Konoha escrita por Taís, Juh, Amanda


Capítulo 2
あばら屋


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 2

あばら屋

Casebre


A médica ofegava enquanto recolhia com as costas das mãos, o leve suor que emanava em sua testa. Literalmente teve de suar pra acompanhar o ritmo de Sasuke.



Ao que tudo indicava haviam chegado ao tal endereço que Tsunade havia lhe entregado, ele parou diante de uma casa bastante modesta e escorou-se na coluna de madeira, colocando as mãos no bolso.



Sakura o olhou nitidamente tímida, sabia por quem devia chamar, seu nome era Temari... Mas o constrangimento por nem conhecê-la e já ter de pedir favores a envergonhavam. Suspirou profundamente, mas antes que fosse necessário chamar, a porta se abriu, saindo de lá uma moça radiante que olhava os dois parados diante de sua porta.



— O que fazem ai parados?— perguntou com as mãos na cintura. — Como vai Uchiha?— perguntou recebendo um aceno de cabeça imperceptível e sorriu com o gesto já conhecido. — E você é... ?— perguntou agora se direcionando a Sakura.



— Sakura Haruno, eu vim até aqui para...



— Que eu te mostre a casa. Tsunade disse que viria, estava mesmo a sua espera. Podemos ir agora ou quer entrar pra tomar um chá?— perguntou gentilmente.



— Oh não obrigada! Se não se importar gostaria de ir agora.



— Então vamos. — Disse indo até o lado da rosada, que abriu a boca para dizer algo ao Sasuke que já não estava mais ali ou em parte alguma, Temari vendo sua confusão deu uma risada amigável.



— Não se importe, ele é mesmo assim! Sasuke detesta ter contato com as pessoas, é sempre muito focado e cheio de responsabilidades demais pra isto. É um milagre que ele tenha trazido à senhorita até aqui. Sasuke realmente detesta ter contato com as pessoas... — disse Temari tentando deixar claro àquela figura meiga a sua frente como era o gênio do Uchiha.



Temari sempre morou na vila, e conhecia bem o melodrama das moças que lá habitavam... Viver por ai suspirando pelo temido líder da ANBU. De modo algum era uma censura, talvez se a mesma não tivesse um relacionamento do qual amava e era amada com Shikamaru, certamente faria parte do monopólio de apaixonadas pelo Sasuke, algo dentro de si dizia que Sakura era diferente e não merecia a mesma sorte.



— Onde fica exatamente, este lugar?— perguntou a rosada.



— Bom, fica um pouco afastada das demais casas. É um pequeno casebre simples e de madeira, situado dentro da floresta, mas que pode se tornar sua morada provisória. Aqui em Konoha é praticamente impossível ter uma casa desocupada para se vender ou alugar. As pessoas costumam nascer e morrer na mesma casa de seus antepassados. — explicou Temari com um ar de reprovação ao sistema arcaico utilizado pela vila.



— Todos moram aqui desde sempre? Você? E... Sasuke?— perguntou à Temari que logo notou seu rodeio. Ela estava interessada mesmo era em saber a respeito do Uchiha, pensou consigo.



— Sim, todos são daqui desde sempre. Você é a única novata do pedaço, mas logo se acostuma. Sasuke mora um pouco mais distante das demais pessoas, ele vive em seu distrito, o distrito Uchiha. Infelizmente, em meio a uma guerra houve muita morte em Konoha, mas um verdadeiro e triste massacre com seus familiares o fez ser o único sobrevivente, logo Sasuke que ainda era um menino... Apesar de não dizer, eu sei que ele admira a forma de como as famílias se constituem em Konoha, geração após geração. Talvez seja por isso que lidera o esquadrão, lutando em todas as batalhas e guerras que possam representar perigo a paz que aqui é estabelecida. Ele tenta fazer por nós o que não pôde por sua família.



— Então... Ele que é o responsável pela segurança da vila!— disse Sakura mais para si mesma do que para Temari. Achou que lhe cabia perfeitamente o título de herói, gostava da idéia de que aquele cara misterioso e mal-humorado era apenas um escudo para o grande coração que tinha. — Sasuke vive só?— perguntou ao lembrar-se do incidente com a família do Uchiha.



— Sim e não. Claro que ele usa uma de suas casas, mas a grande maioria ele investiu usando-as como estabelecimentos comerciais... A vila tinha uma renda muito baixa e mal produzia o próprio alimento. Mas ao fazer isso Sasuke gerou empregos e toda a miséria que havia por aqui foi extirpada, existem muitos trabalhadores em seu distrito que se ofereceram para servi-lo de graça, apenas pelo alimento e proteção, mas Sasuke tem sido justo e pago a cada um o que merece.— explicou Temari deixando a rosada ainda mais satisfeita.



— Chegamos!— avisou Temari à Sakura que ficou maravilhada com o simples casebre emoldurado pelas flores e árvores da floresta. Era o cenário perfeito. Podia sentir o ar puro e uma sensação de estar em casa. Havia amado.



— Sabia que gostaria!— disse Temari vendo a expressão de felicidade nos olhos da Haruno. — Bom, por dentro também está em bom estado, só está um pouco descuidada. Meu namorado ajudou-me a trazer alguns produtos de limpeza pra cá, nós deixamos na varanda. E é só... Precisando de qualquer coisa, já sabe onde me encontrar moramos bem perto.



— Não sei nem como agradecer Temari, obrigada por toda sua gentileza, é bom saber que tenho uma amiga em Konoha. — disse ao sorrir docemente e Temari assentiu com um sorriso radiante.



Subiu a pequena escada de madeira apreciando cada detalhe do casebre, até mesmo o telhado caindo aos pedaços lhe encantava, logo avistou os produtos de limpeza e sem se intimidar adentrou o local colocando mãos a obra.



Arrumou sua casinha como pôde, tirando toda sujeira existente, talvez por ser médica, era ainda mais detalhistas com qualquer coisa que estivesse mal limpa ou desorganizada, permitiu-se deslizar ao chão sentindo-se exausta, a noite já havia caído, mas estava realizada com o resultado.



Sakura mal havia chegado em Konoha e já tinha um emprego, uma amiga, uma casa e alguém a quem se quer podia esperar para rever... Sasuke Uchiha.



Encheu os pulmões com o ar puro que entrava pela janela, escutou o barulho que as cigarras faziam, podia sentir a natureza gritando ao seu redor. Então se levantou decidida ir até a área externa escorando-se no apoio que havia em sua varanda, o céu estava incrivelmente lindo, a lua, as estrelas... Tudo lhe parecia um grande show.



Olhou um pouco mais a baixo e viu o terraço totalmente destruído, fez uma nota mental de que daria um jeito naquilo.



Já estava um pouco tarde e achou que já era hora de se recolher. Quando pisou em falso numa madeira solta que cedeu e seu pé afundou para baixo, fazendo-a dar um grito agudo com o susto que levara.



Quando pensou em colocar as mãos como apoio pra que não terminasse de se estatelar no chão, ao mesmo tempo em que tentou puxar a perna que fora engolida, sentiu-se amparada por um par de braços fortes e pálidos, os mesmos dos quais ela havia limpado e tratado dos ferimentos mais cedo.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, pra postarmos o próximo ok?!

BeeijOs *--*