17, Julho, 2010

Finalmente minha família vai conhecer a minha namorada. Nós estamos juntos a mais de um ano e ela ainda não conhece meus pais e irmãos, mas isso mudará hoje. Eu a convenci de passar as férias na casa dos meus pais comigo. É para onde estou dirigindo.

Nós nos conhecemos na faculdade e eu fiquei louco por ela logo na primeira vez que a vi. Emily é uma mulher fascinante. Ela é muito bonita e atraente. Eu gosto dela, mas não a amo de verdade.

- No que tanto pensa? – Perguntou, colocando uma mão sobre minha perna.

- Em como tenho sorte de ser o namorado da mulher mais linda da faculdade.

- Eu que sou sortuda, tenho o homem mais ric… charmoso da faculdade. – Ela sorriu.

Eu estacionei na porta da casa dos meus pais, desci do carro e dei a volta para ajuda-la a descer. Apesar de ter a chave, preferi tocar a campainha.

- Eddie! – Alice me abraçou, ao abrir a porta e me ver.

- Ei, tampinha. – Baguncei o cabelo da minha irmã.

- Para. Você é muito chato. – Riu.

- Maninha, essa é minha namorada, Emily. – Apresentei.

- Prazer, Alice.

- Prazer.

- Podemos entrar? – Brinquei.

Entramos em casa e apresentei Emily para toda minha família.

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23, Julho, 2010

Meus irmãos estão evitando a Emily e até meus pais não a tratam muito bem, o que a tem deixando incomodada, ela tem falado muito de ir embora e eu não posso permitir que isso.

- Por que estão ignorando a Emily? – Indaguei aos meus irmãos.

- O que você viu nessa mulher? – Alice perguntou.

- Tudo bem que ela é gostosa, mas está obvio que ela não passa de uma golpista interesseira. – Falou Emmett.

Nesses dias na minha casa, notei que Emily não era o que aparentava, ela é muito fútil, mas antes que eu tivesse a chance de terminar com ela, descobri que ela está grávida.

Não quero que ela descubra que só vou esperar meu filho nascer para terminar tudo. Pelo que percebi ela seria capaz de qualquer loucura, e, eu posso não ama-la, mas eu quero meu filho, eu já o amo muito.

- Você está fazendo papel de idiota ao lado dela. Essa vadia não serve para você. – Alice disse zangada.

- Eu sei, mas…

Antes que eu terminasse de falar e contasse sobre a gravidez, Emily saiu correndo. Ela estava ouvindo a conversa escondida.

- Edward! – Escutei meus irmãos gritarem, enquanto corria atrás de Emily desesperado para alcança-la.

Infelizmente, Emily foi mais rápida e eu não consegui faze-la parar.

25, Julho, 2010

Eu não consegui encontrar Emily em nenhum lugar. Quando cheguei ao seu apartamento, ela havia retirado suas coisas e se mudado sem informar o endereço. Apenas deixou um recado para mim. O bilhete me deixou apavorado, ela é mais louca que eu pensava.

Procurei-a em todos os lugares que ela costumava frequentar, mas foi em vão. Ela desapareceu completamente.

19, Fevereiro, 2011

Eu esperei Emily aparecer durante uma semana antes de tomar uma decisão drástica, eu contratei um detetive para encontra-la.

Demorou, mas, hoje, ele, finalmente, encontrou o atual endereço da Emily. Assim que ele me passou, corri para a casa dela.

Tenho medo do que encontrarei. Pelas minhas contas, ela já está com uns nove meses. Não vou permitir que ela cumpra a ameaça do bilhete.

- Ahhhhhhh. – Escutei Emily gritar de algum lugar da casa.

Eu tentei abrir a porta, mas estava trancada. Nesse meio tempo, um vizinho apareceu.

- Eu ouvi a moça gritar. – Disse o rapaz desconfiado.

- Eu sou o noivo dela, me ajude a arrombar a porta, ela está grávida. – Implorei.

Ele me ajudou e, quando conseguimos, entramos correndo a procurando por todos os cômodos.

- Ela está aqui! Ligue para uma ambulância. Ela está sangrando muito. – Gritou o Vizinho.

Entrei correndo na cozinha e vi Emily caída no chão com uma faca ensanguentada ao lado dela. Ela se esfaqueou na barriga para matar meu filho.

Enquanto esperávamos o resgate, fiquei tentando estancar o ferimento que não parava de sangrar.

- Já que não vou poder cumprir minha promessa, essa coisa não vai existir. – Falou Emily, engasgando. Ela estava cuspindo sangue.

Ela foi levada direto para o centro cirúrgico, ao chegarmos ao hospital. Emily não resistiu e morreu durante a cirurgia, mas minha filha nasceu, muito debilitada e com poucas chances de se salvar. Os médicos fizeram de tudo, mas a faca a atingiu na cabeça e ela não conseguiu sobreviver.