Thor e Jane - Uma Vida escrita por Giovana AC


Capítulo 20
De novo


Notas iniciais do capítulo

Depois de tempos, aqui estou com mais um capítulo para vocês, espero que gostem!



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Asgard, 16 de dezembro de 2016

Jane abriu os olhos e sentiu um raio de sol direto em seu olho. Colocou o dorso da mão na frente, olhou para o lado e viu Thor dormindo, tão bonitinho.

_ Que sol e que frio! – reclamou para si, puxando o edredom para cobrir mais ela e o marido, depois acariciou seus fios loiros e sentiu o braço pesado dele posicionar-se em sua cintura.

Ficaram assim cerca de meia hora, quando Jane já estava começando a ficar impaciente, ele foi abrindo os olhos devagar ao som das ironias da mulher:

_ Bom dia, Bela Adormecida!

_ Bom dia – sorriu e olhou para ela.

_ Seu braço é pesado sabia? E seus olhos estão tão lindos hoje... – deu um beijo leve nos lábios dele.

_ Obrigado, mas o que tem de diferente? – procurando um espelho.

_ Estão mais azuis, se é que isso é possível.

_ É que eu estou mais feliz hoje!

_ Eu também! Quem diria em? Casar de novo...

_ É, com a mesma pessoa.

_ É, algum problema com isso?

_ A não sei, talvez, acho que estou meio indeciso – respondeu provocando-a, por isso levou uns tapas no braço, os quais ele mal sentiu.

_ É brincadeira amor, não precisa ficar brava não – rindo.

_ Ha, engraçadinho – virou de costas pra ele, que colocou o corpo atrás do dela e lhe deu um beijo longo, depois sorriu, fazendo-a rir.

Ele voltou para o seu lugar inicial, ela também, então Thor deitou no peito dela que já disparou:

_ A não! Dormir de novo não, mas que moleza! – tentava tira-lo de cima de seu corpo, contudo era muito peso para as suas forças, então ficaram assim por mais um tempo, até baterem na porta. Jane levantou perante as reclamações de Thor, vestiu o hobby e foi verificar:

_ Oi – disse vendo uma moça magra de cabelos ruivos ondulados, juntamente com os dois guardas que protegiam a porta dos aposentos.

_ Desculpe incomodar, é que Odin pediu que eu e minhas irmãs façamos sua preparação para o casamento, também que fosse até ele antes de começarmos.

_ Não disse porquê?

_ Não, vou esperar a senhorita retornar e o príncipe... Se retirar – falou tímida, até um tanto vermelha, o que fez Jane olhar para traz para ver se tinha algo, e se deparou como príncipe parado ás suas costas exibindo seu físico estonteante sem camisa e lhe deu um olhar:

_ Você está deixando a moça constrangida! – ele riu. _ Só um instante.

Fechou a porta.

_ Você que pare de graça Thor Odinson! – disse tentando ser brava, mas rindo enquanto trocava de roupa.

_ Vou parar, e não vou mais te ver hoje até a hora do casamento.

_ Por quê?

_ Você acha que essas mocinhas vão te deixar sair daí? Elas vão mexer em você o dia todo!

_ Meu Deus... Então chama a Elli e pede para ela me esperar aqui.

_ Tudo bem – beijou Jane varias vezes. _ Até mais tarde.

_ Até – saiu e foi para a biblioteca. Quando chegou viu o rei sentado à mesa de madeira.

_ Com licença – o rei fez um gesto de permissão, então sentou na cadeira do outro lado da mesa.

_ Está ansiosa?

_ Um pouco – respondeu estranhando a pergunta.

_ Eu entendo sua preocupação, mas logo vai perceber que está preparada, eu sinto isso.

_ Espero que tenha razão, estou insegura agora – mexeu no cabelo, impaciente.

_ Tenho algo para você – pegou um dos livros da prateleira as suas costas e colocou sobre a mesa.

_ A magia das civilizações antigas – leu o título da obra.

_ Explica alguns tipos de magias dos diferentes mundos. Como vai receber poderes em breve e Thor me disse que se interessa por esses assuntos, pensei que seria o momento ideal para dar-te esse exemplar único.

_ Pode ser, obrigada – hesitou um pouco e continuou: _ Queria agradecer àquele dia na batalha em que me salvou... Se o senhor não aparecesse naquele momento... Não sei o que poderia ter acontecido e... Bom é isso – Odin acenou que sim com a cabeça.

_ Tem outra coisa – pegou uma caixinha de madeira de uma gaveta.

Jane abriu e deparou-se com uma linda pulseira de pedrinhas azuis, que pegou apreciando.

_ Eu não posso aceitar – devolveu na caixa num gesto repentino.

_ Não, é sua – colocou na palma da mão da moça, fechou-a e ficou segurando a mão dela de tal forma. _ Sei que não tenho o direito de exigir algo de você, mas era de Frigga, sei ela iria gostar que usasse. Aceite por ela, não por mim.

_ É... Tudo bem – o rei afastou as mãos, se arrependendo daquele ato desesperado para realizar um ato que sua esposa presaria, por que ela não estava mais lá, quem ia saber, quem iria se orgulhar de ele descer do pedestal de soberania para com uma mera mortal?, pensou, apenas ele mesmo.

Jane colocou a pulseira na caixinha, pegou-a juntamente com livro e disse:

_ Então eu vou indo, me arrumar, o dia vai ser longo hoje.

Voltava para o quarto e durante o caminho foi pensando em como o homem estava mudando com ela, de forma que não conseguia mais odiá-lo como antes, na verdade ele estava longe de ser simpático, mas não tinha sido rude. Quando chegou, a garota dos cabelos ruivos estava naquele mesmo local, agora acompanhada de mais três mulheres, conversando com Elli.

_ Oi querida, dormiu bem? – disse Jane a filha.

_ Aham.

Entraram no quarto.

_ Ok, mas nós vamos começar agora é..., como você chama?

_ Mila.

_ Mila – repetiu.

_ Iríamos, algum problema?

_ Não diria problema, é que eu estou com fome, será que tem como eu pegar uma coxa de frango assado ou algo assim, antes?

_ Não! – exclamaram as outras três, duas loiras, que pareciam ser mais novas e outra morena, aparentemente mais velha._ Você tem que comer algo leve.

_ Por quê?

_ Para um hálito agradável para a cerimônia. Trouxemos alguns petiscos – falou Mila.

_ Hum, tudo bem – disse, pensando em como sobreviveria até a hora da festa apenas com petiscos.

Depois de ela comer uns 10 petiscos, que tinham gosto de bolacha água e sal, lhe deram um banho de banheira de 1 hora, no qual a cientista se sentia uma roupa de molho, até as pontas dos dedos estavam enrugadas pela água morna. Posteriormente, fizeram uma limpeza da pele, e a arrumação resgatou na memória de Jane, Darcy e sua persistência para que ela fizesse o dia da noiva em um salão de beleza, também de sua terrível aversão a isso, e agora lá estava, fazendo o dia da noiva em Asgard.

A tarde foi passando e quando já eram 16:00 horas, em meio a arrumação do cabelo, com Elli em seu colo, pensava no quão estranho era estar passando por toda aquela doideira, de se tornar rainha de um reino gigante, de Asgard, que protegia junto a si todos os demais 8 reinos, era uma responsabilidade e tanto, embora ela era boa em cumprir encargos.

Enquanto permanecia em sua meditação interna sob os olhares da filha, Thor num outro cômodo penteava o cabelo, vestia sua armadura que fora limpa e estava mais brilhante do que nunca, também o elmo. Depois de concluído, observou no espelho como estava charmoso em seu traje de gala. Pegou o mjolnir e foi em direção ao salão ver se tudo estava preparado adequadamente. Observou de longe, reparando o salão literalmente lotado, e deu um largo sorriso, porque ele queria que todos participassem, vissem.

Jane finalmente estava pronta, juntamente com a filha, encantadora com os cabelos presos numa tiara de brilhantes. Quando o relógio marcou 18:00 horas, a cerimônia começou. Primeiramente entrou Thor com o mijolnir na mão por um corredor formado de soldados com suas espadas para cima, sorriu para as pessoas e foi aclamado pela multidão, afinal era muito querido por todos, que estavam exacerbadamente felizes de tê-lo de volta. Chegou até seu pai, vestido com uma armadura toda de ouro, fez uma reverência, se lembrou do passado, quando ia ser nomeado rei, e como as coisas teriam sido diferentes, bem piores por sinal. Depois foi para o lado direito e ficou em pé.

Agora era a vez de Jane. Vinha uma brisa forte. Ela estava muito tensa pensando se as pessoas iam gostar dela. Usava um vestido branco bem fluido sem mangas e sem brilho, mas muito bonito, usava a pulseira de pedrinhas azuis no pulso esquerdo e um colar de ouro. Os olhos levavam delineador dourado em todo o côncavo. Os cabelos escovados e ondulados esvoaçando com o vento e a mão direita levava uma cestinha com pó de ouro, mas que se estivesse na Terra, juraria ser purpurina, e que devia jogar enquanto andava. Elli vinha atrás com as coroas em uma almofada branca, usando um vestido também branco e liso, tentando usar seus poderes para transformar o pó em flores, o que depois de muitas tentativas, conseguiu.

Jane ao olhar as flores coloridas caindo sobre o chão, sorriu e olhou para traz, depois para Thor sob o encantamento do povo. A mulher não sabia se prestava atenção no público, no salto alto ou no seu Deus. Atentava-se um pouco para todos. Os olhos de Thor estavam bem abertos, mais que o normal e os lábios também, admirando a beleza da cientista, nem podia acreditar que ela estava ainda mais linda.

O povo ainda não havia se manifestado, porém a beleza singela, a simplicidade de agir e a força interior, agradaram-nos, então começaram a aclamá-la também. Nisso soltou um suspiro de alívio e aquele sorriso largo que só ela sabia dar.

Ela chegou até Odin, fez uma reverencia. Thor pegou em sua mão e disse baixinho:

_ Você está muito linda.

_ Você sempre fala isso... Mas você também está bem galante com esse...

_ Elmo. E você sempre fala isso – sorriram.

Ajoelharam, Thor retirou o elmo e repousou o martelo no chão.

Elli parou do lado esquerdo alegre.

Odin se levantou do trono, foi mais perto deles e começou dizendo:

_ Thor Odinson... Meu herdeiro... Meu primogênito, a tanto tempo confiado ao poderoso martelo mijolnir, forjado no coração de uma estrela a beira da morte, seu poder é incompatível como uma arma de destruição ou uma ferramenta para a construção, é um companheiro adequado para um rei. Jane Foster, a mulher digna de meu filho.

Eu defendi Asgard e a vida de inocentes dos 9 mundos. Vocês juram preservar a paz?

_ Eu juro – responderam ambos.

_ Juram deixar de lado suas ambições egoístas e se comprometerem apenas com o bem dos reinos?

_ Eu juro.

_ Então neste dia eu, Odin, Pai de todos, os proclamo, rei e rainha de Asgard!

Thor e Jane subiram nos degraus, viraram de frente para o público, Odin pegou a primeira coroa e colocou no filho, a segunda em Jane dizendo:

_ Sinto que estou tomando a atitude certa...

Ambos deram um beijo discreto e saíram pelo mesmo corredor formado pelos soldados.

Foram para outro salão, que só com os mais íntimos, que viviam no castelo, amigos de Thor. Lá tinha uma grande mesa de ouro. Como costume, o rei sentou em uma ponta da mesa e a rainha na outra, os demais foram se acomodando, depois foi servido um farto jantar, que contava com castores, javalis e outras carnes, muitas frutas, tudo o que se tinha de melhor, incluindo ótimas bebidas.

Era muito divertido ouvir as histórias das batalhas que os guerreiros contavam, principalmente as de Voltstagh, que sempre encontrava uma maneira de se vangloriar, principalmente depois de beber. Já era madrugada, depois de muita conversa, bebida e inquietação por Thor estar do outro lado da mesa, o mesmo fez sinal para irem a parte aberta do castelo. Levantou de mansinho.

Thor foi primeiro e deu a mão para ela, quando esta chegou. Ela olhou para as mãos dadas:

_ Eu te amo, te amo muito.

_ Eu também – colocou a mão abaixo do queixo dela e beijou com delicadeza e longamente. Entreolharam-se e beijaram novamente da mesma maneira, enquanto Thor segurava em sua cintura e ela seu rosto. Depois de se soltarem, Jane deu uma olhada para ver onde a filha estava e afogou com a própria saliva ao ver que voltstagh estava dando bebida a ela, então foi até lá rápido, seguida por Thor:

_ Hey, ela é criança.

_ Mas mãe, é bom!

_ É, sabe o que é bom? Criança na cama nessas horas.

_ Mas eu quero ficar mais... – mesmo estando com os olhos inchados de sono.

_ Nem mais nem menos, vamos lá que já passou da hora – a menina concordou, porém disse:

_ Só mais um golinho – e bebeu mais da bebida, fazendo todos rirem.

_ A! Sua moleca!

_ Olha que sua mãe é brava em – falava Thor satirizando.

_ Vou levar ela lá.

_ Eu levo, você quer ficar mais um pouco?

_ Não, vamos lá juntos.

Despediram-se dos amigos, e Thor carregou Elli até o quarto, Jane colocou o pijama nela, depois puseram-na na cama, bem coberta, com todo o cuidado.

_ Mamãe.

_ Oi.

_ Deita aqui um pouquinho comigo?

_ Deito, claro que deito.

Se acomodou na cama e Elli encostou a cabeça em seu braço.

_ E o papai, não tem vez não? – questionou Thor.

_ Tem – pediu um abraço dele e pediu para que deitasse do seu outro lado, dizendo:

_ Canta pra eu dormir?

_ Aham, que musiquinha você quer?

_ A da árvore do mundo.

_ A, está é boa, vou começar:

(cântico)

Yggdrasil, a árvore do mundo,

Elfos das sombras, elfos da luz.

Gigantes de fogo, gigantes de gelo.

Deuses e mortais.

Ohh asgardians,

Protejam minha menina,

Dos gigantes e dragões,

Ohh asgardians,

Façam com que a mais linda estrela

Acaricie seus sonhos e,

Durma ao seu lado...

(cântico)

Quando terminou, a garotinha já estava dormindo. Olhou para Jane que deu um beijo na testa da filha, ambos levantaram de mansinho e saíram do quarto e se depararam com Odin no corredor:

_ Pai...

_ Thor...

Jane percebeu que eles precisavam conversa, então disparou:

_ Vou indo para os aposentos – Thor acenou com a cabeça em concordância.

Antigo e novo rei foram andando pelo castelo, e Thor foi falando:

_ Vou tentar ser um bom rei... Vou tentar ser como senhor... Apesar de saber que não existirá rei mais sábio...

_ Eu sei que você será. Sinto que agora você está pronto para isso.

_ Eu também, aprendi muito nesses anos...

_ Você fez falta nestes anos que esteve fora.

_ Eu também senti falta de você, da mãe... – Odin abaixou a cabeça se lembrando da mulher.

_ Ela ficaria orgulhosa de você.

_ É, ela era maravilhosa...

_ É.

Ficaram em silencio por um tempo e depois o pai continuou com outro assunto:

_ Gostei da Elli.

_ Ela também gostou do senhor – sorriu levemente.

_ Não quero que você fique com ressentimento por causa de Jane...

_ Acho que já resolvemos isso não é mesmo? Acredito que a convivência não seja mais um problema, se é o que quer saber – falou sabendo que o pai apesar de muito sábio não gostava de se desculpar por um mal entendido.

Deu um tapinha no ombro do pai:

_ Boa noite – se retirando.

_ Boa noite.

Thor caminhou pelo castelo silencioso, abriu a porta do quarto e logo em seguida Jane pulou em seus braços:

_ Eles gostaram de mim!

_ É. Eu sabia que ia dar tudo certo!

_ É! – sorriram.

A rainha começou a encher Thor de beijos na boca, ele sorriu e colocou – a no chão.

Jane trancou a porta e guardou a chave no decote do seu vestido com um sorriso atrevido no rosto. Thor foi até ela, pegou na sua cintura e deixou-a junto de si:

_ Elli já foi dormir, não temos nenhum compromisso... Você insiste em me deixar preso aqui, porque eu sou muito inocente e você escondeu a chave no seu vestido... Então acho que podemos aproveitar um pouquinho aqui e eu posso tentar encontrar a chave – disse com o mesmo sorriso malicioso.

_ Aham... Também acho.

Thor tirou as botas:

_ Vem cá vem.

_ Não precisa pedir duas vezes meu rei – subiu em seus pés para ficar mais alta e beijou com veemência, Thor a carregou de frente para si e beijou de novo e de novo e de novo, incessantemente.

Jane deitou na cama e Thor por cima, colocou a boca no decote do vestido dela, passando a língua pelos seios, até encontrar a chave, abocanhá-la, depois joga-la longe dizendo:

_ Achei.

_ Então agora você pode sair – disse baixinho no ouvido dele.

_ Acontece, que agora eu mudei de ideia – abriu as pernas dela e enganchou-as em seu corpo.

_ Ai meu Deus – riu e ele também e se beijaram ferozmente.

_ Eu acho que bebi muito.

_ Eu também – riram novamente, como efeito do álcool.

Depois de erguer o vestido podia sentir o marido nela, era tão bom, parecia estar sem consciência, entregue, numa mistura de álcool com sono e êxtase. Sentia o prazer de estar junto com a pessoa que mais amava nessa vida, tudo perfeito, perfeito, perfeito.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem!