É Você, Sempre Foi. escrita por Clarinha


Capítulo 2
"Regras? Desconheço."


Notas iniciais do capítulo

Ei, aqui estou eu com o segundo capítulo para vocês. Espero que gostem!



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Débora PART.


Com aquela nostalgia que eu estava na cabeça de estar vendo ela, deixo-lhe uma mensagem por debaixo da porta.



Em seguida, para que ninguém desconfiasse, fui ao refeitório, onde todos voltavam seus olhos a mim, com todo desprezo.



– Ora ora ora, se não é a lésbica nojenta! - Disse Rebeca, voltando-se a mim.



– Rebeca, o que eu fiz a ti?



– Você não lembra não é? No começo do ano... não está lembrada?



– Juro que não...



Rebeca me puxou para uns arbustos próximos dali, e me deu um beijo.



– Não se lembra ainda? - perguntou.



– Não, e não faça mais isso!



– Você me irrita. Eu sofri por causa de você sua estúpida.



– Por causa de mim? Mas por quê?



– No começo do ano, eu tentava fazer de tudo para ser sua amiga. Tentei mudar de colega de quarto por você, tentei chamar sua atenção, mas nada. Você só tinha olhos para Ana Paula. Isso me deixou arrasada, até que um dia eu lhe puxei, do mesmo modo que agora, e lhe dei um beijo. Você me empurrou ao chão, me deixou chorando e saiu.



– Eu estou me lembrando... de algo parecido.



– Pois bem, eu nunca mais me perdoei por ter ido atrás de você. Você tirou a esperança de mim, e agora, eu tento lhe fazer o mesmo. Eu lhe amo idiota!



– Não! Eu não te amo Rebeca. - disse gritando.



– Eu sei. - disse, em tom de conforto. - Por isso não sou sua namorada.



Nisso, saí de perto dela e corri para meu quarto. Será que Ana havia visto o bilhete? Será que havia respondido? Eu tinha que contar aquilo para ela.



Cheguei em meu quarto, e vi o bilhete debaixo de minha porta.



"Débs! Que saudades meu amor. Como está? É claro que eu quero lhe ver, escondida ainda por cima há emoção! Haha. Então, nos encontramos hoje as 19:00 perto do banheiro feminino! Estou ansiosa. Amo-te.



Beijos,



da sua provável namorada."



Que máximo caralho! Eu amei ainda por cima o detalhe do "sua provável namorada". O que ela quis dizer com isso? Eu estava realmente nervosa. Eu tinha que estar preparada para as 19:00.





Ana Paula PART.





Assim que acordei, vi um bilhete passado debaixo da porta, falando o seguinte:



"Meu amor, sinto saudades. Gostaria de saber se gostaria de me encontrar para nos vermos, assim que possível. Não aguento ficar sem você aqui!



Beijos,



do seu provável amor."



Ah, que linda. Sentindo saudades de mim! E eu, que já não aguento mais nesse quarto?! Tenho que vê-la. Respondi seu bilhete, e sem que ninguém me visse, deixei-o debaixo de sua porta. Pena que ela não estava lá! Resolvi ir tomar um banho e esfriar as idéias. Espero que tudo dê certo. - pensei.



Assim que saí do banho, lí um livro, tomei alguns remédios de dor de cabeça e dormi. Obviamente, coloquei o despertador para eu não me atrasar. Quando era 18:30, acordei. Tomei outro banho para tirar o odor de suor de ter dormido, passei um perfume e coloquei uma roupa. Saí por minha janela. Quando termino de descer, me deparo com Rebeca, com cara de furiosa.



– Rebeca? O que faz aqui?



– Eu que lhe digo. Por quê está aqui?



– Motivos.



– Vai se encontrar com ela não é?



– Como sabe? - perguntei.



– Vi ela colocando um papel em sua porta, e você na dela. Acha que sou tonta?



– Pelo visto, não.



– Vocês não vão ser felizes juntas Ana! Não vão! - disse-me gritando.



Saí e dei as costas a ela. Deixei-a gritando "não vão", enquanto eu ia me encontrar com Débs. Chegando no local marcado, lá estava ela.



– Débora! - disse gritando.



– Ana! - disse enquanto ia de encontro a mim, em um forte abraço.



Nos abraçamos, rodando ao mesmo tempo. Era tão bom sentir sua pele na minha, seu cheiro doce no meu nariz, seus braços em volta de meu corpo! Nos beijamos, em um longo e quente, com sabor de saudade deixado em nossos lábios. Aquilo era tudo o que eu poderia pedir no momento.



Fizemos um piquenique a luz de um lampião. Comemos deliciosas coisas que Débs havia feito, e aproveitamos o céu, apenas observando suas estrelas.



Porém, estava muito bom para ser verdade. A noite chegava ao fim, e tínhamos que ia para os quartos. Nos despedimos com um forte abraço, e um selinho, deixando o gosto de "quero mais". Fomos para nossos quartos, e adormecemos. Não demorou muito, e alguém batia na porta.



"Toc toc" - Abra a porta! - uma voz rouca dizia. - É a diretora.



O que diabos essa velha estava fazendo aqui a essa hora? Só podia ser coisa da Rebeca!



– Pois não? - disse, abrindo apenas um vão da porta.



– Venha a minha sala imediatamente! - respondeu, grossa como sempre.



Vesti meu hobby, e fui. Meu Deus me proteja! Chegando na sala, ví Débora de pé, chorando.



– O que está acontecendo?



– Vocês quebraram regras!



– Regras? Desconheço.



– Desconhece não é? Pois bem. Você e a senhorita Davitti não poderiam se encontrar, devido a problemas anteriores. AQUELE problema. - disse, ressaltando mais o "aquele". - Vocês sabem que é errado, e para não haver mais problemas senhorita Milles, terei de expulsá-la.



Olhei para Débora, se acabando em lágrimas. Olhei para Rebeca, com cara de "fui muito longe" e para a diretora, que estava sem expressão. Então iria ser assim? Vagabunda mal comida! Essa vai direto pro inferno.



Olhei para a cara da diretora, mostrei o dedo do meio e joguei tudo de cima de sua mesa para o chão. Saí batendo os pés, e bati a porta com tudo! Uma saída triunfal.



Já que eu deixaria aquela merda, que chamavam de escola... eu poderia aproveitar meu últimos minutos. Liguei ao meu pai.



"- Alo Pai?



– Oi filhinha. O que houve? - perguntou, enquanto dava para escutar gemidos de mulher por trás.



– Pai, eu queria que o senhor soubesse que... esses últimos meses eu andei pensando e, eu realmente gosto de mulheres.



– O que? Como assim?



– É isso pai. Não sinto aquela nostalgia quando estou com um guri. Aquela sensação de "companhia", de desejo e paixão. E, eu estou verdadeiramente apaixonada por uma menina daqui do colégio, e por preconceito de todos, fui expulsa.



– F-Filha, d-depois a g-gente se fala, tudo b-bem? - a ligação estava ruim.



– Ok."



Desliguei o telefone, e fiquei imaginando a reação de meu pai, que provavelmente estava comendo outra das empregadas lá de casa. Fui ao meu quarto, peguei minhas coisas e disse adeus para Débora, que chorava inconsolavelmente.



– Hey pequena... - eu lhe disse. - Não chora!



– Como não chorar? Você está tão calma porra!



– Eu tomei o controle da situação. Logo entro em contato. Já contei ao meu pai o que aconteceu.



– Sério? E ele reagiu como?



– Bem, de certa forma, até que melhor do que eu esperava! Haha.



– Que ótimo.



– É isso, lhe vejo outro dia. Venho-lhe visitar. Não se esqueça de mim hein?!



– Nunca.



Quando entrei no carro, ele começou partir. Quando chegamos no portão, pedi ao motorista que esperasse. Saí correndo, fui até Débora e a beijei.



– Eu te amo!



Débora chorava e sorria ao mesmo tempo. Com uma expressão de angústia, disse:



– Eu também te amo. - me disse, me entregando um caderninho que eu achava que havia perdido a um tempo atrás.



– Onde achou isso?



– Lembra-se o dia de nosso primeiro beijo? Você deixou cair. Foi o que me deixou mais feliz, pois meu nome está nele.



– Guarde contigo. Lembre-se de mim. - falei, colocando o caderninho em seu peito.



Acenei, e voltei ao carro. Logo, eu estaria em casa.





Débora PART.





Depois de ler, fui pensar no que fazer para passar o tempo. Resolvi ir ao jardim da escola, onde eu poderia pensar. Quando percebi, eu havia dormido ali, e acordei 18:00. Poxa vida, como eu dumo! Fui para meu quarto, tomei banho e quando era 18:50, eu já estava lá, esperando-a.



Deu 19:00, e ela chegou, linda como sempre.



– Débora! - gritou.



– Ana! - disse enquanto ia de encontro a ela, em um forte abraço.



Nos abraçamos, rodando ao mesmo tempo. Era tão bom sentir sua pele na minha, seu cheiro doce no meu nariz, seus braços em volta de meu corpo! Nos beijamos, em um longo e quente, com sabor de saudade deixado em nossos lábios.Comemos à luz de um lampião. Comemos deliciosas coisas que eu havia feito, e aproveitamos o céu, apenas observando suas estrelas.



Porém, a noite chegava ao fim, e tínhamos que ia para os quartos. Nos despedimos com um forte abraço, e um selinho, deixando o gosto de "quero mais". Fomos para nossos quartos, e chegando lá, lembrei que eu havia esquecido de contar a Ana sobre Rebeca. Adormecemos. Não demorou muito, e alguém batia na porta. Era a diretora, me pedindo para ir a sala dela.



Chegando lá, tivemos um papo cabeça, falando sobre o que havíamos feito.



– O que vocês fizeram foram muito errado! Ainda bem que Rebeca me contou!



– Rebeca gosta de mim diretora, por isso não quer que eu seja feliz com Ana.



– Impossível. Rebeca não é doente assim como vocês. - disse, me deixando vermelha de raiva.



– Doente é a senhora, que não entende o amor, e sim a aparência dele.



– Fique calada!



– Não, sua velha idiota!



– Querida, me xingar não vai se resultar em nada, além de agora eu ter certeza que irei expulsar a senhorita Ana Paula.



– O que? Não pode fazer isso!



– Claro que posso. E devido ao seu mal comportamento, você deveria ir junto.



Ela não pode fazer isso. Não vou aguentar sem ela na escola. Eu preciso dela. Preciso cuidar dela. Quando percebi, lágrimas saíram repentinamente de meus olhos. Eu a amo muito! É isso!



– Eu a amo muito diretora!



– Permaneça em silêncio. - disse, me olhando com nojo.



Ana chega na sala, com cara de espanto com toda aquela algazarra.



– O que está acontecendo? - perguntou.



– Vocês quebraram regras! - falou a diretora.



– Regras? Desconheço.



– Desconhece não é? Pois bem. Você e a senhorita Davitti não poderiam se encontrar, devido a problemas anteriores. AQUELE problema. - disse, ressaltando mais o "aquele". - Vocês sabem que é errado, e para não haver mais problemas senhorita, terei de expulsá-la.



Eu estava me acabando em lágrimas. Não podia ver meu amor sofrendo por minha ideia tonta de nos encontrarmos. Ela olhava para todos. De repente, olhou para a cara da diretora, fixamente, mostrou seu dedo do meio, jogou tudo de cima de sua mesa para o chão, saiu batendo os pés, e bateu a porta com tudo! Uma saída triunfal eu diria. Todos da sala ficaram com uma cara tipo, "O que acabou de acontecer"? Fui "libertada", e assim, saí procurar Ana.



Vi ela indo ao seu quarto, pegando suas coisas e veio em minha direção, me dizendo adeus.



– Hey pequena... Não chora! -disse, em tom calmo.



– Como não chorar? Você está tão calma porra! - respondi.



– Eu tomei o controle da situação. Logo entro em contato. Já contei ao meu pai o que aconteceu.



– Sério? E ele reagiu como? - perguntei.



– Bem, de certa forma, até que melhor do que eu esperava! Haha.



– Que ótimo.



– É isso, lhe vejo outro dia. Venho-lhe visitar. Não se esqueça de mim hein?!



– Nunca. - afinal, como eu poderia esquece-la?



Ana entrou no carro, que andou um pouco, até chegar no portão, onde ela pediu a ele para parar, veio correndo em minha direção e me beijou



– Eu te amo! -disse.



Eu chorava e sorria ao mesmo tempo. Era um momento bipolar! Com uma expressão de angústia, disse-lhe:



– Eu também te amo. - lhe entregando aquele caderninho que ela deixou cair, em nosso primeiro beijo.



– Onde achou isso? - perguntou.



– Lembra-se o dia de nosso primeiro beijo? Você deixou cair. Foi o que me deixou mais feliz, pois meu nome está nele.



– Guarde contigo. Lembre-se de mim. - falou para mim, colocando o caderninho em meu peito.



Nisso, ela acenou e voltou para o carro, que desta vez, partiu definitivamente. Tínhamos apenas o celular como comunicação. Eu a amo, e não sei se conseguiria ficar sem ela por tanto tempo, mas em breve, eu pretendo encontrá-la. Por enquanto, eu ficaria com a lembrança de seu beijo doce, do perfume da sua pele encostado no meu nariz, das suas mãos em volta de meu pescoço, e de suas palavras rebeldes contra a diretora. Lembraria também, que... "está tudo bem", e a culpa disso, é dela.



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Notas finais do capítulo

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