Antes de mais nada,os avisos (leiam a nota d cima) a de baixo não tem relação com a fic e é totalmente opcional.

.

.

.

Quase três dias haviam se passado naquele labirinto. A escuridão e o fato do mapa ser tão confuso também não ajudavam em nada. Pequenas faixas de luz se infiltravam aqui e ali ocasionalmente pelas rachaduras. Mas,a escuridão dominava na maior parte do tempo.

Em determinado ponto a água acabou levando os tributos a procurarem goteiras que pingavam pelas frestas e os mais desesperados a lamber as paredes a procuro de umidade (brincadeira, ninguém estava TÃO desesperado assim... AINDA.)

Estava ficando realmente bem difícil e em breve a comida também acabaria. Eu poderia dizer que não havia como a situação ficar pior.Mas,todos sabemos que é mentira,pois estamos falando dos jogos vorazes e como disse Snow,os jogos estão apenas começando.

Mas,por sorte havia uma luz no fim do túnel.Não estou falando figuradamente.Havia realmente uma grande fonte de luminosidade ao final daquela passagem estreita.

Os tributos correram desesperadamente em direção á luz (mais uma vez,não estou dizendo isso no sentido figurado).Uma saída talvez?Uma luz depois de tantas trevas (agora sim é sentido figurado)?

Na verdade não.

A luz vinha de uma grande caverna que por algum motivo fora bem iluminada. O ambiente era cheio das mais diversas formações rochosas que eu já havia visto (na verdade eu nunca vi muitas formações rochosas, mas aquelas eram bem legais), estalactites e estalagmites (na verdade eu não sei bem qual é qual, mas eu acho que estalactites são as que ficam no teto).Haviam também diversos tipos de cristais,dos mais diversos tipos cores e formas que brilhavam.

O barulho de pingos d’água ecoava pelo recinto. O liquido escorria do teto e pingava da ponta das estalactites no teto (ou estalagmites não sei,não sou geólogo) criando pequenas poças.Um pequeno lago também havia se formado no centro da caverna e alguns peixes bioluminescentes nadavam tranquilamente.

Garrafas foram posicionadas embaixo de goteiras,bocas haviam bebido com voracidade,peixes haviam sido pescados (n/a: e assassinados cruelmente) uma fogueira fora acesa.

–Sabem? Poderíamos ficar aqui por uns tempos.-disse Robert.-temos água,temos comida.

Todos concordaram em poucos segundos.Achariam os outros de manhã (ou quando acordassem,afinal é difícil saber que horas eram ali)e voltariam.Si senhor,parecia um bom plano.

Foi quando ouviram um rosnado

.

.

Dois dias antes

Leon correu como um louco durante algum tempo.Na verdade é meio difícil correr no escuro principalmente o caminho tendo elevações ,declives,curvas e aparições inesperadas de pedras a todo momento.Mas,pelo menos não haviam bifurcações e o caminho levava sempre na mesma direção.

Como era de se esperar ele tropeçou ( de novo).Alguem tropeçou por cima dele.

–Jeff é você?

–Claro seu pateta!Só estamos e você aqui,quem mais poderia ser?-ironizou Jeff.

–Se estamos eu e você aqui também poderia ser eu!

–Você é um idiota cara!-disse ele dando lhe um tapa na orelha (não sei se era exatamente na orelha que ele queria dar o tapa mas,ele ter conseguido acertar alguma coisa no escuro já foi bem surpreendente).

–Acho que j estamos bem longe.Devemos ter até ultrapassado o pessoal que saiu antes!-exclamou Leon esfregando a orelha.

–O problema vai ser o Toni e Shanow acompanharem a gente.-disse Jeff.

–Sim eles são muito lentos-afirmou Leon.

–É! Eles devem estar a quilômetros daqui!-disse Jeff se sentando - Talvez nós devêssemos sentar e esper...

Jeff não sabia o quanto estava errado...

Ouviu se um barulho de metal cortando o ar seguido do de algo caindo no chão.

–Jeff?Esta tudo bem?-disse Leon.O garoto tateou o chão e suas mãos encontraram algo molhado e grudento.

Ouviu se o barulho de algo sendo arrastado.

–Não tem graça!Jeff! Onde voc...

E tudo ficou preto.

.

.

.

Nesse meio tempo algumas coisas aconteceram na capital

Ontem a noite Pansy saiu para procurar o feio novamente e dessa vez Dave não quis ir junto.

E a garota não voltou para manhã.Muito menos á tarde.E ele estava começando a ficar preocupado.

Um pacificador apareceu á noitinha e disse que “por causa de algumas complicações” deveríamos ser” realojados” (essas foram as palavras que ele usou.Esse me parece ser o jeito mais agradável de mandar alguém para uma masmorra escura e suja).

E foi o que aconteceu. Eles nos trancaram nas masmorras da capital sem dar qualquer tipo de explicação.

Pansy apareceu na manhã seguinte,sangue escoria de sua boca e ela chorava muito.Depositou o gato(que por algum motivo havia ficado amarelado) no chão.Mas,não disse nada.

E nunca mais diria.

.

.

.

O rosnado ficou mais forte,seguido de um latido.

Dália estendeu a mão até a aljava á procura de uma flecha.

O bestante saltou de uma pilha de cristais rosnando e espumando de raiva.

Á principio parecia adorável.A parte da frente era a se algum tipo cachorro enorme cor-de-areia com as orelhas muito grandes (talvez um chacal) com o focinho e patas manchados de branco.A parte de trás era como um grande lagarto (ou melhor,um dragão eu acho) e a ponta de sua cauda tinha a forma de uma seta (as pontas eram meio arredondadas,portanto de outro ponto de vista poderia ser um coração.Você decide)e os cristais faziam que ele (ou ela) refletisse com todas as cores do arco-íris.

Do meio de sua testa saia um longo corno prateado, de suas costas pequenas asinhas emplumadas inúteis e atrofiadas demais para voar e a ponta de seu nariz era arroxeada. Até aí tudo bem.Mas,seus olhos eram perturbadores.Tinham as Iris amarelas e as córneas negras,muito negras.Seus dentes e garras eram afiados como navalhas.

Dália lançou a flecha ,que atingiu o bestante no peito.Mas,aquilo ó serviu ara irritá-lo mais.Um rosnado grave saía do fundo de sua garganta.

–Corre! –gritou Robert e não precisou dizer duas vezes.Todos os tributos já estavam corriam desesperadamente com o bestante em seus calcanhares.

.

.

.

Dave analisava o broche que Pansy havia trazido enquanto Ricardo tentava acalma-la.No canto da cela o gato chiava para ele( o que eu não era uma surpresa,o gato nunca gostou muito de mim,quer dizer,do Dave) .O garoto ainda não entendia por que o pelo do gato havia ficado amarelado.E não era só isso,o focinho esmagado e a orelha rasgada do gato continuavam iguais.Assim como seus olhos,que eram cor de abobora podre.

Na verdade toda a cara feia do gato continuava igual.Mas,eu me lembro muito bem que o animal mancava de uma perna e agora Não parecia ter qualquer problema. E sua cauda que antes não passava de um cotoco havia simplesmente brotado novamente.

O gato,ou melhor Feio (eu não vou dizer a palavra gato antes que eu a estrague também) miou alto,saltando na grade enegrecida na parede divisória da nossa cela.

–Volta aqui gato idiota!-tudo bem,talvez eu diga a palavra gato mais uma vez- Você não sabe que tipo de maluco pode estar nesse lugar.

O animal não pareceu se importar muito e saltou através da grade.

–Hey!-exclamou Dave.As grades ficavam na altura de seu rosto.

Ele espiou por entre as barras tentando ver para onde o gato Feio tinha ido.mas,foi surpreendido por uma grande língua rosada que lambeu o seu nariz.

–O que...?

–Sky, Saia daí! Tigre levado. –disse uma voz feminina. A mulher empurrou o focinho do tigre para longe e colocou o rosto contra a grade.

Seus cabelos eram negros e seus olhos azuis. Por algum motivo ela era extremamente parecida com Dália.Ela sorriu e disse:

–Qual é o seu nome?