Confiar escrita por LeuDantas


Capítulo 15
XV. Presentes


Notas iniciais do capítulo

ok, eu realmente espero que vocês não tenham lido o capítulo que eu postei à tarde. porque a ANTA aqui postou o capí­tulo errado! peço mil desculpas pelos spoilers do próximo capí­tulo e tal
enfim, oi leitor! não, eu nã£o abandonei você. estou aqui! e prometo(dessa vez sério) que vou pelo menos tentar não sumir. aproveitemmmm! xoxo



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[N.A: ei, quer ver meu elenco pra história? entre em http://pryia-bilauta.tumblr.com. você vai sempre achar esse link nas notas da história!]

– David! Ed está aqui! – gritei quando Ed apareceu na janela.

– O quê?! – Dave chegou da cozinha – Que diabos ele veio fazer aqui?

– Trazer minha cadeira. Eu te avisei. Seja amigável, por favor.

Ele revirou os olhos antes de abrir a porta.

– Oi, David. Vim trazer a cadeira da Pam.

– Muito gentil da sua parte. – Dave pegou a cadeira de rodas dobrável da mão do Ed e já ia despachá-lo.

– Não quer entrar, Ed? – perguntei.

David me encarou na hora.

– Oi, Pam. Não, obrigado. Eu estou indo resolver umas coisas e só passei pra te entregar mesmo.

– Não quer vir almoçar mais tarde? – insisti.

David me fuzilou com os olhos.

– Não acho que seja uma boa ideia. Eu vou incomodar vocês.

– Não vai não. Você vem. Está decidido. – eu disse antes que David pudesse protestar.

– Certo. – Ed sorriu, provavelmente adorando o jeito como meu namorado estava irritado – Mais tarde eu passo aqui então.

– Estarei esperando. – corei quando percebi que devia estar fazendo uma cara de boba – Estaremos. Nós. Eu e Dave. Vamos adorar sua companhia.

Ed se despediu e David esperou ele entrar no carro pra surtar comigo.

– Que merda foi essa?!

– O quê? – me fiz de desentendida.

– Por que você fez isso?

– Isso o quê, amor?

– Pamela, deixe de se fazer de idiota. Por que você convidou esse imbecil pra vir na minha casa almoçar comigo e com a minha mulher?

– Primeiro: Edward é meu melhor amigo. Segundo: ele fez muito por mim esses dias, acho que um almoço é o mínimo que eu posso fazer pra recompensar. Terceiro: se você quiser, eu vou pra minha casa. Não pedi pra vir pra cá. Quarto: você prometeu ser mais compreensivo em relação ao Ed.

Ainda fiz mais uma nota mental: “Quinto: não sou sua mulher”.

– Ah, me desculpe, mas não vou tolerar esse babaca dando em cima de você na minha frente!

– David, ele não está dando em cima de mim! Você está ficando maluco!

– Eu sei que ele está, Pamela. Eu sou homem e sei dessas coisas. Ele não vale o prato que come.

– Como você sabe?

– Porque ele está dando em cima de você na minha frente e namorando sua melhor amiga!

– Ele não está dando em cima de mim, David! Que saco! E acho melhor encerrar esse assunto por aqui. Você vai fazer o almoço hoje.

– Ha-ha. Pode ir achando que eu vou cozinhar pra esse Zé-Mané. Vou pedir uma pizza.

– Tanto faz. Ed adora pizza.

– Pamela, você não está ajudando.

– Estou te provocando, bobão. Agora vamos, me ajude a ir pro banheiro. Preciso de um banho.

Ele me pegou no sofá e me carregou até o banheiro. Admito que fiquei meio nervosa quando assim que ele me colocou no chão não saiu logo em seguida.

– Pode ir, obrigada. Me viro sozinha daqui.

– O quê? – ele pareceu surpreso. – Você quer tomar banho sozinha?

– Na verdade eu quero sim.

– Pam, de jeito nenhum. Você não vai conseguir com esse gesso!

– Vou sim. Consegui na casa do Ed, consigo aqui também.

– Na casa do Edward tem banheira ou chuveiro?

– Chuveiro. – menti – Tchau, Dave.

– Eu não vou deixar você fazer essa loucura. Edward foi um irresponsável.

– Você queria que ele me desse banho? Se você quiser chamamos ele aqui.

Ele ficou vermelho de raiva.

– Certo. Você é teimosa como uma porta. Vá em frente. Se você cair, eu vou estar aqui pra dizer “eu avisei”.

– Obrigada. – eu sorri até ele sair e fechar a porta.

Com a dificuldade de sempre, fui tomar banho sem tentar ganhar mais nenhum hematoma.

***

– Dave! Ed está aqui!

– Eu ouvi a campainha, Pam. Não sou surdo.

– Mas é ciumento. – sorri quando ele abriu a porta.

Ed havia me mandado uma mensagem dizendo que achava melhor não ir, mas eu enviei cinco de volta insistindo pra que ele fosse. Quando ele entrou, juro que percebi David respirando fundo e aposto que ele estava contando até dez mentalmente.

– Vou pedir a pizza. – Dave disse da maneira mais amigável que conseguiu antes de ir pra cozinha.

Ed se sentou ao meu lado no sofá.

– Oi, doentinha.

– O que você foi fazer de manhã?

– Resolver coisas, ué.

– Que coisas?

– Pra quê quer saber?

– Nada. Só quero saber.

– Certo. – ele riu – Fui comprar uma aliança de noivado pra Tay.

– O quê?! – arregalei os olhos.

– Estou brincando. Mas bem que eu poderia. Já imaginou que lindo? Eu e a Tay e o David e você entrando juntos no altar?

– Ed, você é um idiota.

– Não precisa ser nessa ordem. – ele falou baixinho, o que me fez corar e sorrir debilmente.

– Pedi metade mussarela e metade pepperoni. – Dave chegou na sala e fez questão de sentar entre mim e o Ed.

– Obrigado pelo convite mais uma vez, David. – Ed provocou.

– Não foi nada. – Dave deu um sorriso forçado.

– Então? – eu tentei quebrar o gelo – Conta pra gente sobre a viagem, Dave.

– Foi tudo bem. Londres é bem fria nessa época do ano. Mas não saí muito. Fiquei só dois dias lá, lembra?

– Voltou porque quis. Estávamos muito bem, não é Ed?

– Sim. – Ed sorriu – A Pam não deu trabalho.

– Obrigado por cuidar dela. Mas eu tinha que voltar. Além do mais, estava ansioso pra te entregar isso. – ele colocou a mão em cima da minha e passou os dedos pelo meu anel.

– Vocês formam um belo casal. – Ed disse com naturalidade – A propósito, estou pensando em pedir a mão da Tay.

Arqueei as sobrancelhas.

– Está, é? – David pareceu interessado em saber que seu “rival” iria me deixar em paz casando com a Tay.

– Estou. Mas acho que é muito cedo. Quero dizer, nos conhecemos há pouco tempo. Os pais dela iriam estranhar. Acho que ela também iria. Mas é a vontade que tenho. – ele me olhou, provocativo.

– Dou o maior apoio pra vocês dois. – Dave teve uma crise repentina de amizade para com o Ed – Vocês também formam um belo casal. E se ela gosta mesmo de você, garanto que vai aceitar.

– É. – eu forcei um sorriso não me preocupando em parecer cínica – Garanto que vai.

– Eu também acho que ela vai – Ed riu, adorando o fato de eu estar irritada – Afinal, só se aceita um compromisso sério desses quando se gosta de verdade da pessoa.

Senti a indireta flechando meu peito e resolvi mudar de assunto.

– E aí, amor? – abracei David – O que você ganhou de natal?

– Ah, ainda bem que você lembrou. Espere um segundo. – ele se levantou e foi ao quarto.

Aproveitei esse tempo pra dar um tapa no braço do Ed.

– Que história é essa de casamento?

– Ué, você não está brincando de fingir? Também posso. Você viu a cara dele quando achou que iria se livrar de mim? – ele riu.

– Você é um babaca insensível.

– Não sou eu quem aceitou casar com alguém que não ama e está usando o próprio noivo pra me fazer ciúmes.

– Fale baixo, seu idiota. Não, melhor que isso: cale a boca.

– Sabia que você é uma gracinha quando está com raiva?

– Vai se ferrar, Edward.

– Ainda mais porque não consegue esconder que está perdidamente apaixonada por mim.

Eu ia dizer algum desaforo mas nesse momento Dave entrou na sala com uma caixinha de jóias.

– Feliz Natal atrasado, Pam. – ele se sentou novamente ao meu lado.

Dentro da caixinha haviam duas correntes: uma mais fina e uma mais grossa, ambas prateadas. Na mais fina pendiam as palavras “Nosso amor”, e na mais grossa “é pra sempre”.

– Oh, Dave... nossa música! Que lindo!

Ele pôs a corrente mais grossa em seu pescoço e me ajudou a pôr a mais fina.

– Obrigada. É linda. Você é maravilhoso.

Dei um beijinho rápido nele e me puni mentalmente por estar fazendo pra botar ciúmes no Ed.

– Não comprei nada pra você. Não tive tempo. Sou uma péssima namorada.

– Você estava machucada. Não faz mal. Seu presente foi ter aceitado meu pedido.

Eu me xingava por dentro por estar fazendo David de idiota. Ele não merecia. Eu precisava terminar com ele.

A campainha tocou.

– A pizza. – Dave sorriu e beijou minha testa.

– Venha, Pam. Te ajudo a levantar. – Ed se ofereceu.

Ele colocou meu braço em volta do seu pescoço e me ajudou a ficar em pé. Então senti sua mão colocando alguma coisa dentro do bolso do meu casaco.

– Meu presente de natal. – ele disse baixinho em meu ouvido antes de me ajudar a ir pulando até a mesa.

***

Ed já havia ido embora, eu já havia tomado outro banho – foi uma luta, como sempre – e já estava pronta pra me deitar. Dave estava na cozinha lavando os pratos e eu me sentei na beira da cama, quando me lembrei do meu casaco. Tirei do bolso um papel dobrado. Abri e vi um desenho de uma garota deitada de lado com os olhos fechados, provavelmente dormindo. Demorei alguns instantes pra perceber que era eu. Não pude deixar de sorrir. Quando ouvi a água da torneira cessar, dobrei o desenho novamente e guardei no fundo da minha mala. Logo Dave chegou na porta do quarto com a camisa toda molhada.

– Ainda não sei lavar pratos direito. – ele suspirou.

– Você é um desastrado. – sorri.

Ele tirou a camisa e apagou a luz antes de se deitar ao meu lado. Ele ficou me olhando por um tempo.

– O que foi? – perguntei.

– Estou me questionando se você é real.

– Real? – ri – Como assim?

– Você é perfeita demais pra ser de verdade, Pam. E ainda por cima me ama. Não parece real.

Corei e me senti meio culpada.

– O que você está insinuando?

– Que eu não te mereço.

Senti como se uma bigorna tivesse caído sobre minha cabeça. Não consegui argumentar, apenas empurrei minha cabeça contra seu peito nu e disse “cale a boca”.

Ele levantou meu rosto e me beijou. Do jeito gentil de sempre. Depois segurou meu rosto e o beijo passou a ser mais ardente. Ele colocou seu tronco sobre mim e o senti segurando minha camisa.

– Dave... – eu o empurrei de leve – Não agora.

– Certo. – ele sorriu – Me desculpe. Você está certa. – ele beijou minha testa – Eu te amo.

– Eu também. Boa noite, Dave.

Naquela noite, sonhei com o Ed.


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Notas finais do capítulo

posto o próximo(que eu postei à tarde ¬¬) ainda hoje! ♥



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