Hit Me Like A Man And Love me Like a Woman escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 28
Capítulo 27 - Beautiful day


Notas iniciais do capítulo

Então gente, o Nyah voltou :D ! Coisa boa né?! Tava morrendo de saudades. Espero que vocês gostem do cap de hoje, e que comentem até seus dedos caírem :D
Até lá em baixo :*



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POV Mona

Não tenho mais, literalmente, o que fazer nessa mansão. Toda simples tarefa que eu lembrava, como lavar a louça ou qualquer coisa, a mãe do Andy já tinha feito ou já estava indo fazer. Por todo lugar onde eu ia, a diaba tava lá.

Ia na academia pra correr, ela estava lá limpando os aparelhos. Resolvia ir pra cozinha fazer um lanche, e ela estava lá fazendo cupcakes. Quis ir pra piscina tomar um sol, e lá ela estava regando o jardim. Ela está, literalmente, em todos os cômodos dessa casa. E não sendo só o fato dela ser onipresente, ela ainda me dava aquele olhar de nojo. Sabe quando alguém te olha de cima a baixo apontando suas críticas mentalmente? Essa pessoa é a mãe do Andy, e ela fez de mim sua vítima favorita.

Entrei no meu quarto, preparada pra me jogar na cama e tentar dormir, pelo menos nos meus sonhos o pesadelo da Elizabell não vai me assombrar, eu acho. O quarto estava vazio, Andy deve estar no escritório lidando com alguma coisa mais importante do que eu.

Tomei uma ducha fria e rápida e pulei na cama. Até que estava cansada o suficiente pra dormir. Na maioria das noites eu só ficava abraçada em Andy e o observando a dormir. Ver seu semblante de paz e tranquilidade era algo realmente muito raro.

Não demorei pra pegar no sono, assim como não demorou pra alguém vir me perturbar. Ouvi vozes no corredor, tinha claramente duas pessoas brigando. Sentei na cama revoltada, rolei os olhos com uma vontade de matar o filho da puta que me despertou. Abri a porta de vagar e só observei pela fresta.

— Você não tem que me dizer o que fazer, Elizabell! – Andy gritava com a mãe, sim ele estava putíssimo. Não pude evitar de sorrir.

— Tenho se você insiste em desmoronar com a máfia que minha família passou anos construindo! Tudo porque sua “vovozinha” bateu as botas! – Elizabell disse como se nada do que aconteceu nas ultimas semanas tivesse a afetado.

— Cala boca! – Andy estava vermelho de raiva, sua veia pulsante no pescoço era visível. — Dobra essa sua língua de cobra mil vezes antes de falar da minha avó – ele apontava seu dedo indicador na cara de Elizabell.

— Você sempre foi o teimoso, não é?! Mas a culpa é minha, porque te criei como filho único, maior erro que eu poderia ter cometido — ela dizia, olhando pra Andy com desgosto.

— Não, Elizabell — Andrew respondeu fervendo de raiva, prestes a jogar a mãe contra a parede – O maior erro que você cometeu foi matar meu pai na minha frente — ele falou, seriamente.

— Você não vê, Andrew? — ela chegou mais perto dele —, seu pai era um idiota, crescer com ele só iria te fazer ser mais idiota do que você já é. Ele não tinha pulso firme, não sabia dar ordens, e você, meu filho – ela acariciou a bochecha de Andy, mas ele logo afastou sua mão. — Você nasceu pra ser grande! Pra mandar nisso tudo, pra ser um líder. Te fiz um favor ao te separar de seu pai — ela sorria brilhantemente, como se estivesse se vangloriando de algo totalmente merecido. O que de fato, era uma calúnia.

Andy sorriu, mas não de felicidade, era o sorriso que ele dava antes de fazer algo ruim. Andy acertou a face de Elizabell sem dó. Um arrepio cruzou pela minha espinha.

— O único favor que você me fez foi sair da Itália e me deixar sozinho cuidando de tudo. — ele disse ríspido e veio em direção ao quarto.

Saí de perto da porta como se a mesma tivesse em chamas. Pulei de volta pra cama e fingi que estava dormindo. Em poucos segundos, Andy abriu a porta e a fechou em seguida. Mantive meus olhos fechados.

— Eu sei que você não tá dormindo — ele falou, se sentando na beirada da cama.

— Oi – sorri de fininho. Senti-me como uma criança quando é pega roubando doce que ela não deveria comer.

— Você não vai tentar nem desmentir? – ele perguntou sorrindo, em seguida sentou de frente pra mim.

— E do que adiantaria?! Você não iria acreditar mesmo — falei, prendendo o cabelo em um coque muito frouxo. – Ouvi sua discussão com Elizabell… tá tudo bem? – tentei não ser indelicada.

Ele respirou fundo e depois soltou o ar.

— Nada à respeito de Elizabell vai ficar, um dia, tudo bem — ele disse meio confuso.

— Se tiver algo que eu possa fazer…

— Até tem… — ele disse com um sorriso maroto —, preciso dormir – ele disse com um sorriso brilhante.

— Então você está com sorte, porque era exatamente o que eu estava indo fazer – disse sorrindo.

Andy ainda dormia, mas eu não conseguia pregar os olhos. Levantei, tentando não acordá-lo. Resolvi ir até a cozinha e arranjar o que fazer. Tá um tédio essa casa. Caminhei em silencio. A casa estava silenciosa. Estranho, sempre tem barulho dos empregados pra cima e pra baixo, mas agora estava muito tranquilo. E nem era tão tarde assim, eram oito da noite.

Entrei na grande cozinha e vi a mãe de Andrew sentada em uma das banquetas.

— Andrew? – ela perguntou, pois estava de costas e não me ouviu chegar.

— Não, é a Mona – disse baixo.

— Ah — ela parecia triste. – Insônia? – ela perguntou.

— Hm, mais ou menos – Sentei-me na banqueta de frente pra ela. – É sempre assim, quando Andy pega no sono eu não consigo mais dormir – comentei.

— Não entendo porque Andrew é assim – ela disse, analisando a caneca de chá em sua frente. – Digo, não sei por que ele é rude comigo – ela parecia magoada.

— Sério?! – perguntei incrédula. – Olha tudo o que você já fez com ele! – Ok, posso ter me exaltado. – Trancar ele num armário porque ele não quer fazer o que você quer, é uma coisa. Outra coisa é você matar o pai dele na frente dele! Isso é doença! – respondi perdendo a linha.

— Olha, garotinha – ela disse brava. – isso é assunto de família, você não deveria nem saber dessas coisas!

— Pode ter certeza que eu me preocupo com ele mil vezes mais do que você como mãe – joguei na cara dela. – E diferentemente de você, não vou reprimir Andrew.

–— E você acha que ele vai te manter por perto por quanto tempo? — ela disse cinicamente. — Você não o conhece. Você acha que o conhece, mas na verdade não sabe da natureza dele. Eu criei Andrew pra ser um tubarão! Para ser grande, e não ser domesticado por uma garotinha Russa! — Ok, ofendeu.

— Só porque ele foi criado de um jeito, isso não quer dizer que ele tem que ser assim pra sempre – minha cabeça fervia de raiva. — A única coisa que você fez que foi de fato boa, foi ensiná-lo a ser forte. De resto, ele está melhor sem você.

— Como você ousa dizer isso?! — Ela ia dizendo mais, mas eu a interrompi.

— De fato, eu acho bom você ir embora. Já fez o que tinha de fazer. Sua presença aqui não é saudável pra Andy, acho que pra ninguém, na verdade – disse brava e me levantei da cadeira. — Não quero te ver mais aqui, acho bom você ir embora ao amanhecer – disse como ordem e ia caminhando pra fora da cozinha.

— E quem é você pra me dar ordens? – ela perguntou puta da vida.

— Sou a pessoa que ele respeita, e diferentemente de você, ele me escuta. E eu nem preciso trancá-lo num armário pra fazê-lo concordar comigo – disse firme e saí da cozinha.

Voltei pro quarto e deitei ao lado de Andy, depositei um beijo topo de sua cabeça e sussurrei.

— Não se preocupe, tudo vai ficar bem. Já resolvi nosso problema.

Fechei os olhos e voltei a dormir.

POV Andy

A noite passou rápido, mas pelo menos eu consegui dormir. Acordei e Mona não estava mais na cama. Levantei da cama e ouvi o barulho do chuveiro. Voltei a sentar na cama, esperando Mona sair do banheiro para usá-lo. Respirei fundo ao pensar que ainda tinha um longo dia pela frente, e muito a fazer. Procurar Eve, dar um jeito em Collins, lidar com a minha mãe e rastrear James. É, minha agenda tava lotadíssima.

Mona saiu do banheiro usando um short jeans com uma bata branca e cabelos molhados.

— Bom dia – ela disse sorrindo.

Respondi só com um sorriso de canto e entrei no banheiro.

Mona ficou me esperando para irmos juntos pra cozinha.

— É um lindo dia – ela disse sorrindo.

Tossi forte, acho que vou ficar gripado.

— É, até que não tá tão ruim assim – comentei baixo.

Entramos na cozinha e Mona foi preparar nosso café da manhã. São breves momentos como esse que nem parece que vivemos no mundo da máfia, e sim como pessoas normais, tomando seu café da manhã normal, e tendo conversas normais, como o clima.

— Chefe, sua mãe quer falar contigo no escritório – Thony passou avisando e logo correu pra longe.

Tô falando que esse menino tem problema mental.

— E lá vamos nós novamente – comentei baixinho, Mona não ouviu. Revirei os olhos e caminhei pelo corredor.

Abri a porta de meu escritório e vi minha mãe com suas malas perto da minha mesa.

— Vai aonde com suas tralhas? Procurar outra casa pra assombrar? – perguntei, cômico.

Mas Elizabell não riu.

— Andei pensando durante essa noite e cheguei a conclusão de que meu trabalho aqui já está feito. Preciso cuidar das minhas próprias coisas – ela disse arrumando os cabelos, que estavam perfeitamente alinhados.

— E porque me chamar aqui no escritório pra dizer isso? Porque não se despedir de Mona? Achei que gostasse dela – falei mexendo no piercing, nervoso.

— E de fato eu gosto, e é por isso que eu não vou falar com ela. – Ok, isso foi confuso. – Ela não precisa saber que eu gosto dela. Só quero te dizer para mantê-la por perto. Ela te faz bem, coisa que eu nunca fiz – ela disse triste.

— Elizabell… — disse quase rindo. – Não banque a vitima, esse papel não combina contigo.

— É verdade, Andrew. A quem nós queremos enganar? Nunca te tratei como filho, e você nunca me respeitou como mãe. Somos geneticamente ligados, e só – ela disse pegando sua bolsa. – Quando precisar de mim, saberá onde me encontrar – ela disse e caminhou até a saída do escritório. – Não faça besteira em relação a Mona, ela se preocupa genuinamente contigo. Adeus, Andrew – dito isso, ela partiu.

Achei irrelevante responder. Dei de ombros e voltei pra cozinha e Mona tinha acabado de fazer o café,

— Algo errado? – ela perguntou se sentando ao meu lado na mesa

— Acho que não — respondi confuso. – Minha mãe acabou de ir embora. Disse que tinha coisas pra fazer e que era inútil aqui.

— Viu, eu te disse que esse seria um lindo dia – ela sorriu cinicamente.

Acho que essa rixa entre noras e sogras é verdade. Nem na máfia isso muda.


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Notas finais do capítulo

Então galera, gostaram? Se sim ou se não, comentem :D
Até mais
XX da Effy ♥



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