Thor e Jane - Uma Vida escrita por Giovana AC


Capítulo 14
Nascimento


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas! Acredito que o título explica tudo, espero que aprovem! E só um pequeno agradecimento aos comentários e também às novas leitoras.



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Londres, 29 de Novembro de 2013.

Eram 17:00 horas, o dia estava nublado, Jane vestia sua calça de moletom cinza e uma camiseta branca de manga longa que havia roubado da gaveta de Thor, ele com calça preta e um agasalho azul acinzentado. Estavam sentados na mesa da cozinha com uma caneca de Nescau quente, fazendo a lista de compras:

_ Então, acho que temos que comprar um pouco de alface, não tem mais verdura aqui – afirmou Jane.

_ Isso, pode ser, vou anotar aqui também. Mais alguma coisa? – escrevendo com sua caligrafia fina e de forma, não era extremamente caprichada, mas bonita.

_ E... Pêssegos, ou se não tiver, podem ser bananas.

_ Ok – Vou me trocar – beijou o dorso da mão dela e subiu as escadas, enquanto Jane abriu o laptop.

Colocou um jeans azul e abriu a gaveta para procurar uma camiseta. Gritou lá de cima:

_ Jane! Cadê a camiseta branca?

_ A de manga comprida?

_ É!

_ Está em mim, se importa de colocar outra?

_ Não, tudo bem – disse com a voz mais perto, descendo as escadas sem camisa, segurando o casaco que estava antes, exibindo o físico perfeito. _ Agora você anda pegando minhas roupas, é?

_ É – sorriu, virando-se para ele.

_ Até que ficam boas em você – foi até ela por detrás da cadeira de madeira e beijou-a nos lábios com os fios loiros tapando a visão dela.

_ Vai com o cabelo solto?

_ Acho que sim, estou com preguiça de prender – colocou o agasalho.

_ Huum, pega um elástico. Ele o fez e deu a ela. _ Senta na cadeira por favor, estou com um pouco de dor.

Começou a fazer uma trança nos cabelos dele, não sabendo no que ia dar, mas o resultado ficou bom, como sempre, estava lindo.

_ Acabei.

_ Ficou bom?

_ Uhum. Compra um exemplar da revista Science pra mim?

_ Compro – deu-lhe um beijo rápido, pegou o dinheiro, a lista e saiu.

A cientista, como não conseguia ficar parada, levantou, todavia se arrependeu, visto que sentiu uma dor terrível, maior do que dos últimos dias. Apoiou a mão na mesa e baixou a cabeça pensando o que poderia ser.

Foi até o sofá da sala e pegou duas pastas que estavam lá, afim de analisar novos fenômenos que o aparelho de Darcy estava mostrando e que a mesma não fazia ideia do que se tratava. Mesmo não passando muito bem, voltou para a mesa, prendeu o cabelo num rabo de cavalo baixo e começou estudar os papeis concentrada.

Do nada, sentiu mais uma dor forte, e logo lhe veio a mente o que era. Levantou o mais rápido que pôde, alcançou o celular, não sabia se chamava Darcy ou Thor primeiro.

_ Ai! - reclamou. Decidiu por Thor. Ele não estava atendendo, já não aguentava mais.

–---

Thor estava na banca com quatro sacolas em mãos e pronto para pagar a revista, quando sentiu algo vibrar em seu bolso. Pegou, no entanto não lembrava como fazia para atender, socava o dedo na tela touch screen, até se lembrar que era para deslizar o dedo sob o telefoninho verde:

_ Thor!

_ O que aconteceu!?

_ Por que você demorou tanto pra atender!?

_ Não estava conseguindo!

_ Mas eu de expliquei!

_ Por que agente está gritando?

_ Por quê... Por que ai!

_ Jane!?

_ O bebê!

_ O que tem!?

_ Vai nascer!

_ Por Odin, vai nascer!?

_ É! Vem logo!

Desligou, pegou a revista em cima do balcão e saiu correndo sem pagar.

_ Volta aqui seu ladrão! – esbravejou uma senhora baixinha de cabelos grisalhos, dona da banca, até o asgardiano perceber que era com ele. Voltou rápido, pagou com vinte dólares, saiu correndo tropeçando pelos degraus, sem ao menos pegar o troco.

–---

Jane desligou e ligou para Darcy pedindo para ela ir até lá rápido, porque a afilhada dela ia nascer, não podia dirigir e Thor não sabia. A amiga pegou o carro vermelho, adquirido depois que foram para Londres, e avisou Erik que estava indo para o hospital.

Andes de sua chegada, Thor abriu a porta com força, quase arrancando-a, colocou as sacolas no chão, o mjounir detectando que o príncipe asgardiano estava em desespero e precisando de sua arma, foi até o mesmo voando com extraordinária velocidade da cômoda do quarto até as mãos dele, aos gritos de Jane e aos sons de coisas quebrando.

Thor chegou perto da esposa e pôs a mão em seu ombro:

_ Está com dor?

_ Aham, mas está tudo bem, é normal, vai lá em cima, faz a malinha do bebê - assim Thor se acalmou um pouco.

Subiu, deixou o martelo na cômoda, também viu o abajur estilhaçado no chão. Pegou uma mochila grande e colocou algumas roupinhas. Desceu as escadas e ficou acariciando os cabelos dela que segurava a barriga:

_ Aguenta só mais um pouquinho.

_ Estou tentando – naquele momento a bolsa estourou e Jane sentiu o líquido amniótico molhando sua calça. _ A, que ótimo – irônica e nervosa.

_ Que isso?

_ A bolsa estourou – colocou o cabelo para trás da orelha.

Darcy veio o mais depressa possível e buzinou.

_ Vamos?

_ Vamos, me ajuda aqui.

Se apoiou nele, mas mesmo assim não conseguia se mover, as contrações estavam muito fortes.

_ Eu te carrego – colocou a mochila nas costas e a pegou com facilidade por mais que tivesse engordado uns 28 quilos. Colocou – a no banco traseiro do automóvel e foi ao seu lado, com a mão sendo segurada firmemente.

Darcy dirigia em alta velocidade, passava por sinaleiros vermelhos, realmente acharam que não chegariam vivos no hospital, mas conseguiram. Entraram na emergência e foram atendidos, colocaram-na numa maca e Thor foi ao lado dizendo:

_ Eu vou com você, vou ficar com você.

_ Aham – falava ela extremamente ansiosa mordendo levemente o lábio inferior.

Entraram na sala de parto, Jane colocou a vestimenta adequada e a touca, sentou na mesa de cirurgia e lhe deram uma anestesia local nas costas, que em questão de minutos a fez perder a sensibilidade da parte inferior do corpo. Thor estava ao lado com avental, touca e máscara, olhando irrequieto, até parecia que era ele quem ia dar á luz.

Seria uma cesariana, pois acharam que ela sofreria menos pelo tamanho da criança e não correria riscos de ela não ter a dilatação suficiente para o parto normal. Colocaram um pano em seu abdômen para que ela não visse o corte, Thor deu a mão e disse apenas com movimentos labiais: “Vai dar tudo certo”, sorrindo. Depois de algum tempo, que para os dois parecia uma eternidade, escutaram um chorinho, olharam para os médicos e viram que um deles estava segurando uma linda menina, os olhos de Thor brilharam e Jane chorou de emoção com um largo sorriso. A garotinha foi colocada em seus braços, ela se aproximou e deu-lhe um beijo em sua cabecinha, olhou para Thor e recebeu um beijo.

Terminaram os pontos e as enfermeiras levaram a menina, que era bem gordinha para 8 meses, para limparem o sangue. Jane foi levada para o quarto e acabou dormindo. Thor ficou sentado na cadeira ao lado da cama e Darcy em pé, muito ansiosa para ver a filha da amiga.

Um pouco mais tare, a menina foi levada para ela, agora acordada. Darcy esticava os olhos tentando ver. A cientista pegou-a no colo, fitou nos cabelinhos quase brancos, os olhinhos não estavam abertos, mas apostava que eram azuis. Ficou admirando a filha e perguntou:

_ Como vai chamar?

_ Huum, não sei – falou Darcy.

_ Vamos vocês dois, deem uma ideia! – disse Jane.

_ Victória?

_ Huum, a não – retrucou Jane.

_ Jules? – tentou a amiga novamente.

_ A não, Jules não – retrucou Thor.

_ Ai, então não sei.

_ Que tal Elli? – sugeriu o pai.

_ Elli... – repetiu Jane. _ Me soa bem, gostei, vai ser esse.

_ Amor, posso pegar minha pequena? – perguntou Thor.

_ Pode sim – deu-a a ele que a segurou com extremo cuidado. A menininha tão pequena em sues braços.

Darcy deu um beijo no rosto de Jane:

_ Vou pegar umas coisas para você, Thor me deu a chave.

_ A, obrigada.

_ De nada.

Acariciou Elli e saiu para dar mais liberdade ao casal.

Thor caminhava pelo quarto olhando para aquele bebezinho e nem acreditava que era pai, passava a mão no cabelinho dela e seus olhos da cor do céu marejavam em lágrimas. Ouviu a voz de Jane ao fundo:

_ Mas que pai mole em? - Olhou para ela sorrindo e enxugando os olhos. Sentou na beirada da cama:

_ Este é o melhor presente que eu ganhei em toda a minha vida!

_ O meu também! Você não sabe como estou feliz! – sorriu.

_ Olha só como ela é linda!

_ É, parece com você.

_ Mas a boca é sua.

_ Você acha?

_ Aham.

–---

Recebeu a visita de Erik, posteriormente passou alguns dias no hospital, porém tudo correu bem.


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Notas finais do capítulo

E aí, estão felizes? Comentem!