim. Onde você morava antes de se mudar pra cá? - Abri a porta para que ela entrasse primeiro.

–Hum.. Califórnia. Se for incomoda-lo.

–Incomodar? Não vai ser rápido. - apertei o andar no elevador -ela não se sentia a vontade com assuntos relacionados ao passado, talvez por causa da irmã.

Não queria forçá-la a dizer nada de que não quisesse, por outro lado queria que confiasse em mim e pudesse se abrir.

Poucos minutos depois entramos na minha cobertura. Com o controle liguei o aquecedor e tirei o casaco dos ombros de Bella. Ela estava tão entretida assimilando a vista de cada janela que mal percebeu.

– A vista aqui é incrível!- virou-se para mim – Como consegue fazer outra coisa que não seja ficar olhando pelas janelas?

– Achei que você fosse gostar. - andei até parar ao lado dela. - Principalmente no verão quando o sol bate aqui e esquenta toda a sala. Iria lembrá-la muito da Califórnia.

Ela então em olhou tão intensamente que me vi refletido em seu olhar. Em uma noite quente como homem e mulher. Como minha esposa.

–Por favor, sente-se,- indiquei o sofá- Fique a vontade, eu já volto.

Segui para cozinha, me preparando para ter o máximo de controle. Sabia que seria necessário as palavras certas para que ela mudasse de ideia, mas também seria necessário que ela confiasse em mim a ponto de dizer o porquê daquelas palavras na estufa.

–Eu trouxe chocolate quente para você acho que te aquecerá mais rápido.

–Pra mim está ótimo. -Ela pegou a xícara e bebeu um gole.

Não pude deixar de admirá-la. Isabella era a garota mais linda e meiga que eu já havia conhecido. Mais uma vez lá estavam aqueles imensos olhos azuis, agora cansados pelo tempo sem dormir.

Peguei minha enorme xícara de café e virei de uma vez.

– Gostei muito de sua família.- disse apoiando a xícara na mesa de centro.

– Espere até os aniversários, com certeza terá muito mais gente. - sorri. Ela me fitou por algum tempo como se decidindo o próximo passo.

– Edward, preciso ir.- ia se levantando mas segurei seu braço.

– Bella...Inferno... eu sei que prometi mas não consigo. Quando lhe vi hoje conversando com meus irmãos...fiquei louco de ciúmes. Por favor, preciso saber por que não podemos ter nada, você está interessada no meu irmão?

– Edward...não faça isso. - desviou o olhar mordendo os lábios.

Abaixei-me ficando de joelhos na frente dela.

– Por favor me diga, porque não quer ser minha namorada? Não gosta de mim?

– Eu gosto...até mais do que devia. Que droga!- limpou uma lágrima que escorria por sua bochecha – Só que não posso...entenda...se fosse você que estivesse – ela balançou a mão no ar como se tentando encontrar a palavra … Me colocaria me perigo? Você que tem essa profissão, que tira as pessoas do perigo... deixe-me ir.

– Escute minha Bella;- virei seu rosto para que me olhasse - só que diferente de você , eu não sou quebradiço, delicado. Sei me defender. Confie em mim quando digo que quero e sou capaz de proteger você e Nessie. Eu posso proteger vocês, só me deixe -trouxe seu rosto delicadamente para junto do meu – cuidar de vocês.

E então a beijei com calma. Desejei que ela respondesse ao meu toque, mas Isabella agora parecia uma estátua. Forcei com mais desespero o beijo tornando-o urgente.

Como não tive resposta dela me afastei lentamente. Seus olhos estavam arregalados me encarando. Não sabia como fazer essa mulher me dar uma chance. Não poderia forçá-la a me beijar ou me aceitar em sua vida. Derrotado dei mais um beijo lentamente nela.

Pov Bella

Congelado. Era assim que meu corpo estava. Não sabia se deveria me entregar, mas só por alguns minutos, que mal faria que o tivesse comigo, só desta vez. Seria uma única vez.

E então como num clique todo meu corpo reagiu.

Agarrei seu cabelo com tanta força que devo tê-lo machucado. O beijava desesperadamente buscando aproveitar o pouco tempo que teríamos, pensaria nas consequências depois.

Ele agora me agarrava com força deitando sobre mim no sofá. O peso do seu corpo não me sufocava, pelo contrário queria Edward mais e mais.

Quantas vezes imaginei aquele beijo desde que saímos da estufa. O encaixe de sua linga na minha, os movimentos de seus lábios nos meus. A cada segundo estava mais entregue, mais rendida a ele.

Era como se fossemos feitos um para o outro, a união perfeita de duas almas gêmeas. Numa incrível conexão.

Estava tão compenetrada naquele beijo que fui pega de surpresa quando ainda em beijando meu corpo foi erguido em seus braços e instantes depois depositado numa cama quente e macia.

Prendeu meus pulsos no alto da minha cabeça enquanto com a outra mão deslizava por minha barriga sob o tecido da camisa.

“Onde foi parar o meu casaco?”

Parou o beijo e sua boca foi para meu pescoço, depositando beijos molhados. Queria muito tocá-lo mas meus pulsos continuavam presos. No momento seguinte sua boca voltou pra minha. Ele soltou minhas mãos que voaram trêmulas para sua costa puxando a camisa.

Muito mais rápido que eu, Edward já havia feito desaparecer minha roupa me deixando apenas de lingerie.

“ Como ele faz isso?”

De alguma forma, em pouco tempo também se livrou de suas roupas.

“Pare sua louca! O que pensa que está fazendo?”

Bem longe, lá no fundo da minha cabeça, minha consciência gritava comigo. Eu não conseguia parar, estava totalmente entregue as sensações que me invadiam.

Mesmo ele sendo muito mais pesado e maior que eu, consegui rolar nossos corpos na cama, sentando em seu colo. O senti completamente duro embaixo de mim. Ele me abraçava com força, me apertando, levando meus seios de encontro ao seu tórax muito definido.

Aproveitava o toque de cada parte de seu corpo, da sua pele de encontro a minha. Soltou meu sutiã e levou sua boca a um dos meus seios sugando com delicadeza e a outra mão envolvia minha cintura, apertando.

Nos virou na cama e agora me olhava com muito desejo e adoração. Me olhava como nunca ninguém antes havia me olhado.

Segurou as laterais de minha calcinha descendo lentamente. Seus olhos passearam por todo meu corpo e depois voltaram aos meus.

– Você é a mulher mais linda que já vi – se abaixou trilhando um caminho de beijos molhados pela minha perna chegando bem próximo de minha intimidade – e seu corpo é delicado... perfeito.

Soprou meu ponto sensível, e quase explodi de prazer.

– Perfumado. - voltou a deitar-se sobre mim. - Abra os olhos minha flor. - obedeci – A partir de agora você está comigo, entendeu? Agora e para sempre.

Sem mais esperar ele deslizou inteiro para dentro de mim.