Confiar escrita por LeuDantas


Capítulo 13
XIII. Compromisso


Notas iniciais do capítulo

oi oi gente! quem shipa Ped? Pam + Ed? eu acho eles super fofinhos ♥

aproveitem o cap, tem umas emoçõezinhas! hehe ♥



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- Ed, eu já mandei virar pra lá!

               - Pam, tenha dó! Você está tomando banho no escuro!

               - Não importa. Não abra os olhos nem vire pra cá.

               - Por que eu estou aqui mesmo? A ideia era eu te ajudar.

               - Eu sei muito bem onde ficam minhas partes do corpo, obrigada. E se quiser ir, pode ir.

               - E se você cair?

               - Então espere um pouco. Já estou acabando. E eu não sou tão lerda quando pareço.

               - Você caiu debaixo de uma estante, pôs fogo na casa e caiu em cima da perna quebrada.

               - Eu sou azarada, é só isso. E não vire pra cá!

               - Por quê? Está tudo escuro mesmo!

               - Mas se eu estou te vendo, você também pode me ver. Vire pra lá!

               Ele resmungou alguma coisa e se virou novamente.

               - Pronto, acabei – disse, fechando a torneira – Me dê minha toalha. Não, espere! Feche os olhos antes.

               - Mas como eu vou te achar se estiver de olhos fechados? E como você vai levantar?

               - Só me dê a droga da toalha. Edward, se você abrir os olhos eu juro que arranco eles com um alicate enferrujado.

               - Quando amor. – ele disse, com os olhos fechados e segurando a toalha pra frente.

               Peguei rapidamente e me cobri a tempo, antes que ele abrisse os olhos.

               - Edward!

               - Foi impulso! Desculpa!

               - Vire pra lá!

               Me enrolei direito quando ele se virou. Então mandei ele me ajudar a levantar da banheira.

               - Não quero que você me carregue. Só me ajude a ir até a cama. Ah, antes disso, vá até o quarto e apague a luz.

               - Não uma boa ideia deixar todas as luzes apagadas quanto tenho você de toalha perto de mim. – ele disse, malicioso.

               - Eu fiz judô por três anos. Agora vá apagar a luz.

               Me apoiei na parede enquanto ele foi rindo até o quarto. Depois voltou e me ajudou a ir pulando de um pé só até a cama.

               - Obrigada. Agora “xô”.

               - “Xô”? Nenhuma recompensa?

               - Que tal meu gesso na sua garganta?

               Ele riu e pegou alguma coisa antes de ir, que não vi por causa do escuro. Procurei ao lado da cama minha mochila, mas não encontrei.

               - Ed, onde está minha mochila?

              

               Ouvi o barulho de zíper se abrindo lá fora.

               - Não sei! – ele respondeu sinicamente.

               - Fala sério. Devolve minha mochila!

               - Vem pegar, doentinha!

               - Edward, devolva minhas coisas ou não vou ser só eu que vou ter o pé quebrado!

               Ele não respondeu. Depois de uns instantes, ouvi novamente o barulho do zíper e ele abriu a porta.

               - Você me dá medo, sabia? – ele jogou a mochila na cama antes de sair novamente.

               - Obrigada.

               Abri a mochila e revirei os olhos ao ver que dentro dela só havia minha calcinha do Super-Homem.

               - Edward Chase, você é a pessoa mais idiota do mundo!

               - Oh, Pams, você é tão gentil! Eu também te amo!

               Vesti minha única peça de roupa e depois com dificuldade fui pulando até a cômoda. Vasculhei nas gavetas e achei um moletom que parecia grande o suficiente. Suspirei aliviada quando vi que ele ficava um pouco acima do joelho. “É, tem que servir.” Soltei o coque que havia feito pra não molhar o cabelo na hora do banho, e chamei pelo Ed. Por incrível que pareça, ele entrou no quarto de olhos fechados.

               - Pode abrir. Estou vestida.

               - Uau. – ele sorriu – Ficou melhor em você do que em mim.

               - Imagine que eu poderia ter caído de novo pra procurar algo que não me deixasse nua. A culpa teria sido sua. Como teria carregado esse fardo pro resto da vida?

               - A culpa é sua que me enxotou. Quer comer alguma coisa?

               - Pare de me empurrar comida. Vou ficar uma baleia.

               - Você tem que esvaziar a cozinha de todos os McDonalds dos EUA pra ficar que nem uma baleia. E ainda assim, seria uma baleia de dieta.

               - Como você é exagerado. O que temos pra ceia de natal?

               - Posso preparar alguma coisa. – ele colocou um cobertor por cima do ombro e me pegou no colo.

               - Quando você vai deixar eu usar as muletas e a cadeira de rodas que alugamos?

               - Por que eu deixaria? Assim é muito melhor e mais rápido.

               - Com certeza você prefere assim porque é mais rápido.

               - Nunca disse que era por isso. – ele sorriu quando me colocou no sofá e me cobriu com o cobertor.

               Ele me entregou o controle da televisão antes de ir pra cozinha. Fiquei mudando de canal até achar algo de bom. Como nada me agradou, deixei no canal de desenhos que estava passando Bob Esponja. Depois de um tempo, senti um cheiro bom.

               - O que é? – perguntei quando ele chegou trazendo os pratos.

               - Macarrão com almôndegas.

               Meu sorriso se desfez por alguns instantes.

               - O que foi? Você não gosta?

               - Gosto sim. Não é nada. É só que... era o prato preferido da mamãe.

               - Oh, Pam, sinto muito.

               - Não foi nada, imagina. Eu sempre como. Só que toda vez eu lembro dela.

               - Deve ter sido muito ruim pra você. Eu sei como é. Também sinto falta dos meus pais.

               - O que aconteceu, Ed? Com seus pais? Você nunca me contou.

               Ele pareceu desconfortável.

               - Foi num acidente de carro. Nós três estávamos indo viajar no feriado de Ação de Graças. Tinha um animal no meio da pista. Meu pai desviou e caímos na ribanceira.

               - Oh, Ed, eu sinto muito.

               - Eu era o único sem cinto de segurança. – ele riu, irônico – Fui o único que sobrevivi.

               - Por isso a cicatriz no seu pescoço?

               Ele arqueou as sobrancelhas.

               - Como você sabe da minha cicatriz?

               - Ah, eu... – fiquei sem graça.

               - Mas será possível que você está tão louca por mim que repara em cada detalhe no meu corpo?

               Ruborizei.

               - Edward!

               - Estou brincando. – ele sorriu – Não vamos falar mais disso, ok?

               - Certo. Podemos comer?

              

               Ele me ajudou a ir até a mesa e a me sentar. Não falamos muito durante a refeição. Depois eu disse que estava com sono e, com ajuda do Ed, fui até o banheiro escovar os dentes antes de me deitar. Estava quase dormindo quando Ed entrou no quarto.

               - Desculpe, não quis te acordar. Só vim pegar meu travesseiro.

               - Ed, você não precisa dormir no sofá. Deita aqui.

               - Você não vai se sentir cem por cento confortável com isso.

               - Vou sim. Venha logo.

               Ele apagou a luz da sala e se deitou ao meu lado. Seus olhos verdes brilhavam à luz da lua. Nós ficamos apenas nos olhando por um tempo. Então eu senti minhas pálpebras pesando.

               - Ed?

               - Sim, Pam?

               - Acho que eu estou apaixonada por você. – sorri.

               Ele riu.

               - Eu deveria receber um beijo a cada vez que ouvisse isso.

               Então caí no sono.

               ***

               Quando acordei, Ed não estava do meu lado, mas pude ouvir o som da água vindo do banheiro, então deduzi que ele estava tomando banho. Peguei o celular pra ver que horas eram, então vi uma mensagem do David. Abri.

               “já estou na cidade. vou passar em casa e já chego ai.”

               Olhei que horas a mensagem foi recebida. 9:32. Olhei que horas eram. 10:00. “Ele ainda deve demorar uns dez minutos pra chegar”, pensei.

               Então olhei pela janela e o vi estacionando o carro na frente do meu jardim.

               Levantei o mais rápido que uma pessoa que só está com uma perna útil pode, e procurei minha mochila. Olhei novamente pela janela e vi David saindo do carro. Ouvi o barulho da água cessar. Me joguei na cama pra conseguir vestir um short jeans, que parecia a tarefa mais difícil do mundo naquele momento. Olhei pra lá pra fora novamente e já não conseguia ver o David. Lembrei que estava com o casaco do Ed. Troquei por uma camisa minha o mais rápido que consegui. Ouvi a campainha tocar. Edward abriu a porta do banheiro. Ele estava só de toalha.

              

               - Ed, pelo amor de Deus, vá vestir alguma coisa! – eu cacei minhas muletas debaixo da cama – David está ai!

               - Calma, Pam! Você fala como se a gente tivesse feito alguma coisa de errado!

               - Só se vista, ok? Vou abrir a porta.

               E, fazendo o primeiro uso das minhas muletas, fui atender David.

               - Meu amor, que saudade! – ele me abraçou quando eu abri a porta.

               - Oi, Dave.

               - Vim te buscar.

               - Olha, David...

               - E fazer uma proposta.

               - Que proposta?

               - Pam, desde o dia em que te conheci, você faz minha vida mais feliz. No dia em que você entrou na faculdade, eu fiquei te observando de longe. Então decidi que você iria ser minha. Minha namorada, minha amiga, minha companheira, minha garota. Desde então passamos por muita coisa, tivemos nossos desentendimentos, mas nada disso diminuiu o amor que eu tenho por você. Eu já sou seu, Pams. Pra sempre. E agora estou perguntando se você quer ser definitivamente minha.

              

               Só então percebi que ele estava com a mão enfiada no bolso, e tirou quando se ajoelhou na minha frente. Então abriu uma caixinha revelando um anel prateado com pedrinhas de, oh meu Deus, aquilo era diamante?

               - Pamela Hayes, você aceita se casar comigo?

               Fiquei paralisada por instantes. Eu não estava preparada psicologicamente pra isso. Eu mesma nem acreditei quando respondi:

               - Aceito.


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Notas finais do capítulo

ok, na saída vcs podem pegar suas calibre 38, bazucas e metralhadoras PQ SINCERAMENTE...



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