London Love escrita por Gi Carlesso


Capítulo 31
Mentiras


Notas iniciais do capítulo

Olá, minhas lindas candy pies! Mais uma vez eu venho agradecer pelos comentários maravilhosos que vocês deixaram. Conseguiram me fazer sorrir muito muito c:
Eu escrevi esse capítulo com o coração pesado, porque fazia tempo que eu não escrevia uma cena pesada como essa. Alguns vão achar bobeira, mas eu tenho uma ligação muito forte com os personagens e eu particularmente, amo muito a Scar e o Henri, então pra mim foi bem triste escrever esse capítulo. Espero que vocês gostem e não me matem, ok? uhsuhsh
Vejo vocês lá embaixo :*



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As filmagens acabaram tarde da noite naquele dia, tanto que assim que eu e Megan saímos do estúdio para ir embora, as ruas estavam silenciosas e escuras, iluminadas apenas pelos postes e letreiros de lojas. Apesar de querer passar um tempo sozinha, peguei carona com Megan, quem me ofereceu sem pensar das vezes ao me ver encarar à rua escura de forma desolada e perdida. Durante todo o percurso até a casa de Tom, as únicas coisas que me vinham à cabeça eram o trato com Tyler e o fato de que teria que ligar para Henri uma hora ou outra. Mas o problema maior era que, apesar de serem quase certos, havia uma enorme probabilidade de ambos darem errado. Eu havia acabado de transformar minha vida em uma bagunça maior ainda.

Quando ainda estava no estúdio, Ana me mandara uma mensagem de texto avisando sobre as novidades da vida dela.

Scar, sei que ainda está mal pela briga. Poxa, sinto muito. Só queria avisar que consegui um emprego e vou ganhar muito bem nos próximos meses! Eu nem acredito que isso está acontecendo! Quando ter o suficiente, vou sair da casa de seu pai, porque não quero incomodar. Me liga, ok, sua piranha? Estou preocupada com você. Beijos.”

Eu mal pude conter o sorriso ao ler aquela mensagem. Pelo menos Ana estava transformando a vida dela em algo bom, afinal, estudava em uma ótima faculdade e agora, tinha um emprego e parecia que ganharia bem por isso. Eu estava muito feliz por ela e ao mesmo tempo triste, porque sairia da casa onde eu morava. Droga, eu amava tê-la por perto.

Megan estacionou o carro próximo à entrada da casa dizendo que precisava ir logo por conta do horário. Agradeci a carona e saí do carro caminhando lentamente em direção à porta. Estava com a mente tão perturbada que mal percebi o Range Rover escuro estacionado em quase que escondido atrás dos arbustos da entrada principal. Quando me dei conta de quem era o dono do carro, meu coração disparou.

Mal tive tempo para correr para dentro da casa que senti os braços de alguém me envolvendo e um beijo delicado sendo roubado de meus lábios.

– Isso é porque não me ligou como pedi. – disse Henri com um sorriso enorme estampado nos lábios.

Ele era tão bonito que chegava a doer. Apenas olhar para Henri lembrava-me a época em que sonhava em conhecer a banda, provavelmente os melhores tempos da minha vida, em que nada de ruim acontecia. Os olhos azuis brilhavam enquanto ele me fitava depois do beijo, tinha os lábios finos e sorridentes, o cabelo negro bagunçado com fios para todos os lados. Deveria ser um crime ele sorrir daquela forma para mim enquanto eu o fitava passando meus dedos levemente em suas bochechas.

– Desculpe. – minha voz saiu como um sussurro quando abri meus lábios. Eu não fazia a menor ideia de qual era minha expressão naquele momento, porém não deveria ser boa, pois ele me fitava com certa curiosidade e preocupação. – Desculpe, de verdade.

E pronto, eu já estava chorando. As lágrimas escaparam de meus olhos antes mesmo que eu pudesse controla-las de alguma forma. Ignorando o ar de confusão de Henri, abracei-o apertado, passando meus braços ao redor do tronco dele e afundando meu rosto em seu peito. Senti que ele apertava mais os braços à minha volta deixando que uma das mãos acariciasse meu cabelo de forma carinhosa enquanto sussurrava um “está tudo bem”. Foi como se ele tivesse feito aquele mesmo gesto centenas de vezes e quisesse repeti-los mais centenas de vezes. O conforto dos braços daquele garoto à minha volta era algo sobrenatural, algo que eu não queria que acabasse nem por um mero segundo.

Mas não, não estava tudo bem. Ao mesmo tempo em que eu queria continuar com ele e nunca me separar, tinha em mente que Tom merecia algo de bom sobre mim e que eu deveria ao menos obedece-lo naquele detalhe para o bem da nossa relação entre pai e filha. Mas aquilo doía em meu peito de uma forma que eu jamais seria capaz de explicar. Eu amava Henri, amava numa intensidade que parecia irreal.

Fiquei chorando por minutos intermináveis enquanto ele sussurrava em meu ouvido tentando me acalmar sem nem ao menos saber o motivo das lágrimas. Estava adiando o momento de contar para ele como se isso, de alguma maneira, pudesse me fazer ficar com ele pelo menos por mais algum tempo.

– Vai me contar por que está chorando? – murmurou ele com a voz abafada por meu cabelo. Eu fungava sem a capacidade de dizer qualquer coisa naquele instante. – Ei... Scar, fique calma. O que foi?

Finalmente recobrei forças para me afastar dele tendo a noção de que em sua camisa havia um pequeno ponto encharcado por minhas lágrimas. Mas Henri não parecia dar importância a aquilo, ele só queria saber o motivo de minhas lágrimas.

– Eu não queria que você me visse assim de novo. – resmunguei secando as lágrimas com as barras da blusa de manda comprida. – Parece que... sempre que eu choro, tem a ver com Tom.

Henri franziu o cenho. Ficou tão claro o motivo que eu não deveria ter me surpreendido ao vê-lo suspirando pesadamente e desviando o olhar para algum ponto cego. O ar de decepção estava tão claro em seu rosto que aquele simples gesto me trouxe novas lágrimas, as quais vieram com ainda mais força que as anteriores.

– Ele não quer que eu veja mais você, não é? – murmurou ele com a mão direita tapando seus olhos azuis, como se daquela forma, ele pudesse desviar sua atenção para minha reação.

– É. – sequei as lágrimas. – Henri eu...

– Você vai fazer o que ele mandou?! – ele não estava mais decepcionado como antes, havia uma expressão indignada estampada em suas feições. Aquilo me quebrava por dentro de uma forma que eu jamais seria capaz de explicar. – Scar, ele pode ser seu pai, mas você pode decidir muito bem sua própria vida! Vai deixar ele mandar em você desse jeito? Tom está controlando tudo o que você faz!

– Não me diga o que eu já sei, Henri! – soltei dessa vez estando tão irritada quanto ele. – Droga! Acha que está sendo fácil para mim? Já percebeu que minha vida está uma merda nos últimos dias?! Eu não consigo controlar mais nada, tudo está uma grande bagunça! Tom... ele é meu pai apesar de tudo. E eu menti para ele por tanto tempo...

– Ele mentiu para você durante anos, Scarlet! – interrompeu-me ele esbravejando. Estava tão furioso que por um momento, senti medo dele. – Ele mentiu durante anos para você sobre sua mãe! A abandonou com os avós porque não sabia como cuidar de você e nunca contou sobre ela! Droga, Scar, não acha que tinha o direito de saber sobre sua mãe?! Ele mentiu para você e ainda acha que tem o direito de puni-la porque escondeu seu relacionamento comigo?! Scar, você tem idade para decidir o que quer. Ele não pode controlar sua vida desse jeito!

Aquelas palavras estavam me deixando tão nervosa e confusa, que senti meu corpo desabando sobre meus pés. Usando os joelhos dobrados como apoio, fiquei daquela forma descontando a raiva nos fios de meu cabelo, puxando-os em minhas mãos formando punhos de uma forma violenta demais.

– Chega! – esbravejei assim como ele. – Vocês dois estão enchendo minha cabeça de perguntas! Estão me confundindo demais, chega! Estou farta disso!

Voltando a ficar de pé sentindo que meu rosto tomava um tom de vermelho por conta da raiva, arrependi-me no mesmo instante em que fiz isso. Havia uma lágrima escapando do olho esquerdo de Henri, o qual tentara escondê-la assim que a sentiu descendo lentamente por sua bochecha.

Ele estava chorando.

Eu nem tive tempo de desabar novamente com aquela cena, pois já sentia suas mãos prendendo-se ao meu rosto uma de cada lado puxando-me na direção dele. Diminuiu a distância entre nossos lábios de uma só vez, tomando-os para ele em um beijo repleto de raiva e de sentimentos todos aglomerados em um só. Foi como esquecer que todo o mundo existia à nossa volta, como se tudo desaparecesse e sobrássemos apenas nós dois ali. Não existia mais nada ao nosso redor.

Por um instante, senti a capacidade de esquecer meus problemas e inclusive o ódio que sentia por tudo o que estava acontecendo. O beijo raivoso de Henri foi como um analgésico, omitindo a dor que eu sentia no peito por levar adiante a história de me separar de Henri e só vê-lo como madrinha da banda e em público. Tudo o que estava na minha cabeça se transformou em cinzas, restando apenas aquele momento.

Deixei que meus dedos agarrassem aos fios curtos de seu cabelo tentando puxá-lo mais para mim enquanto suas mãos se arriscavam a subir e descer pela lateral de meu corpo desfrutando da pele nua onde minha blusa não alcançava na cintura. Suspirei ao sentir o toque de seus dedos em minha pele – estavam frios, porém macios – e quase arquejei quando ele puxou-me pela cintura de encontro a seu corpo.

Parecia que cada toque não era o suficiente, eu precisava de mais e ele também. Mesmo que nossos lábios quase brigassem um com o outro, parecia pouco, como se nada conseguisse acabar com o desejo.

Como se lesse meus pensamentos, senti-o se afastar apenas por um momento para me puxar pelas mãos em direção ao carro. E quando estávamos bem próximos, colocou-me de encontro a porta e me pressionando ali. Agora, a distância parecia tão pequena que eu gemi de satisfação ao senti-lo se aventurando com as mãos por em torno de minha cintura e puxando-me mais para ele. Senti quando desceu pelas laterais de meu corpo e encontrou a parte de trás de minhas pernas, usando-as para me erguer para cima. Ao perceber o que ele estava fazendo, envolvi sua cintura com as pernas provando que agora parecíamos próximos o suficiente para continuar o beijo.

– Isso é tão errado...- sussurrei ao senti-lo afastando nossos lábios e descendo os mesmos por meu pescoço distribuindo ali uma sucessão interminável de beijos.

Joguei minha cabeça para trás para deixar aquela área mais exposta para ele, quem sorriu ao notar que eu estava respondendo ao seu toque.

Era tão errado. Tão estranho. Porém, eu não dava a mínima para o detalhe de que alguém poderia aparecer ali ou o fato de que era errado.

Eu não me importava se estava indo longe demais.

Mas ligava para o fato de que estava adorando.

Tem certeza de que... quer se afastar de mim? – sussurrou ele de encontro aos meus lábios. Provocando-me, mordiscou meu lábio inferior fazendo com que eu perdesse o controle totalmente.

Porém, assim que meus lábios voltaram a tocar os dele, a pergunta que ele fizera se repetiu em minha mente e eu voltei a mim mesma. Notei que estávamos na frente da casa de meu pai e todas as perguntas, dúvidas e tristezas vieram de uma vez só, permitindo que eu percebesse que o que estava fazendo errado realmente errado. Mas o que realmente me fez ter o coração quebrado em milhões de pedacinhos, foi o que estava prestes a dizer.

– Tenho.

Imediatamente, Henri parou de me beijar afastando-se de mim e deixando que eu caísse de pé em frente ao carro. Afastou-se como se sentisse repulsa de mim mesmo que sua expressão exibisse um misto de confusão e surpresa.

– O que?

– Eu quero que você vá embora, Henri. – sussurrei baixo demais. Assim como antes, as lágrimas voltaram a encher meus olhos permitindo que eu chorasse em silêncio. – Agora.

– Não, você não quer. – ele voltou a se aproximar apenas alguns passos, porém ficando bem de frente para mim com o bico de nossos sapatos se tocando. – Não é isso que você quer.

– É sim. – engoli um seco permitindo que meus olhos se fechassem assim que continuei. – Eu disse que quero que você vá embora, Henri. Não podemos mais ficar juntos.

Com um urro de frustração, Henri deu as costas para mim afastando-se alguns metros. Passava as mãos pelos cabelos de forma nervosa, não conseguindo esconder o que se passava na cabeça dele. Mas observando em silêncio ele se afastar, senti uma vontade tremenda de correr até ele e dizer que o amava e que não queria realmente que ele fosse embora.

Entretanto, eu continuei parada ali observando minha vida amorosa descer ralo abaixo.

Irado, ele voltou a caminhar em minha direção fitando-me com uma expressão de dor. Eu sabia que doía. Meu coração estava em pedaços como o dele, mesmo que ele tentasse esconder isso com a raiva que residia em suas palavras.

– Eu te amo, Scar. – disse ele como se quisesse soar ainda mais verdadeiro. Não era necessário. Qualquer cego saberia que ele estava falando a verdade e que aqueles sentimentos realmente existiam e estavam lá. Henri me amava. – Eu te amo mais do que tudo. Não entende isso? Eu sei que você me ama. Não... você não pode me afastar desse jeito.

A respiração dele estava pesada contra meu rosto. Os olhos tinham apagado o brilho que tinham quando ele me olhava. Agora, não me restava nada.

– Posso sim. – eu disse tentando soar firme, mas estava claro demais que não era verdade. – Eu quero que você vá embora, Henri. ­– mentira. – Eu não te amo mais. – outra mentira.

Furioso, ele socou a porta muito próximo de meu rosto. Com o susto, fechei meus olhos aproveitando-me disso para segurar as lágrimas que ameaçaram cair com força. E quando tornei a abri-las, vi a expressão furiosa, porém completamente decepcionada estampada no rosto de Henri.

– Se é isso que você quer... – murmurou ele. – Eu vou embora.

Afastei-me da porta no mesmo instante em que ele a abriu e entrou no carro fechando-a com uma força que achei que o vidro se estilhaçaria. Observei-o enquanto abria a janela fitando-me com uma expressão que, por um instante, não pude detectar qual era. Mas isso não importava, afinal, eu via o amor da minha vida indo embora e simplesmente porque eu o afastara de mim. Eu jamais entenderia o motivo pelo qual fiz aquilo e jamais conseguiria concertar os pedaços que sobraram de meu coração estilhaçado em meu peito.

Mas eu sabia do que se tratava aquele olhar – ele tentava procurar vestígios de meu antigo eu, o qual o amava e queria que ele ficasse. Porém, esse meu eu estava trancado em meu peito e acorrentado de uma forma impossível de se soltar. E à medida que eu o via ligando o carro, esse eu começava a desistir de tentar se soltar.

– Achei que você fosse diferente. – disse ele. Sua expressão, no entanto, era neutra. – Achei que fosse forte e decidida. Mas eu estava errado. Não tem nem ao menos a capacidade de decidir sua própria vida sozinha. Obrigada por ter aberto o jogo, White, agora sei com quem estava lidando esse tempo todo.

E com isso, deu partida no carro enquanto eu tentava sobreviver a aquele tiro que recebera no peito. O observei desaparecendo na rua até que a luz dos faróis traseiros não pudesse mais ser vista por mim.

[...]

– Então, deixe-me ver se eu entendi direito. – Jason McNight ajeitou-se na cadeira rotatória de sua mesa em seu escritório. Tinha uma expressão um tanto surpresa em seu rosto. – Vocês dois querem parecer mais amigos em frente à mídia para atrair uma imagem positiva para o filme e para que as pessoas esqueçam a imagem ruim que você tinha, Tyler.

Havia um ponto de interrogação implícito no final daquela frase.

– Exatamente. – respondeu Tyler sentado ao meu lado. Tinha uma forma relaxada de se sentar à cadeira do escritório, quase que largado sobre ela. Era tão espontâneo e típico dele que achei quase engraçado. – É positivo tanto para o filme quanto para nós.

– É realmente uma boa ideia. – Jason assentiu. – Mas e você, Scarlet, concorda com isso tudo?

Os dois se voltaram na minha direção, onde eu estava sentada de forma ereta na cadeira lutando contra minha própria mente, a qual gritava em resposta palavras e nomes nada agradáveis.

– Sim. – respondi com uma expressão neutra. – Concordo com a ideia. É para o bem do filme e eu quero ajudar Tyler.

Por mais que Jason tenha assentido, ele não pareceu nem um pouco satisfeito com aquela resposta. Bom, ele deveria ter percebido que não se tratava da verdade explícita.

– Muito bem, se vocês dois estão de acordo, não vejo por que ser contra isso. – ele rodou em sua cadeira em direção à ponta da mesa antes de pegar o telefone e discar alguns números. – Vou ligar os patrocinadores e contar sobre a novidade. Isso poderá dar a vocês dois ótimas oportunidades no futuro. Aproveitem ao máximo.

Saímos da sala de Jason logo depois que ele nos mandou voltar para o trabalho, já que tínhamos muitas cenas a serem feitas no mesmo dia. No entanto, assim que saímos percebi que Tyler não parava de me encarar.

– O que foi? – perguntei franzindo o cenho.

– Não sei o que aconteceu, mas você está sendo mais séria que o normal. – ele me observou de cima a baixo, como se procurasse por algo errado. – Está tudo bem?

– Não que você se importe de verdade, mas sim, eu estou muito bem.

E antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, dei as costas para ele e caminhei calmamente em direção ao meu camarim. Porém, apesar de por fora eu demonstrar estar uma pessoa totalmente calma e até mesmo um pouco sorridente, meu interior gritava comigo mesma dizendo palavras e nomes nada bonitos. Havia uma luta dentro de mim mesma, a qual não acabaria muito cedo.

Afinal, tudo era grande e ridícula mentira.


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Notas finais do capítulo

ALGUÉM ME SEGURA, PORQUE EU TO CHORANDO COMO UMA CONDENADA INDO PRA FORCA :( :( eu quero jogar um sapato na cara da Scarlet, mas tenho que pensar no ponto de vista dela. Vocês logo vão entender pq ela fez isso!
E então, eu mereço comentários dos meus lindinhos? Por favor, comentem e façam dessa escritora a pessoa mais feliz do universo ^^