O 13º Andar escrita por Pequena Sonhadora


Capítulo 1
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeira fic espero que gostem e comentem por favor...



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Tudo parecia bem naquele dia, as garotas estavam aguardando ansiosamente pelo dono do prédio. Aguardavam no pequeno hall observando tudo, as poltronas aconchegantes com almofadas enormes, um carpete cobrindo grande parte do lugar, a vidraça ao lado da porta de entrada, o vaso encostado na pilastra, os dois quadros bem emoldurados nas paredes e um balcão (um tanto desorganizado) onde um recepcionista jovem que atendia como Josh falava ao telefone.  Enquanto aguardavam próximo ao balcão, elas não perceberam que sentado numa cadeira afastada um senhor de meia-idade as observava como um predador observa sua presa. O senhor de cabelos grisalhos e olhos extremamente azuis, possuindo um chapéu que cobria sua cabeça, inclinado de forma que seu rosto não pudesse ser visto, pelo menos de longe, murmurava algo pra si mesmo. Quem o visse diria que estava fazendo uma prece, ou algo parecido, mas a verdade era outra, as palavras usadas soavam como uma canção de ninar, mas não para uma criança comum adormecer. Ali sentado observando as cinco garotas sorridentes e felizes, ele acha uma solução para todo seu tormento. Ele lança sobre elas algo tenebroso e que mudará a vida das meninas completamente.

POV. Melya

Observei tudo naquele pequeno hall atentamente, cada centímetro daquela caixa de fósforos parecia perfeitamente em seu lugar, nenhuma rachadura, nada fora do lugar exceto pela bagunça na mesa do atendente.  ‘’pequeno, mas aconchegante’’ pensei. Mas algo chama a minha atenção, á prende de tal forma que nem percebo mais nada a minha volta apenas aquele velho sentado numa cadeira afastada murmurando algo. Enquanto eu o observava um frio percorre meu corpo que me faz arrepiar. Seu rosto coberto pelo chapéu me impede de vê- lo, mesmo tentando de todas as formas  não consigo, mas minha atenção fixa-se em sua boca. Mesmo sem  ouvir  o que ele falava, ou qualquer outra coisa que estivesse fazendo me impressionou tanto que nem percebi que meu corpo involuntariamente se dirigia em sua direção.    

POV. Soraya

Estava encostada numa poltrona, assim como todas observando o lugar. Virei pra minhas amigas pra falar algo quando vejo Mya indo em direção a alguém, por cima do ombro dela vejo um velho senhor sentado ‘’rezando’’.

  ’’ O que ela ta fazendo?’’ pensei. Sem pensar muito puxei seu braço.

— O que ta fazendo? —perguntei,  Mya parecia estar hipnotizada, seu olhar fixo no velho, sua boca mexia mas nenhum som saia da mesma, aquilo me assustou — Mya? — Chamei-a sem obter resposta — Mya? — Nada. Fiquei frente a frente e comecei a sacudi-la pelos ombros seu olhar ainda fixo no velho — Meninas? – Chamei um pouco mais alto pelas outras para me ajudarem.

— O que? — Ouvi alguém perguntar

— Mya — falei em resposta

Vi as outras se aproximarem de nós, Mya continuava olhando o velho e murmurando algo incompreensível. Surya posicionou-se na frente de Mya.

—Mya? — Surya chamou-a passando a mão na frente dos olhos dela. Nada.

—MELYA ALBURQUERQUE — Grita Geane atrás de mim quase me deixando surda olhei-a furiosa que deu de ombros.

Mya pisca varias vezes, e vira seu rosto como se procurasse quem a chamou.

—Amiga? — Andréia chama

— O que aconteceu? – pergunta Mya atordoada.

POV. Mya

Eu não sei como ou o porquê, mas conforme eu me aproximo era como se soubesse o que aquele senhor falava, já ouvira aquelas palavras antes (tinha certeza disso) então comecei a repeti-lo, algo dentro de mim se acendeu como uma vela, ‘’o que está acontecendo?’’ era a pergunta freqüente que eu mesma fazia.  Uma brisa leve passou por mim, acariciando de leve meu rosto, a minha frente só o que via era aquele velho senhor com aquelas palavras. Caminhei em sua direção, me aproximando devagar como se ele fosse fugir a qualquer momento, não conseguia desviar os olhos de sua boca, ouvi alguém perguntar o que eu fazia, mas como explicar o que nem mesma eu sabia. Não dei importância e continuei meu caminho, devo ter dando dois ou até três passos, enquanto ouvia alguém me chamar e sacudir-me desesperadamente. Por um instante lembrei-me de minha mãe e a falta que sentia dela e de meu irmão. Ambos morreram durante uma tempestade, eles corriam de volta pra casa de campo quando um raio os atingiu, fiquei deprimida por meses. Todos que presenciaram aquela terrível tragédia mudaram completamente. E eu fui uma delas. Ainda lembrando aquela tragédia, ouvi um grito, parecia próximo e ao mesmo tempo tão longe.

—MELYA ALBURQUERQUE

Sai das lembranças e comecei a procurar pela voz.

—Amiga? — Alguém me chama

— O que aconteceu? – perguntei atordoada quando percebi que eram minhas amigas.

As quatro se entreolham como se procurassem as palavras corretas, completamente confusa e assustada pelas expressões delas dirigi meu olhar para o lugar onde o velho estava. Fiquei chocada ao ver que nem mesmo a cadeira havia ficado. Ele não estava mais ali, apesar de eu ainda sentir sua presença. Respirei fundo.

— Mya está bem? — a voz de Soso estava bastante preocupada.

— Estou sim, hã.. o que aconteceu? — perguntei pra Soso num sussurro

Ela balançou a cabeça negativamente — Eu não sei. — ficamos em silencio até a voz de Josh ecoar pelo lugar

— Garotas — olhei para ele. Ao seu lado um homem alto, com uma expressão séria nos observava. Seus olhos pretos demonstravam certo interesse em nós, mesmo de longe pude ver que em seus lábios continha um pequeno e discreto sorriso de aprovação.

—Quem é ele? — ouvi Déia perguntar ao meu lado

—Só pode ser o dono — Ane respondeu por mim.

Caminhamos até eles. Senti novamente a leve brisa roçar em minha pele. ‘’Estranho’’ pensei ‘’ nem ta ventando aqui’’ tratei logo de ignorar meus pensamentos, tinha coisa estranhas demais acontecendo.

— Olá garotas. Sou Walter Slyke o proprietário daqui — Disse estendendo a mão e cumprimentando uma a uma — Josh me avisou que chegariam hoje, mas tive contratempos e não pude chegar antes — Walter fez uma pausa seus olhos percorriam cada uma das garotas atentamente, observando cada traço, cada expressão, um sorriso estampou-se em seu rosto — Peço desculpas pelo atraso.

—Tudo bem Sr. Slyke — disse Soraya

—Ah, por favor, me chame apenas de Walter — pediu o senhor ainda sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem reviews...
As postagens serão feitas nas quintas e sabados!!
Agradeço pela atenção..
Bjo e até o proximo capitulo.
~ P.S.



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