London Love escrita por Gi Carlesso


Capítulo 50
Chantagem usando doritos


Notas iniciais do capítulo

Oiii ^^
sorry a demora, margaridas, tive que mandar arrumar meu notbook por causa de umas coisas que o cabeçudo do meu pai baixou e uns trezentos vírus deixou o pc totalmente doido. Mas pelo menos deu tempo de eu escrever alguns capítulos :D
Esse é narrado pelo Tyler, boa leitura!



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Tyler Blackwell

Uma mulher alta de corpo um tanto curvilíneo terminava sua tão perturbadora reportagem quando joguei o controle na direção da televisão e estilhaços de vidro se espalharam pela sala. Furioso, meus olhos se focaram na imagem da televisão completamente destruída mesmo que meus pensamentos não estivessem focados na destruição e sim, na reportagem que havia me pego de surpresa.

Maldita seja Scarlet White!

É claro que aquele era algum tipo de plano dela. Scar era a única de todos eles que pensaria em um plano tão elaborado e por baixo dos panos e sabia bem o exato ponto onde cutucar minha ferida. A maldita planejara tudo, sabia que eu ficaria quase extasiado com a noticia de que aqueles garotos haviam desistido de tentar lutar contra as acusações e aceitariam qualquer coisa que lhes fosse imposto. Mas eu não caíra em seu plano como ela imaginou.

Scarlet iria me dar o que eu mais desejara no mundo e tiraria de mim de uma forma que eu iria querer nunca ter desejado aquilo.

– Não acredito que você destruiu a televisão! – Alex, o irmão de Nathalie, estava de pé com os olhos verdes esbugalhados encarando à televisão destruída. Pelo o que notei, ele carregava em mãos pacotes de doritos e um refrigerante bem em baixo do braço. E, acreditem, era tudo meu. – O que os repórteres disseram de tão ruim?

Já irritado, revirei os olhos para aquele projeto de Nathalie – só que mais gordo – que invadira minha casa.

– Nada que lhe interesse, Alex. – franzi o cenho. – E posso saber por que está roubando toda a comida da minha cozinha?

O gorducho irmão de Nathalie nem se deu ao trabalho de responder de uma vez. Tomando cuidado para que os pacotes e muito menos o refrigerante pudessem cair, ele escolheu o outro lado do único sofá de minha sala e se jogou ali. Ele parecia estar em sua própria casa e pegando sua própria comida, sendo que estava na minha e tudo o que conseguia fazer agora era encara-lo de uma forma completamente indignada.

– Olha, amigão. – começou ele. Sua expressão estava muito parecida com que eu costumava usar quando precisava... ah, droga, chantagear alguém. – Eu sei que não é certo vir até a casa de alguém e ir pegando tudo que tem vontade. Acredite, eu tenho educação. Mas lembre-se de que eu o ajudei com uma coisa que pode me colocar na cadeira para o resto da minha vida. Isso de me deixar frequentar a sua casa maneira e pegar sua comida é só um jeito de você me agradecer por ter feito isso, mesmo que não esteja contente.

Por breves momentos, eu fiquei completamente boquiaberto. Apenas com toda aquela explicação, eu pude notar que Alex e Nathalie possuíam características em comum muito maiores do que jamais pude imaginar. Quero dizer, ambos tinham a mesma forma de chantagear e, principalmente, como se aproveitar de mim depois que eu me aproveitei deles.

– Você está me chantageando? – um tom ameaçador tomou conta de minha voz, algo que não pretendia de início. – Ficou maluco, Alex?! Saiba que eu posso muito bem...

Erguendo uma das mãos no alto para me interromper, ele terminou de mastigar um doritos e virou-se novamente na minha direção.

– Ah, me poupe das suas ameaças, Tyler! Os outros podem se cagarem todos com essa sua atitude de gângster e bad boy, mas você não me assusta. – a versão gorducha de Nathalie sorriu abertamente para mim, quase como se não estivesse me ameaçando ou me chantageando. – E muito menos minha irmã. Nós dois poderíamos muito bem entrega-lo agora mesmo se não estivéssemos envolvidos, entendeu?

Mesmo que uma fúria além do normal estivesse me dominando naquele instante, eu apenas fechei os dedos em punho e forcei-me a encarar a televisão destruída e ignorei a presença dele. A sala ficou um enorme silêncio deixando-me ouvir apenas o som dos doritos sendo esmagados em sua boca repugnante.

– Se não queria ninguém roubando sua comida, amigão, deveria ter escolhido outra pessoa para pedir ajuda.

Talvez, mesmo que inconscientemente, os planos de Scarlet estavam indo de acordo com a ideia dela. A maldita havia me colocado em um beco sem saída e, agora, além dela, eu era obrigado a aguentar chantagens em minha própria casa por um viciado em salgados e refrigerante.

Voltando minha atenção para a televisão destroçada, resolvi abandonar minha própria sala antes mesmo que o cheiro de doritos se impregnasse por todo meu sofá. O caminho até meu quarto no segunda andar da casa era um tanto longo, porém já fazia com que lembranças da festa ameaçassem me deixar ainda mais furioso que agora.

– Você colocou o que eu pedi? – perguntei para ele enquanto observávamos os garotos gêmeos tentarem se conter após a... hum, substância inapropriada tomasse conta de seus sentidos. – Esqueça, nem precisa responder.

– É claro que coloquei, é só você ver o quão doido o cara está. – ele apontou na direção de um dos gêmeos, o qual parecia estar partindo uma esponja amarela ao meio e gritando coisas sem sentido para a mesma. O homem ao meu lado começou a gargalhar. – Pode ficar tranquilo sobre esses dois, não vão incomodar em mais nada a partir de agora.

– Ótimo. – resmunguei sentindo-me enjoado por conta do som extremamente alto que inundava meus ouvidos e se espalhava pela casa.

– E a garota?

Franzi o cenho para aquela pergunta. O homem era um velho amigo que conheci quando costumávamos frequentar a mesma pub há alguns anos. Antes, ele parecia um tipo de galã de hollywood, mas agora, parecia mais um velho pedófilo pronto para estuprar todas as garotas que estavam na minha casa.

Era perturbador.

– Garota?

– É, Blackwell, a garota! Não viu a loira ali apoiada no balcão com um copo de bebida nas mãos? Eu sei que é ela que você está de olho. – ele piscou para mim e fez um gesto... obsceno demais para a minha paciência ao avistar Scarlet de novo. Ela de fato estava sozinha apoiada ao balcão e seus olhos pareciam estar procurando por alguém. – Quer que eu coloque um pouco da droga na bebida dela também? Quem sabe assim você consegue o que quer...

Antes mesmo que ele pudesse continuar, quando me dei conta minhas mãos já estavam em torno do pescoço dele numa clara ameaça para que pensasse duas vezes antes de continuar. Ele era mais alto que eu e um tanto gordo, porém ainda assim eu conseguia facilmente mantê-lo prensado contra a parede tempo o suficiente para que minhas mãos começassem a sufoca-lo.

– Eu sempre consigo o que quero com ela, seu pedófilo nojento. – minha voz saia em apenas um sussurro ameaçador para que apenas ele ouvisse. – E nunca mais faça esse gesto para ela. Você é um maldito asqueroso, saia da minha casa!

Eu sabia que havia perdido o controle. Talvez nunca desde que vira Scarlet de novo eu pensaria que a estaria defendendo, não quando tudo o que eu queria era que ela estivesse comigo e não com aquele maldito cantor. O mundo parecia estar se tornando um verdadeiro inferno para mim e não havia mais chances de mudar o que poderia acontecer nos próximos dias.

Por um breve momento, avaliei a possibilidade de até mesmo a prisão ser melhor que aquele inferno.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que é um cap pequeno, mas considerem um capítulo bônus, ok?
Vejo vocês no próximo e comentem heeein u.u
Beijos xx



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