Os dias foram passando lentamente.

Dias, dias e mais dias.

E sem nenhuma notícia do Damon.

Parecia que tinha sumido da face da terra.

Mas sabemos bem que não aconteceu nada.

Quer dizer eu sei.

Sinto que ele está bem.

Elena me disse que o Stefan disse que o Damon tinha saído da cidade.

O motivo?

Ninguém sabia, somente eu.

Mas claramente que não iria falar, nem ao menos tocar no assunto.

E enquanto isso eu ia vivendo devagar, tão devagar que ia quase parando.

As meninas tentaram por várias vezes tentar me animar e me encorajar a falar o porquê de está assim.

Mas simplesmente não dava brechas para sequer começar a falar do assunto.

Eu sabia que as deixava preocupada e curiosa com o que seria.

Mas não ligava.

Simplesmente não ligava pra nada.

O que queria realmente estava fora do meu alcance no momento.

Na verdade sempre esteve.

Sabia o quanto o mais velho dos Salvatore era loucamente apaixonado pela Elena, minha melhor amiga.

E desconfiava de que á mesma sentia um tipo de atração pelo mesmo ou sentia poder.

Poder por ter os dois Salvatore em suas mãos.

De joelhos por ela.

Moveriam o céu e o mundo pela mesma.

Não estou julgando-a, acho que se estivesse na mesma situação também seria assim.

Mas isso me deixa com uma certa raiva.

Querendo ou não.

Porque ela está com o Stefan, mas ao mesmo tempo não está.

É o que faz parecer.

Ouvi alguém chamando meu nome.

Olhei na direção de onde vinha á voz e constatei que era Car.

Assim que ela percebeu que tinha minha atenção novamente, falou:

Car: Poxa, Bonn. Estou te chamando faz meia hora.

Me senti culpada de não está dando a atenção que ela merecia.

Dei a mesma desculpa de sempre.

Bonn: Desculpe, Car. Estou me aéreo hoje.

Car: Não só hoje como a semana inteira néh?! Queria tanto te ajudar, mas como ajudar se não sei o motivo de está assim?

Só uma pessoa poderia me ajudar.

Mas infelizmente á mesma não me quer em sua vida.

Não mais!

Nem sei se ao menos me quis algum dia.

Antes que me desligasse do mundo e voltasse aos meus pensamentos, respondi Car.

Bonn: Não há nenhum motivo de eu está assim. Só ando muito pensativa.

Car: Aí eu discordo. Ninguém fica desse jeito ou pensativa como você falou por nenhum motivo aparentemente.

Bonn: Prazer, Bonnie Bennett, a única pessoa a ficar pensativa sem nenhum motivo aparentemente.(irônica)

Car: Tudo bem(colocando as mãos pra cima como se rendendo) já vi que quer ficar sozinha. Vai ir na mansão hoje?

Pra que eu iria na toca dos vampiros?

Antes de ter a chance de perguntar, Caroline respondeu antes.

Vendo minha cara confusa.

Car: Caso não se lembre, o que está estampando no seu rosto que não se lembra... marcamos uma reunião para falamos sobre os vampiros original.

Ah, sim!

Agora que me lembrei que alguém havia comentado sobre isso comigo.

Mas não havia prestado a mínima atenção.

Por isso não sabia o motivo.

Claro!

Como pudi me esquecer da estadia dos vampiros originais?

Fazia tempo que não soube de nenhuma notícia sobre eles e nem ter visto que pensei que tinham ido embora.

Mas ao que tudo indica ainda permanecem na cidade.

Droga!

Como se não bastasse meus "pequeno problemas", ainda tenho que ser babá de morcegos.

Era tudo o que eu mais queria nessa vida!

Sentiram a ironia?

Bonn: Ah, claro. Havia esquecido mesmo, desculpa. Á que horas é?

Car: Ás nove. Esteja lá e não se atrase!

Como se eu pudesse obedecer essa ordem.

Impossível!

Bonn: Como se fosse possível, néh?!

Car: Entendo que pontualidade não seja o seu forte, amiga.

Bonn: Hum, sei.

Disse sarcástica.

Caroline pode entender de muitas coisas, mas sei bem que não gosta de atrasos.

Mas, realmente pontualidade não é o forte.

Ela se despediu de mim e saiu para ir á algum lugar que não fiz questão nenhuma de saber.

Me levantei da grama e passei a mão pela minha bermuda pra afastar os restos de jardim.

Peguei minha mochila e caminhei diretamente para o carro.

Cheguei em casa e falei para minha avó que estava com um pouco de dor de cabeça e iria descansar um pouco.

Ela me olhou estranho por alguns segundos e subi para meu quarto.

Coloquei minha mochila em qualquer lugar.

Deitei na cama sem trocar de roupa mesmo.

Só queria poder pensar um pouco em paz.

Sem ninguém pra me atrapalhar.

Pensar na vida.

Pensar em como entrei nessa situação sem perceber.

E como? Damon Salvatore, é a minha perdição.

Minha maldição.

Meu problema.

E ao mesmo tempo minha paz.

A solução de todos meus problemas.

Ainda pensando adormeci ao poucos.

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Abri os olhos aos poucos para me acostumar com a escuridão.

Perai.

Já anoitecera?

Sem eu ao menos perceber.

Merda!

Que horas são?

Não podia ter perdido á reunião.

Não mesmo!

Caroline iria ficar furiosa comigo.

Procurei meu celular para verificar as horas.

O que levou um certo tempo para achar por causa do quarto está escuro.

Respirei aliviada á ver que ainda era 20:30.

Ufa!

Essa foi por pouco!

Realmente bem pouco!

Me levantei da cama pronta para tomar um bom banho.

Demorei um tempo no banho, mas assim que sai não senti sono algum.

Minhas energias havia sido restauradas.

Vesti uma roupa simples: Um shorts, blusa roxa com um desenho de um gato e rasteirinha.

Passei lápis de olho e delineador.

Peguei meu celular, prendi o cabelo por causa do calor.

Estava uma noite quente.

Desci as escadas e deixei um bilhete pra minha avó, avisando que tinha saído.

Não podia dizer que estava na casa do Stefan.

Ela sabia bem que ele era vampiro e não queria me ver junto de sua espécie.

Entrei no carro e dirigi o mais rápido que podia.

Minha sorte era tanta que assim que estacionei o carro em frente da mansão estava atrasada á cinco segundos.

Toquei a campainha esperando alguém abrir.

Mas nada me preparou para o susto que levei.

De maneira nenhuma imaginava encontrar ele ali naquele momento.

Meu coração bateu mais forte.

Bem a minha frente estava ele.

Cujo vem tomando conta de todos os meus pensamentos e principalmente...

Meu coração.

A última coisa que vi antes de tudo escurecer foi o seu sorriso costumeiro irônico e seus olhos me olhando preocupado.