I Hate You, Please Love Me escrita por Bruna B


Capítulo 3
Rain


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!
Como vocês vão???
Como deu para vocês perceberem, eu estou postando muito rápido aqui...
Aproveitem!!!



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POV’ Angel

Não sei exatamente o que me deu para fazer aquele teatro na frente da namorada do Noah, mas eu fiquei bastante satisfeita quando ele ficou bravo. A cara de nervoso dele era a mais divertida do mundo.

Mas eu tive uma recompensa pelo drama que eu armei: conheci um gatinho. O nome dele era Zach, e ele era amigo do meu “irmão”. E também descobri que meu querido Noah era um cara popular na escola. Tão popular, que quando voltei para casa, tinha exatamente setenta e dois bilhetes das garotas para ele. Alguns deles tinham até foto da garota e o telefone.

Quando descobriram que eu era a nova irmã dele, choveram tietes na minha cabeça.

Depois da aula, caiu a maior chuva que eu já presenciei na minha vida. E para piorar a minha situação, meu querido irmãozinho levou a namorada na moto, e me deixou sozinha na escola. Resumindo: eu tive que ir a pé da escola até a minha casa. Tive que andar dois quilômetros e meio para chegar até o quentinho da minha casa.

Quando eu cheguei, eu bati a porta e gritei.

- Noah! Eu vou te matar! – eu peguei o pacote com os bilhetes e joguei a bolsa cheia de livros no sofá, me dirigindo até o corredor, para descer até o porão.

Ouvi minha mãe conversando com meu padrasto no andar de cima.

Abri a porta violentamente e desci os degraus pisando forte.

Quando cheguei ao final da escada, Noah dormia na cama, e a namoradinha dele, Dallas, estava deitada ao lado dele, afagando seu cabelo castanho claro.

- Shh! – ela disse.

Eu cruzei os braços e lancei o meu olhar mais fuzilador para ela. Quem ela pensa que é para me mandar calar a boca?, eu pensei irritada.

- Seu irmão está cansado. Ele é jogador de futebol, esqueceu? – ela falou, se levantando da cama e indo até mim.

- Não, eu realmente não esqueci. E, a propósito, ele não é meu irmão. Não temos ligação nenhuma em nosso DNA. E quem você pensa que é para falar desse jeito comigo? – eu senti meu rosto ficar quente. Eu realmente não fui com a cara daquela garota.

- Eu sou a namorada dele. E aquele teatrinho ridículo? Acha que eu caí?

- É... Para um líder de torcida oxigenada até que você é bem espertinha.

- Lave a sua boca antes de falar de mim. Já olhou para você mesma?

- Pelo menos eu não fico me mostrando por aí, não é? – eu coloquei as mãos na cintura e fiquei encarando a minissaia que ela estava usando.

- Você é uma ridícula! – ela disse com aquela voz fina e metida dela.

Vi que Noah se mexeu na cama. Seus olhos azuis se abriram e ele se sentou, coçando os olhos.

Dallas deu um sorriso falso e sentou ao lado dele na cama.

- Noah, sua irmã está aqui.

Ele se virou para mim e esboçou confusão.

- O que foi, Angel?

- Sei lá, talvez o fato que você me esqueceu na escola, e eu tive que vir a pé embaixo dessa chuva dos infernos, e que agora estou propensa a ficar gripada.

- É que eu tive que trazer a Dallas. Vocês se conheceram?

- Claro. Sua mãe deve ser muito patriota, não é Dallas?

- Patriota? – ela perguntou.

- É. Ela devia adorar onde mora, para dar o nome da filha da cidade que vive – eu cruzei os braços e soltei um sorriso petulante.

- Olha, eu... Eu não quero brigar com você agora, ok? Pode parar com isso – Noah disse, massageando as têmporas.

Eu bufei e subi as escadas de madeira. Quando cheguei ao topo, me lembrei dos bilhetes.

- Ah, quase me esqueço. Setenta e duas garotas me pediram para te entregar. Faça bom proveito.

Eu joguei o pacote na cama e fechei a porta.

Só queria subir para o meu quarto e tomar um banho quente.

- Já estou saindo mãe! Tchau! – eu disse, descendo as escadas e indo até a sala.

Sentei no sofá e coloquei meus saltos-altos. Era a segunda (ou terceira) vez que eu o usava. E também estava usando o meu vestido mais sexy que eu tinha no armário. Eu estava, como minha amiga de NY dizia, uma verdadeira “gata”.

Quando eu estava pegando minha bolsa no cabideiro, uma mão tocou no meu ombro. Eu dei um grito alto.

Meu coração começou a bater tão forte que eu conseguia ouvir.

Quando me virei, Noah me encarava de cara feia.

- Quer me matar do coração?! – eu perguntei, dando um peteleco na sua testa.

- Ei! Sem agressão! Eu só vim perguntar aonde você vai – ele acariciava aonde minha unha o acertou.

- Vou procurar um emprego. Necessito de grana.

- Quer que eu te leve? Eu vou sair agora. Eu e o pessoal do time vamos para um barzinho.

- Não. Pode deixar. Eu me viro sozinha. Eu já chamei um taxi, e ele já deve estar chegando.

- Tem certeza?

- Tenho. Obrigada mesmo – eu sorri – Mas, Noah, você não pode beber. Só com vinte e um anos.

- Vamos só comer uns petiscos e arranjar umas gatinhas. Não vamos beber.

- “Arranjar umas gatinhas”? Mas e a sua namorada? – eu cerrei as sobrancelhas.

- Ela... Dallas viu os bilhetes e surtou. Foi aí que eu vi quem ela realmente era – ele abaixou o olhar e colocou as mãos nos bolsos da calça jeans.

- A culpa foi toda minha. Eu não devia ter mostrado os bilhetinhos na frente dela. Me desculpe.

- Não. Não foi culpa sua. Eu tenho que te agradecer. Você me mostrou quem a Dallas realmente era.

A buzina do taxi soou alta.

- Tenho que ir, Noah. Até mais tarde.

- Até.

Quando eu entrei no carro, percebi que aquela foi a primeira conversa que tivemos sem brigar.

Estava com a folha do jornal na mão, andando pela rua com o endereço marcado. Quando atravessei a rua, vi o lugar. As luzes vermelhas, verdes e azuis do neon ofuscavam a visão.

Entrei pela porta, e o sino tocou.

- Oi. Quer alguma coisa? – o moço que secava alguns copos no balcão perguntou, enquanto eu entrava e guardava o jornal na bolsa. Eles tinham acabado de abrir, e tudo estava vazio.

- Na verdade, eu quero sim. Eu vi no jornal que vocês estão precisando de um estagiário. Ainda estão com a vaga?

- Sim. Eu só vou falar com o chefe, e já venho te falar. Enquanto isso, você quer beber alguma coisa?

- Só uma água mesmo.

- Tudo bem - eu sorri.

Ele deixou meu copo em cima da mesa e entrou em uma porta com a placa de “Escritório”. Sentei no banquinho no balcão e fiquei esperando.


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Notas finais do capítulo

E aí???
Gostaram desse cap???
Vão me deixar comentários???
Beijos e boa madrugada...
o/