Aposto que todo mundo da minha outra turma estão de boca aberta comigo. Chupem otários.

O intervalo foi bem legal, os meninos são muito hilários, temos várias coisas em comum. As aulas na turma F não eram tão ruins assim, tipo quando eles gostavam da matéria ficavam quietos e respondiam tudo o que o professor perguntava. Agora quando não gostavam nem deixavam o pobre professor dar aula. Sabe a parte boa de estar na turma F? Eu não tinha mais aula com a Úrsula, Deus é bom.

As aulas acabaram e eu fui pra casa, quando cheguei minha mãe já tinha ido trabalhar. Ela deixou um post-it pregado no micro-ondas “Mei, quando eu chegar quero conversar com você, seu almoço tá no micro-ondas “

F-E-R-R-O-U

Aposto que ela queria falar comigo sobre a mudança de turma, ia ser outro sermão e blá, blá. Aposto que a Cida tinha exagerado um monte. Bom, Mei diga adeus a sua vida.

Bom, acho melhor eu puxar o saco da minha mãe, vou arrumar a casa e fazer a janta. Fui pro meu quarto e troquei de roupa, quando eu ia saindo pra fazer a minha missão, meu celular toca um número estranho. Atendo.

–Alô.

–Oi gatinha – a voz do outro da linha disse, na mesma hora reconheci. Era o Rick.

–Rick? Quem te deu meu número? – perguntei e escutei a risada dele.

–Tenho meus contatos gatinha. – respondeu rindo

–Já te disse que gatinha é pros íntimos. – disse, e ouvi um “toma otário” atrás e vários risos, Arthur e Matt estavam com ele. –Rick você colocou no viva voz? – perguntei

–É claro gatinha – ele riu- queríamos te convidar pra vir aqui em casa.

–Ir à sua casa? – perguntei. Perguntinha estúpida tinha que vir de mim. Se ele perguntou, é claro que queria né Mei? Sua lesada.

–É.

–Não posso estou de castigo.

–Castigo? O que é isso? –ele me perguntou.

–Até parece que você não sabe o que é isso Rick.

–Não sabe não Mei, ele nunca ficou de castigo. – ouvi a voz do Arthur me responder.

–Que tipo de adolescente nunca ficou de castigo? – indaguei.

–O Rick. – ele respondeu e riu.

–Estranho.

–Tá de castigo por que Mei? – eles me perguntaram.

–Por causa da bolinha de papel. – respondi e ouvi as risadinhas deles.

Me despedi deles e fui arrumar a casa, ela ficou limpinha. Mas, em compensação a comida ficou uma merda, o arroz ficou empapado e eu queimei o feijão. Com certeza não vou ser uma boa dona de casa. Minha mãe chegou e ficou admirada com a casa limpa. Bom, trabalho Mei sansei.

–Mei-chan, quero conversar com você – ela disse, ela sempre me chama de Mei-chan sempre se arrependida de algo, por mais incrível que pareça ela não estava brava.

–Eu sei vi o post-it no micro-ondas.

–Queria te pedir desculpas – ela disse me olhando, epa para o mundo que eu quero descer, desculpas? Por que ela tava pedindo desculpas.

–Pelo que? – perguntei

–Por te falado que você era igual ao seu pai, acho que exagerei. – ela disse arrependida.

–Ah, tudo bem eu te desculpo mamãe. – disse e ela me abraçou.

Agora você deve tá pensando e sobre a mudança de turma. Eu não vou contar pra ela pelo menos não agora.

–Acho que fui muito dura com você Mei, você tá liberada do castigo.

–Sério?!

–Sério você pode voltar a ver tv, mexer no computador e sair.

–Ahhhhhh obrigada mamãe. –a abracei de novo.

Eu estava feliz porque não tava mais de castigo, mas, lá no fundo minha consciência tava pesada porque não contei da mudança de turma. Vou deixar isso de lado, é só eu não me meter em problemas e ela nem vai saber disso. Pelo menos eu acho.

Jantamos a gororoba que eu fiz e vimos anime. Acordei no outro dia e me arrumei pra ir pra escola, no meio do caminho adivinha quem eu encontro? Se você pensou Arthur, Matt e Rick você acertou.

–Gatinha. – o Rick veio me saudando com seu sorriso matinal.

–Oi. – quer saber desisto de falar que gatinha é só pros íntimos.

–E ai Mei – Arthur e Matt falaram juntos.

–E ai. – respondi.

Continuamos andando, como eu já tinha dito eles são muito engraçados. Assim que chegamos à escola eu vi a Raquel e a Gisele. Elas vieram falar comigo.

–Mei, podemos conversar? – Elas perguntaram